Mas tem um problema técnico. Quem o pode socorrer? Ele explica:
"snif, snif...
Parece-me desnecessário dizer-vos que após vos ter e-descoberto a minha e-vida ganhou uma nova, eréctil e visível alegria. Enfim, se das pequenas alegrias se vai preenchendo a vidinha, vocês imaginem o reboliço que por cá vai com os ais e uis de pasmo que diariamente me invadem o íntimo, na sua mais íntima, recatada leitura. Brilham-se-me os olhos como candelabros cristalinos do palácio de Mafra, as cãs evaporam-se e até o leão adormecido ruge que nem um prior em visita de estudo ao convento das Méres ou, sei lá, como um puto que acaba de saber que foi admitido na Faculdade de Ginecologia. Coisas mui minhas e masculinas, tesouros meus e que é até com algum embaraço que conto e partilho. Conto com a vossa discrição e vejam lá se não se chibam.
Mas há uma tristeza que me assola, aflige, atormenta e torna-me tão inconsolável qual menino com birra, de nariz ranhoso encostado à montra da pastelaria e sem conseguir meter o dente à chicha, digo ao bolo. Eu conto. É que eu sou um glutão - aproveito a deixa gastronómica. Não contente com os lautos almoços, lanches e jantares no vosso blogue, mais o da minha mais Querida entre todas as Queridas, a minha muito cara e-amiga Maria Árvore, além das copiosas e sensuais ceias que o recém descoberto blogue da Saci me tem proporcionado - daqui um enorme Clap Clap pelo texto sobre a treta das fidelidades -, eis que me lembrei que é de manhã que se começa o dia e, portanto, faltava-me o pequeno-almoço. Não podendo ser na cama, lá venho eu todo lampeiro para o computador, babete e dente afiado à cata na caixa de correio das novas do Google Grupo da FundaSão.
Ora aqui é que ou a porca torce(-me) o rabo e fico-me pelos apetites, ou é o cabrãozito do Gates que embirrou comigo e, com aquela cara de pastor evangelista com palato de quem nunca soube qual o travo vintage dum cunnilingus, eis que tenho o petit dejéneur (acertem a pontuação, não tenho paciência para isso e nunca me internacionalizei sexualmente) estragado. Nem vê-lo, melhor dito. Vá lá que hoje vi uns cartoons e abriu-se-me um sorriso mas - e aqui entro nas confidências em perna larga - o meu lado devasso, o Frei que habita em mim, suspira, almeja, quer e faz birra por mais. O que se passa, afinal? Pronto, já me calo e passo a contar sem tanto arrazoado que não tarda é de cabidela, e vamos à linguagem técnica - não dessa, please, que já estou aqui a suar fininho:
Sem ser em jpg (os tais cartoons, provavelmente uma fotita que por lá haja, enfim, coisas gratas à imaginação e que ela agradece pois é músculo que necessita mais de exercício que o outro) a verdade é que quanto a novas tecnologias népias. Isso, falo dos filmes e dos pps, essas coisas em que a gente só faz click uma duas vezes, e depois é repimpar-me na cadeira e abrir a boca de espanto e sorriso d'abano a abano!... o fdp do Windows Media Player diz-me que não abre nem assim nem assado.
Assim pergunto humildemente se me podem dizer onde está escondida a chave do cinto de castidade que protege o vosso espólio pois nestas merdas, além de e-loiro, eu sou um bocado a puxar para o comunista: ou comem todos ou não come nenhum. A minha tristeza é tal que me imagino ostracizado, abandonado sem rzão que almeje aos prazeres dos olhos, encaminhado para o patíbulo do onanismo de olhos fechados que, embora não seja assim tão pouco virtuoso como às primeiras pareça, também farta e eu cá gostava de ver uns filmecos para desenjoar. Até porque tenho pesadelos com guilhotinas de chouriços - nunca entro num talho.
Mas não formem má opinião a meu respeito, rogo-vos: embora praticante ocasional da 'coisa a solo' (e quem não, hein?) nem quando me olho ao espelho nem quem me conhece nas intimidades inteiras ou semi inteiras diz que serei famelga dos uga-uga que, d'olhos tortos e mão no bicho, toca a descascar bananas de olhos vidrados no monitor. Se gosto de recrear o cérebro e estar informado sobre as novidades do métier, isso é mero fait divers e não dispenso um beliscão malandro, um afago suave que em horas de sorte (las hay, las hay...) conduza à carne cravada na carne, à bendita sofreguidão dos corpos que se engalfinham e, ávidos pelas securas dos dias e das sacanas das cãs das ilusões perdidas, mordem, lambem e mais o resto, até ao piu final, gritado, rosnado, saciado.
Aí sou adicto, sou mangusso e com muita honra. Mas um filminho.... enfim, dão-me uma dica de como (vos) espreitar pelo buraco da fechadura?
Vosso indefectível e respeitoso admirador, ouso até dizer-me fã,
c. gil"