Filmes da campanha de sensibilização para a realização do teste VIH/sida, lançada pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida em Julho de 2008. Escrito, produzido e realizado pela Monomito Argumentistas.
01 agosto 2008
31 julho 2008
Dois por Quatro
Havia algo de sujo naquelas paredes, naqueles corpos inundados em suor, num aroma quente que revelava um corpo noutro corpo. Da casa ao lado ouvia-se a música. Surgira assim, sem que te desses conta. Foi como o momento. O som tinha atravessado as paredes sujas, insurgindo-se contra a escuridão imensa que tomava conta do quarto e do silêncio.
Estávamos em silêncio.
Levantaste-te para abrir a janela e deixar entrar o som que vinha da casa ao lado. A divisão estava agora iluminada pela luz do candeeiro lá de fora, a noite quente entrava sem pedir licença, como a música. Aproximaste-te de mim que estava abandonada em frente ao espelho vazio e a música aproximou-se contigo.
Permanecemos em silêncio.
Vi-te do espelho e senti a tua respiração quente quando te aproximaste, o frémito do teu corpo. Mais alto, maior, envolvias-me assim só com a imagem, só com aquele olhar imenso que me lançaste pelo espelho. Deixei cair um pouco a cabeça de lado e senti o teu queixo a pousar-me sobre o ombro, as mãos a percorrerem-me os braços até às mãos inertes, o peito cada vez mais perto das minhas costas. Respirava fundo, o decote em v revelava a pele morena e a respiração ofegante, ritmada com o compasso de dois por quatro. Deixaste-te ficar a admirar o quadro, fechaste os olhos e inspiraste fundo. Era doce o aroma daquela mulher que tinhas ali junto de ti, tão próximo. Pegaste-me na mão, soou o acordeão, o violino e todos os outros instrumentos que davam corpo ao som que nos entrava pela janela dentro, num movimento rápido colocaste-a sobre o teu pescoço prendendo-me numa posição que nos deixava apenas a alguns centímetros um do outro.
Como se os nossos corpos fossem duas entidades separadas de si mesmas começaram a descrever passos certos, eficazes, como se se namorassem assim naquela dança. Eu rodava nos teus braços, as nossas pernas entrelaçavam-se, cruzavam-se e descruzavam-se quase como se fossem encontros fortuitos entre dois amantes que se desejam arduamente. A música abrandava o seu ritmo e o meu corpo insinuava-se a cada passo, revelando cada curva por debaixo do vestido vermelho de renda negra coberto, o ritmo acelerado fazia com que a respiração me saísse ansiosa pelos lábios vermelhos, o rubor subia-me à face e compunha bem a pele morena, uma madeixa caía-me pela cara e acompanhavam bem o conjunto de músicos da casa ao lado, balançando de cá para lá, lançando no ar um aroma perfumado. Estava maravilhada, sentia-te ali a cada passo, estavas melhor do que nunca, estávamos melhores do que nunca, assim, em silêncio, abandonados aos impulsos primários despertos pela música. O teu corpo vibrava num magnetismo tal que não me permitia errar um único movimento. Atraias-me através dos toques certos, do ímpeto com que puxavas o meu corpo de encontro ao teu e tão depressa o abandonavas e me forçavas a procurar-te.
Eram segredos dançados sobre a luz amarelada que batia no soalho de madeira.
A música tocava e nós sem nunca nos cansarmos continuávamos a dar provas dum entendimento sem antecedentes. Tínhamos despertado quentes, vibrantes, sequiosos um do outro. A música violava-nos a cada nota, num jogo de insinuação e provocação que nos incitava a continuar. A música parou, já tinha parado outras vezes, mas agora a tensão entre nós já tinha chegado ao limite do suportável, já não eram só corpos, éramos nós ali. Eu estava deitada sobre o teu braço, uma perna enlaçada na tua cintura… deixei cair a cabeça para trás cansada, arrebatada, sentindo pulsar em mim todo o sangue e o coração a bater em todo o corpo. Estavas cansado também, mas continuavas forte, prendendo-me no teu braço, suado daquela conversa, daquele debate entre o desejo e a acção.
Ficámos quietos assim um instante, aquele instante em que a música parou, para logo recomeçar.
Mas nós não, nós mantivemo-nos parados perdidos algures num tempo até que a tua mão caiu suave mas decidida sobre o meu pescoço, desceu pelo meu peito devagar, escorregando, fazendo notar a sua presença, conquistando-me. Quando finalmente me seguraste pela cintura ergui o meu corpo, coloquei a minha mão na tua nuca e com um movimento desviei um pouco o teu pescoço, que beijei como se ainda dançássemos ao som daquela música. As tuas mãos encontraram o fecho do meu vestido e, à medida que eu ia percorrendo o teu peito de beijos por entre a camisa entreaberta, tiraste-mo, devagar, palmilhando-me, dedilhando-me como se tocasses a guitarra do som que nos envolvia. Passei as minhas mãos pelas tuas pernas até que elas encontrassem o teu peito vibrante, afastei a camisa fazendo com que esta caísse no chão. As nossas bocas faziam-se agora rodeios, provocando-se por mútuo acordo, como se fossem as pernas de há pouco, até que se entrelaçaram e as nossas línguas se cruzaram.
Deixámos os nossos corpos cair sobre o soalho iluminado desculpados por um ou outro acorde mais cheio que nos entrava pela janela.
Havia algo de sujo naquelas paredes, naqueles corpos inundados em suor, um aroma quente que revelava um corpo no outro. Da casa ao lado já não se ouvia música, continuávamos em silêncio e era o sol quem entrava agora inundando o soalho, revelando-nos despidos sobre uma dança que se fez de sombras.
Estávamos em silêncio.
Levantaste-te para abrir a janela e deixar entrar o som que vinha da casa ao lado. A divisão estava agora iluminada pela luz do candeeiro lá de fora, a noite quente entrava sem pedir licença, como a música. Aproximaste-te de mim que estava abandonada em frente ao espelho vazio e a música aproximou-se contigo.
Permanecemos em silêncio.
Vi-te do espelho e senti a tua respiração quente quando te aproximaste, o frémito do teu corpo. Mais alto, maior, envolvias-me assim só com a imagem, só com aquele olhar imenso que me lançaste pelo espelho. Deixei cair um pouco a cabeça de lado e senti o teu queixo a pousar-me sobre o ombro, as mãos a percorrerem-me os braços até às mãos inertes, o peito cada vez mais perto das minhas costas. Respirava fundo, o decote em v revelava a pele morena e a respiração ofegante, ritmada com o compasso de dois por quatro. Deixaste-te ficar a admirar o quadro, fechaste os olhos e inspiraste fundo. Era doce o aroma daquela mulher que tinhas ali junto de ti, tão próximo. Pegaste-me na mão, soou o acordeão, o violino e todos os outros instrumentos que davam corpo ao som que nos entrava pela janela dentro, num movimento rápido colocaste-a sobre o teu pescoço prendendo-me numa posição que nos deixava apenas a alguns centímetros um do outro.
Como se os nossos corpos fossem duas entidades separadas de si mesmas começaram a descrever passos certos, eficazes, como se se namorassem assim naquela dança. Eu rodava nos teus braços, as nossas pernas entrelaçavam-se, cruzavam-se e descruzavam-se quase como se fossem encontros fortuitos entre dois amantes que se desejam arduamente. A música abrandava o seu ritmo e o meu corpo insinuava-se a cada passo, revelando cada curva por debaixo do vestido vermelho de renda negra coberto, o ritmo acelerado fazia com que a respiração me saísse ansiosa pelos lábios vermelhos, o rubor subia-me à face e compunha bem a pele morena, uma madeixa caía-me pela cara e acompanhavam bem o conjunto de músicos da casa ao lado, balançando de cá para lá, lançando no ar um aroma perfumado. Estava maravilhada, sentia-te ali a cada passo, estavas melhor do que nunca, estávamos melhores do que nunca, assim, em silêncio, abandonados aos impulsos primários despertos pela música. O teu corpo vibrava num magnetismo tal que não me permitia errar um único movimento. Atraias-me através dos toques certos, do ímpeto com que puxavas o meu corpo de encontro ao teu e tão depressa o abandonavas e me forçavas a procurar-te.
Eram segredos dançados sobre a luz amarelada que batia no soalho de madeira.
A música tocava e nós sem nunca nos cansarmos continuávamos a dar provas dum entendimento sem antecedentes. Tínhamos despertado quentes, vibrantes, sequiosos um do outro. A música violava-nos a cada nota, num jogo de insinuação e provocação que nos incitava a continuar. A música parou, já tinha parado outras vezes, mas agora a tensão entre nós já tinha chegado ao limite do suportável, já não eram só corpos, éramos nós ali. Eu estava deitada sobre o teu braço, uma perna enlaçada na tua cintura… deixei cair a cabeça para trás cansada, arrebatada, sentindo pulsar em mim todo o sangue e o coração a bater em todo o corpo. Estavas cansado também, mas continuavas forte, prendendo-me no teu braço, suado daquela conversa, daquele debate entre o desejo e a acção.
Ficámos quietos assim um instante, aquele instante em que a música parou, para logo recomeçar.
Mas nós não, nós mantivemo-nos parados perdidos algures num tempo até que a tua mão caiu suave mas decidida sobre o meu pescoço, desceu pelo meu peito devagar, escorregando, fazendo notar a sua presença, conquistando-me. Quando finalmente me seguraste pela cintura ergui o meu corpo, coloquei a minha mão na tua nuca e com um movimento desviei um pouco o teu pescoço, que beijei como se ainda dançássemos ao som daquela música. As tuas mãos encontraram o fecho do meu vestido e, à medida que eu ia percorrendo o teu peito de beijos por entre a camisa entreaberta, tiraste-mo, devagar, palmilhando-me, dedilhando-me como se tocasses a guitarra do som que nos envolvia. Passei as minhas mãos pelas tuas pernas até que elas encontrassem o teu peito vibrante, afastei a camisa fazendo com que esta caísse no chão. As nossas bocas faziam-se agora rodeios, provocando-se por mútuo acordo, como se fossem as pernas de há pouco, até que se entrelaçaram e as nossas línguas se cruzaram.
Deixámos os nossos corpos cair sobre o soalho iluminado desculpados por um ou outro acorde mais cheio que nos entrava pela janela.
Havia algo de sujo naquelas paredes, naqueles corpos inundados em suor, um aroma quente que revelava um corpo no outro. Da casa ao lado já não se ouvia música, continuávamos em silêncio e era o sol quem entrava agora inundando o soalho, revelando-nos despidos sobre uma dança que se fez de sombras.
30 julho 2008
A t-shirt «Amor é... não cuspir» está a ser um sucesso
Blogotinha - vagueia por aqui (e deixa tudo molhadinho...)
A Minha Matilde & Cª - Escolheu a t-shirt da semana.
Blog do Katano - Continuo sem perceber como é que dei cabo do tino a este rapaz, mas o que é certo é que dei. Diz ele desta t-shirt: "A São Rosas, sempre atenta às oscilações do mercado, que é como quem diz, as curvas da oferta e da procura, acaba de lançar mais uma fantástica t-shirt, numa grande jogada de marketing que assenta numa relação subtil: trata-se de uma t-shirt, é Verão, no Verão anda-se na rua é com t-shirts. Esta em particular constitui uma bela possibilidade de presente, por exemplo, para aquela tia-avó muito simpática que nos dá sempre um torrãozinho de açucar quando vamos lá a casa e ainda não percebeu que entretanto já crescemos um pouco, e promete ser a sensação deste Verão". É do Katano!
A Minha T-Shirt - Escolheu a t-shirt da semana. Comentário de Å®t Øf £övë: "Como se costuma ouvir dizer, não há definição para o amor. Talvez por isso haja tantas, mas confesso-te que esta ainda não conhecia, e está bem original".
E depois admiram-se que eu esteja sempre molhadinha... hmmm...
Já sabes: encomendar até é mais fácil que... engolir!
Tudo ao molho e fé em Deus
As serpentes encantam-se com orgias de tudo ao molho e fé em Deus. A fêmea espalha uma poderosa feromona que impele os machos a movimentarem-se pela pilha de cobras e a saltarem-lhe para cima. Não importa que sejam vários a disputar a fêmea porque após uma luta, pelo menos um deles conseguirá usar um dos seus 2 pénis na cloaca da fêmea e o objectivo será cumprido.
Já as cobras de jardim não se dão a tantas canseiras uma vez que são hermafroditas e por isso, serve qualquer uma que esteja ali à mão de semear. Esfregam as faces para engravidar porque a biologia lhes prantou o pénis ao pé dos seus narizes.
29 julho 2008
Os aristocratas casam à inglesa, quer dizer, depois da bênção nupcial, os esposos vão como estudantes em férias, ocultar a sua felicidade no estrangeiro ou nalgum local aprazível. Para evitar um mal, vão procurar outro pior. Porque se reconhecerá sem esforço que um quarto dum hotel que tem servido a todos e a todas, é um santuário indigno da primeira noite de amor legítimo. A desposada não conservará daquele tálamo alugado, nem daquele templo de ocasião, onde foi sacrificada a sua virgindade, recordação alguma que, passado tempo, lhe possa trazer à memória um eco da inigualável emoção e daquela hora única da sua vida! Uma hora depois da partida dos desposados, irá ocupar aquela cama uma aventureira vulgar que se reclinará com indiferença no mesmo leito em que duas almas para sempre se uniram.
Luiz G. Salazar.1931:55
Afundaram no buraco ao lado
Informamos os caros utilizadores que procuraram:
“brinquedos coimbra”
Diz a lenda que a Funda São é para esses lados e o futuro museu também poderá vir-se a ser. Depois de estar em pé poderás ver in loco os toys da São.
Notas e Moedas: Aceitam-se patrocinadores.
“vela sa foder”
Para quem queria velas a foder ... aqui está no nosso serviço púbico e delicia-te com a foto.
Se pretendias “vê-las a foder" tens de ser mais explícito no que pretendes: posição, tara, quantidade, qualidade, etc. Outra hipótese é casares e vais ver a tua mulher a foder-te o juízo todos os dias, por vezes até permanentemente... excitante, não é?
Acreditando que era mesmo velas ... cuidado onde as metes, pois caso seja num local muito quente... estas podem derreter.
“brinquedos coimbra”
Diz a lenda que a Funda São é para esses lados e o futuro museu também poderá vir-se a ser. Depois de estar em pé poderás ver in loco os toys da São.
Notas e Moedas: Aceitam-se patrocinadores.
“vela sa foder”
Para quem queria velas a foder ... aqui está no nosso serviço púbico e delicia-te com a foto.
Se pretendias “vê-las a foder" tens de ser mais explícito no que pretendes: posição, tara, quantidade, qualidade, etc. Outra hipótese é casares e vais ver a tua mulher a foder-te o juízo todos os dias, por vezes até permanentemente... excitante, não é?
Acreditando que era mesmo velas ... cuidado onde as metes, pois caso seja num local muito quente... estas podem derreter.
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