01 setembro 2008

J. preparou uma noite especial.
Comprou velas, óleos de massagem e deixou uns incensos a arder pela casa fora.
Quando R. chegou do trabalho, tinha um banho à sua espera. R. estava só de camisa de dormir, curta e insinuosa e deixou J. a sós no banho de imersão. Ao sair da casa de banho, R. deparou-se com J. deitada na cama, iluminada pela luz das velas. J. pediu que se deitasse de barriga para baixo... secou-o e dedicou-se ao seu corpo.
Com óleos por perto e a sensibilidade à flor da pele, J. dedicou-se à massagem, ao envolvimento da pele de R. em óleos saborosos e cheirosos. Os ombros, as costas, o fundo das costas. E R. já se sentia entusiasmado, o tesão aumentava, embora permanecesse tranquilo. Sentia-o cada vez mais rijo, com o prazer de sentir as mãos de J.
J. sentou-se em cima de R., na zona lombar, para acentuar a massagem. Deixava escorregar os seus seios pelas costas de R.
Mamilos erectos.
Prazer.
Tesão.
- Vira-te, disse J. ao ouvido de R.
O tesão de R. despertou um sorriso em J., que o deixou «sofrer» um pouco mais. Massajou os ombros, o peito, aproximou-se do umbigo e num toca e foge, sentiu o tesão de R. na sua mão. Pulsava de prazer. J. já estava mais do que húmida e sedenta de o sentir. Lambeu-o do pescoço até ao umbigo, olhando R. nos olhos, «provocando-o», sem lhe tocar. Mas nem ela aguentava mais: queria tê-lo nas mãos, lambê-lo, sugá-lo, saboreá-lo.
Massajou o pénis de R., de cima a baixo, envolvendo-o nos óleos que ela própria queria lamber e degustar.
Passou a língua muito suavemente, segurando-o com a mão, alternando o toque da mão com uma lambidela de prazer.
Prazer em dar prazer.
J. não queria que R. a tocasse, já se sentia húmida e satisfeita com o acto de dar prazer. R. não aguentava de prazer: tinha-o todo dentro da boca de J., que saboreava os óleos e o tesão...
R. disse: posso?
J. nem pestanejou e R. veio-se dentro da sua boca.
Com prazer, J. engoliu o néctar, o resultado da massagem, do toque, do tesão...
Era a vez de R. saborear... J. já palpitava pela sua língua e pelos seus dedos.
R. lambeu-a toda, fazendo-a vir-se com os seus dedos, deixando-a no ponto para um noite de sexo suado, sedento e prazenteiro.

CISTERNA da Gotinha


"Fleshmap is an inquiry into human desire, its collective shape and individual expressions. In a series of studies, we explore the relationship between the body and its visual and verbal representation".

8 Sex Toys que estão mesmo à mão, ou onde se quiserem enfiar.

Satyromania - desenhos eróticos de Marc Blanton.

Depois das limpezas de Verão aqui no Blog, a São Rosas precisa mesmo de se
sentar e descansar um pouco.


Não deites foguetes antes da festa!


Uma parceria com http://www.acefalos.com/

31 agosto 2008

Senhor Multiópticas


Usar teledisco ou videoclip define logo a idade de quem o diz e por esta ordem de ideias ele era velho até já com direito a toque rectal.

Mas até conseguíamos ouvir as mesmas músicas desde que a escolha pendesse para os lados dos fados e como ele continuava a picar o ponto lá seguia a orquestração. Prometia invariavelmente da próxima aguentar mais como se cada pranchada fosse uma partida de xadrez cronometrada. E com a mesma frieza era capaz de me beijar apenas com os lábios como se o resto do corpo fosse um acessório dispensável para a ocasião. Quando o encostava à parede com o peso do meu corpo, uma mão entre o pescoço e a nuca, outra a cravar-se-lhe nas nádegas e as ancas a dançarem-me ostensivamente de encontro aos seus galões masculinos ele chupava-me a boca com o cu de galinha dos lábios em riste e esforçadamente lá fazia cinco dedos borboletarem-me pelo traseiro como se temesse o voyeurismo das paredes ou a culpa da luxúria escorresse desalmadamente por si e lhe congelasse os movimentos.

Até que lhe podia fazer um desconto de acordo com a idade mas temo que não existam dioptrias para corrigir a ignorância de não se saber dar a alguém.

Saíu o número 2 da Com'Out

Informámos aqui a saída do primeiro número da Com'Out, dedicada a temas relacionados com a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros). Mereceu muitos comentários interessantes dos nossos membros e membranas.
Pois agora aí está o número 2, que já comprei, li e recomendo. Com a devida vénia, transcrevo aqui o editorial «It’s the economy, stupid»:
"Chueca, dez anos atrás. O bairro madrileno não passava de um pardieiro, interdito a quem prezava pela sua segurança. Situado no coração da capital espanhola, começou a ganhar vida à medida que a comunidade LGBT ia mudando com armas e bagagens. Abriram lojas, cafés, bares e a zona revitalizou-se em poucos anos. Hoje, é um dos locais mais estimulantes da cidade, onde praticamente todos os madrilenos – e não só – se sentem à vontade. E assim renasceu das cinzas um bairro inteiro.
A indústria relacionada com o segmento LGBT em Espanha movimenta muitos milhões por ano. Simplesmente porque o mercado começou a perceber que o dinheiro vindo da comunidade tinha o mesmo valor do que o da “outra” comunidade. Os pruridos e os preconceitos desapareceram. Um grupo economicamente forte é sinónimo de voz forte. E o que os anos de manifestações não fizeram, fez a economia. O poder político vergou-se. E agora não há partido que não tenha o chamado candidato G.
Tudo isto para chegar aonde? Mesmo aqui ao cantinho da Península Ibérica: nós.
É inacreditável o atraso de certas mentes lusas. Não é fácil ouvir das empresas que obtêm grande parte dos seus lucros à custa da população LGBT a frase: “Lamentamos, mas a nossa política é não nos associarmos a revistas destinadas a gays e lésbicas”. Para não ficarem “conotados”. Como se um produto ou serviço que interessa a toda a sociedade perdesse o seu valor simplesmente por ser publicado num órgão de informação LGBT. Moral da história: Gostamos muito do vosso dinheiro, mas de vocês nem por isso. Bonito, não acham?
Vai já sendo altura de estes espíritos abrirem bem a pestana e olharem para o vizinho, onde por exemplo nesta gay pride não houve marca que não quisesse associar-se à parada. Sob o risco de qualquer dia ouvirem a frase: “It’s the economy, stupid”."



E a citação que fizeram do meu post sobre a revista deixa-me toda molhadinha:


crica para visitares a página John & John de d!o

30 agosto 2008

Soy una célula



Soy una célula
miendo mi ataúd
cada día,
dentro de un cuerpo
que desconozco.

Sin vida.
Soy una puta,
una presa fácil
travestida
por una mente
masculina.
Incomprendida.

Me nutro de heces
fluidos y palizas.
Y nunca consigo:
penetrar.

¡Oh, Dios mío!
dame una metamorfosis
genital.


El artista desnudo

«Citius, Altius, Fodius» - Uuuuh que fixe!

Vocês que viram os Jogos Olímpicos são uma cambada de pussys. É isso que vocês são. Vão lá ao dicionário e procurem PUSSY. Tá lá uma fotografia vossa ao lado. Tá ou não tá? Mas tenho a salvação para os que pensam como eu. Wrestling Feminino nos Jogos Olímpicos. Tão a imaginar? Gajas boas à porrada? Dividido em várias categorias. Imaginem... "Na Lama", "Em Pudim de Chocolate", "Tudo ao Molho", "Como Vieram ao Mundo" e finalmente "À Minha Volta"... ganda cena meu. Isso sim é que era bonito de se ver...

E claro que... BONITO, BONITO... é melhor eu não dizer senão depois levo no focinho.

... é de mim ou aquela... aquela senhora tá com a cara na... na PATCHÁ... na PATCHÁTCHA... da outra menina? (que por acaso não parece muito incomodada)

Aaaaaaaaah! Que festim para as vistas.

Orangina - naturellement pulpeuse

Notícia do IOL Diário - O anúncio à bebida Orangina no Reino Unido, a tradicional Fanta de Laranja, agitou o mercado com o anúncio sexy à bebida e depressa se fizeram ouvir críticas por parte das organizações que defendem os direitos das crianças.

29 agosto 2008

Copos num BAR e Conversas improváveis

por Charlie

... a morte é a nossa última queca em que só um lado é que goza...

Estive há dias novamente com ela.
À roda dum copo numa conversa em tom baixo, música suave e olhos nos olhos, lendo para além das palavras em cada pequeno jeito nos traços do rosto, cada pequeno sorriso, cada inflexão de voz.
- A vida não é apenas o intervalo entre umas quecas? - Disse ela após termos abordado, entre duas taças, diversos aspectos do eterno tema – Desde a queca a partir de onde foste feito até à tua última ?
- Bem, é um ponto de vista.- Respondi. - mas dito assim posso discordar. Há gente que nunca passou por uma experiência sequer em toda a vida, olha os místicos. Eremitas e sacrossantos que passam a vida em êxtase contemplativo....
- Desculpa mas estás enganado, Carlos. – Interrompeu. – As experiências místicas não mais são que uma forma intensa de sublimação da sexualidade. É sabido, e até guardado nas gavetas do desconforto da Igreja, as situações de orgasmo sentido por todo o corpo pelas noviças e interpretadas por elas como transe divino, de comunicação com o Senhor, com o transcendente. Elas em profunda paixão por esse figura quase nua, crucificada, Jesus filho de Deus, de olhos fechados entregues a quê? Diz-me, Carlos; entregues ao amor. E o que é o amar senão o gostar muito consubstanciado nessa entrega e posse mais intensa que nos está nos genes e nos vem ao cimo, mesmo que inconscientemente?: O sexo!
Olhei para ela e esperei um pouco.
- Tens razão nesse pormenor, - continuei já no uso da palavra enquanto, pegando-lhe na mão, brincava com os seus dedos - e até é sabido os castigos que as Madres Superiores infligiam às pobres desgraçadas quando elas numa pura ingenuidade lhes confiavam e descreviam, exultantes, as suas primeiras experiências de êxtase. Sabemos o que lhes acontecia depois dum enorme raspanete: Mortificação da carne, flagelação e jejum, oração para afastar os pensamentos pecaminosos que o Demónio habilmente lhes induzia disfarçados de prazer na adoração a Deus. Fechadas depois em celas de castigo, perdidas entre uma adoração abstracta e assexuada por um Senhor, que sendo homem não podia ter sexo nem ser Icon de prazer, e a verdade natural de ser-se mulher atirada pela lógica da razão irracional, passe o paradoxo, para os confins dos campos do mal.
- Bem, - interrompeu ela, - mas os conventos não eram só isso. Estás a esquecer-te dessas outras, noutras fases da História, que faziam das celas autênticos bordéis.
Acenei positivamente embora respondesse num tom de meia discordância.
- Bem, bordéis não diria tanto, mas lá que faziam as suas orações em ambiente privado e bem mais animado do que as desgraçadas de que falei agora, isso acredito. Mas quando discordava de ti quanto à vida ser o intervalo entre duas quecas, queria dizer além do que falámos sobre os místicos, que a última queca da vida, não quer dizer o fim dela. Há imensa gente que vive imenso tempo depois de que o corpo tenha deixado de sentir qualquer apelo.
- Acreditas nisso, Carlos? É o corpo que seca ou são os braços que baixam, presos a relações que há muito deixaram de ser nascente? Quantas vezes após um divórcio, gente com uma certa idade redescobre a vida, outros até descobrem-na verdadeiramente... Seja como for, repara, a morte é a nossa última queca em que só um lado é que goza. Quando morremos estamos feitos, fodidos...
Rimo-nos, e pegando-lhe nas mãos beijei-lhe as falanges, os polegares, à medida que ela encolhia os braços fazendo aproximar-nos os lábios. Detivemo-nos um instante, bocas frente a frente a um mero gesto do encontro, guardando o momento naquele limbo fantástico do cai-não-cai do caminhante a atravessar uma ponte de cordas suspensas e que de repente olha para baixo, a dezenas de metros onde corre mais rápido que o olhar, um portentoso rio por entre pedras e restos de troncos, sequiosos por dilacerar as carnes suspensas em vertigem. Afastámo-nos.
- Porque andas nesta vida, perguntei-lhe? Sabes falar de tantos assuntos, és inteligente e culta. Pergunto-me que tipo de conversas terás com certos tipos que apenas procuram Lolitas estúpidas e dar umas quecas...-
- Olha para mim. - Interrompeu. – O que te atraiu em mim? Não foi o corpo? Tal como eles. Mas meu querido, sou eu quem escolhe. Tenho os meus clientes certos que só são certos enquanto eu quiser. Uns conversam duas horas sobre os filhos, outros sobre pormenores dos negócios. Outros levam-me a sítios extraordinários, reservados só a alguns e que passei a conhecer e a incorporar na minha experiência pessoal... Na verdade ando nisto porque gosto, entendes? Gosto de conhecer gente, homens diferentes, rasgar fronteiras. Mete-me horror saber que teria de passar toda a vida com um deles embora me saibam bem os momentos em que eles me tratam nas palmas das mãos, das prendas e do dinheiro que generosamente me pagam para que eu seja só deles. Se queres saber sou como tu: gosto de foder, gosto de ti, falar contigo, rir-me contigo, levar-te para a minha cama, acordar ao teu lado e mandar-te embora, de preferência depressa, para que mais depressa sinta saudades tuas depois de estar com eles... Sou assim, entendes?

- Sim entendo, claro que entendo, - disse olhando para ela horas depois enquanto sem ruído calçava os sapatos e abotoava a camisa para que sem a acordar saísse depois porta fora rumo à minha casa. Para o duche tomado a sós...

Cinema Jugoslavo - 1960's



Do que eles se lembram!...

«The Wizard of Ass»