30 outubro 2008
29 outubro 2008
Isto é pornografia!
"Mulher somali lapidada por adultério
Extremistas islâmicos da Somália executaram uma mulher de 23 anos, por lapidação. A mulher foi acusada de adultério na localidade de Kismayu, no Sul do país.
Esta é a primeira execução pública levada a cabo pelas milícias islâmicas da Somália desde 2006, quando o grupo dominava a capital, Mogadíscio. Desde então os extremistas foram afastados após a aliança entre os governos somali e etíope.
Centenas de pessoas assistiram à execução e, segundo presentes no local, as milícias terão informado a população que a mulher se tinha oferecido para ser castigada. Mas a irmã da vítima afirmou que foi uma execução sem lógica nem respeito pelos princípios religiosos. Pelas regras do islão, a mulher só poderia ser executada se quatro testemunhas e o homem com quem cometeu adultério confirmassem publicamente o crime.
Para controlar a população indignada com a execução, os guardas islâmicos dispararam sobre a população e mataram uma criança."
Jornal Público - 2008.10.29
Comentário do Charlie - "Depois da mulher morta por uma acção do mais que pode haver de irracional no comportamento Humano, seria fastidioso e quiçá mal aceite fazer o fecho do argumento: Sendo a religião (as religiões de modo geral) campo do sobrenatural intangível e que nasceu de tudo o que a razão não abrange, cabe perfeitamente a atitude dos que dispararam sobre a multidão.
E não! Peremptoriamente não! Não nos cabe o cínico gesto de repulsa acompanhado duma estúpida condescendência por supostamente serem mais «atrasados».
Também nós espalhámos a Fé pela cruz e pela espada, e queimámos vivos os que tinham, sobre a transcendência, outras sensibilidades.
Se alguma coisa devemos a esta mulher é apenas o muito Cristão bater com a mão no peito, mas apenas só uma vez.
Depois é arregaçar mangas e actuar.
Derrubar o preconceito e a ignorância: ela é o único crime!"
Extremistas islâmicos da Somália executaram uma mulher de 23 anos, por lapidação. A mulher foi acusada de adultério na localidade de Kismayu, no Sul do país.
Esta é a primeira execução pública levada a cabo pelas milícias islâmicas da Somália desde 2006, quando o grupo dominava a capital, Mogadíscio. Desde então os extremistas foram afastados após a aliança entre os governos somali e etíope.
Centenas de pessoas assistiram à execução e, segundo presentes no local, as milícias terão informado a população que a mulher se tinha oferecido para ser castigada. Mas a irmã da vítima afirmou que foi uma execução sem lógica nem respeito pelos princípios religiosos. Pelas regras do islão, a mulher só poderia ser executada se quatro testemunhas e o homem com quem cometeu adultério confirmassem publicamente o crime.
Para controlar a população indignada com a execução, os guardas islâmicos dispararam sobre a população e mataram uma criança."
Jornal Público - 2008.10.29
Comentário do Charlie - "Depois da mulher morta por uma acção do mais que pode haver de irracional no comportamento Humano, seria fastidioso e quiçá mal aceite fazer o fecho do argumento: Sendo a religião (as religiões de modo geral) campo do sobrenatural intangível e que nasceu de tudo o que a razão não abrange, cabe perfeitamente a atitude dos que dispararam sobre a multidão.
E não! Peremptoriamente não! Não nos cabe o cínico gesto de repulsa acompanhado duma estúpida condescendência por supostamente serem mais «atrasados».
Também nós espalhámos a Fé pela cruz e pela espada, e queimámos vivos os que tinham, sobre a transcendência, outras sensibilidades.
Se alguma coisa devemos a esta mulher é apenas o muito Cristão bater com a mão no peito, mas apenas só uma vez.
Depois é arregaçar mangas e actuar.
Derrubar o preconceito e a ignorância: ela é o único crime!"
A tia da Branca de Neve
Agradeço a oportunidade que através da vossa revista me dão de repor a verdade nesta história da Branca de Neve. Quando conheci o pai dela eu pouco passava dos vinte aninhos e digamos que ele se afeiçoou ao sorriso pestanudo que eu lhe servia com o café da manhã em plena Baixa lisboeta. Depois ele começou a vir tomar outro a seguir ao almoço, outro a meio da tarde e outro ao final da tarde mesmo antes de ir para o Gambrinus e eu fui compelida a debruçar-me mais sobre o balcão para me amparar que uma mulher não é imune a estas atenções.
Não tenho é culpa nenhuma que a mãe dela tenha falecido no parto porque na altura não tinham a mínima consciência de fazer uma ecografiazeca e até foi um susto de primeira quando um empregado daquele romântico hotel de Sintra nos veio bater à porta do quarto para nos dar a triste notícia recebida no telefone da recepção. Isto tudo para explicar que nunca a Branca de Neve me tratou por madrasta que desde pequena a vivermos na mesma casa, ela sempre me tratou por tia em resposta aos meus a menina Biba isto, a menina Biba aquilo, a Bibita faça o favor de, tudo sempre numa economia de beijos, de um à vez atirado de raspão nas faces para não ficarmos todos besuntados como azeiteiros que uma pessoa da nossa estirpe tem de manter uma distância de segurança como os automóveis nas auto-estradas para não sermos atropelados por qualquer um.
Ela é que sempre se queixou de falta de abraços e de beijos lambuzados como se fosse uma miúda ranhosa de uma qualquer escola pública e foi problemático consegui-la fazer acreditar durante a juventude que sete namorados de uma assentada não se coadunava com o seu estatuto, sobretudo porque não ocultava o seu comportamento dos paparazzi e as fotos comprometedoras apareciam até na Hola espanhola.Foi aliás para seu bem que a enclausurei na redoma da nossa casa apenas exposta a filhos de famílias com bom nome na praça até um deles se decidir a dar-lhe um beijo em cheio nos lábios e não na face e agora vivem felizes para sempre na Quinta da Marinha.
O livro mais recente da minha colecção é de 1826
São dois volumes
das «Poésies Érotiques» por P. F. Tissot
com um estudo de 55 páginas sobre a poesia erótica
e as restantes páginas dos dois volumes com poesia erótica em francês e latim.
"(...) Rien ne peut, ô femme adorée!
De tes lèvres de rose arracher ma fureur (...)"
Excerto de «Baiser second», Vol. II, pág. 11
28 outubro 2008
Sexo com...
...aspirador numa estação de serviço...
Raim's blog
Legendado por Retrocesso:
"O aspirador Almeida
estava todo consolado
estava a apanhar na peida
a passar um bom bocado
chega o guarda de repente
acaba com a brincadeira
mas que cena deprimente
que puta de galiqueira.
- estava tudo muito bem
diz o Almeida coitado
- o senhor guarda também
quer passar um bom bocado?"
Trocas
O meu maior afrodisíaco foste tu.
As tuas pálpebras cerradas e os teus lábios entreabertos pelo desejo...
O acelerar da tua respiração, o perfume do teu corpo...
Nao há outra imagem, nem som, nem nada....
O meu maior prazer foi o teu.
CISTERNA da Gotinha
Muitas mulheres juntas... não pode ser coisa boa.
How To Tell If She Has Fake Boobs - um guia explicativo.
Who's Nailin' Paylin? - o filme que Hollywood aguardava com ansiedade.
Pixelles - galeria excelente.
é uma questão de... tamanho?
Um homem anda com três mulheres e está a tentar decidir com qual delas deverá casar. Dá a cada uma delas cinco mil euros para ver o que farão com o dinheiro.
A primeira faz uma mudança de visual total. Vai a um cabeleireiro da moda, arranja o cabelo, as unhas, faz uma limpeza de pele e compra várias roupas novas. Diz-lhe que o fez para ficar mais atraente para ele, porque o ama muito.
A segunda compra-lhe uma série de presentes. Oferece-lhe um conjunto novo de tacos de golfe, alguns acessórios para o computador e roupas caras. Diz-lhe que gastou todo o dinheiro com ele porque o ama muito.
A terceira mulher investe o dinheiro na bolsa de valores e multiplica os cinco mil euros. Devolve-lhe o dinheiro e reinveste o restante numa conta conjunta. Diz-lhe que quer investir no futuro de ambos porque o ama muito.
Qual das três é que ele escolhe?
Resposta: a que tem as mamas maiores.
Texto de Thomas Cathcart e Daniel Klein, do livro Platão e um ornitorrinco entram num bar, p.191
Fotografia retirada da página Olhares de honey
27 outubro 2008
Olá,
Meu nome é Simone. Simone de Beauvoir.
Sou completamente fascinada pela vida humana, por vozes e por toalhas de banho.
Cada dia da minha vida dava um filme.
Contra todos os preceitos impostos pela sociedade vou tentar aqui mostrar o que é ser uma mulher que gosta de engatar, foder e jogar fora. Os lençóis da minha cama e as toalhas de banho têm histórias intermináveis.
Diálogos e monólogos, homens e mulheres que não são mais do que peões num tabuleiro de xadrez.
Meu nome é Simone. Simone de Beauvoir.
Sou completamente fascinada pela vida humana, por vozes e por toalhas de banho.
Cada dia da minha vida dava um filme.
Contra todos os preceitos impostos pela sociedade vou tentar aqui mostrar o que é ser uma mulher que gosta de engatar, foder e jogar fora. Os lençóis da minha cama e as toalhas de banho têm histórias intermináveis.
Diálogos e monólogos, homens e mulheres que não são mais do que peões num tabuleiro de xadrez.
Tanya
por Charlie
Olhei para ela, olhos nos olhos.
Não desviou o olhar, mantendo-o fixo no meu, interrompendo apenas para abrir a carteira e pagar o café que tomara ao balcão.
Tinha reparado como entrara, na sua elegância e postura suave e confiante. Como se dirigira ao empregado que arrumava umas chávenas por cima da máquina e como através do espelho me mirara. As pernas longas num corpo a sobressair dum vestido sem alças, a pele clara e o cabelo louro fizeram-me pensar que ela seria de origem nórdica ou eslava. Talvez sim, talvez não, pensei. O retirar dos óculos escuros no mesmo instante em que os nossos olhos se cruzaram através do espelho confirmaram a primeira impressão. Azul do céu, arrepiantemente frios a contrastar com o quente vermelho dos lábios sobre uns dentes ultra brancos a construir um etéreo sorriso de cinema.
- Sou de Moscovo – disse-me já no carro - e estou aqui há já algum tempo. - em resposta à minha pergunta sobre o seu nome.
Tinha ficado na rua à espera dela, saindo rapidamente mal a vira abrir a mala, olhando como ela saíra em passo apressado quando reparara que eu já não estava à mesa. Um “olá” já na rua e uma franca troca de olhares tinham feito o resto.
- Mas falas bem Português. -
- Sou tradutora. Estudei Português e ainda fiz trabalhos de tradução em gabinetes de tradução simultânea antes de vir para a Europa.
- É um trabalho bem pago... eh... -
- Considerando o rendimento médio na Rússia, nem ganhava mal. Em Moscovo até era frequentadora regular do Turandot e do GQ Bar - disse a rir.
Pensei no que me acabara de dizer.
Esta noite iria custar-me uma nota.
Estivera havia já uns anos à porta do restaurante que ela acabara de mencionar, e a minha vontade de conhecer aquele espaço requintado, de decoração barroca com laivos de rococó toda em dourados, onde o requinte chega ao ponto de ter um grupo de câmara a tocar Mozart, ficara-se pela entrada.
Alinhado com a minha visão dos tectos de relevo em frescos e suportados por colunas de mármore polido e trabalhado, estava a lista; o menú com os pratos do dia e outros, cujos preços me omito de referenciar.
- Então como vieste para cá? Ou melhor, porque estás cá? -
- Bem, estive em Bruxelas duas vezes, depois fiquei umas semanas e finalmente vim com um diplomata e fiquei aqui. Sou acompanhante, uma acompanhante... especial. -
- Já vi que não queres dizer-me o teu nome, mas gostaria de chamar-te algo, sei lá...-
- Podes chamar-me Tanya. -
Durante uns segundos deixei os cavalos do SLK - a descer a avenida em aumento rápido de rotações - preencher o silêncio antes de abrandar ao entrar na rotunda do Marquês e perguntar-lhe:
- Vamos jantar, Tanya? Preferes algum lugar em especial, ou deixas que eu te leve a um sítio à minha escolha?
- Nyet! Não... Jantar não. Talvez depois, agora quero mesmo é ir para o Hotel.
- Tens preferência?-
- Só vou ao Ritz...- respondeu enquanto olhava fixamente para o meu pulso onde o Rolex testemunhava surdo na sua marcha persistente e monótona de contar o tempo.
A noite trouxe o frio do parque para dentro da suite quando o seu corpo nu junto à janela se desenhou em silhueta contra a luz de cores difusas com que a cidade lavava o escuro do céu.
Na cama, o meu corpo suado estremeceu levemente com a entrada duma lufada de ar que ali me pareceu gélido.
- Tanya... Não tens frio? –
Rodou o corpo, e adivinhei-lhe um sorriso.
- Nyet...Se conhecesses Moscovo...-
- Por acaso até conheço - disse-lhe.
- Então?... Isto nem é frio...-
- Estive lá de Verão... Escuta, sei que talvez não seja agora apropriado, mas antes de sairmos para comermos qualquer coisa, e já que há bocado não me quiseste adiantar, gostaria que me dissesses... entendes? -
Aproximou-se devagar, perna ante perna até encostar o sexo aos meus olhos. Depois, pegou no telefone do quarto, premiu um dos números e esfregou-se levemente pelo meu rosto enquanto esperava o atendimento:
- Sim? Olhe, traga uma garrafa de champanhe e ostras, por favor... Como? Ah sim, claro. Dom Perignon...-
E pousando o auscultador, deitou-se sobre mim e disse-me:
- Há já algum tempo que reparei em ti. Tens um carro igual ao meu...
Hoje...
Hoje estás por minha conta.
E se queres saber um segredo, vou dizer-te o meu nome verdadeiro: Tanya... -
Olhei para ela, olhos nos olhos.
Não desviou o olhar, mantendo-o fixo no meu, interrompendo apenas para abrir a carteira e pagar o café que tomara ao balcão.
Tinha reparado como entrara, na sua elegância e postura suave e confiante. Como se dirigira ao empregado que arrumava umas chávenas por cima da máquina e como através do espelho me mirara. As pernas longas num corpo a sobressair dum vestido sem alças, a pele clara e o cabelo louro fizeram-me pensar que ela seria de origem nórdica ou eslava. Talvez sim, talvez não, pensei. O retirar dos óculos escuros no mesmo instante em que os nossos olhos se cruzaram através do espelho confirmaram a primeira impressão. Azul do céu, arrepiantemente frios a contrastar com o quente vermelho dos lábios sobre uns dentes ultra brancos a construir um etéreo sorriso de cinema.
- Sou de Moscovo – disse-me já no carro - e estou aqui há já algum tempo. - em resposta à minha pergunta sobre o seu nome.
Tinha ficado na rua à espera dela, saindo rapidamente mal a vira abrir a mala, olhando como ela saíra em passo apressado quando reparara que eu já não estava à mesa. Um “olá” já na rua e uma franca troca de olhares tinham feito o resto.
- Mas falas bem Português. -
- Sou tradutora. Estudei Português e ainda fiz trabalhos de tradução em gabinetes de tradução simultânea antes de vir para a Europa.
- É um trabalho bem pago... eh... -
- Considerando o rendimento médio na Rússia, nem ganhava mal. Em Moscovo até era frequentadora regular do Turandot e do GQ Bar - disse a rir.
Pensei no que me acabara de dizer.
Esta noite iria custar-me uma nota.
Estivera havia já uns anos à porta do restaurante que ela acabara de mencionar, e a minha vontade de conhecer aquele espaço requintado, de decoração barroca com laivos de rococó toda em dourados, onde o requinte chega ao ponto de ter um grupo de câmara a tocar Mozart, ficara-se pela entrada.
Alinhado com a minha visão dos tectos de relevo em frescos e suportados por colunas de mármore polido e trabalhado, estava a lista; o menú com os pratos do dia e outros, cujos preços me omito de referenciar.
- Então como vieste para cá? Ou melhor, porque estás cá? -
- Bem, estive em Bruxelas duas vezes, depois fiquei umas semanas e finalmente vim com um diplomata e fiquei aqui. Sou acompanhante, uma acompanhante... especial. -
- Já vi que não queres dizer-me o teu nome, mas gostaria de chamar-te algo, sei lá...-
- Podes chamar-me Tanya. -
Durante uns segundos deixei os cavalos do SLK - a descer a avenida em aumento rápido de rotações - preencher o silêncio antes de abrandar ao entrar na rotunda do Marquês e perguntar-lhe:
- Vamos jantar, Tanya? Preferes algum lugar em especial, ou deixas que eu te leve a um sítio à minha escolha?
- Nyet! Não... Jantar não. Talvez depois, agora quero mesmo é ir para o Hotel.
- Tens preferência?-
- Só vou ao Ritz...- respondeu enquanto olhava fixamente para o meu pulso onde o Rolex testemunhava surdo na sua marcha persistente e monótona de contar o tempo.
A noite trouxe o frio do parque para dentro da suite quando o seu corpo nu junto à janela se desenhou em silhueta contra a luz de cores difusas com que a cidade lavava o escuro do céu.
Na cama, o meu corpo suado estremeceu levemente com a entrada duma lufada de ar que ali me pareceu gélido.
- Tanya... Não tens frio? –
Rodou o corpo, e adivinhei-lhe um sorriso.
- Nyet...Se conhecesses Moscovo...-
- Por acaso até conheço - disse-lhe.
- Então?... Isto nem é frio...-
- Estive lá de Verão... Escuta, sei que talvez não seja agora apropriado, mas antes de sairmos para comermos qualquer coisa, e já que há bocado não me quiseste adiantar, gostaria que me dissesses... entendes? -
Aproximou-se devagar, perna ante perna até encostar o sexo aos meus olhos. Depois, pegou no telefone do quarto, premiu um dos números e esfregou-se levemente pelo meu rosto enquanto esperava o atendimento:
- Sim? Olhe, traga uma garrafa de champanhe e ostras, por favor... Como? Ah sim, claro. Dom Perignon...-
E pousando o auscultador, deitou-se sobre mim e disse-me:
- Há já algum tempo que reparei em ti. Tens um carro igual ao meu...
Hoje...
Hoje estás por minha conta.
E se queres saber um segredo, vou dizer-te o meu nome verdadeiro: Tanya... -
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