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22 janeiro 2010

Gold

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Tenho todas as respostas. Espero só que me façam as perguntas certas.
Encontrei o tesouro, deitei fora o mapa e sentei-me à espera. O brilho do ouro chama por mim, mas não lhe posso tocar. Ainda não.
Estou aqui. Quero-te. Encontra-me.


(Crimes Perfeitos)

08 outubro 2009

seX



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"Cada vez gosto mais de te comer" - gemeu ele. "És tão boa!". Envolvia o corpo dela em mãos, suor, tesão e palavras sussurradas. Ela, pressionada contra a parede, fazia-lhe malvadezas com o rebolar as ancas. Dançavam ao ritmo descontrolado, mas preciso, da vontade. Queriam-se. Macho e fêmea a responderam ao instinto primário. Mas também amantes cúmplices, entregues muito para além do corpo. À volta, pertencia-lhes tudo. O mundo inteiro. E, no entanto, nada mais importava. Só ele. Só ela.

02 julho 2009

Momento


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Ela sempre apreciara todo o processo de despir e ser despida. Aliás, discordava até da distinção habitualmente feita entre preliminares e finalmentes. Tudo era sexo... para quê hierarquizar? Mas havia um detalhe, em particular, que lhe merecia uma especial atenção. O desapertar do cinto... Tudo o resto podia estar à mercê da insanidade do momento, mas quando chegava aquela altura... algo nela voltava a si. Como uma última vinda à tona para respirar, antes do mergulho mais profundo. Era sempre deliberado e planeado. Podia ser feito de forma suave ou agressiva. Podia ser a meio de um beijo ou podia olhá-lo nos olhos. Podia ser quase imperceptível ou podia fazê-lo estremecer com um movimento vigoroso. Mas era sempre um momento dela. Partilhado, oferecido, esperado.

(Crimes Perfeitos)

16 março 2009

Toques


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"É assim que fazes, quando me envias aquelas sms's?" Perguntava ele, com dois dedos dentro dela. "Diz! É isto que fazes?" As forças para responder faltavam-lhe, à medida que a irrigação cerebral começava a ser pouca. Aquele toque hábil, naquele ponto no seu interior... Aquela sensação de choque eléctrico contínuo... Toda a semana anterior ficara marcada por uma prolongada e indecente troca de provocações escritas. Onde as coisas tinham sido chamadas pelos nomes e onde se tinham feito promessas de prazeres futuros. O cérebro era, sem dúvida, a zona mais erógena do corpo dela. E nenhum dos dois escondera o estado em que as palavras os tinham deixado. Mas agora já não era o toque do telefone que ela ouvia. Era finalmente a voz dele, que lhe ressoava ao ouvido.

(Crimes Perfeitos)

26 fevereiro 2009

Test Drive


serge guerand



"Tenho a mão fria" - dissera ele. Ela respondera apenas com um sorriso trocista. Oscilara depois entre deixar-se levar pela sensação ou tentar manter-se normal. Mas a partir de certa altura, os carros que circulavam ao lado deixaram de existir. A entrega dela provocava o prazer nele. E o prazer dele aumentava-lhe a vontade. E a vontade aumentada dele fazia com que ela se entregasse mais ainda. Não havia como sair do ciclo. Apenas esperar que o percurso até casa não fosse ainda demasiado longo....


(Crimes Perfeitos)

02 fevereiro 2009

Alpha


Alpha



Perigosamente subtil, embrenhava-se pela selva, com passos ligeiros e silenciosos. Se não quisesse ser vista, não era. Gostava que assim fosse. Gostava dos seus momentos de animal solitário, que deambulava indiferente a todas as paisagens. Rosnava agressivamente a todos os que lhe tapassem o caminho. Era fera ferida que procurava um local para descansar. Intimidava predadores e presas com as garras afiadas que não hesitava em revelar. Em jeito de desafio, mostrava-lhes o brilho indomável no olhar. É claro que o rugir assustador se podia transformar facilmente num doce ronronar. Dependia sempre e apenas da habilidade do caçador...


(Crimes Perfeitos)

08 janeiro 2009

Doce Lar


Tuta


Aquele caminho... Era ali que ela continuava a perder-se, apesar lhe ser tão familiar. Partir dos lábios dele por roteiros incertos, até chegar ao destino de eleição, não a fartava nunca. Em viagens pelo peito dele, ela era uma devota peregrina. Deixava os seus cabelos espalharem-se como chamas negras, que ele acariciava. Os lábios, as mãos, a língua... tudo se encaixava na perfeição naquele peito tão masculino. Quando se dava conta, já o pescoço estava longe, já a pequena curva entre os peitorais se perdia de vista, já o umbigo se vislumbrava no horizonte... Dali até casa era apenas um breve instante.


(Crimes Perfeitos)

23 dezembro 2008

[noite]


noite


Espera... Vou acender as velas. O incenso já está a queimar. Esse CD que aí está... coloca-o a tocar. Sabes que o som do saxofone me desperta os sentidos. A ti também. Só faltam os copos de vinho tinto. Hoje quero todos os clichés dos amantes. Fazemos um brinde? Não precisamos de ser originais. Vamos ouvir a música, beber um pouco. Conversar. Rir. Seduz-me como se fosse a primeira vez. Sabemos que vamos acabar na cama. Mas sabíamos isso desde o primeiro encontro. Por isso, vamos aproveitar a noite. O ambiente perfeito. Quero-te todo, de todas as formas. Agora beija-me.

(Crimes Perfeitos)

09 dezembro 2008

Acorda-me


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Ela dormia. Ele abrira-lhe as portas de casa e mostrara-lhe o lugar a seu lado, na cama. Tocavam-se as pernas ao de leve, por baixo dos lençóis. Ainda no torpôr do seu sono, sentiu a força dos braços dele, puxarem-na contra si. A pele nua dela percebeu, no corpo dele, todo o desejo que o envolvia. Que a envolvia a ela também. Sentia o seu sexo duro, latejante... a roubar-lhe o sono e a razão. Aquele tesão todo a implorar por um lugar dentro dela, e ela a querer dar-se. De um salto, colocou-se em cima dele. Ele ficou deitado de braços abertos a deixar-se foder. E ela, de prazer, esqueceu-se que ele ali estava... lembrava-se só do que a invadia. E as unhas delas que se fincavam no peito dele, e as suas costas que arqueavam, e a respiração que acelerava, e os gemidos que se intensificavam... e ela que se vinha sobre ele, para ele, por ele.

(Crimes Perfeitos)

25 novembro 2008

Caminhos


Caminhos


Desliza os dedos pela minha nuca e sente o arrepio na pele...
Encosta os lábios ao meu pescoço e deixa-me sentir-te respirar...
Morde-me a orelha e sussurra-me ao ouvido tudo o que me vais fazer...
Agarra-me pela cintura com as tuas mãos e senta-me no teu colo...
Desce a tua boca pelo meu peito e desaperta-me o soutien...
Puxa-me contra ti e deixa-me sentir esse volume que te cresce...
Explora-me por baixo da saia e sente aquele lago que transborda...
Entra em mim com os dedos e mostra-me o teu olhar de desejo...
Leva-me ao colo até aquela mesa e faz-me debruçar sobre ela...
Agarra-me pelos cabelos e entra todo em mim duma só vez...
Faz-me gritar, implorar para que não pares...

(Crimes Perfeitos)

17 novembro 2008

Um Outro Enredo


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O filme que passou na tela naquela noite? Não sei contar...
Mas sei ainda ao pormenor os caminhos traçados pela minha saliva.
Quero lá saber se perco o início da história!
O calor da tua língua no meu pescoço e...
Safado...! Sabes bem que não te resisto!
Ergues o braço da cadeira e puxas-me para o teu colo.
Enlouqueceste?! Há gente sentada lá mais abaixo. Não podemos!
Mas quero... Oh como quero!
E essa roupa tua que me separa da tua pele...
E esta roupa minha que sufoca o meu desejo...
Desaperta os botões da minha roupa....
O teu toque de mestre, o teu cheiro de macho, o tesão que me dás...
Isso, puxa as tuas calças para baixo... assim, só um bocadinho.
Sei bem o que esperas e sabes bem o que vou fazer. Adoro, adoro...
Nem imaginas o prazer de enlouquecer, enlouquecendo-te.


O filme? Lembras-te do filme que não vimos naquela noite?


(Crimes Perfeitos)

10 novembro 2008

A Surpresa


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Delineou o plano em traços gerais, olhou o relógio e percebeu que teria de se apressar. Já não faltava muito para a hora marcada e tudo teria de funcionar na perfeição. Escreveu previamente as mensagens a enviar no timing exacto. Escolheu o vinho, e deixou a chave da entrada estrategicamente colocada debaixo do tapete. Agora, só faltava preparar o cenário. Espalhou velas pela casa de banho e encheu a banheira de água e espuma. Apagou todas as luzes e aguardou que o toque do telefone lhe indicasse que ele a esperava no carro. Mensagem após mensagem, fê-lo seguir as suas instruções. Subir, abrir a porta, entrar na casa de banho, tirar a roupa, entrar na banheira... Escondida no quarto, esperou pelos sons na água para escolher o momento para aparecer. Despiu-se, pegou nos dois copos, abriu a porta e disse:
- Pst... Há aí lugar para mais alguém?

(Crimes Perfeitos)

28 outubro 2008

Trocas


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O meu maior afrodisíaco foste tu.
As tuas pálpebras cerradas e os teus lábios entreabertos pelo desejo...
O acelerar da tua respiração, o perfume do teu corpo...
Nao há outra imagem, nem som, nem nada....
O meu maior prazer foi o teu.

(Crimes Perfeitos)

16 outubro 2008

Naquela Cama


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"Obras às 3 da manhã?!" Pensariam certamente os vizinhos, não fossem os gemidos desesperados de prazer dela a acompanhar o martelar da cama contra a parede. Cada vez que ele aumentava o ritmo por cima dela... por trás dela... por baixo dela... o barulho tornava-se demasiado, quase anunciando o desmanchar da estrutura. Trocavam risinhos cúmplices. Não, não era só uma foda. Por muito que se quisessem enganar. Era uma troca. Uma união. Um despique. Tudo ao mesmo tempo. Ela molhava-se no seu próprio prazer e no suor dele. Ele entrava nela pelo corpo, pela alma... mas principalmente pela memória que ficaria daquela noite.

(Crimes Perfeitos)

07 outubro 2008

Mundos


Alex Krivtsov


Envolveu-se nela e sentou-a na mesa daquela esplanada deserta. Despiram-se de tudo, menos do desejo que lhes levava o corpo e a alma ao fogo do inferno. Ela estava indefesa, entregue. Deitada, esperando-o dentro dela. E ele obedecia. Lia o calor da sua pele e empurrava-a contra si em investidas que eram de paixão, de raiva, de tesão. E de muito mais coisas que ele desconhecia. Depois parava. Com os lábios, procurava o sabor da vontade das entranhas dela. Embriagava-se e voltava a perder-se. O mundo, para além daquela fêmea que se estendia e contorcia por ele e só por ele, apagara-se todo duma só vez. Voltaria alguma vez a existir?

(Crimes Perfeitos)

26 setembro 2008

The Passenger


Ele

Não, o condutor não tinha álcool no sangue. Embora essa fosse uma boa justificação para as curvas e contracurvas perigosamente descritas na estrada. No entanto, não se tratava de uma taxa de alcoolémia pouco aconselhável. Era um problema de sangue, sim. Mas devia-se antes a uma elevada concentração do dito em determinado local. O seu ar afogueado talvez levantasse dúvidas aos outros condutores. A noite não estava assim tão quente... Também não sabiam com quem falava, já que o lugar a seu lado se apresentava vazio. Ou não...? Só os mais atentos terão visto aquela figura feminina de cabelos negros aparecer miraculosamente. E o sorriso trocado entre os dois. Mas quando a luz se tornou verde, ela voltou a desaparecer. Teria sido uma visão...?

(Crimes Perfeitos)

19 setembro 2008

Modo Nocturno


Modo Nocturno


Abriu as portas do guarda-roupa e avaliou as suas hipóteses. Tinha sido instruída para abdicar da lingerie e das calças "difíceis de tirar". Ok... assim seja. Enquanto se preparava, sentia em si os efeitos das promessas da noite que se avizinhava. O pensamento tornava-se lânguido. E o corpo mostrava-se ansioso e receptivo. Vestiu as inevitáveis meias de liga e as botas de cano alto. Depois deixou cair o vestidinho preto pela pele nua. Óptimo. Estava pronta.

11 setembro 2008

Naqueles Braços


Ben_Heys2[6]


Um beijo tão longo.
Um abraço profundo.

Tempo e espaço apagados.
Dois desculpa sussurrados.

Corpo e alma possuídos.
Dois amo-te gemidos.

Nada mais há a dizer.
Apenas amor para se fazer.

(Crimes Perfeitos)

04 setembro 2008

out


out


Era lugar encantado de primeiras vezes. Recordações de beijos dados e amores feitos. Ali retornavam sempre. Poiso escolhido também para reencontros aguardados e paixões renovadas. A seus pés a cidade e o rio, dominados pelos dois amantes tempestuosos. Dominariam também o planeta se lhes apetecesse. Sem pudor e sem vergonha, ousavam-se fora de quaisquer quatro paredes. Tomavam conta dos elementos como se tudo lhes pertencesse. Não eram eles que erravam. O resto do mundo é que se enganava por não se estar também a amar naquele instante. A eles bastava que se quisessem, para ali ser a sua alcova.

(Crimes Perfeitos)

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Nota da ediSão - Conhecem o blog «Crimes Perfeitos»? Recomendo. E já foram dar os parabéns à Marla pelo primeiro aniversário do blog?

28 agosto 2008

Out-of-Body Experience


Oleg_Korisev


E por entre gemidos e quase soluços, ela disse que não aguentava mais. Porque não aguentaria mesmo. Não que tivesse atingido o seu limiar de resistência física... Não, não era a energia que lhe faltava. Mas estava absolutamente convicta de que o seu corpo não suportaria mais prazer. Mais um movimento que fosse, dele dentro dela, e os danos cerebrais teriam sido, certamente, irreversíveis. Então, quase à beira das lágrimas, deu por encerrada a conversa que estava a ter com Deus e desceu à Terra. Quando os corpos se separaram, a alma voltou-lhe à carne e a consciência ao seu lugar de sempre. Tinha acabado de chegar do Paraíso e do Inferno, ao mesmo tempo.

(Crimes Perfeitos)