«Indiscrétions». Recebidinho de fresco. Livrinho francês com portas e janelas que, abrindo-se, nos revelam cenas entesantes (sim, sim, eu disse interessantes).
15 novembro 2008
14 novembro 2008
A barbie...
Quando esta manhã estava a sair da Missa, parei para acender um cigarro e quando tinha a beata na mão ouvi uma outra confidenciar com uma velha que para ali estava: as mulheres de hoje são todas umas pêgas.
É o tipo de frase que me irrita: acho intolerável que se confunda a maioria com a totalidade. Por outro lado, não devemos culpar as gajas, que elas são umas vítimas, sem culpa de serem quase todas umas cabras.
Desde a mais terna idade que são envenenadas com modelos de conduta errados e devassos, pensados por mentes diabólicas, numa tríade de quatro partes, envolvendo feministas lésbicas (passo a redundância), comunistas, publicitários e capitalistas, numa conspiração engendrada pelos países árabes contra o mundo ocidental. Tomemos como exemplo a Barbie, esse símbolo plasmado da futilidade feminina (se o pleonasmo me é permitido), que nos é vendido sobre a ternurenta capa de uma boneca mimosa e inofensiva, um divertimento inócuo para as mais tenras petizes, escondendo em si vis e repugnantes perigos para a formação pessoal das nossas pequenas meninas, porquanto têm como diva uma boneca cujo único objectivo na vida é comprar acessórios e levar com o Ken, tem um corpo de subnutrida, veste-se com roupinhas de rameira e, para cúmulo, vende-se a qualquer um que pague 50 Euros! Serei o único a não compreender o que perpassa na cabeça de um pai que oferece à sua filha menor uma boneca destas? Onde está a policia, sempre tão lesta na arte de esfregar a caneta no bloco das multas, que não prende estes tarados obscenos, que oferecem este presente às suas filhas, esta boneca diabólica, com toda a certeza na expectativa de mais tarde viverem da abundância do proxenetismo familiar? Serei o único a perceber que um pai que oferece esta boneca à filha, comete o crime de proxenetismo na forma tentada e futura?
Honestamente: quem cresce rodeado deste simbolo da podridão e do pecado é condenável por chegar à idade adulta e andar a investigar que mistérios se escondem nas intimidades dos Kens?
É o tipo de frase que me irrita: acho intolerável que se confunda a maioria com a totalidade. Por outro lado, não devemos culpar as gajas, que elas são umas vítimas, sem culpa de serem quase todas umas cabras.
Desde a mais terna idade que são envenenadas com modelos de conduta errados e devassos, pensados por mentes diabólicas, numa tríade de quatro partes, envolvendo feministas lésbicas (passo a redundância), comunistas, publicitários e capitalistas, numa conspiração engendrada pelos países árabes contra o mundo ocidental. Tomemos como exemplo a Barbie, esse símbolo plasmado da futilidade feminina (se o pleonasmo me é permitido), que nos é vendido sobre a ternurenta capa de uma boneca mimosa e inofensiva, um divertimento inócuo para as mais tenras petizes, escondendo em si vis e repugnantes perigos para a formação pessoal das nossas pequenas meninas, porquanto têm como diva uma boneca cujo único objectivo na vida é comprar acessórios e levar com o Ken, tem um corpo de subnutrida, veste-se com roupinhas de rameira e, para cúmulo, vende-se a qualquer um que pague 50 Euros! Serei o único a não compreender o que perpassa na cabeça de um pai que oferece à sua filha menor uma boneca destas? Onde está a policia, sempre tão lesta na arte de esfregar a caneta no bloco das multas, que não prende estes tarados obscenos, que oferecem este presente às suas filhas, esta boneca diabólica, com toda a certeza na expectativa de mais tarde viverem da abundância do proxenetismo familiar? Serei o único a perceber que um pai que oferece esta boneca à filha, comete o crime de proxenetismo na forma tentada e futura?
Honestamente: quem cresce rodeado deste simbolo da podridão e do pecado é condenável por chegar à idade adulta e andar a investigar que mistérios se escondem nas intimidades dos Kens?
Festa rija no hospital
(para visualizares é preciso que faças parte do grupo de mensagens da funda São,
já que este e outros ficheiros estão disponíveis para membros e membranas
na página de ficheiros do grupo)
13 novembro 2008
Que Eros vos guarde, Erosfarma!
Para o 10º Encontra-a-Funda, a Erosfarma oferece umas algemas em pêlo púrpura, um vibrador preto "com toque de veludo", um bloqueador de pulsos e uma caixinha com uns boxers "adoro todas as partes do teu corpo, especialmente..." e uma venda "ama-me...".
Estas ofertas serão entregues no Sãorau a quem provar merecê-las.
Já há 21 inscrições confirmadas. E tu?
Mamma Mia
Ontem fui ver o Mamma Mia e não gostei. Acho que a publicidade enganosa devia ser proibida. Mamma Mia, pensei eu, deve ser uma grande produção porno/erótica que narra a história de uma jovem grega e boazuda chamada Mia que gosta muito de praticar o sexo oral. Afinal era uma cambada de velhotes a dançar e a cantar músicas da banda mais drag queen do planeta.
12 novembro 2008
Felina
As pedras de gelo tiniam no copo e ele estava como eu mais gostava. Sentado. É que era alto, tão alto que para me beijar descrevia com a coluna um enorme arco flexível maior que o da Ponte da Arrábida que me catapultava logo para quando em miúda me esticava toda para dar umas folhas à girafa no Jardim Zoológico.
Com um qualquer felino coloquei-me em posição de ataque, os olhos fixos nele, as pernas tensas com as mãos alapadas nos joelhos a ajudar o balanço das ancas e coxas em frenesim ora para um lado ora para o outro até ele sorrir como quem nem aí tinha o sentido e gingar a frase típica do és giraaaaaa arrastando a última letra como se a sua língua estivesse em pleno sexo oral.
Em dois pulos, alcei-me para o seu colo e ajeitei-me mais para a frente porque estas cadeiras de rodinhas que desgraçadamente se usam frente ao computador dão muita instabilidade e que raio, se tinha tido o cuidado prévio de envergar saia sem cuecas não ia desperdiçar agora a sensação pélvica do crescimento do objecto de desejo mesmo que sob a diáfana capa dos calções de casa.
Informei-o então que como supunha que os seus óculos não eram inquebráveis como os das criancinhas os ia retirar para acelerar nele confortavelmente, tanto mais que lambidelas cara abaixo e orelha acima e bafos quentes de respirações ofegantes lhe poriam as lentes num nojo.
«O Super Macho»
Comprei este livro de Alfred Jarry (de 1902), numa edição de 1975 das Edições Afrodite/Fernando Ribeiro de Mello.
É um romance de amor erótico que era moderno na altura e ainda o é, passados mais de cem anos. Começa assim:
"- O amor é um acto sem importância, uma vez que o podemos fazer indefinidamente.
Todos viraram os olhos para aquele que acabava de emitir tal absurdo. (...)"
As ilustrações de Nuno Amorim, então, ainda reforçam mais esta delícia.
É um romance de amor erótico que era moderno na altura e ainda o é, passados mais de cem anos. Começa assim:
"- O amor é um acto sem importância, uma vez que o podemos fazer indefinidamente.
Todos viraram os olhos para aquele que acabava de emitir tal absurdo. (...)"
As ilustrações de Nuno Amorim, então, ainda reforçam mais esta delícia.
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