14 novembro 2008

A barbie...

Quando esta manhã estava a sair da Missa, parei para acender um cigarro e quando tinha a beata na mão ouvi uma outra confidenciar com uma velha que para ali estava: as mulheres de hoje são todas umas pêgas.
É o tipo de frase que me irrita: acho intolerável que se confunda a maioria com a totalidade. Por outro lado, não devemos culpar as gajas, que elas são umas vítimas, sem culpa de serem quase todas umas cabras.
Desde a mais terna idade que são envenenadas com modelos de conduta errados e devassos, pensados por mentes diabólicas, numa tríade de quatro partes, envolvendo feministas lésbicas (passo a redundância), comunistas, publicitários e capitalistas, numa conspiração engendrada pelos países árabes contra o mundo ocidental. Tomemos como exemplo a Barbie, esse símbolo plasmado da futilidade feminina (se o pleonasmo me é permitido), que nos é vendido sobre a ternurenta capa de uma boneca mimosa e inofensiva, um divertimento inócuo para as mais tenras petizes, escondendo em si vis e repugnantes perigos para a formação pessoal das nossas pequenas meninas, porquanto têm como diva uma boneca cujo único objectivo na vida é comprar acessórios e levar com o Ken, tem um corpo de subnutrida, veste-se com roupinhas de rameira e, para cúmulo, vende-se a qualquer um que pague 50 Euros! Serei o único a não compreender o que perpassa na cabeça de um pai que oferece à sua filha menor uma boneca destas? Onde está a policia, sempre tão lesta na arte de esfregar a caneta no bloco das multas, que não prende estes tarados obscenos, que oferecem este presente às suas filhas, esta boneca diabólica, com toda a certeza na expectativa de mais tarde viverem da abundância do proxenetismo familiar? Serei o único a perceber que um pai que oferece esta boneca à filha, comete o crime de proxenetismo na forma tentada e futura?
Honestamente: quem cresce rodeado deste simbolo da podridão e do pecado é condenável por chegar à idade adulta e andar a investigar que mistérios se escondem nas intimidades dos Kens?

Festa rija no hospital


(para visualizares é preciso que faças parte do grupo de mensagens da funda São,
já que este e outros ficheiros estão disponíveis para membros e membranas
na página de ficheiros do grupo)

Tomem lá um sermão, seus tarados!



"Túnel do Amor"


Uma parceria com The Perry Bible Fellowship

13 novembro 2008

Que Eros vos guarde, Erosfarma!

A Erosfarma é, desde há muito, parceira dos Encontros da funda São.
Para o 10º Encontra-a-Funda, a Erosfarma oferece umas algemas em pêlo púrpura, um vibrador preto "com toque de veludo", um bloqueador de pulsos e uma caixinha com uns boxers "adoro todas as partes do teu corpo, especialmente..." e uma venda "ama-me...".
Estas ofertas serão entregues no Sãorau a quem provar merecê-las.
Já há 21 inscrições confirmadas. E tu?

Mamma Mia

Ontem fui ver o Mamma Mia e não gostei. Acho que a publicidade enganosa devia ser proibida. Mamma Mia, pensei eu, deve ser uma grande produção porno/erótica que narra a história de uma jovem grega e boazuda chamada Mia que gosta muito de praticar o sexo oral. Afinal era uma cambada de velhotes a dançar e a cantar músicas da banda mais drag queen do planeta.

O duche delas e deles



"A Cristina e a Ana Rita decidem de uma vez por todas quem é a chefe da biblioteca"

12 novembro 2008

Felina


As pedras de gelo tiniam no copo e ele estava como eu mais gostava. Sentado. É que era alto, tão alto que para me beijar descrevia com a coluna um enorme arco flexível maior que o da Ponte da Arrábida que me catapultava logo para quando em miúda me esticava toda para dar umas folhas à girafa no Jardim Zoológico.

Com um qualquer felino coloquei-me em posição de ataque, os olhos fixos nele, as pernas tensas com as mãos alapadas nos joelhos a ajudar o balanço das ancas e coxas em frenesim ora para um lado ora para o outro até ele sorrir como quem nem aí tinha o sentido e gingar a frase típica do és giraaaaaa arrastando a última letra como se a sua língua estivesse em pleno sexo oral.

Em dois pulos, alcei-me para o seu colo e ajeitei-me mais para a frente porque estas cadeiras de rodinhas que desgraçadamente se usam frente ao computador dão muita instabilidade e que raio, se tinha tido o cuidado prévio de envergar saia sem cuecas não ia desperdiçar agora a sensação pélvica do crescimento do objecto de desejo mesmo que sob a diáfana capa dos calções de casa.

Informei-o então que como supunha que os seus óculos não eram inquebráveis como os das criancinhas os ia retirar para acelerar nele confortavelmente, tanto mais que lambidelas cara abaixo e orelha acima e bafos quentes de respirações ofegantes lhe poriam as lentes num nojo.

«O Super Macho»

Comprei este livro de Alfred Jarry (de 1902), numa edição de 1975 das Edições Afrodite/Fernando Ribeiro de Mello.
É um romance de amor erótico que era moderno na altura e ainda o é, passados mais de cem anos. Começa assim:
"- O amor é um acto sem importância, uma vez que o podemos fazer indefinidamente.
Todos viraram os olhos para aquele que acabava de emitir tal absurdo. (...)"

As ilustrações de Nuno Amorim, então, ainda reforçam mais esta delícia.

Momento de Gozar - A Piranha Sereia II teaser