Algumas conexões parecerão encriptadas - são as conexões da tia... Mas todos quantos lá foram saberão bem do que se fala. Portanto, aos demais lhes digo: é irem para o próximo e também ficarão por dentro das jogadas.
(Aqui vos vou deixando o pau com o orifício para entrar nelas - nas jogadas, pois...)
cheguei ao Encontro tarde
por tal me penitencio
mas haja alguém que me guarde
que a ele me fui sem fastio
já por Óbidos andava
a turma da Funda São
por ameias ansiava
em faustosa reinação
sem falha de porra a parra
encobria o encoberto
que a folha animava a farra
com São e Nelo por perto
em rusga filha da mãe
qual cascavel cuspideira
alguém agitou também
uma folha da palmeira
e de súbito o aqueduto
mostra uma faceta grande
de ser cada arco um puto
com cabeça de glande
fui a tempo de um amanho
de cremosa tentação
na Cova do Musaranho
ali no Vau mesmo à mão
pá não sei do panaché
da bejeca sem tremoço
um ou outro o seu café
fez-se tempo p'rò almoço
e no Solar dos Amigos
Guisado ao som da gravilha
fomos com migas e migos
do Paraíso à Ilha
foi curto e grosso mas bom
e bom foi experimentá-lo
será aqui de bom tom
dar-vos das Caldas o Galo!
OrCa
O Falcão ode a quem o ode (é justo):
"Ai, oh Orca do Caralho
Inda benhe que aqui te vieste
Pra vermos a São pegada a um galho
e tu de parra a servir de vestes
como um Adão, pudibundo
E ela feita uma rameira
Eras Orca, o pai do mundo
e ela a São, cobra e palmeira
E foi a tarde passada a rir,
E a comer, cum filho da puta,
vinho, broa e a seguir
Foi o calor a fazer a sua
A cachopa que já foi
E que agora é matrona
As mamas, grandes, de fora pôs
e depois - vergonha - o bico da cona
Foi quase uma escandaleira
ela rindo, (ao lado nem tanto)
Mas para quem é aventureira
escandaleira é que é encanto
E foi logo sucedida
pela gajo que "apareshe"
De voz farta, ao longe ouvida
Tirou a dita, ao som de "despe"
E valeu-nos a Santa Senhora
Essa que dizem ser da Agrela
Veio a carne, grelhada e boa
e a São cobriu a dela
Foi um ver se te avias
ala que isto se faz tarde
olhar com que alegria
encheu tudo o cu de carne
Já nem mamas, nem o tanas
nem mais o caralho mais velho
Era tudo a enfardar
Até pareciam o Nelo.
Acabou tudo no largo da escola
Numas fotos e poesia
Bardou alto o mestre Orca
Cum caralho, eu que ainda mais queria?
Tudo aquilo que sabe bem
ou é feio, ou faz-nos mal
Mas este encontro sendo inteiro
Mal começou, chegou ao final
Não que tivesse aleivosia
nem peçonha ou que tal
tirando o strip da Senhoria
E o outro do vozeiral
nem refiro as Piças do Chico
Nem as peças malandrecas
Ninguém disse chiça - penico
nem sequer aludiu-se a quecas
O jantar à luz de vela
em silêncio e oração
Foi lindo ver eles e elas
de olhos postos em adoração
E houve toques de guitarra
e uma Laranjeira em poema
E uma santa, louvando com garra
o Senhor que na alma queima
Mas tudo com santidade
sem usar um palavrão
Fiquei sem saber porque há-de
alguém odiar a FundaSão
Agora tudo já lá vai
Ficam fotos e saudade
Para o ano, preparai-vos
p'ra outra dose de Santidade..."