07 dezembro 2008

Choque frontal

Botero]

Em bom português, dir-se-ia que os rinocerontes são uns caga-tacos: cabeça grande, corpulentos e de pernas curtas. No entanto, sempre foram muito cobiçados pelos seus chifres, afamado afrodisíaco, que na verdade são excrescências da pele.

Como vivem cerca de 50 anos e atingem a maturidade sexual entre os 6 e os 10 anos têm algumas décadas para as corridas de camiões que caracterizam o seu ritual de acasalamento. Perseguem-se alegremente um ao outro em alta velocidade, entrecruzam os chifres como os copos dos noivos no copo-de-água e bramem apaixonadamente como uma pujante buzina de um camião TIR.

Na época de engate, o par de paquidermes permanece junto durante um período que pode ir de uma semana até quatro meses, findo o qual a fêmea abandona o território do macho, bem marcado por pilhas de urina e excrementos até um metro de altura.

Diccionario Ilustrado De Voces Eroticas Cubanas

Este livro foi editado em Cuba em 2001.
Descobri-o num dos meus passeios pela internet e não descansei enquanto não o comprei para a minha colecção (sim, sim, coleccionista é assim mesmo).
Trata-se de um dicionário com termos utilizados em Cuba com conotação erótica. A capa e as ilustrações interiores são uma delícia.
E é giro ver como o nosso «DiciOrdinário», que está na forja e estará à venda, se Eros quiser, em Fevereiro de 2009, sendo um conceito em tudo idêntico, se torna tão diferente de tudo o que está publicado até agora, como poderás constatar. O nosso «DiciOrdinário» tem mais de 150 trunfos: a capa e todas as ilustrações interiores do génio Raim. Para já fiquem-se com este cubano...








crica para visitares a página John & John de d!o

05 dezembro 2008

Uns e umas, outros e outras

"Não preciso de ti nem do teu imponente e tesudo membro para ter prazer. Quero sentir-me artista por uma noite e recriar em mim o orgasmo outrora sentido", disse aqui alcovasentidos.
E o Bartolomeu pronunciou-se:
"Ora o mundo seria tão má'lindo se cada um batesse as suas próprias pívias, em lugar de andarmos, uns a engatar, outras a fingir que não percebem a intenção, outros a insistir e enviar msg's, outras a mentir que não viram, outros a voltar a insistir, outras a aceitar o convite só depois de acharem que já fizeram outros rapar o suficiente, outras a fazer crer que sexo é menos importante que amizade pura, outros armados em anjinhos a tentar levá-las pró motel, garantindo que apostam na amizade sincera, outras a entrarem no quarto mostrando um ar indiferente na expectativa que outros lhes façam soar as campaínhas do desejo, outros a segurarem as rédeas para não se mandarem à fêvera com desejo exacerbado, outras a inventar conversa inocente, outros a beijar-lhe os ombros, o pescoço, as orelhas, fingindo dar a máxima atenção ao que elas dizem, outras a fingirem-se rendidas aos avanços dos outros, outros a colocarem-se em posição para que as outras iniciem um gostoso broche, outras a fingir que começam a ficar excitadas com a visão do «arnaldão», outros a colocarem-lhe os dedos na fenda húmida, preparando-a para a encavadela, outras a abrirem as gâmbias e a fingir que desejam sentir o «gajo» encavado até ao colarinho, outros a não se fazerem esquisitos e a darem-lhe com «ele» à pressão, outras a começar a sentir que afinal a «coisa» pode ter pernas para andar, demonstrando-o com movimentos ventrais, outros sentindo que a «coisa» pode explodir a todo o momento viram-nas e põem-nas de joelhos, outras acedem sem hesitar, outros perante as vistas alargadas, pensam que está ali, uma polegada acima, outro universo por explorar, outras fingem que o portal de entrada ainda não está pronto para ser atravessado, outros insinuam-se colocando a cabeça da «nave» à entrada, outras dão sinais de estarem a começar a perder a «viagem», outros fazem alterações aos planos de voo e voltam à rota inicial mas decidem introduzir umas variantes dando palmadas na consola dos comandos, outras decidem agitar a nave na perspectiva de desviar a atenção do comandante, outros não resistindo à atracção do abismo, voltam a tentar ultrapassar o portal de entrada para outra dimensão, outras fingem ceder mas, mal a cabine da nave franqueia a entrada, elas seguem com ela, outros, sentindo que nasceram com a missão de descobrir novos mundos, aumentam a pressão dos reactores, vencem a barreira de som, entrando directamente no buraco negro, outras obrigam a nave a enfrentar fortes turbulências, guinchos e empurrões, outros, depois de afundar a nave, saciando a curiosidade própria dos exploradores, regressam à posição inicial, outras, suspirando fundíssimo, pensam... vê lá se te despachas que já estou fartinha desta merda ..."
Bartolomeu

Alguém vê aqui um pneu de camião?


"O Homem-Biscoito"


Uma parceria com The Perry Bible Fellowship

04 dezembro 2008

Silêncio que se...

... vão ver mamas.



Link para o video

#1 Estou completamente abananado... ou amamalhado, ou qualquer coisa;

2# Quando eu digo completamente é mesmo completamente;

3# Se eu fizesse aquilo com aquela força e aquela velocidade às mamas da criminosa, provavelmente ela arrancava-me os olhos. O melhor é vocês experimentarem e depois dizem-me qualquer coisinha;

4# Onde é que eu me posso inscrever para ser massajador de tetas?

5# Já vos disse que tou abananado?

6# A chinesa tá com uma cara de prazer... dava tudo p'ra que ela começasse ali a gemer. Olha, até rimou, sou um poeta (as mamas inspiram-me);

7# Alguém consegue ouvir o que a outra gaja tá a dizer? É que eu não me consigo abstrair das mamas. Só ouço "Mamas! Olha tantas mamas! Maminhas! Mamocas! Tetas! Yuppi!". Ela até me podia estar a insultar que eu queria lá bem saber;

8# As mamas são jeitosas não haja dúvida, mas serei eu o único a reparar que a única diferença entre o "antes" e o "depois" é que a chinesinha mamalhuda ficou mais baixa?

E termino no ponto 8 porque o 8 me faz lembrar um ganda par de mamas.

Jantar escaldante



"A meio do banho de chuveiro do Rafael, os comprimidos para aumento do pénis finalmente fizeram efeito."

03 dezembro 2008

Umbigo de quebrar proibições


O Rossio era o centro de Lisboa e os nossos catorze anos o umbigo de quebrar proibições. Éramos oito, tudo aos pares como convinha para uma correcta iniciação no mundo do adultos, dispostos a avançar pelos Restauradores para entrar de peito feito no Condes aproveitando a classificação abaixo dos dezoito daquele filme que entrava na categoria dos que os nossos pais tinham corrido a ver após o 25 de Abril.

Previamente acordámos uma distribuição dos lugares na fila, um macho e uma fêmea alternadamente, calhando-me do lado esquerdo o meu louro e ainda a sala não tinha escurecido completamente já a sua mão me desabotoava o botão da camisa para estender os seus dedos sobre as minhas mamas e catapultá-las para fora dos elásticos do soutien a fim de lhe encher a palma com cócegas de mamilo a espevitar-se. E aproveitando o tempo dos anúncios que enchiam ainda o grande ecrã virámos as caras um para o outro para um encontrão de bocas húmidas e línguas feitas esfregonas do céu da boca e zonas adjacentes.

Nos primeiros minutos colámos os olhos à película ansiosos pela descoberta das imagens animadas que as revistas não proporcionavam mantendo as mãos numa rotina automática de elevador no sexo do outro e vimos gajas, gajas e mamas, gajas emplumadas e em reduzidos trajes brilhantes, mamas às bolinhas ou aos losangos pelo efeito das luzes, gajas rodopiando em varões aos quais encostavam as mamas e gajos completamente vestidos nos bastidores a controlar os apetrechos técnicos do espectáculo. E cientes que o Crazy Horse de Paris não era o almejado corpo a corpo contentámo-nos com os nossos em beijos e amassos protegidos pelo escurinho do cinema.