15 fevereiro 2009

Ando de falas cortadas com o Orelhas de Podengo.

Minha fala, minha fala,
minha fala não é esta.
Minha fala era boa
ó meu lindo amor,
Est´agora já não presta...

(popular Alentejano)

Eh cabranagem!
Isto tá-se a compõr, tá-se, tá-se.
Nã estava a falar cá da força da verga que essa está sempre a pau de azinho.
Nã....
Era do tempo. O tempo dum cabrão que andava aí meio esquisito, ora chovia a cântaros com um cabrão dum vento gelado que se metia pelas ciroulas acima e ia até à tomatada, que nem pra mijar apetecia tirar a gaita pra fora, ora caía granizo e até ali mais adiante apareceu neve na Serra, que nem me assoma à alembradura de em Era alguma a ter visto!
O que vale aqui nessas ocasiões de má tempo, ei à noitinha, lá na taberna do Zé Manita, esse que tem umas orelhas de podengo, e que os má-linguas dizem que éi mó dos cornos que as empurram.
Como ia dizendo; na tasca do Zé Manita, a gente ajunta-se, aí uns quatro ou cinco manos e vá de copos de branquinho, a par dum queijinhito de cabra, um presuntito, uma linguicita e uma borda de pão, (já tavam a pensar que era uma borda de cona, malandros) e temos a nôite feita a contar umas partes e a mangar uns com os outros.
De modo geral a coisa nã corre mal, mas sonterdia, ele foi uma porra que mal chegui à taberna , - tinha eu acabado de fechar a cerca do gado -, e diz o Blé assim prós outros, como quem nã quer a coisa e modo que eu mal ouvisse:
-Xó... que cheiro a boi...-
Aghhhh.....que ele há coisas que um gajo nã pode ouvir sem le ferver o sangue, e já hà uns anos, quando eu lhe tinha tirado o sarro aos cornos lá na barraca das putas com duas bordoadas mó disso de me chamarem o Vintesete, ele se tinha estreado.
De modos que nã tive com meias medidas, e dando uma cachaporrada no cachaço da alimária, avancei logo com a tirada: - A mim tameim me cheirou mal entrei na porta.- E vá de rir...!
Bom moços! Quem nã gostou nada da minha saída em jeito de resposta ao Blé, foi o Manita, mó disso de dizerem que ele é cabrão, e vai daí sai de trás do balcão, arregaça as mangas e põe-se à minha frente: - Escuta lá ó VinteSete; essa conversa é pra queim?-
Pronto! Tava a merda feita. Se vossamecezes nã sabem fiquem sabendo, que nã se pode chamar cabrão a um gajo que o é. Nem sequer insinuar. Chama-lo sempre a quem nã o é.
E o bicho cum cabrão pensava que era mangação com ele, isso da minha resposta!
De modos que nã sou cá moço de mandar recado e disse-lhe logo que a conversa nã era com ele e que aviasse uma rodada.
Só que o filho dum cabrão, um cabrão daqueles, orelhas de podengo, disse-me logo que eu ali nã bebia mais nada.
Aghhh..moços! Se nã fosse o Blé mais os outros separarem tinha-lhe porrado os cornos com duas ou três bordoadas que é para ele nã ser cabrão.
Práli falaram, com o compadre Moquenco a pôr água na fervura e a coisa amainou.
No fim ainda bebemos um litrote mas as conversas com o Zé Manita acabaram nesse dia.

E é por isso que estou contente com o dia de Sol que está a fazer hoje.
Já vesti a minha roupita de Domingo, mais logo meto-me na minha motorizada até Castro Verde e depois apanho a camioneta prá cidade que isto hoje mete festa.
Soou-me que a velha tem carne fresca: Cranianas, ou Crunianas, ou Ucrunianas, ou lá o diabo que seja. Nã sei nem me interessa: O que eu quero é chegar lá, beber um copo e enterrar o vinte e sete na vinagreira.
Se querem vir, ainda tão a tempo.
Pode ser até que a gente se encontre e cá o compadre paga uma pinga.
Vá, que um dia nã são dias!
Atão: até já...


José Carlos Trambolica
(Zeca Tramelica, o VinteSete)

Vamos já treinar para o próximo Verão!


Zézé Camarinha
Put The Cream Game

crica para visitares a página John & John de d!o

13 fevereiro 2009

desejo.

...
Ele sorriu em resposta, um sorriso que não se soltou dos silêncios e das dúvidas mas que lhe devolveu alguma da leveza do jantar, do ânimo do encontro, da simplicidade do desejo. Desejava-a. Queria sentir-lhe o sabor dos lábios, o calor do corpo, o cheiro da pele. Queria tê-la. Toda. Sentiu calor, uma pontada no fundo das costas e o desejo materializou-se. Fechou o sorriso e desviou o olhar fingindo que procurava o empregado. Temeu que ela o lesse. Que ela o visse tão cru, tão simplesmente desejoso, tão facilmente subjugável e censurou-se por isso.
Ela lembrou-se do último beijo que deram, do cheiro que tinha o seu pescoço e da sensação do seu cabelo curto na palma da mão e das cócegas entre os dedos. De senti-lo dentro de si, a entrar e a sair ritmicamente em estocadas pélvicas que duravam uma eternidade, uma maravilhosa eternidade, e do seu calor e das suas costas húmidas e de tê-lo na boca. Sentiu-lhe o sabor, sentiu-lhe o sabor como se o tivesse na sua boca, como se a sua língua o estivesse a lamber, a envolver, a devolver o prazer que ele lhe dava. Passou as palmas da mão na mini-saia e respirou fundo. Não se queria tão exposta mas lembrou-se de o ver deitado ao seu lado com o sexo pendente e um sorriso perfeito, e de ter desejado nunca mais se esquecer daquele momento, daquele dia, daquela tarde. E de como, sem uma palavra, sem um gesto desnecessário ou estranho, se aninhara entre as pernas dele e o chupara, beijara e acariciara até o ter duro e pronto para entrar dentro de si novamente. E que, quando se ergueu e de cócoras o tornou a sentir dentro de si, lhe viu o mesmo sorriso plácido, completo, como se ele tivesse atingido uma plenitude superior, como se ele estivesse a sentir o que ela estava a sentir. Agora, húmida e vulnerável, olhou-o e pensou no que falhara, no que falhara que os levara ali, a olhar um para o outro a esconder o desejo e a vontade de se terem. O que falhara que os afastara e os mantinha afastados.
...

Já Têm Um? - Namorados 2



Beauty and the Bum

Aviso da Agent Provocateur para os namorados

«Love me tender, or else...»



E, já agora, ficam aqui umas sugestões de prendinhas para as vossas namoradas.

12 fevereiro 2009

Lagartixas desfrutáveis


Qual paparazzi desavergonhado, o fotógrafo oficial do Katano obteve um instantâneo que serviu de mote ao primeiro número da National Pornographic publicado este mês.
Contudo, em vez de apanhar o Ronaldo a balancear os flancos marcado pela Nereida (isto já é de amador pois, qualquer fotógrafo de meia tigela munido de uma descartável consegue apanhar o CR7 em fora-de-jogo), o Xamane captou sim duas lagartixas em pleno exercício da actividade da reprodução.
Um momento raro da natureza que aqui e quase em exclusivo, ofereço aos leitores fidelíssimos d'A Funda São.

O São Valentim Tá à Porta

É melhor começar a pensar numa prendinha pra lhe dar. Mas todos os anos é a mesma coisa. Não sei o quê. Chocolates engordam, flores duram uma semana, relógios da Swatch são grande pimbalhada, ursinhos ou coraçõezinhos de peluche... quem é que ainda oferece essas merdices? Ora eu tenho a solução. Garanto-vos que se vocês dedicarem esta cántiga à vossa gaja (ou vosso, no caso de vocês gostarem de levar na peida), não há nada que ela não faça para vos agradecer. Quer dizer... se calhar ela recusa se vocês pedirem para ela dançar como as senhoras do vídeo, mas quanto a sexo anal ou chamarem aquela amiga boazona pa se juntar à rambóia, tá garantido. Por isso, façam assim: esperem por ela junto a um candeeiro de rua, imitem a posição deste galã (não se esqueçam da meínha branca e de franzir os olhos como se tivessem acabado de olhar directamente pró Sol durante 2 horas) e desatem a cantarolar que nem um piriquito.

Resta apenas esclarecer uma dúvida. Quem é esta "menina" que o Senhor Jorge Ferreira tanto fala? É que provavelemente estava atrás daquelas senhoras de 50 anos que, deixem-me acrescentar, se vestem extrememente bem e bailam ainda melhor, porque eu não consegui ver a menina em lado nenhum. Alguém reparou? Gostei muito da parte da seara de trigo. LINDO! Suponho que esta técnica amorosa funciona (ainda) melhor se por mero acaso tiverem acesso a uma seara e a um tipo a tocar uma gaita de beiços.

PS: Como não podia deixar de ser, e porque eu tou aqui para fazer serviço público, queria anunciar...