06 março 2009

Pedofilia

O tema da pedofilia desperta reacções radicais. É política e socialmente incorrecto dizer-se algo que possa dar a entender que se é pedófilo ou se defende a pedofilia. Para que conste (pois quem tem cu tem medo... e eu tenho ambos), sou (e este blog é) totalmente contra qualquer forma de sexo que não seja consentida de forma livre e idónea pelas pessoas envolvidas (isto é uma forma subtil q.b. para excluir sexo com animais; eu sei que não assinam contratos nem sequer recebem qualquer gratificação além de palha ou ração... mas aí cai-me o pé para o chinelo porque acho curioso... tal como imaginar aquele açoreano que um dia me confessou que "uma aboborinha madurinha, batidinha pelo sol, faz-se-lhe um buraquinho e não há nada melhor"... e as abóboras nem podem dar coices).

Voltemos ao tema, que como gosto de dizer, se eu fosse uma fórmula do Excel dava sempre erro, porque começo a abrir parêntesis e não os fecho. Sempre gostei de conhecer pontos de vista diferentes. Por isso adorei ler o artigo «Internet child pornography consumers aren’t always pedophiles» («nem sempre os consumidores de pornografia infantil são pedófilos»), escrito por Hy Bloom para a canadiana Lawyers Weekly em 27 de Fevereiro.
Eis alguns excertos em tradução livre:
"Do interesse mais banal pelo erotismo leve ao mais retorcido (incluindo o sádico ou degradante) e ilegal (onde se inclui a pronografia infantil), tudo pode ser satisfeito na privacidade da própria casa, em alguns casos sem qualquer custo. Quanto mais problemático o interesse, mais provavelmente incorrerá em sanções penais".
"Os consumidores de pornografia na internet são um grupo heterogéneo que inclui, entre outros (de uma lista não exaustiva): reprimidos, tímidos, medrosos, insaciáveis, compulsivos e viciados, impulsivos, inadaptados, fetichistas, masoquistas, pervertidos (um termo social e moral), sujeitos com parafilias (termo médico) e, ah, sim, os «normais». A maioria dos distúrbios mentais, como no caso das pessoas bipolares, estão ocasionalmente envolvidos."
"Contrariamente aos pontos de vista de alguns, incluindo legisladores, advogados e talvez até juízes, nem todos os consumidores de pornografia infantil são pedófilos. Há muitas razões pelas quais alguém acusado pode ter acedido ou ter em sua posse pornografia infantil obtida pela internet."
"Há subclasses nos consumidores de pornografia infantil na internet, incluindo aqueles que procuram esse tipo de imagens e estímulos deliberada e exclusivamente; aqueles que se deparam com ela e, à parte do seu conteúdo erótico, sentiram excitação pela natureza proibida e ilegal desse material. Há indivíduos com interesses sexuais polimorfos para os quais a novidade e a variedade são, pelo menos se não mais, importantes que um determinado tipo de material. Este último grupo, assim como aqueles que demonstram propensão para o sexo virtual compulsivo como um vício, podem ficar dominados pelas suas necessidades (...) num grau tal que tem impacto ou amortece o seu juízo na diferenciação entre uma fonte (aceitável) de outra fonte (inaceitável)."
"Poderá haver subgrupos de pedófilos por aí que vivem exclusivamente na fantasia e têm os recursos, auto-controlo e um conjunto de interesses sexuais aceitáveis e comportamentos que evitam, com sucesso, concretizar esses pensamentos (alguns apenas evitam ser apanhados). Na (falsa, como se constata) segurança de suas casas, o acesso por computadores criou a primeira ocasião pela qual um erro de cálculo (...) os levou a a voar de cabeça contra o radar."
"Distinguir o pedófilo de alguém acusado de ver e descarregar pornografia infantil da internet (...) tem diferentes implicações no risco e bem-estar da sociedade e, possivelmente, são situações completamente diferentes para o sistema de justiça."
"Indivíduos condenados por crimes que caem na categoria geral da pornografia infantil na internet irão suportar já a designação de «ofensor sexual». Se a verdade sobre o diagnóstico sexual (ou sua inexistência) e a motivação do indivíduo não forem tidos em consideração, então o indivíduo pode ser ainda carimbado como «pedófilo» - um termo ainda mais repugnante e pejorativo, socialmente pesado que poderia condená-lo para toda a vida."

Polémico, Noé?


"Do que a Maria Arbusto mais gostava nas caminhadas pela floresta era a oportunidade de fugir ao stress da vida urbana, especialmente de todos os doidos e tarados sexuais."

Vamos ao cine mamudo

Compilação de filmes eróticos entre os anos 1850 e 1980.



Fonte: PornHub

05 março 2009

Jardinagem

O mundo fantástico de Russell U. Richards

Descobri os trabalhos do Russell num dos meus passeios pela internet. E fiquei toda molhadinha com alguns dos seus desenhos. Que pena o meu salário português não dar para comprar pelo menos um deles. Se houvesse por aí uma alminha caridosa (género DiáCona) que me oferecesse uma prenda, isso é que era...
Olhem só alguns exemplos:

«The Nude Pool»
Detalhes aqui


«Erotic Art Exhibition»
Detalhes e imagem ampliada aqui, deste quadro que custa USD 2000... e ficava tão bem na minha colecção...


«The Lost Chapter of the Kama Sutra»
Holograma lenticular de dois canais
Detalhes aqui


O Russell tem uma página com ofertas para download, incluindo uma banda desenhada de duas páginas: «Pretzel Lovers».

Há um livro com a arte dele, «The Arts and Innards of Russell U. Richards!» à venda aqui, onde ficamos a saber que a arte ajudou o Russell a lutar contra uma doença crónica devastadora e a sobreviver.

Oscargasmos

04 março 2009

Tente-não-caias


O gajo deixava a pele em campo como se não lhe custasse como aos outros suster o galfarro ali já a suar aguadilha naquele tente-não-caias e prolongava os preliminares em beijos e esfreganços de língua por tudo quanto era lado com a resistência de um bailarino. Tinha aliás uma técnica da paradinha na penetração que aumentava a salivação do desejo e potenciava o orgasmo como uma eterna ternura psicadélica.

Talvez a inquietação que me espirrava dos olhos por entre as baforadas do cigarro final o tenha levado uma vez a dissecar a razão de tanto aguenta e não respinga. Por mor da genética herdara uma biopsia semestral à próstata e eu que nem a tenho senti logo o cu apertadinho. Por via de um aparelhómetro faziam-lhe 12 cortes singelos na dita. A maioria das vezes pela natural abertura traseira. Mas também era possível fazer penetrar o gingarelho pela frente só que a largueza de caminho não é tanta que basta olharmos para a glande e ver que a dificuldade começa logo ali naquela entrada minúscula. Para já não falar que nos dias seguintes dói como qualquer corte a cicatrizar e se bem que nos podemos sentar mais de esguelha caso se tenha escolhido a retaguarda já é uma aflição pousarmos-nos numa cadeira quando se optou pela solução frontal. Sobretudo porque o jogador está lesionado interiormente o que o afasta dos relvados mais de uma semana.

Beate Uhse - «Você vê mas os seus filhos não»

Repouso

via www.gaysexer.com

03 março 2009

Se te apetece uma sandes de ti próprio, vai lá, vai!


Anúncio de convívio do «Diário de Coimbra»

Elas são piores do que eles…


As raparigas – eu sei – têm mil estratagemas hábeis para vos atrair. Com os seus braços e as suas pernas desnudados, os seus fatos decotados, demasiado curtos ou cingidos, de tecidos transparentes, com as suas palavras, os seus protestos e as suas atitudes lânguidas, suscitam em vós imagens sensuais que vos perseguem e atormentam. (…)
Vós próprios, sede prudentes. Reprimi esses olhares fixos e prolongados que lançais às raparigas e que provocam muitas vezes pensamentos obscuros e inconfessáveis. Não acrediteis também demasiado depressa no amor, ao primeiro sorriso ou à primeira palavra afectuosa que a rapariga concede.

PETIT, Gérard (1956) O Flirt
Lisboa: Acção Católica Portuguesa – pág. 21-22.