no pavor de uma noite em confusão
num subúrbio muito mais que limitrofe
num esconso do viver – num alçapão
surge o mestre dessa arte do show-off
e trementes perturbadas hortaliças
os morangos e as peras demais fruta
à banana não conseguem pedir meças
escafedem-se os covardes sem dar luta
Nota do autor, antes que me apareça o correCtor com pernas do costume: o termo limitrofe é mesmo assim, vem do russo; é primo do Popof e sobrinho de uma estrofe...
2ª Nota do autor - Vai lá de pôr o acento nas pêras, como aconselha vivamente a Dona São - mas não é para fazer compota!
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O Nelo não pode ver fruta que a ode logo:
"Ai Popofe, que Orcaste em istrofe
que tal çoando a regabofe
teim o mejmo çom de broshe
que embardas beim nu queu çou forte.
E au çaberes pôre numa gloza
a fruta pera-morang-bana
ficu, melher toda guloza
por nam rimares ca 'cona da mana
Mostrash çer melhér de mote
Melhér que çabe da puezia
Fases iço com tal mestria
queu melhér, membisho toda
fico feita numa lõuca
em tezão e aligria
Orca, melhér ésh quem éu queria
ter um dia numa foda..."E... chamaram "um corretor com pernas"?
"Meu bom OrCa, sabes bem que adoro tu
e estas rimas a que tu dás sempre nexo.
Come a pêra, que tem formato de cu
mas não comas o acento circunflexo!
São Rosas"O OrCa, quando ode, não sai de cima:
"circum-circum talvez de navegação
sempre em volta do que ao prazer nos mereça
se ponho acento na pêra, cara São,
dá por certo que logo o Nelo apareça
o problema que da língua aqui reside
tem de ver com o limite aos acrescentos
a verdade é que um gajo não se decide
como pôr sobre tais pêras dois acentos
bem pior se permites o palpite
é ao «corrector» deixar cair o cê
co'as pressas fica asneira sem alvitre
- corrector brazuca quem manda é você..."