09 abril 2009
08 abril 2009
Pêra rocha
Catrapisquei-a na zona da restauração que aquele cu de pêra rocha bamboleava nos olhos de qualquer um até nos deixar tontos. Estava sempre metida nas saladas e demais coisas verdes a apregoarem saúde vivinha da costa embrulhada nos nomes belight, vitagirassol ou vitaminas em contraste com as minhas migas com entrecosto ou o suculento arroz de pato a escorrer de enchidos.
Um dia tive a felicidade das mesas do redondel estarem apinhadas e pedi-lhe licença para me sentar na cadeira vaga da sua mesa. Já sentado percebi que por trás do tabuleiro dela estavam duas fabulosas pêras rochas encaixadas num decote em bico onde pendia mesmo no espacito do meio uma grande cruz a abarrotar de pedrinhas brilhantes que me hipnotizava de tal forma que até desejei ser nela crucificado mas com os dedinhos dos pés soltos.
Indiferente aos meus desejos ela só fixava o olhar no meu tabuleiro estarrecida com as pataniscas com arroz de feijão e a garrafita de tinto e vá de desfiar um rosário contra os fritos e os excessos alimentares gordurosos perante a minha mudez sorridente. Em jeito de cumplicidade até rematou que a gordura acumulada podia impedir o regular funcionamento de alguns órgãos que os homens consideram essenciais. E face à minha pacatez de ouvidos abertos avançou a catequizar-me nos benefícios de beber água às refeições, de não fumar e de praticar ginástica nos inúmeros e eficazes ginásios que agora existem em todo o lado, inclusive ali no Centro.
Mais do que o vinho me aquecia os pés o calor do peito dela irradiava-me a zona testicular e antes que as proteínas se acumulassem em demasia sempre lhe disse que era uma pena não morrermos gastos como solas de sapatos que os coitados dos bichos decompositores ficavam com uma trabalheira desgraçada para fincar os dentes na carne ainda rijinha.
Um dia tive a felicidade das mesas do redondel estarem apinhadas e pedi-lhe licença para me sentar na cadeira vaga da sua mesa. Já sentado percebi que por trás do tabuleiro dela estavam duas fabulosas pêras rochas encaixadas num decote em bico onde pendia mesmo no espacito do meio uma grande cruz a abarrotar de pedrinhas brilhantes que me hipnotizava de tal forma que até desejei ser nela crucificado mas com os dedinhos dos pés soltos.
Indiferente aos meus desejos ela só fixava o olhar no meu tabuleiro estarrecida com as pataniscas com arroz de feijão e a garrafita de tinto e vá de desfiar um rosário contra os fritos e os excessos alimentares gordurosos perante a minha mudez sorridente. Em jeito de cumplicidade até rematou que a gordura acumulada podia impedir o regular funcionamento de alguns órgãos que os homens consideram essenciais. E face à minha pacatez de ouvidos abertos avançou a catequizar-me nos benefícios de beber água às refeições, de não fumar e de praticar ginástica nos inúmeros e eficazes ginásios que agora existem em todo o lado, inclusive ali no Centro.
Mais do que o vinho me aquecia os pés o calor do peito dela irradiava-me a zona testicular e antes que as proteínas se acumulassem em demasia sempre lhe disse que era uma pena não morrermos gastos como solas de sapatos que os coitados dos bichos decompositores ficavam com uma trabalheira desgraçada para fincar os dentes na carne ainda rijinha.
CISTERNA da Gotinha
Favorite Hunks: é para as meninas!
E ainda para as meninas, Heavenly Bodies por David Vance. Será que a São Rosas já tem um exemplar?
Konstantin Poliakov: fotógrafo russo do erotismo.
Happy Man Bottle Stopper: quando é preciso tapar um buraco.
Maxum é um blog para contemplar.
07 abril 2009
show off the record
no pavor de uma noite em confusão
num subúrbio muito mais que limitrofe
num esconso do viver – num alçapão
surge o mestre dessa arte do show-off
e trementes perturbadas hortaliças
os morangos e as peras demais fruta
à banana não conseguem pedir meças
escafedem-se os covardes sem dar luta
Nota do autor, antes que me apareça o correCtor com pernas do costume: o termo limitrofe é mesmo assim, vem do russo; é primo do Popof e sobrinho de uma estrofe...
num subúrbio muito mais que limitrofe
num esconso do viver – num alçapão
surge o mestre dessa arte do show-off
e trementes perturbadas hortaliças
os morangos e as peras demais fruta
à banana não conseguem pedir meças
escafedem-se os covardes sem dar luta
Nota do autor, antes que me apareça o correCtor com pernas do costume: o termo limitrofe é mesmo assim, vem do russo; é primo do Popof e sobrinho de uma estrofe...
2ª Nota do autor - Vai lá de pôr o acento nas pêras, como aconselha vivamente a Dona São - mas não é para fazer compota!
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O Nelo não pode ver fruta que a ode logo:
que tal çoando a regabofe
teim o mejmo çom de broshe
que embardas beim nu queu çou forte.
E au çaberes pôre numa gloza
a fruta pera-morang-bana
ficu, melher toda guloza
por nam rimares ca 'cona da mana
Mostrash çer melhér de mote
Melhér que çabe da puezia
Fases iço com tal mestria
queu melhér, membisho toda
fico feita numa lõuca
em tezão e aligria
Orca, melhér ésh quem éu queria
ter um dia numa foda..."
E... chamaram "um corretor com pernas"?
e estas rimas a que tu dás sempre nexo.
Come a pêra, que tem formato de cu
mas não comas o acento circunflexo!
São Rosas"
O OrCa, quando ode, não sai de cima:
sempre em volta do que ao prazer nos mereça
se ponho acento na pêra, cara São,
dá por certo que logo o Nelo apareça
o problema que da língua aqui reside
tem de ver com o limite aos acrescentos
a verdade é que um gajo não se decide
como pôr sobre tais pêras dois acentos
bem pior se permites o palpite
é ao «corrector» deixar cair o cê
co'as pressas fica asneira sem alvitre
- corrector brazuca quem manda é você..."
Boas e Más Notícias
Boas Notícias: o teu parceiro tem este bom aspecto quando tira a roupa.
Más Notícias: O teu parceiro usa boxers Hello Kitty.
Boy Culture
via Cu-Cu que hoje dedica o dia às meninas!
06 abril 2009
Amamanto
Amamanto
tu boca
abierta y caliente,
que va buscando
que la alimente
con mi pezón
en la pecera de las locas,
gota a gota,
desde mi riñón.
El artista desnudo
05 abril 2009
Faz-me outra, Santinho!
Em vez de irmos dar os calos à pisadela das multidões convidei-o para um Alvarinho borbulhante em minha casa convencendo-o de que nem todas as tradições francesas se devem manter e que à bruta, havia opções mais interessantes.
Começámos pela mesa que umas nozes trincadas a dois, cada qual com a sua pontinha, e uns pinhões gorgolejados para o bico do outro como os passarinhos fazem às crias podem ser muito afrodisíacas e induzir as mãos a passearem-se discretamente pelas pernas do outro até incontidas se levantarem ao alto do pescoço a vergar a cabeça do outro de encontro à nossa boca para um saracotear de línguas.
Só que as cadeiras da mesa de serviço eram pouco espaçosas e rumámos para o sofá, mais amplo para abraços apertados e estreito o suficiente para apenas cabermos lá deitados um sobre o outro e onde à meia noite dei mais de doze passas nas suas esponjosas protuberâncias enquanto ele me escorropichava o cálice e não sei se por causa do fogo de artifício que se reflectia nos vidros da janela se por mor da sua língua que me enxugava até à última gota tive a nítida sensação de ver estrelinhas.
Quando recuperei o fôlego sugeri a continuação dos festejos levando-me para o quarto ou até para a casa de banho e assim dar sentido ao facto de ser a sua psp.
Começámos pela mesa que umas nozes trincadas a dois, cada qual com a sua pontinha, e uns pinhões gorgolejados para o bico do outro como os passarinhos fazem às crias podem ser muito afrodisíacas e induzir as mãos a passearem-se discretamente pelas pernas do outro até incontidas se levantarem ao alto do pescoço a vergar a cabeça do outro de encontro à nossa boca para um saracotear de línguas.
Só que as cadeiras da mesa de serviço eram pouco espaçosas e rumámos para o sofá, mais amplo para abraços apertados e estreito o suficiente para apenas cabermos lá deitados um sobre o outro e onde à meia noite dei mais de doze passas nas suas esponjosas protuberâncias enquanto ele me escorropichava o cálice e não sei se por causa do fogo de artifício que se reflectia nos vidros da janela se por mor da sua língua que me enxugava até à última gota tive a nítida sensação de ver estrelinhas.
Quando recuperei o fôlego sugeri a continuação dos festejos levando-me para o quarto ou até para a casa de banho e assim dar sentido ao facto de ser a sua psp.
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