A revista «Visão» de 26 de Março de 2009 publicou uma entrevista a Michel Onfray, autor do livro de 2005 «Tratado de Ateologia».
Deixo aqui alguns excertos:
Visão - Muita gente acha que um mundo sem Deus seria inimaginável, mesmo para quem não acredita nele.
Michel Onfray - Ao contrário, em nome de Deus é que se tem massacrado, destruído. Em nome de Deus fizeram-se as cruzadas, numerosas guerras ou a Inquisição. Em nome de Alá, muitas pessoas atam explosivos ao corpo, para matar 20 a 30 pessoas, às vezes crianças. Que eu saiba, o ateísmo nunca fez isso. Não conheço ninguém que tenha matado em nome do ateísmo. Há qualquer coisa que não é sã nessa relação do mundo com Deus. (...)
Visão - O que lhe desagrada no que chama os «três grandes monoteísmos»?
Michel Onfray - O ódio às mulheres, aos homossexuais, à inteligência e à razão, aos prazeres do corpo, aos desejos, às pulsões. Querem que o corpo seja espartilhado, impedido. Criaram interditos, seja alimentares, seja sexuais. Foram de um anti-hedonismo primário. É preciso viver na lei, na dor, no sofrimento, na recusa.
21 maio 2009
20 maio 2009
Cais das Colunas
Regressou o Cais das Colunas e com ele as memórias daquela faixa de terreno pedregoso que o ligava ao terminal dos barcos do Cais do Sodré e que mal anoitecia conhecia tal actividade nos seus poucos bancos de jardim que mais era uma avenida dos amassos.
Talvez para fugir a esse corropio nos enganchássemos antes no fundo do pontão que havia mais adiante com vista para os armazéns de peixe e fruta. Muito viço a cruzar as pernas um sobre o outro como se não existissem membros dormentes na distribuição de cabazes de beijos por toda a pele que era lícito descobrir como se não houvesse amanhã. Não fora uma vez as calças de ganga dele terem ficado profusamente manchadas por uma acção explosiva de dentro para fora logo nos primeiros minutos de lida e não teríamos repudiado o local.
Daí que um dia em que saíamos às tantas da matina do Jamaica e sem perspectiva de barco para a outra banda caminhámos a direito e lá fomos para o pedregal à beira tejo erguido distendendo as pernas e os dedos entre fechos e botões e ainda não estávamos toldados com o aquecimento quando a cabeça de dois mirones com boné de polícia nos fez abrir mais os olhos. Separaram-nos imediatamente como se a nossa união fosse contraproducente à autoridade deles e rabujaram que não lhes faltava mais nada. Identidade pedida faltava atestar a dele que tinha ficado esquecida no bolso de outras calças e às tantas já se encontrava deteriorada por uma lavadela na máquina. Um dos polícias não se conformava com a situação e gesticulava e abanava constantemente a cabeça como se aquelas desgraçadas ocorrências só a ele lhe acontecessem e vai de puxá-lo mais de banda e num sussurro mas de máscula voz que apelava à cumplicidade peniana interrogou-o se não me podia ter levado para uma pensão e poupar-lhe aquele monte de chatices.
Talvez para fugir a esse corropio nos enganchássemos antes no fundo do pontão que havia mais adiante com vista para os armazéns de peixe e fruta. Muito viço a cruzar as pernas um sobre o outro como se não existissem membros dormentes na distribuição de cabazes de beijos por toda a pele que era lícito descobrir como se não houvesse amanhã. Não fora uma vez as calças de ganga dele terem ficado profusamente manchadas por uma acção explosiva de dentro para fora logo nos primeiros minutos de lida e não teríamos repudiado o local.
Daí que um dia em que saíamos às tantas da matina do Jamaica e sem perspectiva de barco para a outra banda caminhámos a direito e lá fomos para o pedregal à beira tejo erguido distendendo as pernas e os dedos entre fechos e botões e ainda não estávamos toldados com o aquecimento quando a cabeça de dois mirones com boné de polícia nos fez abrir mais os olhos. Separaram-nos imediatamente como se a nossa união fosse contraproducente à autoridade deles e rabujaram que não lhes faltava mais nada. Identidade pedida faltava atestar a dele que tinha ficado esquecida no bolso de outras calças e às tantas já se encontrava deteriorada por uma lavadela na máquina. Um dos polícias não se conformava com a situação e gesticulava e abanava constantemente a cabeça como se aquelas desgraçadas ocorrências só a ele lhe acontecessem e vai de puxá-lo mais de banda e num sussurro mas de máscula voz que apelava à cumplicidade peniana interrogou-o se não me podia ter levado para uma pensão e poupar-lhe aquele monte de chatices.
Mais um miminho personalizado para a minha colecção
Lembram-se do desenho da Camille M M que eu comprei há um ano para a minha colecção?
Ela publicou agora um livro e eu comprei-o para a minha colecção.
A capa do livro - «Le secret des dieux» (o segredo dos deuses)
Exemplo das páginas interiores
Mais exemplos de ilustrações do livro
E, como já ouvi alguém dizer, "o bolo em cima da cereja": a dedicatória e o desenho feitos especialmente para mim.
Ela publicou agora um livro e eu comprei-o para a minha colecção.
A capa do livro - «Le secret des dieux» (o segredo dos deuses)
Exemplo das páginas interiores
Mais exemplos de ilustrações do livro
E, como já ouvi alguém dizer, "o bolo em cima da cereja": a dedicatória e o desenho feitos especialmente para mim.
No Brasil como em Portugal?...
Amapô
Da ficha técnica do filme - "Através de uma história de vida o filme trata de questões relacionadas aos direitos humanos, como o direito à diferença. A vida da personagem é apresentada a partir de outros, a alteridade como lógica. Os espectadores completam os sentidos e aos poucos percebem que se trata de um homossexual que, ainda na adolescência, virou travesti. «Amapoa» é um termo que vem do Iorubá e transformou-se em uma gíria de travestis para falar de mulher. O filme traz um desfecho brutal, revelando que o personagem sofreu uma forte violência. Homofobia. A abordagem leva à identificação com a personagem e permite reflexões sobre a intolerância da sociedade atual".
________________________
Uma parceria com Porta-Curtas
19 maio 2009
18 maio 2009
Burlesco - cada vez mais na moda...
Foto do Site: bibianblue.com
Um conceito que vos quero mostrar, uma vez que reúne cada vez mais simpatizantes, havendo um especial interesse no misticismo e no glamour que ostenta, activando a fantasia fetichista de muitos.
“Ao contrário do que se pode pensar, o Burlesco não é um grupo de strippers que se apresentam num palco. O Teatro Burlesco teve a sua origem na Commedia dell'arte, uma forma de teatro de improviso que se realizava na Itália, muito popular entre os séculos XV e XVII. Eram pequenas companhias que faziam as suas performances ao ar livre e as suas apresentações falavam de temas convencionais da época como o ciúme, o adultério, as paixões e alguns textos de comédias romanas e gregas perdidas no tempo.
O Teatro Burlesco surge assim no século XIX nos chamados Music Hall dos EUA e do Canadá, com performances de entretenimento popular composto essencialmente por música, comédia e apresentações vindas do circo, como trapezistas, ventríloquos, comedores de fogo, mágicos, etc. Esses espaços surgiam em contraposição à “ordem” dos teatros tradicionais.
Ao Burlesco junta-se uma linguagem específica, o Vaudeville (termo que foi adulterado do francês, “voix de ville”, a voz da cidade) que era uma forma de arte que se firmou essencialmente de 1800 até 1930 e foi buscar as suas origens nos espectáculos dos saloons, freak shows e nos chamados Dime Museums (instituições criadas para o entretenimento e educação moral das classes pobres norte-americanas). O Vaudeville foi um das formas de arte mais populares nos Estados Unidos, nos fins do século XIX.
O Burlesco teve um papel fundamental na mudança de costumes, principalmente na visão sexual da mulher. Pela primeira vez, a mulher podia mostrar o seu corpo, fato que iria marcar decisivamente toda a cultura popular associada ao género feminino. Além de expressar o confronto entre a cultura aristocrata da época Vitoriana e a cultura operária que surgia em massa. A maior representante do teatro Burlesco actualmente nos Estados Unidos é Dita Von Teese. Dita adora os anos 40 e trabalha incansavelmente para reavivar a arte burlesca nos palcos do mundo. New York, Los Angeles e San Francisco já estão aderindo à moda e criando festivais e espectáculos burlescos.”
Fonte e mais desenvolvimentos: smog.pt
3 meninas desempoeiradas pelas ruas de Paris
O Mano 69 chama a atenção para o facto de elas estarem a ouvir a música através de um Magalhães!
Make The Girl Dance "Baby Baby Baby" ( official video )
by placeblancherec
Make The Girl Dance "Baby Baby Baby" ( official video )
by placeblancherec
Subscrever:
Mensagens (Atom)