22 maio 2009

The sKy in her finGers


Voo 45309X7.
Vasco entra no Airbus A380 e repara que é o único passageiro no segundo andar do avião. Esperavam-no longas horas até chegar a Buenos Aires e planeava rever os pontos que queria focar na apresentação que iria fazer de um produto novo da sua empresa.
Recostou-se no seu lugar e, depois de feitas as contas, decidiu deixar-se adormecer um pouco antes de começar a trabalhar.

Acordou com uma voz sensual ao seu ouvido, que lhe perguntou: What can I do for you, sir?
Ainda meio adormecido esfregou os olhos e fitou-a incrédulo ao deparar-se com a sua beleza desenhada num corpete negro.
Ela sorriu-lhe, ele devolveu-lhe o sorriso com lascívia enquanto ela começava a desenhar com os seus dedos que lhe iam desabotoando as calças. Sem perguntas ele foi retirando a gravata e despindo a camisa num êxtase provocado pela forma como ela lhe acariciava os tomates e lambia o sexo. E não existiram cedências, mas um acordo mútuo mudo, quando ela passou a boca para os seus mamilos e se sentou cavalgando no seu sexo de pernas apoiadas nos seus ombros e braços agarrados ao seu tronco.
Ele agarrava-a pelas nádegas e oscilava as lambidelas desde as orelhas até ao pescoço, para logo se perder nas suas mamas brancas, frescas e boas como laranjas doces de Outubro. Apalpava-as quando mudava uma ou outra mão e lambia-as, chupava-as cheio de tesão.

As oito horas do voo foram passando enquanto eles voavam noutro sentido e nem uma palavra trocaram. Só sorrisos, risos, gritos e suspiros.
E aterraram exactamente três minutos antes do avião. Três minutos esses que se passaram entre a correria dele a vestir-se e arrumar as suas coisas e a silhueta dela a desaparecer por trás da cortina.

Voo 45309X7.
Vasco sai do segundo andar do Airbus A380. Ela estava à porta do avião a despedir-se dos passageiros, sorri-lhe e diz-lhe: Hope you had a nice trip, sir. Thank you for choosing us.
Ele fica reticente na busca de um contacto, ms ela mecanicamente dirige o seu olhar para o próximo passageiro...
Ele foi o único passageiro com o privilégio de sobrevoar o paraíso do seu corpo. Mas foi ela que o fez voar e sair da sua pele onde ficaram marcados os seus dedos, para sempre.

Post publicado também aqui

Diferenças

Machismos a parte, a vida de um homem é completamente diferente após o casório, antes do casório e durante o casório. Vamos usar um leão para provar meu ponto de vista. Saca só:







Capinaremos.com

21 maio 2009

"As grandes religiões monoteístas querem que o corpo seja espartilhado, impedido"

A revista «Visão» de 26 de Março de 2009 publicou uma entrevista a Michel Onfray, autor do livro de 2005 «Tratado de Ateologia».
Deixo aqui alguns excertos:

Visão - Muita gente acha que um mundo sem Deus seria inimaginável, mesmo para quem não acredita nele.
Michel Onfray -
Ao contrário, em nome de Deus é que se tem massacrado, destruído. Em nome de Deus fizeram-se as cruzadas, numerosas guerras ou a Inquisição. Em nome de Alá, muitas pessoas atam explosivos ao corpo, para matar 20 a 30 pessoas, às vezes crianças. Que eu saiba, o ateísmo nunca fez isso. Não conheço ninguém que tenha matado em nome do ateísmo. Há qualquer coisa que não é sã nessa relação do mundo com Deus. (...)
Visão - O que lhe desagrada no que chama os «três grandes monoteísmos»?
Michel Onfray -
O ódio às mulheres, aos homossexuais, à inteligência e à razão, aos prazeres do corpo, aos desejos, às pulsões. Querem que o corpo seja espartilhado, impedido. Criaram interditos, seja alimentares, seja sexuais. Foram de um anti-hedonismo primário. É preciso viver na lei, na dor, no sofrimento, na recusa.

Gotinha de Paixão

muse42promo07





"A Jane aprecia pela primeira vez o
sabor do amor quente de um macaco."

20 maio 2009

Cais das Colunas


Regressou o Cais das Colunas e com ele as memórias daquela faixa de terreno pedregoso que o ligava ao terminal dos barcos do Cais do Sodré e que mal anoitecia conhecia tal actividade nos seus poucos bancos de jardim que mais era uma avenida dos amassos.

Talvez para fugir a esse corropio nos enganchássemos antes no fundo do pontão que havia mais adiante com vista para os armazéns de peixe e fruta. Muito viço a cruzar as pernas um sobre o outro como se não existissem membros dormentes na distribuição de cabazes de beijos por toda a pele que era lícito descobrir como se não houvesse amanhã. Não fora uma vez as calças de ganga dele terem ficado profusamente manchadas por uma acção explosiva de dentro para fora logo nos primeiros minutos de lida e não teríamos repudiado o local.

Daí que um dia em que saíamos às tantas da matina do Jamaica e sem perspectiva de barco para a outra banda caminhámos a direito e lá fomos para o pedregal à beira tejo erguido distendendo as pernas e os dedos entre fechos e botões e ainda não estávamos toldados com o aquecimento quando a cabeça de dois mirones com boné de polícia nos fez abrir mais os olhos. Separaram-nos imediatamente como se a nossa união fosse contraproducente à autoridade deles e rabujaram que não lhes faltava mais nada. Identidade pedida faltava atestar a dele que tinha ficado esquecida no bolso de outras calças e às tantas já se encontrava deteriorada por uma lavadela na máquina. Um dos polícias não se conformava com a situação e gesticulava e abanava constantemente a cabeça como se aquelas desgraçadas ocorrências só a ele lhe acontecessem e vai de puxá-lo mais de banda e num sussurro mas de máscula voz que apelava à cumplicidade peniana interrogou-o se não me podia ter levado para uma pensão e poupar-lhe aquele monte de chatices.

Mais um miminho personalizado para a minha colecção

Lembram-se do desenho da Camille M M que eu comprei há um ano para a minha colecção?
Ela publicou agora um livro e eu comprei-o para a minha colecção.


A capa do livro - «Le secret des dieux» (o segredo dos deuses)



Exemplo das páginas interiores



Mais exemplos de ilustrações do livro



E, como já ouvi alguém dizer, "o bolo em cima da cereja": a dedicatória e o desenho feitos especialmente para mim.

No Brasil como em Portugal?...


Amapô

Da ficha técnica do filme - "Através de uma história de vida o filme trata de questões relacionadas aos direitos humanos, como o direito à diferença. A vida da personagem é apresentada a partir de outros, a alteridade como lógica. Os espectadores completam os sentidos e aos poucos percebem que se trata de um homossexual que, ainda na adolescência, virou travesti. «Amapoa» é um termo que vem do Iorubá e transformou-se em uma gíria de travestis para falar de mulher. O filme traz um desfecho brutal, revelando que o personagem sofreu uma forte violência. Homofobia. A abordagem leva à identificação com a personagem e permite reflexões sobre a intolerância da sociedade atual".
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Uma parceria com Porta-Curtas

18 maio 2009

Burlesco - cada vez mais na moda...


Foto do Site: bibianblue.com

Um conceito que vos quero mostrar, uma vez que reúne cada vez mais simpatizantes, havendo um especial interesse no misticismo e no glamour que ostenta, activando a fantasia fetichista de muitos.

“Ao contrário do que se pode pensar, o Burlesco não é um grupo de strippers que se apresentam num palco. O Teatro Burlesco teve a sua origem na Commedia dell'arte, uma forma de teatro de improviso que se realizava na Itália, muito popular entre os séculos XV e XVII. Eram pequenas companhias que faziam as suas performances ao ar livre e as suas apresentações falavam de temas convencionais da época como o ciúme, o adultério, as paixões e alguns textos de comédias romanas e gregas perdidas no tempo.
O Teatro Burlesco surge assim no século XIX nos chamados Music Hall dos EUA e do Canadá, com performances de entretenimento popular composto essencialmente por música, comédia e apresentações vindas do circo, como trapezistas, ventríloquos, comedores de fogo, mágicos, etc. Esses espaços surgiam em contraposição à “ordem” dos teatros tradicionais.
Ao Burlesco junta-se uma linguagem específica, o Vaudeville (termo que foi adulterado do francês, “voix de ville”, a voz da cidade) que era uma forma de arte que se firmou essencialmente de 1800 até 1930 e foi buscar as suas origens nos espectáculos dos saloons, freak shows e nos chamados Dime Museums (instituições criadas para o entretenimento e educação moral das classes pobres norte-americanas). O Vaudeville foi um das formas de arte mais populares nos Estados Unidos, nos fins do século XIX.
O Burlesco teve um papel fundamental na mudança de costumes, principalmente na visão sexual da mulher. Pela primeira vez, a mulher podia mostrar o seu corpo, fato que iria marcar decisivamente toda a cultura popular associada ao género feminino. Além de expressar o confronto entre a cultura aristocrata da época Vitoriana e a cultura operária que surgia em massa. A maior representante do teatro Burlesco actualmente nos Estados Unidos é Dita Von Teese. Dita adora os anos 40 e trabalha incansavelmente para reavivar a arte burlesca nos palcos do mundo. New York, Los Angeles e San Francisco já estão aderindo à moda e criando festivais e espectáculos burlescos.”

Fonte e mais desenvolvimentos: smog.pt