12 julho 2009
Relações de vizinhança
Saí do carro e dei com o rabo dela espetado em manobras para sacar as compras da mala do carro. Avancei decidido e disse-lhe ó vizinha deixe-me ajudá-la a transportar esses sacos que esse seu cu tão bem benfeitinho inspira-me esta boa acção e porque nunca se sabe se hoje é o meu dia de sorte e em troca dela não me dá mais qualquer coisinha que é o mesmo que dizer uns minutos de sexo puro e duro.
Ela empertiga-se a mostrar-me como ainda tem as mamas no sítio e responde-me que de bom grado aceita a ajuda porque para carregar nunca as mãos são de mais embora ainda não saiba se me quer pagar em favores sexuais porque apesar de já me ter galado de alto a baixo e considerado que o rabo não era nada de se deitar fora não sabe se hoje está para aí virada.
Pego nuns quantos avios que a esperança é a última a morrer e enquanto caminhamos para a porta do prédio asseguro-lhe que tenho quinze centímetros de pénis o que no nosso país é uma medida muito aceitável e desafio-a a constatá-lo pelas suas próprias mãos depois de pousar os sacos que bastarão umas esfregadelas mesmo por cima das calças para rapidamente ficar com o tamanho publicitado.
Ela ri-se abertamente e pousa os sacos na entrada com as mãos a escorrer-lhe pelas ancas para me confessar que se sente lisonjeada por ser objecto de desejo que é uma coisa que também lhe levanta o ego num instantinho mas que sem saber se também sou assim dotado de língua não se consegue decidir e termina a frase espetando um dedo na boca numa sucção rápida antes de meter as chaves a porta.
Apresso-me a passar com os meus sacos para chamar o elevador e exibir-lhe a minha língua de fora e os seus vários requebros à volta dos meus lábios como garantia da qualidade do serviço que ela vê sorridente sem mostrar os dentes e aproximando-se de mim chega-me uma palma de mão ao ombro e declara que temos pena mas vai ter de ficar para um outro dia em que não esteja com o período.
Ela empertiga-se a mostrar-me como ainda tem as mamas no sítio e responde-me que de bom grado aceita a ajuda porque para carregar nunca as mãos são de mais embora ainda não saiba se me quer pagar em favores sexuais porque apesar de já me ter galado de alto a baixo e considerado que o rabo não era nada de se deitar fora não sabe se hoje está para aí virada.
Pego nuns quantos avios que a esperança é a última a morrer e enquanto caminhamos para a porta do prédio asseguro-lhe que tenho quinze centímetros de pénis o que no nosso país é uma medida muito aceitável e desafio-a a constatá-lo pelas suas próprias mãos depois de pousar os sacos que bastarão umas esfregadelas mesmo por cima das calças para rapidamente ficar com o tamanho publicitado.
Ela ri-se abertamente e pousa os sacos na entrada com as mãos a escorrer-lhe pelas ancas para me confessar que se sente lisonjeada por ser objecto de desejo que é uma coisa que também lhe levanta o ego num instantinho mas que sem saber se também sou assim dotado de língua não se consegue decidir e termina a frase espetando um dedo na boca numa sucção rápida antes de meter as chaves a porta.
Apresso-me a passar com os meus sacos para chamar o elevador e exibir-lhe a minha língua de fora e os seus vários requebros à volta dos meus lábios como garantia da qualidade do serviço que ela vê sorridente sem mostrar os dentes e aproximando-se de mim chega-me uma palma de mão ao ombro e declara que temos pena mas vai ter de ficar para um outro dia em que não esteja com o período.
11 julho 2009
Poema da buceta cabeluda de Bráulio Tavares
A buceta da minha amada
tem pêlos barrocos,
lúdicos, profanos.
É faminta
como o polígono-das-secas
e cheia de ritmos
como o recôncavo-baiano.
A buceta da minha amada
é cabeluda
como um tapete persa.
É um buraco-negro
bem no meio do púbis
do Universo.
A buceta da minha amada
é cabeluda,
misteriosa, sonâmbula.
É bela como uma letra grega:
é o alfa-e-ômega dos meus segredos,
é um delta ardente sob os meus dedos
e na minha língua
é lambda.
A buceta da minha amada
é um tesouro
é o Tosão de Ouro
é um tesão.
É cabeluda, e cabe, linda,
em minha mão.
A buceta da minha amada
me aperta dentro, de um tal jeito
que quase me morde;
e só não é mais cabeluda
do que as coisas que ela geme
quando a gente fode.
Só com muito treino!
"Nada mais broxante para um homem do que chegar na hora do ‘vamovê’ e não conseguir tirar a roupa da mulher por causa de algum zíper emperrado ou fecho estranho.
Nada mais frustrante para uma mulher do que chegar na hora do ‘vamovê’ e o rapaz não conseguir nem tirar a sua roupa, ou pior, acabar estragando aquele vestido novinho por pura incompetência.
Por isto, meninas, analisem essa tabela antes de adquirir uma nova vestimenta.
Por isto, meninos, analisem essa tabela e busquem treinar as aberturas mais complexas.
Capinaremos"
Nada mais frustrante para uma mulher do que chegar na hora do ‘vamovê’ e o rapaz não conseguir nem tirar a sua roupa, ou pior, acabar estragando aquele vestido novinho por pura incompetência.
Por isto, meninas, analisem essa tabela antes de adquirir uma nova vestimenta.
Por isto, meninos, analisem essa tabela e busquem treinar as aberturas mais complexas.
Capinaremos"
Diciordinário - uma leitura pessoal do Katano
O David Caetano - grande maluco que se ele fosse gaja eu praticava nele todo o meu lesbianismo - apresentou no seu Blog do Katano a imagem do «sacrilégio» que o Raim fez para o DiciOrdinário. Mas com um toque de censura que ainda lhe dá um toque de mais... sacrilégio:
10 julho 2009
09 julho 2009
A MANCHA
– Ó mãe, tem de se rir assim? – queixou-se ele, antes de fechar os olhos, resignado, pronto para se abandonar ao desalento.
A mãe ria com gosto, ruidosa e espalhafatosamente. A nora, a custo, continha as lágrimas, irada e envergonhada. O enteado sorria apalermado, como era hábito. E o padrasto, bem bebido, dormia.
A mãe puxou-o para si e abraçou-o ternamente, soltando uma forte gargalhada. A avó, embevecida, sentiu os olhos embaciarem e recolocou a placa, incrustando-a no maxilar superior com forte pressão exercida com a ponta do polegar e limpou a unha no rebordo dos dentes. O avô babava-se e batia ritmicamente com a mão no braço do sofá, encostado à perna da cadeira do compadre que o olhava mas não via.
– Ó mãe, porra! – exclamou ele, aproveitando o momento de alento e firmeza que o encontrão que a companheira lhe desferiu, arremetendo o ombro direito contra a sua coluna vertebral, lhe deu. – Cale-se!
Mas a mãe só o abraçou com mais força, sem parar de rir.
Ele soltou-se e pediu:
– Por favor... – num fio de voz que se sumiu quando viu a companheira bater com a porta da cozinha, agitando a cabeça como se negasse esmola a um mendigo, e deixou-se ficar, em pé, imóvel. Firme e hirto como uma barra de ferro.
A mãe baixou os olhos, contemplou a fraca figura do filho e, numa gargalhada, disse:
– És mesmo como o teu pai que Deus tem!
O enteado curioso, procurou o alvo do olhar da avó emprestada, viu a escura mancha à volta da braguilha e, divertido, fez uma careta.
– Um triste e desgraçado ejaculador precoce – continuou a mãe. – Olha para essas calças! – E tornou a abraçá-lo como se o fizesse desaparecer.
"Se fosse só a mancha..." ponderou o enteado, conhecedor e condoído, "A esta hora já tem os bolsos todos colados e os boxers a escorrer."
Envolvido pelo poderoso braço direito materno, ele tornou a fechar os olhos e ajeitou-se ao abraço da mãe, sentindo-lhe o peito quente e procurando esquecer a vergonhosa mancha nas calças e o desconforto de sentir a substância pegajosa alastrar e tolher-lhe os movimentos, enquanto amalgamava, colava e arrepanhava pintelhos e boxers. O barulho que a companheira fazia na cozinha com a loiça e com as cadeiras e o risinho abafado do enteado, faziam-no desejar ficar ali para sempre ou, pelo menos, até a mancha secar.
“O que acontecer primeiro”, pensou.
Vejam lá se não é de eu ficar toda molhadinha
Crítica do Herculano da Costa, director do jornal «Made in Viseu», ao DiciOrdinário Ilustarado no blog Heresias Consentidas:
"diciORDINAHRIUH ilusTARADUH
Saiu já para a rua - leia-se livrarias - o 'DiciORDINÁRIO IlusTARADO', da autoria da São Rosas (A Funda São), pelo que, isto é a gente a falar, já não há motivo para continuar a insistir naquelas tretas depressivas, masoquistas e automutiladoras do Paulinho Coelho que se compram nas bombas de gasolina e nos hiperpermercados.
Não acho que valha a pena aconselhar os Leitores/as deste meu blog - há muito desactivado - a lerem, de Saramago, o imperdível 'Ensaio sobre a Cegueira', por exemplo, porque eu sei que este país vive mais à sombra de 'fait-divers' como aquele 'Olé!' do Pinho na Assembleia da República; porém - e não levem a mal este 'porém' - uma coisa é certa: a bloguista da São (não confundam com 'bloquista') esmerou-se até à quinta casa e o livrinho saiu muito esperto da costa, vivinho da silva, fino que nem um alho e outras m** positivas deste tipo.
Se ela me tivesse pedido para a prefaciar eu prefaciava-a. Não uma, não duas, não três, mas as vezes que fossem precisas, adequadas e, vá lá, consentidas por ela, porque eu não sou daqueles que lutam contra a maré e tenho de ter o prévio consentimento das gajas para as prefaciar. Mas, como ia a dizer, se fosse eu a escrever o tal de prefácio, diria tão-só que o trabalho da São Rosas é imperdível como o é Saramago, Namora, Pessoa ou Eça. Porquê? Porque a alma lusitana tem mostrado que anda pouco lusitana nas obras publicadas pós-25 de Abril, desgraçadamente, e este Diciordinário Ilustarado tem muito dessa alma - dessa chama - que nos falta a todos mas que falta, sobretudo, a quem escreve na língua portuguesa. E já se sabe: se não há língua nem dedo, diz o povo, toda a mulher nos mete medo!...
A São Rosas é que não mete medo a ninguém e o seu livro, pelo contrário, merece figurar na biblioteca de qualquer português que se preze, quanto mais não seja para aprender a usar (in)correctamente a língua quando dela mais se precisa e ela, a bandida, se nos enrodilha no céu do pensamento.
A terminar, direi que esta nova obra «é uma homenagem ao linguado português»; e é, ainda, muito mais hospitaleira do que se poderia imaginar, o que significa que também pode (e deve!) ser lida nos hospitais - se os doentes não ficarem melhor, no mínimo, garanto eu, ficam mais alfabetizados e já podem morrer descansados...
Herculano da Costa"
"diciORDINAHRIUH ilusTARADUH
Saiu já para a rua - leia-se livrarias - o 'DiciORDINÁRIO IlusTARADO', da autoria da São Rosas (A Funda São), pelo que, isto é a gente a falar, já não há motivo para continuar a insistir naquelas tretas depressivas, masoquistas e automutiladoras do Paulinho Coelho que se compram nas bombas de gasolina e nos hiperpermercados.
Não acho que valha a pena aconselhar os Leitores/as deste meu blog - há muito desactivado - a lerem, de Saramago, o imperdível 'Ensaio sobre a Cegueira', por exemplo, porque eu sei que este país vive mais à sombra de 'fait-divers' como aquele 'Olé!' do Pinho na Assembleia da República; porém - e não levem a mal este 'porém' - uma coisa é certa: a bloguista da São (não confundam com 'bloquista') esmerou-se até à quinta casa e o livrinho saiu muito esperto da costa, vivinho da silva, fino que nem um alho e outras m** positivas deste tipo.
Se ela me tivesse pedido para a prefaciar eu prefaciava-a. Não uma, não duas, não três, mas as vezes que fossem precisas, adequadas e, vá lá, consentidas por ela, porque eu não sou daqueles que lutam contra a maré e tenho de ter o prévio consentimento das gajas para as prefaciar. Mas, como ia a dizer, se fosse eu a escrever o tal de prefácio, diria tão-só que o trabalho da São Rosas é imperdível como o é Saramago, Namora, Pessoa ou Eça. Porquê? Porque a alma lusitana tem mostrado que anda pouco lusitana nas obras publicadas pós-25 de Abril, desgraçadamente, e este Diciordinário Ilustarado tem muito dessa alma - dessa chama - que nos falta a todos mas que falta, sobretudo, a quem escreve na língua portuguesa. E já se sabe: se não há língua nem dedo, diz o povo, toda a mulher nos mete medo!...
A São Rosas é que não mete medo a ninguém e o seu livro, pelo contrário, merece figurar na biblioteca de qualquer português que se preze, quanto mais não seja para aprender a usar (in)correctamente a língua quando dela mais se precisa e ela, a bandida, se nos enrodilha no céu do pensamento.
A terminar, direi que esta nova obra «é uma homenagem ao linguado português»; e é, ainda, muito mais hospitaleira do que se poderia imaginar, o que significa que também pode (e deve!) ser lida nos hospitais - se os doentes não ficarem melhor, no mínimo, garanto eu, ficam mais alfabetizados e já podem morrer descansados...
Herculano da Costa"
08 julho 2009
Primata com mamas
Até os seus olhos batiam palminhas face a face com a púbis isenta de qualquer pelame como um rabinho de bebé. Mais a mais que era a aplicação prática da sua estética e ele próprio também cumprira com a aparadela a pente um da cabeleira do seu zézinho.
A sua energia quase por estrear trocava-me as voltas em todas as acrobacias que se lembrava de experimentar no chão, na cama, ou de encontro à cómoda aproveitando o espelho de ladecos para visualizar a entrada do seu galifão tal como via nos filmes. E nessa pressa de aplicar todas as receitas do surf carnal de bem cavalgar toda a onda eu rejubilava por não ter perdido o fôlego e bendizia os meus pais que me obrigaram a fazer ginástica desde pequenina.
Nas notas de rodapé de cigarro concordei que o tal aveludado do Monte de Vénus e arredores potenciava o desejo por se sentir mais a carninha sem nada de permeio. Conscientemente omiti que essa minha prática corrente também derivava do facto do espelho não me devolver cabelos brancos no couro cabeludo mas plantá-los como diabretes a fazerem-me caretas ali em pleno campo de batalha.
E primitiva como sou fiquei como qualquer primata a rir-me de olhos postos na morte.
A sua energia quase por estrear trocava-me as voltas em todas as acrobacias que se lembrava de experimentar no chão, na cama, ou de encontro à cómoda aproveitando o espelho de ladecos para visualizar a entrada do seu galifão tal como via nos filmes. E nessa pressa de aplicar todas as receitas do surf carnal de bem cavalgar toda a onda eu rejubilava por não ter perdido o fôlego e bendizia os meus pais que me obrigaram a fazer ginástica desde pequenina.
Nas notas de rodapé de cigarro concordei que o tal aveludado do Monte de Vénus e arredores potenciava o desejo por se sentir mais a carninha sem nada de permeio. Conscientemente omiti que essa minha prática corrente também derivava do facto do espelho não me devolver cabelos brancos no couro cabeludo mas plantá-los como diabretes a fazerem-me caretas ali em pleno campo de batalha.
E primitiva como sou fiquei como qualquer primata a rir-me de olhos postos na morte.
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