09 julho 2009

Vejam lá se não é de eu ficar toda molhadinha

Crítica do Herculano da Costa, director do jornal «Made in Viseu», ao DiciOrdinário Ilustarado no blog Heresias Consentidas:

"diciORDINAHRIUH ilusTARADUH

Saiu já para a rua - leia-se livrarias - o 'DiciORDINÁRIO IlusTARADO', da autoria da São Rosas (A Funda São), pelo que, isto é a gente a falar, já não há motivo para continuar a insistir naquelas tretas depressivas, masoquistas e automutiladoras do Paulinho Coelho que se compram nas bombas de gasolina e nos hiperpermercados.
Não acho que valha a pena aconselhar os Leitores/as deste meu blog - há muito desactivado - a lerem, de Saramago, o imperdível 'Ensaio sobre a Cegueira', por exemplo, porque eu sei que este país vive mais à sombra de 'fait-divers' como aquele 'Olé!' do Pinho na Assembleia da República; porém - e não levem a mal este 'porém' - uma coisa é certa: a bloguista da São (não confundam com 'bloquista') esmerou-se até à quinta casa e o livrinho saiu muito esperto da costa, vivinho da silva, fino que nem um alho e outras m** positivas deste tipo.
Visita a página do «DiciOrdinário»Se ela me tivesse pedido para a prefaciar eu prefaciava-a. Não uma, não duas, não três, mas as vezes que fossem precisas, adequadas e, vá lá, consentidas por ela, porque eu não sou daqueles que lutam contra a maré e tenho de ter o prévio consentimento das gajas para as prefaciar. Mas, como ia a dizer, se fosse eu a escrever o tal de prefácio, diria tão-só que o trabalho da São Rosas é imperdível como o é Saramago, Namora, Pessoa ou Eça. Porquê? Porque a alma lusitana tem mostrado que anda pouco lusitana nas obras publicadas pós-25 de Abril, desgraçadamente, e este Diciordinário Ilustarado tem muito dessa alma - dessa chama - que nos falta a todos mas que falta, sobretudo, a quem escreve na língua portuguesa. E já se sabe: se não há língua nem dedo, diz o povo, toda a mulher nos mete medo!...
A São Rosas é que não mete medo a ninguém e o seu livro, pelo contrário, merece figurar na biblioteca de qualquer português que se preze, quanto mais não seja para aprender a usar (in)correctamente a língua quando dela mais se precisa e ela, a bandida, se nos enrodilha no céu do pensamento.
A terminar, direi que
esta nova obra «é uma homenagem ao linguado português»; e é, ainda, muito mais hospitaleira do que se poderia imaginar, o que significa que também pode (e deve!) ser lida nos hospitais - se os doentes não ficarem melhor, no mínimo, garanto eu, ficam mais alfabetizados e já podem morrer descansados...
Herculano da Costa"

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