12 setembro 2009

Vão ao Estúdio Raposa...

... e ouçam pela segunda vez a poesia erótica de Casimiro de Brito declamada por Luis Gaspar, como só ele sabe.
São cinco poemas do livro «69 poemas de amor».


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Ode o OrCa: "Hummm-hummm... Fiquei um pouco com a sensação de que se tratava de amor entre contorcionistas, no primeiro poema (seios na virilha...?). Mas isto há gente capaz de tudo. E desde as abordagens cubistas e por aí fora, nunca mais um corpo voltou a ser o que era.

Ah, grande Casimiro de Brito
capaz ainda de tal grito
em fúrias que o tempo não demove
traz em poemas o corpo além do infinito
um e dois e três... sessenta e nove!"

Uma pulseira para a minha colecção

Se eu usasse todas as peças de vestuário e acessórios que tenho na minha colecção devia ser lindo... digo, linda.
Comprei nestas férias esta pulseira da Índia, com três figurinhas do kamasutra.



11 setembro 2009

Escuta: 09.09.01. 23:53_Não validada

(Deve-se dizer que esta é uma "obra" de ficção e que, provavelmente, qualquer semelhança com acontecimentos e pessoas reais será mera coincidência.)

– Zé?
– Sim.
– Toma nota: 91…
– Já está, vou só buscar um cartão novo.
– Ok. Até já.


– Pedro?
– Sim.
– É dos novos?
– Virgem.
– Boa… Desculpa lá ser assim mas é que o caso é grave e não podemos arriscar. Estás sozinho?
– Estou. O que é que se passa?
– É sobre aquilo, pá, a mesma porcaria de sempre. Há novos desenvolvimentos e temos de decidir já, Zé... Temos de tomar uma decisão.
– Então?
– Há novos dados, pá…
– Foda-se! Há?!...
– Há... E sérios, Zé. Os gajos estão a chegar lá, pá, e o Ruca já me disse que não vai assobiar para o lado, não pode… Há muita merda, meu!
– E quem é que sabe?
– Para já, a gaja, por isso é que te estou a ligar...
– A gaja já sabe?!
– Já e vai arrancar sexta com isso e segundo parece com mais cuidados, com pinças, ‘tás a ver…
– Agora é que está com escrúpulos?
– Quais escrúpulos, Zé… A gaja quer é dar um ar mais sério, como se não andassem atrás de ti como cães ao bofe... O Noddy disse-me que a ideia que a gaja quer passar é que não está contra ti, que não está obcecada em atacar-te, pá… É uma coisa mais suave, mais subtil e assim faz render o peixe, assa-nos em lume brando até às eleições e nem podes falar em campanha contra ti...
– Estou a ver. Se for preciso, a gaja nem fala no meu nome!
– É essa a estratégia, pá.
– Estou fodido!
– Deixam-te no meio da tenaz e vão-na fechando, estás a ver? Mas sem nunca dizerem directamente que és tu que lá estás, ainda que o deixem mais do que subentendido... És tu e estão a chegar a ti mas nunca te vão nomear...
– Foda-se!
– Assim, não só vão dizendo que só apresentam factos objectivos, como dão a entender que te têm na mão e que podem rebentar com o resto a todo o instante e, o melhor de tudo, é que ainda podem recuar a qualquer momento e passar as brasas para outra peça...
– A peça sou eu?
– És.
– Olha que bela merda de metáfora de que te lembraste... Agora sou um bocado de carne, é?!
– Ahn?... Desculpa, tens razão... mas percebeste a ideia, não percebeste?
– E ainda por cima a velha é que se vai ficar a rir!... A sonsa!...
– Pois, isto para os gajos é como sopa no mel...
– Nunca percebi essa merda, pá! Que raio é que tem a sopa que ver com o mel?! Sopa no mel! É mas é a sorte grande p’á velha e p’ós citrinos... Cambada!
– A sorte grande...
– E a gaja, pá!... Essa gaja!... No fim de me foder a gaja vai ter de ser operada, pá!
– Operada? Operada a quê?
– À boca! Com tanta alegria, aquela bocarra nunca mais se fecha, pá. E se não for operada o sorriso engole as orelhas... A boca dá a volta à cabeça!
– Ah!
– Não te rias, pá! Isto é muito sério...
– Desculpa, tens razão...
– Tu já viste o que é a gaja estar a apresentar o pasquim abjecto e, de repente, a boca dar a volta à cabeça e a parte de cima cair, ficar só a língua e o maxilar inferior? E mesmo assim a gaja não se calar, sempre a matraquilhar… Sempre treca-treca, treca-treca, só para me lixar o juízo? Era horrível...
– Ah! Aí até o velho gagá ficava com bom aspecto, com uma partenaire dessas...
– Pois era! E esse também não se calava e depois ainda havia de vir o outro, com aqueles beiços caídos de desmamado, mandar umas postas de pescada como se andasse desde pequeno a pensar naquilo... Havia de ser um espectáculo...
– Bolas!... Deixa-me respirar...
– Mas, afinal, ouve lá, fizeste-me gastar um cartão, para quê?... Olha que eu tenho impressão que a Nanda tem um bufo qualquer e controla-me os cartões de telemóvel que eu gasto, pá… O que é que eu lhe digo?
– Não... Ó Zé... Eu liguei porque tens de decidir…
– Decidir o quê?
– Se dizemos aos Bob para dizer aos...
– Sabes que eu comprei o single...
– Desculpa?
– Comprei o single da gaja... Sempre havia de me ter outra consideração...
– Qual single?
– E eu disse-lhe... Ainda por cima, disse-lhe que tinha comprado.
– Qual single?
– "Foram Cardos, Foram Prosas", pá! Qual é que havia de ser?
– Compraste?
– Nem me digas nada...
– Eu gostava mais da Adelaide Ferreira, do "Baby Suicida".
– Olha... E eu mais valia, essa, pelo menos, nunca me espetou nenhuma faca nas costas.
– E a irmã?
– Essa não cantava ou cantava?
– O que é que isso interessa? Achas que alguém se interessava pela voz dela?
– Ah! Isso é verdade, pá. Bem visto!... Mas o single, ainda gostava de saber onde é que isso anda... Devolvia-lho! Esmigalhava-o todinho e mandava-lho!
– Deixa lá isso, Zé. Agora tens é de decidir se falo com o Bob...
– Qual o Bob?... O Bob Esponja?
– Não, o construtor. O Esponja já era, pá, agora anda armado em sério. O Bob, o construtor.
– Ah, esse!
– Pois e temos de lhe dizer se dá o recado aos espanhóis para a limpar da grelha...
– À cantora da treta?
– Pois...
– Isso era uma bomba, pá! Se fizéssemos isso estávamos fo… lixados. Boa noite.
– É a Nanda?
– É. O Pedro manda-te beijinhos.
– Eu?!
– Ela retribui. Ele agradece.
– Eu?!
– Já se foi embora. Rápido: mas qual é a vantagem?
– Os danos são controláveis até sexta, vá lá, quanto muito até domingo. Sexta e sábado andamos a apanhar bonés, depois a coisa acalma e não temos de gramar com mísseis todas as sextas-feiras. A gaja quer marcar a agenda, pá, pelo menos nessa parte...
– E nós dizíamos ou mandávamos dizer... De nós só fala o Augusto, assim como assim ninguém lhe liga nenhuma... Reduzimos os danos...
– E fica-se sem saber se foram os espanhóis...
– Sim e, bem vistas as coisas, para nós é o pior que nos podia acontecer. Somos os últimos interessados em que fizessem isso à gaja... Estou a ver... No fim ainda passo por vítima...
– Põe-se alguém a dizer que saiu a sorte grande à velha e lembra-se o Santana e o Marcelo...
– Bem visto!... Ah... mas tens de dizer ao Bob para que se houver alguma coisa já feita contra mim que deixem passar... Que emitam.
– Achas que é melhor?
– É a cereja no topo do bolo, pá!... O que houver contra mim passa na mesma mas, ao mesmo tempo, já ninguém vai falar nisso, só se vai falar na censura.
– Temos de evitar o termo...
– Está evitado por natureza, pá, porque o que a gaja tiver agora vai para o ar na mesma, estás a ver, não há censura...
– Estamos safos... Vou já ligar ao Bob!
– Construtor!
– Claro!
– Porreiro, pá!

Desirella

As mulheres tornaram-se bonecas cibernéticas com tanto silicone e botox? Conhece esta beldade superproduzida por computação gráfica. Enlouquece os homens e a si mesma.
Vivendo num conto de fadas, a velha Desirella obtém um par de sapatos mágicos que a torna jovem, numa desesperada tentativa de transcendência.




Link directo para o filme aqui.

08 setembro 2009

A Playboy portuguesa perssebe de Protogêz!

Amigos meus já me disseram que eu só reparo nas gralhas da Playboy portuguesa (o primeiro número então foi uma vergonha) por ser gaja e já não ser jovem.
Pode ser, mas a mim tira-me a tusa toda ver um texto cheio de erros ortográficos. A excepção - há sempre pelo menos uma - é o Nelo.
E parece-me que foi mesmo o Nelo quem escreveu um dos títulos da capa da Playboy nº 6:


A capa


De tailhe daqápa

Quando é que ganham vergonha na cara, rapazes brincalhões (playboys... portugueses)?

Oremos



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Mundo moderno


Alexandre Affonso - nadaver.com