Tenho um coração de papel desenhado;
tenho um coração de papel, por ti pintado.
Eu tenho um coração recortado de papel
um coração de papel que partirá rasgado
quando sair desses teus dedos de pincel
neles, está colado;
tenho um coração de papel
um coração de papel, do tinteiro sonhado;
frágil como o sonhar acordado.
Tenho um coração de papel esculpido
tenho um coração de papel, por ti moldado.
Eu tenho um coração trabalhado de papel
um coração de papel que quebrará corroído
quando sair dessa tua mão de frágua pastel
nela, está tingido,
tenho um coração de papel
um coração de papel, do tinteiro escorrido;
frágil, pode acordar debotado.
25 outubro 2009
24 outubro 2009
A Sentença
A função decorria normalmente, com um pouco de gel lubrificante dada a ausência de preliminares e desenvolvia-se agora num modorrento e pastelão entra e sai que era mais uma espécie de obrigação conjugal do que um acto desejado, quando ele, como se a conversa já estivesse a decorrer ou, pelo menos, como se não o estivessem a fazer, continuou – que é a palavra certa, porque a forma como ele o disse dava a entender um diálogo prévio que, no entanto, apenas ele tinha ouvido:
– E eu acho que nos falta qualquer coisa.
Satisfeita com a interrupção – o gel tinha sido pouco e o dia longo – ela não fez qualquer menção à estranheza da situação e apenas perguntou:
– O quê?
– Não sei – respondeu o homem de imediato.
Ele, sem pensar nem julgar, sentiu-lhe o movimento das ancas propondo o afastamento, e retirou-se completamente de dentro dela, erguendo-se nos braços e nas pontas dos pés.
– Mas qualquer coisa de quê? – insistiu ela, em tom quase simpático.
Ele hesitou, afinal não se tinha vindo, que era o seu principal, senão único, móbil para a função mas prescindiu sem custo da triste descarga e concentrou-se na resposta que queria dar.
– Não sei – ouviu-se repetir.
Ela olhou-o, sentiu o peso afastar-se e, por uma vez, decidiu dar-lhe tempo para se justificar.
– Acho que nos falta qualquer coisa – recomeçou ele. – Que o acto de fazermos amor… Nem sei se ainda lhe chame assim…
– Fazermos amor?
– Sim.
– Como é que lhe querias chamar?
– Não sei mas não me parece que isto que ultimamente fazemos seja fazer amor.
– Débito conjugal? – propôs ela, legalista.
– Débito conjugal – repetiu ele, deixando escapar um risinho envergonhado e fraco. – É capaz de ser mais isso.
– Mas não queres fazer?
Era notório que não queria. Que não queriam.
– Quero, claro que quero – respondeu ele, diplomaticamente mas sem conseguir dar qualquer inflexão de verosimilhança à voz.
Ela ouviu-o e concluiu que, se ele ainda estivesse encima dela, lhe tinha dado uma joelhada nos testículos cheios. Nada diplomática, é certo, mas bem mais honesta que a resposta dele. Feliz pela impossibilidade da joelhada e por se ter lembrado dela, ela imaginou-o aos gritos a contorcer-se com dores e sorriu, diluindo o “quero, claro que quero” na vasilha das bem intencionadas mas completamente falhadas respostas masculinas.
– Não digas isso… – A voz saia-lhe doce, compreensiva, ainda que ela não percebesse porquê. – Não queres, pois não?
– Assim não – confirmou ele, depois de uma pausa. – É tudo demasiado mecânico. É como se estivéssemos a cumprir uma obrigação.
– E não estamos? – troçou a mulher com um sorriso breve. – Afinal, não estamos casados?
Ele ajeitou-se na cama, com um grunhido desaprovador.
Ela respondeu à sua própria pergunta:
– O débito conjugal é um dos deveres dos cônjuges, integra-se no dever de coabitação, legalmente previsto no artigo…
– Não me vais dar uma lição de direito, pois não? – interrompeu ele.
– Não – respondeu ela, contrariada: estava a gostar de se ouvir falar. – Mas não é por eu me calar que deixa de ser menos verdade – rematou acintosamente.
– Talvez.
– E não é um simples dever – recomeçou ela.
– Não?
– É um dever e um direito – declarou a mulher, panfletária. – Todos os cônjuges, homens ou mulheres, têm direito ao prazer sexual!
– Acho que a ideia do legislador ao aprovar o Código Civil não era bem essa – replicou o homem.
– Claro que não era – reconheceu ela, de pronto. – Mas isso agora não interessa nada, meu caro, os tempos são outros e o débito conjugal tanto é um direito que nos assiste como um dever que temos de cumprir.
– Visto assim…
Ela ergueu as sobrancelhas e permitiu-se sorrir, feliz com a encolhida concordância dele.
– Visto assim até parece uma coisa boa! – concluiu ele, mostrando-lhe a língua.
A mulher emparedou o sorriso com um ar sentido e grave, semicerrou as pálpebras, fixou-o com o mesmo ar decidido e frio com que normalmente fixava os arguidos na sala de audiências e perguntou:
– Essa língua de fora é um convite ou uma participação de algo que me vais fazer?
Os olhos dele não esconderam um sorriso brilhante, a cara sim.
– Por momentos, parecia que me ias condenar – disse ele, sem lhe responder. – Que ar tão sério. – E condeno-te – aproveitou ela –, condeno-te a usares a língua para cumprimento dos teus deveres conjugais, para satisfação integral do teu dever de coabitação e para a execução imediata da pena conjugal a que te condenaste quando casaste comigo.
– Sim, Meritíssima – anuiu ele, num sussurro, lambendo-a lentamente a caminho do local do cumprimento da pena.
– E eu acho que nos falta qualquer coisa.
Satisfeita com a interrupção – o gel tinha sido pouco e o dia longo – ela não fez qualquer menção à estranheza da situação e apenas perguntou:
– O quê?
– Não sei – respondeu o homem de imediato.
Ele, sem pensar nem julgar, sentiu-lhe o movimento das ancas propondo o afastamento, e retirou-se completamente de dentro dela, erguendo-se nos braços e nas pontas dos pés.
– Mas qualquer coisa de quê? – insistiu ela, em tom quase simpático.
Ele hesitou, afinal não se tinha vindo, que era o seu principal, senão único, móbil para a função mas prescindiu sem custo da triste descarga e concentrou-se na resposta que queria dar.
– Não sei – ouviu-se repetir.
Ela olhou-o, sentiu o peso afastar-se e, por uma vez, decidiu dar-lhe tempo para se justificar.
– Acho que nos falta qualquer coisa – recomeçou ele. – Que o acto de fazermos amor… Nem sei se ainda lhe chame assim…
– Fazermos amor?
– Sim.
– Como é que lhe querias chamar?
– Não sei mas não me parece que isto que ultimamente fazemos seja fazer amor.
– Débito conjugal? – propôs ela, legalista.
– Débito conjugal – repetiu ele, deixando escapar um risinho envergonhado e fraco. – É capaz de ser mais isso.
– Mas não queres fazer?
Era notório que não queria. Que não queriam.
– Quero, claro que quero – respondeu ele, diplomaticamente mas sem conseguir dar qualquer inflexão de verosimilhança à voz.
Ela ouviu-o e concluiu que, se ele ainda estivesse encima dela, lhe tinha dado uma joelhada nos testículos cheios. Nada diplomática, é certo, mas bem mais honesta que a resposta dele. Feliz pela impossibilidade da joelhada e por se ter lembrado dela, ela imaginou-o aos gritos a contorcer-se com dores e sorriu, diluindo o “quero, claro que quero” na vasilha das bem intencionadas mas completamente falhadas respostas masculinas.
– Não digas isso… – A voz saia-lhe doce, compreensiva, ainda que ela não percebesse porquê. – Não queres, pois não?
– Assim não – confirmou ele, depois de uma pausa. – É tudo demasiado mecânico. É como se estivéssemos a cumprir uma obrigação.
– E não estamos? – troçou a mulher com um sorriso breve. – Afinal, não estamos casados?
Ele ajeitou-se na cama, com um grunhido desaprovador.
Ela respondeu à sua própria pergunta:
– O débito conjugal é um dos deveres dos cônjuges, integra-se no dever de coabitação, legalmente previsto no artigo…
– Não me vais dar uma lição de direito, pois não? – interrompeu ele.
– Não – respondeu ela, contrariada: estava a gostar de se ouvir falar. – Mas não é por eu me calar que deixa de ser menos verdade – rematou acintosamente.
– Talvez.
– E não é um simples dever – recomeçou ela.
– Não?
– É um dever e um direito – declarou a mulher, panfletária. – Todos os cônjuges, homens ou mulheres, têm direito ao prazer sexual!
– Acho que a ideia do legislador ao aprovar o Código Civil não era bem essa – replicou o homem.
– Claro que não era – reconheceu ela, de pronto. – Mas isso agora não interessa nada, meu caro, os tempos são outros e o débito conjugal tanto é um direito que nos assiste como um dever que temos de cumprir.
– Visto assim…
Ela ergueu as sobrancelhas e permitiu-se sorrir, feliz com a encolhida concordância dele.
– Visto assim até parece uma coisa boa! – concluiu ele, mostrando-lhe a língua.
A mulher emparedou o sorriso com um ar sentido e grave, semicerrou as pálpebras, fixou-o com o mesmo ar decidido e frio com que normalmente fixava os arguidos na sala de audiências e perguntou:
– Essa língua de fora é um convite ou uma participação de algo que me vais fazer?
Os olhos dele não esconderam um sorriso brilhante, a cara sim.
– Por momentos, parecia que me ias condenar – disse ele, sem lhe responder. – Que ar tão sério. – E condeno-te – aproveitou ela –, condeno-te a usares a língua para cumprimento dos teus deveres conjugais, para satisfação integral do teu dever de coabitação e para a execução imediata da pena conjugal a que te condenaste quando casaste comigo.
– Sim, Meritíssima – anuiu ele, num sussurro, lambendo-a lentamente a caminho do local do cumprimento da pena.
Tau! Tau! Tau!
«Jean Bucquet présente: La vie sexuelle de Lucky Luke» - Jeff Gazette - Hors Serie nº 2 - Bélgica, 1993
Uma delícia, esta compra recente para a minha colecção.
Alguém duvidava que o Lucky Luke não era assim um cowboy tão solitário como nos contavam?
E mais: confirma-se que nunca larga o cigarro. Nas várias aventuras do livro, em banda desenhada, só tirou o cigarro para um minete. Acho bem. É de cavalheiro!
A capa
Um pequeno exemplo do que vai lá por dentro...
Uma delícia, esta compra recente para a minha colecção.
Alguém duvidava que o Lucky Luke não era assim um cowboy tão solitário como nos contavam?
E mais: confirma-se que nunca larga o cigarro. Nas várias aventuras do livro, em banda desenhada, só tirou o cigarro para um minete. Acho bem. É de cavalheiro!
A capa
Um pequeno exemplo do que vai lá por dentro...
23 outubro 2009
O que importa
Já não importa
O quanto caminhei até aqui
Se o caminho foi de sonhos
E se os sonhos
Foram sendo desfeitos
Pelo tempo do caminho.
Já não importa
Se não caminhei
Ou se fingi que caminhava
Enquanto me enganava
Não importa mesmo
O que importa agora
Se importar for um verbo
É que as noites são quase iguais
Aos dias
E os dias só diferem das noites
Porque nos escondemos nos dias
Para que ninguém descubra
Que somos amantes.
Foto e poesia de Paula Raposo
A posta na apalpadela à tecnologia de ponta
Faço sempre um esforço para me mostrar receptivo às maravilhas que o progresso tecnológico nos oferece, nem que seja para não fazer má figura junto da malta que abraça tudo quanto é novidade como se jamais o conceito de “novo” pudesse corresponder ao de “menos bom”.
Claro que estranhei imenso a transição dos teclados das máquinas de escrever, mais o seu “tac-tac-tac” e o “plim” que me era tão familiar, quando surgiram os teclados de computador que agora não dispenso no meu quotidiano.
E por vezes quase sinto saudades das folhas de papel substituídas pela versão electrónica como aquela em que vos escrevo esta posta. Isto a propósito de (mais) uma inovação que parece destinado ao maior sucesso e que dá pelo nome de ecrã táctil.
O bota de elástico em mim desatou logo ao pontapé quando percebi de que se trata.
De acordo com os mais optimistas, o ecrã táctil constitui o golpe de misericórdia na dupla rato/teclado que boa parte da população ainda nem experimentou. Consiste, ao que percebi, num monitor onde fazemos acontecer tudo com os dedos. Ou seja, dedilhamos em vez de teclar e apontamos em vez de clicar.
Revolucionário, dirão.
Sem dúvida, mas a ideia de imaginar um grande escritório com computadores partilhados por aquele tipo de pessoa habituada a comer a sandocha toda besuntada de maionese enquanto trabalha intimida-me.
Quase consigo imaginar o cenário, tendo em conta o pó e as marcas de dedadas na maioria dos monitores, quando tento visualizar o efeito prático da digitação nos objectos de trabalho de um sector terciário onde ainda existe muita gente sem tempo (nem vontade) de lavar as mãos com a regularidade que agora se impõe.
Sim, a ideia repugna um nadinha quando pensamos nos tais ecrãs modernaços cheios de pequenos pedaços de fiambre, manchas de ketchup ou ainda pior (há malta que não dispensa uma limpeza ocasional das narinas e nem sempre o lenço está à mão...).
Claro que nos teclados esse problema também se coloca, mas por algum motivo nunca ficam com um ar muito porcalhão e hoje em dia é fácil proceder à respectiva substituição quando as teclas já só exibem um círculo cinzento onde antes existia um caractere.
Mas se estes meus receios, provavelmente injustificados, até podem nem vir a confirmar-se não consigo deixar de imaginar a figurinha dos que pela surra dão uns tirinhos no horário de trabalho. E pior ainda, quando algum desgraçado se vir apanhado pela patroa a dedilhar no seu magnífico ecrã táctil as mamocas desnudas num qualquer site erótico ou o modelo de uma peça futura de louça das Caldas num blogue atrevidote como A Funda São...
Claro que estranhei imenso a transição dos teclados das máquinas de escrever, mais o seu “tac-tac-tac” e o “plim” que me era tão familiar, quando surgiram os teclados de computador que agora não dispenso no meu quotidiano.
E por vezes quase sinto saudades das folhas de papel substituídas pela versão electrónica como aquela em que vos escrevo esta posta. Isto a propósito de (mais) uma inovação que parece destinado ao maior sucesso e que dá pelo nome de ecrã táctil.
O bota de elástico em mim desatou logo ao pontapé quando percebi de que se trata.
De acordo com os mais optimistas, o ecrã táctil constitui o golpe de misericórdia na dupla rato/teclado que boa parte da população ainda nem experimentou. Consiste, ao que percebi, num monitor onde fazemos acontecer tudo com os dedos. Ou seja, dedilhamos em vez de teclar e apontamos em vez de clicar.
Revolucionário, dirão.
Sem dúvida, mas a ideia de imaginar um grande escritório com computadores partilhados por aquele tipo de pessoa habituada a comer a sandocha toda besuntada de maionese enquanto trabalha intimida-me.
Quase consigo imaginar o cenário, tendo em conta o pó e as marcas de dedadas na maioria dos monitores, quando tento visualizar o efeito prático da digitação nos objectos de trabalho de um sector terciário onde ainda existe muita gente sem tempo (nem vontade) de lavar as mãos com a regularidade que agora se impõe.
Sim, a ideia repugna um nadinha quando pensamos nos tais ecrãs modernaços cheios de pequenos pedaços de fiambre, manchas de ketchup ou ainda pior (há malta que não dispensa uma limpeza ocasional das narinas e nem sempre o lenço está à mão...).
Claro que nos teclados esse problema também se coloca, mas por algum motivo nunca ficam com um ar muito porcalhão e hoje em dia é fácil proceder à respectiva substituição quando as teclas já só exibem um círculo cinzento onde antes existia um caractere.
Mas se estes meus receios, provavelmente injustificados, até podem nem vir a confirmar-se não consigo deixar de imaginar a figurinha dos que pela surra dão uns tirinhos no horário de trabalho. E pior ainda, quando algum desgraçado se vir apanhado pela patroa a dedilhar no seu magnífico ecrã táctil as mamocas desnudas num qualquer site erótico ou o modelo de uma peça futura de louça das Caldas num blogue atrevidote como A Funda São...
Palavras meigas após o acto sexual? A malta quer é Twitter!
Os velhos clichés pós-sexo do cigarro e da frase "Foi tão bom para ti quanto foi para mim?" parecem estar condenados. A nova moda é o Facebook e o Twitter e, de acordo com um estudo da Retrevo, 36% dos utilizadores actualizam o seu perfil imediatamente após o acto sexual.
Curioso é também perceber que há quem também actualize o seu perfil enquanto conduz e enquanto sai com a sua cara-metade ou pretendente.
22 outubro 2009
A 1ª Mostra Erótica-Paródica de Caldas da Rainha pela internet
Terra das Malandrices
"Confraria do Príapo propõe Caldas da Rainha como Terra das Malandrices" - Gazeta das Caldas/Expresso
"Caldas - Terra das Malandrices" - Jornal das Caldas on-line
"... a Confraria do Príapo, uns malandrecos de primeira apanha..." - Público (Guia do Lazer)
"Falo das Caldas em exposição" - Correio da Manhã
"Caldas da Rainha: artesãos preparam mostra erótica-paródica" - IOL
"Caldas da Rainha é Terra das Malandrices durante um mês" - Diário de Notícias
"Cidade portuguesa se transforma na 'capital do falo' por um mês" - Universo Bizarro (Brasil)
Masturbation is not a crime
Masturbação Feminina
Ao contrário da masturbação masculina, praticada com a maior naturalidade pelos rapazes desde muito cedo, a masturbação feminina é cercada de mistérios e preconceitos que impedem essa prática de ter a naturalidade necessária .
A masturbação feminina pode ser uma arte porque não é igual à masculina, facilmente estimulada pelas imagens eróticas que se encontram em revistas. As mulheres, por sua vez, não são tão visuais como os homens, logo, é bastante difícil a imagem de um homem nu levá-las ao orgasmo, sendo que as revistas especializadas em nus masculinos são, frequentemente, consumidas por homossexuais que, normalmente, mantêm o voyeurismo masculino típico.
A masturbação é um meio eficiente de conhecimento do próprio corpo, não vicia e não causa transtornos mentais como se pensava antigamente. Ao praticá-la, uma mulher pode desvendar "caminhos e rotas" que a levam ao prazer e isso será de grande valor na relação sexual no sentido de facilitar a acção dos parceiros naquilo que lhe dá ou não prazer.
Vencendo os preconceitos sobre a masturbação, a mulher hoje tem acesso a uma indústria de objectos eróticos, desde vibradores a butterflies, de todos os tamanhos e formas, gel e roupa especial, com o único objectico de dar prazer, sendo que não são poucas a mulheres que relatam terem conseguido seu primeiro orgasmo através desses objectos.
Mas existem outras alternativas. O chuveiro, durante o banho é uma excelente maneira de se masturbar, bem como o travesseiro no meio das pernas. As técnicas são muitas e a escolha de uma depende da disposição de cada mulher. O problema consiste, na maior parte das vezes, em vencer os preconceitos e começar a tocar-se, algo que, não raramente, muitas mulheres só descobrem depois dos 30 anos.
Porém, mais importante do que as técnicas e métodos para se masturbar, é a mudança de pensamento no sentido de romper tabus que ainda são fortes na nossa sociedade, como por exemplo, o tabu de que as mulheres se devem preservar para um possível companheiro, de que o sexo não é algo importante para elas, mas sim, a relação, o sentimento, o casamento sendo que a mulher se deve manter "casta" até ao aparecimento do seu "príncipe encantado". O vinculo do prazer associado a um só parceiro e condicionado a uma institucionalidade. É uma armadilha em que, infelizmente muitas mulheres caem, negando a si mesmas o que os homens fazem há anos, sem enlouquecer, sem adoecer e sem perder a sua "respeitabilidade".
Masturbação não causa frigidez, não leva à homossexualidade nem à loucura. Pode ser feita a sós, ou então, a dois, a três, com ou sem o uso de objetos, mas com muita fantasia.
Masturbation is not a crime.
Subscrever:
Mensagens (Atom)