15 novembro 2009

Os andaralos do 12º Encontra-a-Funda

Durante um dia, fomos...
... andarilhos, porque andámos muito. Mas foi pela cidade das malandrices, por isso fomos...
... andaralhos. Só que pelas Caldas, por estes dias, não se fala em caralhos e sim em falos, por isso fomos...
... andaralos!

Foi um dia tão entesante (sim, sim, eu disse interessante) que no fim até cheguei ao carro toda molhadinha... talvez porque estava a chover.
Tantos momentos bons... tão bom estar convosco... que seria preciso um blog inteiro só para falar de tudo o que se passou neste 12º Encontra-a-Funda.
Só mesmo o OrCa consegue resumir tudo tão bem.
A Ana Andrade também faz um belo resumo do dia, apesar das suas Câimbras Mentais (o ombro direito dela é que deve estar uma lástima, com aquele saco onde ela traz a vida dela toda). Mesmo com o ombro esnocado (adoro esta palavra e há tanto tempo que não a usava), a Ana gravou primorosamente o Blues conimbricense, traçado de brasuca.
E o Rafaelito-Alérgico-a-Maçapão, que está um espiçalista em reportagens, também fez um excelente trabalho, que até tem uma segunda parte.
Por isso sugiro que vejam por esses lados um poucochinho do tanto (mas tanto) que por lá se passou. Aqui, deixo-vos uma selecção de algumas outras imagens:


Esta escultura do ceramista Vítor Alves foi a minha preferida entre todas. Ficava tão bem na minha colecção...



A mesma peça... digo, piça vista a fazer o pino.



O OrCa e o Rafael marcaram a nossa presença no livro das mesmas, na exposição do Caldas Shopping.



O Paulo Moura, confrade do Príapo, à conversa com o ceramista e confrade Vítor Lopes e com o artista José Pires (sempre discreto, lá ao fundo), na Casa dos Barcos. Ao Vítor só faltava um cordel pendurado por baixo do avental...



À porta do posto de turismo, uma bicicleta do município das Caldas, comprovando que o erotismo pode encontrar-se em todo o lado... até num selim.



A dedicatória para o diciOrdinário do OrCa tinha que ser especial... e teve um desenho do mestre Raim, além de dedicatórias da Gotinha e da São Rosas.



O momento mais assustador da noite, quando irrompeu pela sala o monstro narigudo do WC. E quando soprava o nariz levantava!



O Pedro Laranjeira e a cabaça que o Katano trouxe de Caria, oferecida pelo Jorge para a minha colecção. Tenho que lhe pedir que me diga de novo os nomes da terra de onde veio esta obra de arte e da raínha que se apaixonou pelas hortas dessa aldeia. Ah! O Pedro Laranjeira é o da direita.



Há quanto tempo que não me liam um conto para adormecer...

Espero que todos tenham tido um bom regresso a vossas casas.
À malta que foi e à que não pôde ir, até à próxima!

Lucid Dream Vibrator


Na noite de 14 de Novembro foi sorteado no 12º Encontro d’A Funda São este vibrador.
Fui a feliz contemplada e comprometi-me a fazer um relatório sobre o mesmo.
Quatro velocidades, optei pela 4ª. Mais vibrante.
Digo que o orgasmo é muito mais rápido do que com os dedos e de que tem a indiscutível vantagem de não se ter ninguém a fazer perguntas ou a exigir uma alta performance.
Aí reside todo o mistério deste dream nº 18 e, tal como anunciado na embalagem, «the dream is surreal»!
Uma experiência a não perder por quem nunca experimentou e a repetir até à exaustão por quem já experimentou… ainda não posso é falar sobre a duração das duas pilhas AA, mas oportunamente fá-lo-ei.
Além desta inesquecível surpresa de um final de noite excelente, foi-me oferecido pelo Car(v)alho um Oral Joy com sabor tropical, o qual irei experimentar logo que se apresente o candidato certo que queira ser levado até às nuvens…
Paula Raposo
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Esta foi uma das muitas prendinhas deste ano da Erosfarma, que desde sempre apoia os Encontra-a-Funda.

Colapso


Esse olhar, estrada de língua para a boca do Inferno. Virei o rosto, em colapso, mas já estava atravessada na tua garganta. Fechei as pernas, apertadas, mas espreitava-me o desejo no peito aberto, em traição, ofegava por mim, pela libertação da besta despudorada que acorrentei. Não ficaria impune, agora sabia-o bem. Tranquilamente, taciturno, penduravas o casaco...


Vinho Novo

"Deus, pátria e família", declarou o maneta, empertigando-se.
"O quê?!", indagou o coxo, pousando o copo.
"Ateu, livre e libertino", replicou prontamente o marreco, batendo com as palmas das mãos na mesa encardida.
"E gajas?" indagou o coxo, farto de discussões movidas a álcool, limpando os beiços arroxeados do martelado vinho novo. "Vamos mas é embora, que vocês não dão uma para a caixa e daqui a bocado a Palmira já não nos deixa entrar!"
"Isso é que não pode ser", enxofrou-se o maneta, levantando-se e emborcando o resto do copo.
"Nem pensar!", concordou o marreco, depois de, já de pé, beber o resto do vinho. "Vamos mas é embora que se não aparecemos as gajas ficam todas tristes!"
O coxo riu, levantou-se e caiu.

A apanha da fruta

Já tinha na minha colecção duas peças do mesmo tipo. Mas não resisti a comprar mais esta travessa (nome muito bem escolhido para esta senhora da fruta, pela travessura de quem a criou).


A parte da frente...



... e a parte traseira

Não chega para tudo


crica para visitares a página John & John de d!o

14 novembro 2009

Porno na padaria. Isto quando começa...

... a Didas já não encontra o pedal do travão.


Halloween


Magalhães

Pornos anteriores:
Primeiros
Segundos
Terceiros

O quarto


Um quarto arranjado à pressa
Entre o comprar o jornal
E ir ao café
De fugida

Uma desculpa mal amanhada
E o contínuo fechar de olhos
Da legítima e amantíssima

Assim se fazem as manhãs
Porque sempre se fazem tarde
As tardes
Em que depressa
Te desfazes em desculpas

-Afinal não pode ser
Só contratempos
Que chatice

E eu a ver…
O quarto sempre adiado!

Foto e poesia de Paula Raposo

Pink Ribbon Magazine - Duas namoradas


Pink Ribbon Magazine - Two Girlfriends (English VO) - (2009) :30 (The Netherlands)

"Sãozita, permite-me falar a sério desta vez: Aqui há uns anos, por mero acaso, detectei um carocinho no seio direito. Entrei em pânico (como se pode imaginar) e, no dia seguinte, fui ao médico. Exames feitos, não era nada de preocupante. Mas... a partir daí, nunca mais deixei de fazer o rastreio ao cancro da mama pelo menos uma vez por ano. É importante, e nunca demais, salientar o valor da vigilância quanto a esta doença - senhoras, vigiem, façam rastreios, pintem a manta com o vosso médico para o obrigar a passar as requisições para todos os exames necessários. Acreditem, vale mesmo a pena!
(Prontes, acabei. Já posso descer da minha caixita de sabão e dar a vez a outro...)
Euzinha"


"O cancro da mama - embora não seja exclusivo das mulheres - é possivelmente o que mais aflige o universo feminino, prioritariamente pelo facto da carga simbólica que o peito, no universo dos valores, representa.
Verdade deva ser dita que o cancro do peito tem sido profundamente estudado nos últimos anos e em grande parte pelas portas que a evolução do conhecimento da genética abriu a todos os campos da medicina.
Sabido é hoje que o cancro da mama surge não isoladamente mas como corolário duma sequência de mais de trinta mutações. Dito isto, é agora - em tese - muito mais fácil despistar desde muito cedo e, a partir das primeiras mutações, a evolução previsível do historial do indivíduo em questão e tomar as medidas pertinentes, muito antes das micro radiografias que apenas atestam uma situação já espoletada.
Charlie"

Cartas de jogar eróticas da Mongólia

Acabadinhas de chegar (e nem vinham cansadas) à minha colecção.





13 novembro 2009

os malefícios do tabaco

Sempre fui muito fraco na hora de fumar o cigarro pós-sexo. Presumo que tal se deva ao facto de não fumar. Essa assincronia social sempre me deixou algo inferiorizado em tais cruciais momentos. E o caso não é para menos se imaginarmos a cena: a busca patética de um isqueiro não existente, o tactear titubeante pelo maço de cigarros não presente, tudo isto num momento de suposta glorificação e segurança en si mesmo, são momentos de um constrangimento avassalador quando temos sobre nós assestado um olhar tranquilamente avaliador e apenas é remível através do acto singelo de nos virarmos para esse olhar e começarmos tudo de novo... uma vez mais, até chegarmos àquele momento de constrangimento e começarmos tudo de novo... até chegarmos, afinal, àquele momento de constrangimento e começarmos tudo de novo... até chegarmos, ainda uma outra vez, àquele momento de constrangimento e começarmos tudo de novo... até chegarmos, irremediavelmente, àquele momento de constrangimento e começarmos tudo de novo... até chegarmos, inevitavelmente, àquele momento de constrangimento e começarmos tudo de novo... até...

«O Erotismo na Banda Desenhada»

Fonte: Expresso


Hoje, às 21 horas, no Caldas Shopping (Caldas da Rainha), o especialista em banda desenhada e ilustração, Geraldes Lino vai falar sobre o erotismo na BD. É mais um evento da «Terra das Malandrices» - 1ª Mostra Erótica-Paródica das Caldas da Rainha, a decorrer até ao dia 22 de Novembro.
E amanhã é dia de nós irmos passear por .

Na última fronteira

A minha boca na tua pele, passageira. Lábios que te tocam de forma ligeira, aleatória, beijos suaves gravados na memória do corpo, alto relevo, pintados como rastos na areia deixados por quem passeia numa praia deserta, em forma de arrepio.

Os meus dedos a seguirem o trilho desenhado nesse corpo acordado pela brisa quente da respiração, o bater acelerado do coração nesse teu peito que me chama, o teu olhar que reclama uma passagem por um destino certo desta viagem em que embarco por ti. Toda.
A rota que já percorri, cada passada que fica traçada na tua pele, esculpida a cinzel com a língua que agora te visita onde os olhos pediram, o corpo que se agita em orgasmos que nasceram onde a vida se produz e na mente que se reduz, concentrada, à emergência do prazer.
A minha boca a dizer que não é pouca a vontade de te deixar prostrada, quando der lugar a outro caminho nessa estrada que abres para mim enquanto me olhas assim, perdida algures num ponto do mapa que te descrevo com as palavras que sussurro depois, ao ouvido, enquanto viajamos os dois num tapete mágico, encantado, um delírio que soa ilógico, sem nexo, mas é explicado pelo empenho com nos entregamos ao sexo, a estes momentos em que sublimamos, horas a fio, a intensa emoção que acontece nesta ligação à corrente de um rio que começa numa nascente que brilha como o sol.
A tua boca que me beija o rosto e depois troca, descendente, para onde mais gosto de a sentir, a tua ânsia, e dizes ser urgente satisfazer-me também, as mãos na tua cabeça em movimento de vaivém e eu logo a seguir no caminho de regresso ao aconchego do teu abraço ao corpo que deito sobre o teu, invado o espaço que agora é o meu porque o ofereces sem hesitar e vejo que até esqueces em que lugar nos encontramos, esta cama em que fazemos o amor sem reservas que permite te atrevas a ir longe demais, tanto quanto puderes. E tu vais. Comigo, onde quiseres. Sobrevoamos um campo de trigo e depois mergulhamos num mar tropical, depois de conquistado o espaço sideral onde o som não é propagado como agora podemos constatar, já em terra, quando ambos não conseguimos evitar um grito de guerra em uníssono que marca o final de mais uma etapa, de mais uma volta pelo país da fantasia onde acontecemos, pura magia, num tempo em que no nosso espaço, no nosso momento, só existe uma condição.
Viajarmos sempre para fora deste mundo, numa outra dimensão.