Nenhuma muralha (nem aqui nem na China) vedou o acesso deste jogo de cartas eróticas à minha colecção.
21 novembro 2009
20 novembro 2009
Luxúria
Ainda não consegui a suprema ascensão
à beleza contemplativa do platonismo,
esse júbilo do belo, ao espiritual onanismo
chamo, assanhada, infinita masturbação.
Quero ser pupila de ti, meu Mestre ancião,
sou de osso, quero carne; e tu, nesse sadismo,
queres roer as palavras, salivar o lirismo,
eu quero ser alimentada e morder-te a mão…
Mas quem és tu, afinal, mulher? Sou animal,
sou sexo, sou luxúria arfante, sou como tu,
serei como queiras, sou chão, cobre-me, nu,
e serei sempre como sou, presa e rum fatal;
Vem cá, vem sem medo, prometo fazer-te mal,
sou frágil, terna, funda, eu serei o teu abismo,
sou a pura, maternal, entrego-me em comunhão,
desmonto-te depois e condeno-te ao ostracismo…
______________________________
O Charlie ode com tusa:
"Ai, luxúria, luxúria.
Que ainda houve
quem te pegasse ao colo
e te fizesse guloseima
entalada de mão morta
entre o bigode do Adolfo e
as gulas do Canibal..."
A Joana Well ode mesmo sem musa (nem precisa dela):
"Ai, poesia, poesia,
que quem soube
enrolar-te em luxúria
fez de ti guloseima
a escorrer pela mão aberta
entre as pernas de Afrodisia e
as gulas de sua caverna..."
O Santoninho não pode ver uma poetisa sem musa que fica logo com tusa:
"Dois estilos... é à escolha da freguesa! Bai sardinha fresquinha, é das Caxinas, freguesa! Sardinha tesa, freguesa, tesa como um carapau! E como o pau do meu home, que me não deixa com fome, e todo o dia à tardinha me arruma com o carapau para cima da sardinha! Ora, tomem lá mais esta!
Amo o bronze, o cristal, as porcelanas,
Os vitrais de esfuziantes cores,
Tapeçarias pintadas de ouro e flores,
Espelhos como águas venezianas.
Amo também as belas castelhanas,
a canção dos antigos trovadores,
os corcéis da Arábia, voadores,
da Alemanha as baladas mais arcanas,
o rico piano de marfim sonoro,
o ressoar do corne na espessura,
do frasco esguio tão fragrante essência,
e o leito de marfim, sândalo e ouro,
em que deixa a casta formosura
a flor sangrenta de sua inocência.
- - - - - - - - - - - - - -
Desmontar... até que pode!
Se cona tem de ventosa?
Meu piço a fode, a fode,
E fêmea fodida só goza!
Ostracismo, querias tu...
E mais as ostras da São!
Eu cá... prefiro o cu,
E foder até mais não!
Onanismo... de Sodoma?
Hedonismo... de Epicuro?
O que queres é que eu te coma
O fruto que tens maduro
Que entre as pernas assoma
E deixa o meu piço duro!"
A Joana Well dá uma rapidinha, que tá com pressa:
"Que se amem as jovens damas,
de pele tão alva, a sugerir odores,
a sonhar com viris amores
a quem entregar as carnes rosadas.
Que se amem as mal amadas
e os seus mal saboreados sabores;
os seus credos são tentadores
quando à cama são jogadas!
Um forte tronco profano,
o seu vibrato rasga-lhes a armadura
e submete-as à urgência,
e num corpo de jasmim, de peito sem dono,
largarás terna loucura,
o líquido espesso da tua incandescência."
à beleza contemplativa do platonismo,
esse júbilo do belo, ao espiritual onanismo
chamo, assanhada, infinita masturbação.
Quero ser pupila de ti, meu Mestre ancião,
sou de osso, quero carne; e tu, nesse sadismo,
queres roer as palavras, salivar o lirismo,
eu quero ser alimentada e morder-te a mão…
Mas quem és tu, afinal, mulher? Sou animal,
sou sexo, sou luxúria arfante, sou como tu,
serei como queiras, sou chão, cobre-me, nu,
e serei sempre como sou, presa e rum fatal;
Vem cá, vem sem medo, prometo fazer-te mal,
sou frágil, terna, funda, eu serei o teu abismo,
sou a pura, maternal, entrego-me em comunhão,
desmonto-te depois e condeno-te ao ostracismo…
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O Charlie ode com tusa:
"Ai, luxúria, luxúria.
Que ainda houve
quem te pegasse ao colo
e te fizesse guloseima
entalada de mão morta
entre o bigode do Adolfo e
as gulas do Canibal..."
A Joana Well ode mesmo sem musa (nem precisa dela):
"Ai, poesia, poesia,
que quem soube
enrolar-te em luxúria
fez de ti guloseima
a escorrer pela mão aberta
entre as pernas de Afrodisia e
as gulas de sua caverna..."
O Santoninho não pode ver uma poetisa sem musa que fica logo com tusa:
"Dois estilos... é à escolha da freguesa! Bai sardinha fresquinha, é das Caxinas, freguesa! Sardinha tesa, freguesa, tesa como um carapau! E como o pau do meu home, que me não deixa com fome, e todo o dia à tardinha me arruma com o carapau para cima da sardinha! Ora, tomem lá mais esta!
Amo o bronze, o cristal, as porcelanas,
Os vitrais de esfuziantes cores,
Tapeçarias pintadas de ouro e flores,
Espelhos como águas venezianas.
Amo também as belas castelhanas,
a canção dos antigos trovadores,
os corcéis da Arábia, voadores,
da Alemanha as baladas mais arcanas,
o rico piano de marfim sonoro,
o ressoar do corne na espessura,
do frasco esguio tão fragrante essência,
e o leito de marfim, sândalo e ouro,
em que deixa a casta formosura
a flor sangrenta de sua inocência.
- - - - - - - - - - - - - -
Desmontar... até que pode!
Se cona tem de ventosa?
Meu piço a fode, a fode,
E fêmea fodida só goza!
Ostracismo, querias tu...
E mais as ostras da São!
Eu cá... prefiro o cu,
E foder até mais não!
Onanismo... de Sodoma?
Hedonismo... de Epicuro?
O que queres é que eu te coma
O fruto que tens maduro
Que entre as pernas assoma
E deixa o meu piço duro!"
A Joana Well dá uma rapidinha, que tá com pressa:
"Que se amem as jovens damas,
de pele tão alva, a sugerir odores,
a sonhar com viris amores
a quem entregar as carnes rosadas.
Que se amem as mal amadas
e os seus mal saboreados sabores;
os seus credos são tentadores
quando à cama são jogadas!
Um forte tronco profano,
o seu vibrato rasga-lhes a armadura
e submete-as à urgência,
e num corpo de jasmim, de peito sem dono,
largarás terna loucura,
o líquido espesso da tua incandescência."
19 novembro 2009
Imagem Poderosa
Art or Porn - You Decide
A garrafada...
Fui ainda a tempo de desviar a cara para o lado antes que uma garrafa ainda meio cheia de cerveja me atingisse em cheio, embatendo atrás de mim, na parede forrada até meio com ripas de madeira escurecida de verniz já muito sovado, sem brilho e estalado, por onde parte do conteúdo do vasilhame ficou a escorrer.
- Só me trazes para sítios destes - disse quase a gritar ao meu companheiro de farras antes de sairmos apressadamente daquela casa de putas onde tinha estoirado a sessão de pancadaria.
- Ainda bem que o gajo não reparou que foste tu. – disse ele já na rua em jeitos de evitar que me adiantasse a pregar-lhe um bom par de estalos.
- Sacana! Então tu é que começaste com a porra dos recados e a atirar papelinhos, e vens dizer que fui eu?
- Epa...'Tás a ver como foste tu?
- Eu?!....'Tás parvo...!
- Sim! Não vês como tu é que és um parvo que só me arranjas enleios?
- Eu?!... Enleios?! Mas se foste tu quem andava a atirar os...
- Raios te partam! Se fosses um gajo como deve ser tinhas logo sacado a gaja que te estava a fazer os olhinhos e não seria preciso eu estar a safar-te a jogada, meu panhonha da porra!
- E quem te disse que eu queria ir com a gaja? Com aquela ou com qualquer outra dali, daquela choldra?
- Além de parvo ainda te armas em esquisito...
- Não é ser esquisito, mas...
- És esquisito, sim, vai-te foder!
- Escuta, ó merdas! Seja como for, foste tu a acertar com o papelinho dentro do copo de uisque do careca, não fui eu, por isso vai lá à bardamerda com a tua tirada.
- Heeehe... foi boa a parte em que o gajo pensava que era o tipo dos brinquinhos que estava na outra mesa logo ao teu lado.
- Pois mas aquilo ensarilhou-se tudo uns com os outros e eu é que quase levava com uma garrafa nos queixos..
- Também diz-me lá o que farias se te caísse o que ele apanhou dentro do copo.
- O quê? Um papelinho?
- Não... Um preservativo...
Charlie
- Só me trazes para sítios destes - disse quase a gritar ao meu companheiro de farras antes de sairmos apressadamente daquela casa de putas onde tinha estoirado a sessão de pancadaria.
- Ainda bem que o gajo não reparou que foste tu. – disse ele já na rua em jeitos de evitar que me adiantasse a pregar-lhe um bom par de estalos.
- Sacana! Então tu é que começaste com a porra dos recados e a atirar papelinhos, e vens dizer que fui eu?
- Epa...'Tás a ver como foste tu?
- Eu?!....'Tás parvo...!
- Sim! Não vês como tu é que és um parvo que só me arranjas enleios?
- Eu?!... Enleios?! Mas se foste tu quem andava a atirar os...
- Raios te partam! Se fosses um gajo como deve ser tinhas logo sacado a gaja que te estava a fazer os olhinhos e não seria preciso eu estar a safar-te a jogada, meu panhonha da porra!
- E quem te disse que eu queria ir com a gaja? Com aquela ou com qualquer outra dali, daquela choldra?
- Além de parvo ainda te armas em esquisito...
- Não é ser esquisito, mas...
- És esquisito, sim, vai-te foder!
- Escuta, ó merdas! Seja como for, foste tu a acertar com o papelinho dentro do copo de uisque do careca, não fui eu, por isso vai lá à bardamerda com a tua tirada.
- Heeehe... foi boa a parte em que o gajo pensava que era o tipo dos brinquinhos que estava na outra mesa logo ao teu lado.
- Pois mas aquilo ensarilhou-se tudo uns com os outros e eu é que quase levava com uma garrafa nos queixos..
- Também diz-me lá o que farias se te caísse o que ele apanhou dentro do copo.
- O quê? Um papelinho?
- Não... Um preservativo...
Charlie
18 novembro 2009
Enlace
Damos os corpos que se entrelaçam
como as mãos dadas entrelaçam os dedos,
como os dedos entrelaçados se misturam
para largar das mãos dadas os medos.
E agora, será que temos mais segredos
ou as almas também já se enredaram?
Já conheces as histórias que me contaram
como se o amor fosse o maior dos bruxedos?
Imóveis agora, como os lençóis amarrotados
e pasmos pelo enlace que testemunharam.
Já tão pouco humanos; os limites, empurrados
até ao seu colapso, dos corpos abalaram.
_____________________________
O Santoninho inspira-se e, sem expirar-se, ode:
"Rata que é rata não rata
Os poemas poetados na racha.
Racha a rata e pôe a pata,
E mete a boca na bolacha!
Racha pata, racha, racha,
Bolacha na pata ou na rata.
Rata pata até que escacha
A racha racha rata pata!
E o eflúvio viscoso que escorre
Da gruta escura visitada...
É um sinal de vida que morre,
Junto de uma mão abandonada..."
A Miss Joana Well ode também, ao abrigo do direito de resposta:
"E fica triste a rata,
deixou-lhe comer a bolacha
feita uma pata
e foi largada na mata.
Ah, mas deixa, que não racha!
Que nunca se enterre
o coração da abandonada,
por mais que ela erre;
mais vale o erro que o nada..."
Já sabemos que quando se começa a oder, nunca se sabe quando acaba. É a vez do Santoninho:
"Mais vale o erro que o nada...
Erro perro que cometo...
E é contra a alma encerrada
Que eu com força arremeto!
E bolacha seja, ou raivas,
E petit fours em casa feitos...
Quero que cismes e saibas
Que doces... são os teus peitos!
E racha, sim, eu sei que racha
Por força de real machadada
dada em cheio na bolacha...
Que, de tal forma, abandonada
A racha... não sei se acha
Que é melhor isto que nada!"
E o Santoninho até reode:
"Não há racha mais bonita
que racha rachada a preceito
entre as pernas da menina
e os relevos do seu peito!
Mas rachada com ferramenta
apropriada e com gume!
E sem medo que arrebente
com tanto calor e lume!
E dar-lhe uma, depois e agora,
dar-lhe tudo o que puder...
E dar-lhe sempre, noite fora,
dar-lhe até a racha gemer!
E geme a racha, geme a rata,
E todo aquele corpo geme...
Sacia a sede que a mata,
Agarra o corpo que treme!
E acetinado cu de cetim
Meu buraquinho maldito!
Que, louco, já não estou em mim...
Nem sei se quero cu, se o pito!"
como as mãos dadas entrelaçam os dedos,
como os dedos entrelaçados se misturam
para largar das mãos dadas os medos.
E agora, será que temos mais segredos
ou as almas também já se enredaram?
Já conheces as histórias que me contaram
como se o amor fosse o maior dos bruxedos?
Imóveis agora, como os lençóis amarrotados
e pasmos pelo enlace que testemunharam.
Já tão pouco humanos; os limites, empurrados
até ao seu colapso, dos corpos abalaram.
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O Santoninho inspira-se e, sem expirar-se, ode:
"Rata que é rata não rata
Os poemas poetados na racha.
Racha a rata e pôe a pata,
E mete a boca na bolacha!
Racha pata, racha, racha,
Bolacha na pata ou na rata.
Rata pata até que escacha
A racha racha rata pata!
E o eflúvio viscoso que escorre
Da gruta escura visitada...
É um sinal de vida que morre,
Junto de uma mão abandonada..."
A Miss Joana Well ode também, ao abrigo do direito de resposta:
"E fica triste a rata,
deixou-lhe comer a bolacha
feita uma pata
e foi largada na mata.
Ah, mas deixa, que não racha!
Que nunca se enterre
o coração da abandonada,
por mais que ela erre;
mais vale o erro que o nada..."
Já sabemos que quando se começa a oder, nunca se sabe quando acaba. É a vez do Santoninho:
"Mais vale o erro que o nada...
Erro perro que cometo...
E é contra a alma encerrada
Que eu com força arremeto!
E bolacha seja, ou raivas,
E petit fours em casa feitos...
Quero que cismes e saibas
Que doces... são os teus peitos!
E racha, sim, eu sei que racha
Por força de real machadada
dada em cheio na bolacha...
Que, de tal forma, abandonada
A racha... não sei se acha
Que é melhor isto que nada!"
E o Santoninho até reode:
"Não há racha mais bonita
que racha rachada a preceito
entre as pernas da menina
e os relevos do seu peito!
Mas rachada com ferramenta
apropriada e com gume!
E sem medo que arrebente
com tanto calor e lume!
E dar-lhe uma, depois e agora,
dar-lhe tudo o que puder...
E dar-lhe sempre, noite fora,
dar-lhe até a racha gemer!
E geme a racha, geme a rata,
E todo aquele corpo geme...
Sacia a sede que a mata,
Agarra o corpo que treme!
E acetinado cu de cetim
Meu buraquinho maldito!
Que, louco, já não estou em mim...
Nem sei se quero cu, se o pito!"
A Magia de Wendy
Só uma coisa pode dar, de uma só vez, coragem, cérebro e coração ao homem.
Por homem, entendam Leão, Espantalho e Homem de Lata.
Capinaremos.com
Por homem, entendam Leão, Espantalho e Homem de Lata.
Capinaremos.com
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