Tinha ouvido um médico referir essa nova expressão e até ouvi a sua explicação num noticiário qualquer acerca da pertinência desta troca.
Dizia ele que basta aplicar o conceito de precoce a uma criança, por exemplo. E visto dessa forma até faria sentido, mas eu preferi interrogar-me porque é que numa língua onde se chamam coisas tão feias a coisas tão bonitas logo haviam de se debruçar sobre esta...
Na interpretação literal, precoce e prematuro implicam algo que chega antes do tempo previsto ou “normal” para esse algo acontecer. Nesse caso querem dizer praticamente a mesma coisa.
Contudo, se deixarmos as crianças de fora de um tema mais para adultos ocorre-nos pensar que o problema em causa não se compadece de correcções na nomenclatura.
Ejaculação precoce seria a de um puto com quatro anos, ainda que só acontecesse duas horas depois de estimulada. E se esse puto tivesse nascido aos seis meses de gestação até seria mais razoável chamar-lhe prematura (à ejaculação, não ao puto). Mas em ambos os casos estaríamos perante um fenómeno digno do 24 Horas ou da TVI e o exemplo em causa volta a meter menores neste debate em torno da cena.
Uma ejaculação prematura será, portanto, aquela que nasce antes do tempo previsto. Até aí tudo bem. Mas então vamos lá falar de rigor científico: que tempo é esse? Vinte minutos? Meia hora? Hora e meia?
Não creio que alguém esteja em condições de me responder a essa pergunta, até porque depende da perspectiva e estou certo de que as minhas em cinco minutos, quando as obtinha a sós e à pressa para não ser caçado, não eram prematuras mas se transportarmos esses mesmos cinco minutos para estes dias podiam chamar-lhe precoce, extemporânea ou outra coisa qualquer que no final iria sempre ter que lhes chamar um grande transtorno ou uma enorme maçada.
Quero com isto dizer que me preocupa que a malta ande à procura de nomes porreiros para dar ao problema em vez de se debruçar sobre a respectiva resolução, num tique bem portuga mas que só resulta em esbanjamento desnecessário de tempo e de cornadura.
Por outro lado, o novo nome não facilita de todo a vida às vítimas do sucedido. Precoce ou prematura vai ser sempre complicada de assumir na condição, de verbalizar essa realidade tão confrangedora que o povo parodia com a célebre é tão bom, não foi?.
Mas basta-nos imaginar um cromo qualquer debruçado sobre o tema: é pá, isto de ejaculação precoce não soa nada bem. Xacávêr se arranjo uma alternativa porreira...
Qual terá sido o processo de raciocínio? E a motivação?
E uma pessoa tentar visualizar tudo isto e ao mesmo tempo pensar que o bacano achou que “ejaculação” estava bem e nessa parte não seria preciso mexer?
25 novembro 2009
24 novembro 2009
Conto simples
Amanhecia quando abandonou as ruas desalmadas. Já a queimava o sol quando entrou em casa. Doze machos que a atravessaram, de onze já nem se lembrava, tinha guardado a memória na carteira. Apenas uma reminiscência do agitar frenético e violento em cima dela, dos caninos salivados e brilhantes no escuro. Ah! Mas o décimo segundo! Foi ela que se agitou frenética, lânguida na sua brandura. Permitiu-se, apenas uma vez, sonhar um bocadinho. E, dessa que era a décima oitava (sim, contava-as desde que se conheceram) devolveu, às escondidas, a memória que costumava guardar na carteira, ao bolso do casaco dele. Em troca levou a recordação para casa.
Garm's Kiss
Durante vários meses publiquei aqui, com a autorização do blog Garm's Kiss, videos que muita malta achou pornográficos... mas eu não. As imagens (fotos e videos) do blog Garm's Kiss reflectem o que para mim distingue a pornografia (sexo pelo sexo) do erotismo (amor pelo sexo).
Sugiro que descarreguem* e apreciem alguns exemplos (têm mais no menu lateral do blog) de trabalhos deste senhor da arte erótica:
See me touch me!
Taste me eat me!
Markus [video mp4]
E esta delícia, uma espécie de revista «Gina» dos tempos modernos:
Guess who's coming for dinner - Dirty picture book
* Estes links vão para a página do Rapidshare. Se não tens conta lá, crica em "Free user", espera o tempo indicado até teres acesso e crica finalmente em "download".
Sugiro que descarreguem* e apreciem alguns exemplos (têm mais no menu lateral do blog) de trabalhos deste senhor da arte erótica:
See me touch me!
Taste me eat me!
Markus [video mp4]
E esta delícia, uma espécie de revista «Gina» dos tempos modernos:
Guess who's coming for dinner - Dirty picture book
* Estes links vão para a página do Rapidshare. Se não tens conta lá, crica em "Free user", espera o tempo indicado até teres acesso e crica finalmente em "download".
23 novembro 2009
Cinemateca Portuguesa - «Marilyn Chambers e o porno dos anos 70»
Avisa o Fin:
"Ciclo: Filmes para adultos dos anos 70 - Semana do porno vintage
Se fossem exibidos na televisão teriam direito a bolinha vermelha, mas a Cinemateca Portuguesa vai passá-los em horário nobre, ainda que deixe o aviso de que as sessões são para maiores de 18 anos.
Entre hoje e quinta-feira, o ciclo ‘Marilyn Chambers e o Porno dos anos 70’ recupera obras que geraram polémica, mas também muito dinheiro.
O objectivo é lembrar que a pornografia também tem lugar na história da Sétima Arte porque, antes dos DVD e da internet, muita gente foi às salas para ver cenas de sexo explícito. O VHS acabou com o género de massas no grande ecrã, mas, lembra a Cinemateca, 1972 foi “o ano da visibilidade cinematográfica” da pornografia com o sucesso global de ‘Garganta Funda’.
O filme em que Linda Lovelace ‘sofre’ por ter o clítoris na garganta ainda é o mais rentável de sempre: custou 14 700 euros e gerou receitas globais de mais de 400 milhões de euros. A Cinemateca exibe-o quarta-feira, às 22h00"
Programação aqui (a partir da página 22, ao fundo)
"Ciclo: Filmes para adultos dos anos 70 - Semana do porno vintage
Se fossem exibidos na televisão teriam direito a bolinha vermelha, mas a Cinemateca Portuguesa vai passá-los em horário nobre, ainda que deixe o aviso de que as sessões são para maiores de 18 anos.
Entre hoje e quinta-feira, o ciclo ‘Marilyn Chambers e o Porno dos anos 70’ recupera obras que geraram polémica, mas também muito dinheiro.
O objectivo é lembrar que a pornografia também tem lugar na história da Sétima Arte porque, antes dos DVD e da internet, muita gente foi às salas para ver cenas de sexo explícito. O VHS acabou com o género de massas no grande ecrã, mas, lembra a Cinemateca, 1972 foi “o ano da visibilidade cinematográfica” da pornografia com o sucesso global de ‘Garganta Funda’.
O filme em que Linda Lovelace ‘sofre’ por ter o clítoris na garganta ainda é o mais rentável de sempre: custou 14 700 euros e gerou receitas globais de mais de 400 milhões de euros. A Cinemateca exibe-o quarta-feira, às 22h00"
Programação aqui (a partir da página 22, ao fundo)
Oral Sex Gel
Conforme prometido à São; após experimentar o gel que figura na imagem, tenho a dizer que o gel não é bem gel - porque é mais líquido que o gel - mas não se evapora e basta utilizar pouco de cada vez, para o efeito pretendido.
O efeito pretendido é o que cada um quiser, mas mais na base de lubrificar e ter um sabor agradável.
O sabor é um pouco ácido e digamos que podemos passar sem este produto. Podemos utilizar a saliva e o sabor do utilizado (!) é mais agradável do que este, suposto - tropical.
O frasco embora só tenha 30 ml poderá durar alguns dias (dependendo de quantas vezes o usam) porque a quantidade a utilizar por cada vez, é mínima.
Obrigada pela atenção dispensada.
Paula Raposo
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Esta foi uma das muitas prendinhas deste ano da Erosfarma, que desde sempre apoia os Encontra-a-Funda.
A minha colecção - especial 12º Encontra-a-Funda
Já não bastava o 12º Encontra-a-Funda ter sido um excelente dia (e noite) de convívio e a malta ainda me apaparica com miminhos, só porque sabe que me deixa toda ensopadita.
Vejam lá se não é caso para isso (e às tantas até para usar fraldas).
Actores no Mercado da Fruta das Caldas da Rainha fizeram-me semear arroz num tapete de relva artificial. Não admira que as senhoras levantassem a saia com afrontamentos, porque o que nascia era só disto:
Há algum tempo o OrCa mostrou-nos um suporte de garrafa com um desenho do Galo das Caldas. Pois desta vez levou-o... e ofereceu-mo:
A Mana Li também já me tinha falado de uma secção da estátua do David que comprou de propósito em Itália para a minha colecção.
A São «Afonso» deixou-me sem palavras com uma surpresa que levava no colar (colar esse que o Car(v)alho nem tinha reparado que ela usava): um porta-chaves articulado em prata com um sistema de corrente que, puxando, transformava um pirilau murchito...
... num enchido que até parece ter osso:
Aqui, o início da demonstração em plena rua (com a vantagem de não nos dispersarmos por nenhum decote, pois a foto só apanha o porta-chaves... e dedos):
Bem de longe - oferecido pelo Jorge, meu amigo e sócio de Caria - trouxe o Katano esta enorme e túrgida cabaça (a que eu prefiro chamar cabiça, por razões... poéticas), associada a uma lenda que me deixa encantada. É assim:
"A cabiça é oriunda de Babe, no Nordeste Transmontano, e reza a lenda que, aquando da chegada de D. Filipa de Lencastre para contrair casamento com D. João I ao abrigo do Tratado de Babe em 1387, a nova rainha portuguesa não vinha muito convencida.
Ora, conta-se que após ter passado algum tempo em Babe, Filipa de Lencastre perdeu-se de amores (e quiçá de calores) pelas terras portuguesas, havendo quem aponte aos prodígios vegetais de Babe as razões para tamanha explosão de apreço". Digam lá que não é um mimo...
Como nem tudo o que é bom é oferecido, lembram-se de uma peça... digo, piça... verde com um casal abraçado a fazer o pino, na Galeria Osíris, que eu disse na altura ser para mim a peça mais bonita que tinha visto em toda a Mostra? Pois o autor, Vítor Pires, meu confrade na Confraria do Príapo, já a tem reservada para mim, logo que termine a exposição e eu passe por lá buscá-la. Que maravilha, Noé?
Vejam lá se não é caso para isso (e às tantas até para usar fraldas).
Actores no Mercado da Fruta das Caldas da Rainha fizeram-me semear arroz num tapete de relva artificial. Não admira que as senhoras levantassem a saia com afrontamentos, porque o que nascia era só disto:
Há algum tempo o OrCa mostrou-nos um suporte de garrafa com um desenho do Galo das Caldas. Pois desta vez levou-o... e ofereceu-mo:
A Mana Li também já me tinha falado de uma secção da estátua do David que comprou de propósito em Itália para a minha colecção.
A São «Afonso» deixou-me sem palavras com uma surpresa que levava no colar (colar esse que o Car(v)alho nem tinha reparado que ela usava): um porta-chaves articulado em prata com um sistema de corrente que, puxando, transformava um pirilau murchito...
... num enchido que até parece ter osso:
Aqui, o início da demonstração em plena rua (com a vantagem de não nos dispersarmos por nenhum decote, pois a foto só apanha o porta-chaves... e dedos):
Bem de longe - oferecido pelo Jorge, meu amigo e sócio de Caria - trouxe o Katano esta enorme e túrgida cabaça (a que eu prefiro chamar cabiça, por razões... poéticas), associada a uma lenda que me deixa encantada. É assim:
"A cabiça é oriunda de Babe, no Nordeste Transmontano, e reza a lenda que, aquando da chegada de D. Filipa de Lencastre para contrair casamento com D. João I ao abrigo do Tratado de Babe em 1387, a nova rainha portuguesa não vinha muito convencida.
Ora, conta-se que após ter passado algum tempo em Babe, Filipa de Lencastre perdeu-se de amores (e quiçá de calores) pelas terras portuguesas, havendo quem aponte aos prodígios vegetais de Babe as razões para tamanha explosão de apreço". Digam lá que não é um mimo...
Como nem tudo o que é bom é oferecido, lembram-se de uma peça... digo, piça... verde com um casal abraçado a fazer o pino, na Galeria Osíris, que eu disse na altura ser para mim a peça mais bonita que tinha visto em toda a Mostra? Pois o autor, Vítor Pires, meu confrade na Confraria do Príapo, já a tem reservada para mim, logo que termine a exposição e eu passe por lá buscá-la. Que maravilha, Noé?
Quem nunca lhe aconteceu isto que se ria!
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22 novembro 2009
Ninguém
Ninguém nos pode cavar,
no quarto de terra
onde nos enterrámos um no outro.
Ninguém nos pode atonar
no quarto de mar
onde nos afogámos um no outro.
Ninguém nos pode pacificar
no quarto de guerra
onde nos rendemos um no outro.
Ninguém nos pode aterrar,
no quarto de ar
onde nos alámos um no outro.
Ninguém nos pode arear
no quarto de pedra
onde nos concretizámos um no outro.
Ninguém pode.
Ninguém nos pode...
no quarto de terra
onde nos enterrámos um no outro.
Ninguém nos pode atonar
no quarto de mar
onde nos afogámos um no outro.
Ninguém nos pode pacificar
no quarto de guerra
onde nos rendemos um no outro.
Ninguém nos pode aterrar,
no quarto de ar
onde nos alámos um no outro.
Ninguém nos pode arear
no quarto de pedra
onde nos concretizámos um no outro.
Ninguém pode.
Ninguém nos pode...
Eu sei que às vezes exagero...
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