02 dezembro 2009
Receita
Prepara-te para a mudança.
Traz as malas e o essencial
De sobrevivência,
Pasta de dentes,
Escova do cabelo,
Apetrechos para fazeres a barba,
Roupa, sapatos
E os óculos.
Traz amor e vontade de foder
Mistura-os e dispõe-nos
Em camada intercaladas.
Não leves ao forno,
Deixa-o ao ar
Até que atinja o ponto.
O ponto de não retorno…
Foto e poesia de Paula Raposo
Papel Higiénico
É o tema da oitava Guerra dos Sexos:
Veja os capítulos anteriores:
Guerra dos Sexos #1
Guerra dos Sexos #2
Guerra dos Sexos #3
Guerra dos Sexos #4
Guerra dos Sexos #5
Guerra dos Sexos #6
Guerra dos Sexos #7
Capinaremos.com
Veja os capítulos anteriores:
Guerra dos Sexos #1
Guerra dos Sexos #2
Guerra dos Sexos #3
Guerra dos Sexos #4
Guerra dos Sexos #5
Guerra dos Sexos #6
Guerra dos Sexos #7
Capinaremos.com
01 dezembro 2009
Ainda há quem se lembre que o Pai Natal nu existe!
O Herculanito escreveu uma carta ao Pai Natal e "decorou-a" com esta t-shirt da funda São da autoria do mestre Raim.
Que seja bom na tal também para vocês... mas não andem com "ela" de fora, que pode congelar. Oh oh oh...
Retalhos
Bebe-me
que eu sirvo-te estremeções,
que eu sirvo-te a dor,
que eu sirvo-te rasgões,
por uma gota de amor;
as termas doces e os olhos toscos
que me sondaram;
as temperaturas que arranharam
testemunharam
o milagre dos líquidos nossos.
Hoje não me apetece escrever
porque não me apetece saber
mais do que o sabor do teu cheiro;
lembro-me de te morder para não gemer,
sinto a memória para não prever
que nem chegaríamos a Janeiro.
E se eu te der razão? A que nos condeno?
À falta de sentido que sei que existe
na ausência de pertencer a lugar em nós.
E se eu disser que sim, que entendo?
Eu entendo. Mas não entendes que eu tente
dizer que não e até perder a minha voz?
que eu sirvo-te estremeções,
que eu sirvo-te a dor,
que eu sirvo-te rasgões,
por uma gota de amor;
as termas doces e os olhos toscos
que me sondaram;
as temperaturas que arranharam
testemunharam
o milagre dos líquidos nossos.
Hoje não me apetece escrever
porque não me apetece saber
mais do que o sabor do teu cheiro;
lembro-me de te morder para não gemer,
sinto a memória para não prever
que nem chegaríamos a Janeiro.
E se eu te der razão? A que nos condeno?
À falta de sentido que sei que existe
na ausência de pertencer a lugar em nós.
E se eu disser que sim, que entendo?
Eu entendo. Mas não entendes que eu tente
dizer que não e até perder a minha voz?
«Amours secrètes des Bourbons»
Ou, de título completo, «Amours secrètes des Bourbons depuis le mariage de Marie-Antoinette jusqu'à la chute de Charles X» par la Comtesse du C***, Paris, 1830.
A corte francesa na época era danada para a brincadeira. E o povo lá fazia os seus epigramas, caricaturas, canções... como estes versos:
"Notre lubrique reine,
D'Artois le débauché,
Tous deux, sans moindre gène,
Font le joli péché...
Eh! Mais oui-dà!
Louis trouverait-il du mal à ça?
Cette belle alliance
Nous a bien convaincus
Que le bon roi de la France
Est le roi des cocus
Eh! Mais oui-dà!
Nous ne saurions trouver du mal à ça!"
Agora, faz parte da minha colecção.
A corte francesa na época era danada para a brincadeira. E o povo lá fazia os seus epigramas, caricaturas, canções... como estes versos:
D'Artois le débauché,
Tous deux, sans moindre gène,
Font le joli péché...
Eh! Mais oui-dà!
Louis trouverait-il du mal à ça?
Cette belle alliance
Nous a bien convaincus
Que le bon roi de la France
Est le roi des cocus
Eh! Mais oui-dà!
Nous ne saurions trouver du mal à ça!"
Agora, faz parte da minha colecção.
30 novembro 2009
Beijo
Lembro-me perfeitamente, numa manhã, em que eu me dedicava à tarefa prosaica mas necessária de lavar a loiça do pequeno almoço e tu cirandavas na cozinha, à procura de um tempero para a carne que irias confeccionar mais tarde.
Eu tinha o cabelo apanhado num rabo de cavalo e, ambos calados, como tantas vezes que não precisávamos de falar, passaste rente a mim para abrires o armário que estava por cima da minha cabeça.
Num lapso de segundo, deste-me um beijo no meu pescoço, inesperadamente, gesto nada vulgar em ti.
Arrepiei-me.
Aquele arrepio bom que me percorreu de alto a baixo, me acariciou, e me fez estremecer de paixão. E disse : “Que bom!”.
Os meus olhos brilhavam, olhaste para mim, sorrimos um para o outro e ambos continuámos o que estávamos a fazer.
Confessa que existiram breves momentos em que me conseguiste amar... porque, eu, senti-os todos.
Foto e texto de Paula Raposo
Danae(da para a brincadeira...)
Gustav Klimt é, na minha opinião, dos pintores que melhor retrata o erotismo de todos os tempos e hoje, recebi, finalmente, a reprodução em alto relevo da minha obra favorita dele. Chama-se Danae e partilho-a convosco com um bocadinho de história à mistura.
Danae é uma figura da mitologia Grega, mãe de Perseu (o "moçoilo" que matou a Medusa - aquela com um mau penteado de cobras) por quem Zeus se enamora. Preocupado com um oráculo que dizia que seria morto pelo próprio filho, Acrísio, pai de Danae, encarcera a filha numa torre de bronze para que esta nunca pudesse gerar herdeiro. Ora como a luta era desigual - homem vs deus nunca corre de feição para os humanos - Zeus arranjou forma de possuir a sua amada transformando-se numa chuva de ouro, banhando Danae e engravidando-a por fim. O resto é "ancient history". Acrísio ordena que mãe e filho sejam deitados ao mar (para que Zeus não pudesse culpá-lo por ter tirado a vida ao seu filho e pudesse atirar as culpas para o mar) mas estes sobrevivem e, anos mais tarde, a profecia acaba por cumprir-se quando, nuns jogos em que participava o neto, Acrísio acaba por ser assassinado involuntariamente por um dardo "perdido".
São várias as representações desta alegoria na pintura e na escultura mas nenhuma delas, a meu ver, emana o erotismo desta, onde Danae abandona o aspecto virginal e inocente das representações anteriores em que é engravidada involuntariamente por Zeus, e adopta uma postura de mulher feita, numa pose que indicia a masturbação e a busca do prazer em si mesmo.
Danae é uma figura da mitologia Grega, mãe de Perseu (o "moçoilo" que matou a Medusa - aquela com um mau penteado de cobras) por quem Zeus se enamora. Preocupado com um oráculo que dizia que seria morto pelo próprio filho, Acrísio, pai de Danae, encarcera a filha numa torre de bronze para que esta nunca pudesse gerar herdeiro. Ora como a luta era desigual - homem vs deus nunca corre de feição para os humanos - Zeus arranjou forma de possuir a sua amada transformando-se numa chuva de ouro, banhando Danae e engravidando-a por fim. O resto é "ancient history". Acrísio ordena que mãe e filho sejam deitados ao mar (para que Zeus não pudesse culpá-lo por ter tirado a vida ao seu filho e pudesse atirar as culpas para o mar) mas estes sobrevivem e, anos mais tarde, a profecia acaba por cumprir-se quando, nuns jogos em que participava o neto, Acrísio acaba por ser assassinado involuntariamente por um dardo "perdido".
São várias as representações desta alegoria na pintura e na escultura mas nenhuma delas, a meu ver, emana o erotismo desta, onde Danae abandona o aspecto virginal e inocente das representações anteriores em que é engravidada involuntariamente por Zeus, e adopta uma postura de mulher feita, numa pose que indicia a masturbação e a busca do prazer em si mesmo.
Bicicleta com bomba de ar incorporada
Este resumo não está disponível.
Clique aqui para ver a mensagem.
29 novembro 2009
Essa mão
Essa pele que é a minha, a sensação que o corpo não estranha, familiar, essa mão que acaba de tocar esta pele que é a tua, arrepio.
Esta noite que é a nossa, toda nua, a emoção prateada pela lua, a brilhar, esta luz no teu olhar, tão quente, o amor emergente.
Já não resiste.
O frio.
Esta noite que é a nossa, toda nua, a emoção prateada pela lua, a brilhar, esta luz no teu olhar, tão quente, o amor emergente.
Já não resiste.
O frio.
Subscrever:
Mensagens (Atom)