07 dezembro 2009

Pois...


Não te venhas
Calma…
Vá…

Vá,
Calma,
Devagar,

Agora!
Aí…
Vá….

Aí… aí… ai ai!

Mais abaixo,

Para cima… ai!

Mais força,
Não magoes! Ai…

Suave
Bolas! Aiiiiiii…

Porque é que nunca acertas, pá?!

Foto e poesia de Paula Raposo

Qual a Melhor Legenda?


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São Rosas: "Caralho, que a Gotinha nunca mais se vinha..."
Bartolomeu: "Caracol, caracol, põe o caralhinho ao sol"; Se se tratar de uma caracola: "Caracola, caracola, despe essa casca, chupa-me a carola!" tratando-se de uma caracoleta: "Caracoleta, caracoleta, nem precisas de lavar as mãos, para me bateres a punheta"; e, se se tratar de um caracoleto: "Caracoleto, caracoleto, saka para fora o martelo, e apresenta-te ao Nelo!"
São Rosas: Mas aquilo não é nada disso. É um caracalho!"
Santoninho: "Tomem boa nota do que vos digo: Isto é um caracol do caralho!"
Luis: "Ejaculação precoce?! O que é isso?"
Sudocu: "Quem te partiu os cornos?"

shark: "tomates na bagageira"; "ordem de despejo"; ou "encaraconado".
Charlie - "Caralhol"

Lá por fora as ruas são mais interessantes

Ruas esburacadas, mau planeamento e urbanização... as ruas portuguesas conseguem ser deprimentes. Lá fora, contudo, as coisas são bem mais interessantes, senão vejamos.

Exemplo 1

Eis uma foto de uma bela rua pedonal em Ljubljana, na Eslovénia. Admirem o belo trabalho realizado na execução das calçadas e a harmoniosa disposição dos edifícios e a preocupação em manter a presença de plantas na via pública.


Exemplo 2

Um exemplo de como isto de manter os sinais de trânsito em língua inglesa é sem dúvida um óbice à interpretação e compreensão das regras de trânsito.
Acredito que se por cá seguíssemos este exemplo, que nos chega do Quebeque, e os sinais de "STOP" passassem a conter simplesmente "PARE", pessoas como aquela senhora que foi apanhada 41 vezes a conduzir por falta de condução teriam a vida facilitada.
É que esta senhora é obrigada a conduzir sem carta porque chumbou repetidas vezes no exame de código. Aliás, até foi apanhada várias vezes pela polícia conduzindo a caminho das aulas de código.

Beijo de língua é isto!

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06 dezembro 2009

Cabaz de Natal

Não preciso de muitas palavras para este texto. Nesta data, e numa pesquisa breve, encontrei algumas capas da Playboy relativas ao mês de Dezembro de 2009. Começamos com a original, a norte-americana, que este mês tem duas capas.

A seguir, saltando para a Europa, temos, a título de exemplo, duas capas. A da edição Grega, e a da edição Húngara.



Temos ainda a edição Venezuelana, que quanto a mim é fraquinha (a capa) mas também é de Dezembro de 2009.



E depois temos isto:

Fugas

Não circula o tempo
no ar pesado
que transpiras entre as montanhas
de dois montes empinados, rochosos
anseiosos
de mamilos apontados, nervosos
tocam os sinos e eu não atendo
fechei as comportas
em ti, senhor meu templo.
O tempo dentro de um quadro
era uma igreja sem adro
dois adeptos receosos
alheia a mim, contemplo
este rodear estranho por duas estranhas
do espaço inviolado
escorregam da boca para as entranhas
de temas desfeitos
nas tuas chamas.

Pobre Miau...


crica para visitares a página John & John de d!o

05 dezembro 2009

Pouca-terra-pouca-terra

Entraste-me belíssima pela porta. Com tudo aquilo que tu sabias que eu gostaria de ver. Terias causado, na rua, sérios problemas, porque todos os pedreiros e serventes se empurrariam nos andaimes para melhor te ver passar. Carros terão parado em semáforos verdes, transeuntes terão deixado cair os seus maxilares. Cabelo penteado sem mínima imperfeição, a roupa certa para seduzir, os gestos e as palavras que tinhas de usar.

Passou-se o resto de dia e a noite seguinte em tudo quanto se queria fazer. O argumento era curto, tinha poucas palavras. Tentámos ensaiar, ainda, algumas deixas, mas interromperam-se depressa na primeira cena com um beijo. Era para ser ligeiro, mas durou horas. No palco de molas chegámos ao fim doridos. Dos lábios sentidos de tanto desafio, as pernas trémulas das fantasias de circo, as coisas que se escondem com indisfarçável rubor do que não parou num movimento ritmado como bielas de máquina a vapor que puxa, a pouca-terra-pouca-terra nesses lençóis que não chegavam para nós e que se faziam chão, banheira, mesas e ombreiras, paredes para encostar. E joelhos. Esfolados. Doridos das omoplatas, e eu dos braços, de te segurar.

No dia seguinte eramos um farrapo. Serias incapaz de fazer parar pedreiros e serventes, e eu, incapaz de pouca-terra-pouca-terra. E a peça tinha ficado por ensaiar. Seria preciso viver tudo de novo, e de novo, até que a primeira cena com um beijo não nos fizesse cair no palco.

http://www.geografiadascurvas.net/

Rumos

Já ninguém aqui mora
se me ausenta da esperança;
não, não podes em mim ficar
que a vontade ainda implora
que eu sonhe, como uma criança,
com quem vem para ficar,
como uma mulher que chora,
por cravada na tua lança
ser impedida de sangrar.
Não! Mais que aqui e agora,
maior que qualquer aliança,
quero a hora de sossegar,
quero crescer no que demora.
Não! Já ninguém aqui mora
sem serena e eterna dança
sem música para embalar.

Mo(nu)mento alto do sorteio para o Mundial



HenriCartoon

«Body» anúncio da Victoria's Secret com Gisele Bundchen

04 dezembro 2009

Toca-me



Toca-me!
Toca meu corpo,
Instrumento que espera
Pelo suave toque dos teus acordes

Toca-me!
Toca meu corpo,
Violino teu no timbre exacto
Suspirando notas em perfeita harmonia

Toca-me!
Toca meu corpo,
Conduz teu corpo sobre o meu
Que vibra à espera do primeiro tom

Toca-me!
Toca meu corpo,
Arranca de mim as mais belas notas
Para entoar segregadas aos teus ouvidos

Toca-me!
Toca meu corpo,
E cala a minha boca com um beijo teu
Acolhe meu corpo que tua boca recebeu

Maria Escritos
Blog Escritos e poesia

Café da manhã


Quando eu era
A senhora dos olhos verdes
As tuas palavras e gestos
Tinham um significado
Ternurento de amor
Quando eu era
A senhora dos olhos lindos
Ria-me no teu sorriso
E beijava-te os lábios
Com o meu olhar
Era então a senhora
De lindos olhos verdes
Que saboreava
O café das manhãs na tua boca
Húmida quente e minha
Mais uma vez...
Era a senhora dos olhos lindos.

Foto e poesia de Paula Raposo