05 dezembro 2009

Rumos

Já ninguém aqui mora
se me ausenta da esperança;
não, não podes em mim ficar
que a vontade ainda implora
que eu sonhe, como uma criança,
com quem vem para ficar,
como uma mulher que chora,
por cravada na tua lança
ser impedida de sangrar.
Não! Mais que aqui e agora,
maior que qualquer aliança,
quero a hora de sossegar,
quero crescer no que demora.
Não! Já ninguém aqui mora
sem serena e eterna dança
sem música para embalar.

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