E quando te transfiguraste nas minhas mãos...
Disseste-me porquê?
Leviano? Não! Não te ouvi? Ouvi.
Ouvi-te bem no meio, no meio das tuas metamorfoses,
no meio de mim jorravas os átomos;
porquê agora só senãos?
Não ouves escorrer os teus nãos,
sem meses,
ardentes pelos meus seios,
liquidefeitos, porquê?
Sabes?
Já te senti? Senti. Senti?
Eram lagos de todas as vozes
como tentáculos, meigos tentáculos,
as nossas voltas, solenes
enrolados um no outro, enrolados
são abraços mas já sem braços:
contornos de anseios.
Sabes...