Um só gesto. A mão na curva do ombro, os dedos mergulhados, mornos. A mão cresceu e eu na palma. Não! Espera! Ainda não te entreguei a minha vontade e os dedos estão abertos!
Um só gesto. O rosto encostado, os lábios mendigos, pedintes. A boca abriu e eu na língua. Não! Espera! Ainda não te entreguei a minha sede e a garganta está cerrada!
Mais que um gesto. Puxa as cortinas, afasta os cabelos. Não feches as janelas, olha as minhas avenidas. Não! Espera! Mas o fantasma vermelho, de garras nas ancas, alimenta-se no baixo ventre.
Mais que um gesto. Um capítulo. Mais que um capítulo. A nossa história. Capitulei. As mãos nos joelhos, abres os braços, pássaro. Voo picado, descendente, queda. Engaiolaste o meu coração, amor. As penas nos mamilos. Gotas de chuva da noite no casaco. Pousa o orvalho na concha. O sexo, doce, a céu aberto.
Mais que uma história. Vida. Lanço eu, lanças tu. Morremos à vez. Sobrevivemos para morrer novamente. E mais uma vez. E outra. E uma vez mais. A gaiola escancarada, nua. Só a poça na cama é eterna, bebemos-lhe parte, a parte que não mancha....
Um só gesto. O rosto encostado, os lábios mendigos, pedintes. A boca abriu e eu na língua. Não! Espera! Ainda não te entreguei a minha sede e a garganta está cerrada!
Mais que um gesto. Puxa as cortinas, afasta os cabelos. Não feches as janelas, olha as minhas avenidas. Não! Espera! Mas o fantasma vermelho, de garras nas ancas, alimenta-se no baixo ventre.
Mais que um gesto. Um capítulo. Mais que um capítulo. A nossa história. Capitulei. As mãos nos joelhos, abres os braços, pássaro. Voo picado, descendente, queda. Engaiolaste o meu coração, amor. As penas nos mamilos. Gotas de chuva da noite no casaco. Pousa o orvalho na concha. O sexo, doce, a céu aberto.
Mais que uma história. Vida. Lanço eu, lanças tu. Morremos à vez. Sobrevivemos para morrer novamente. E mais uma vez. E outra. E uma vez mais. A gaiola escancarada, nua. Só a poça na cama é eterna, bebemos-lhe parte, a parte que não mancha....