O OrCa, quando vê um umbigo feminino, ode logo:
"bela dança - belly dance
ou dizer, quiçá, à outrance
que ela dança sem que dance
e quase pança não pense
que o passe-partout incense
e vele o que o véu acende
no olhar que assim se estende
pr'álem do que o olhar entende
dos sentidos já sem tino
que ela dance e relance
o seu olhar desatino
e seios - coxas - o ventre
entre nós por nós se adentre
a acender-nos o destino...
Ou numa abordagem mais afadistada:
e como montar tal sela
ou ser por ela montado
sem de pronto saltar dela
e ficar todo alquebrado?"
O Bartolomeu contraode:
"Qual alquebrado, qual carapuça!
Português que é Português
Tanto monta Turca como Russa
Quer dê pulos, ou se torça
Venham uma de cada vez
Que não lhe faltará a força!
Mas se vierem às dúzias
Com muita música e véus
E todas bem aparelhadas
Depressa nos levam aos céus
E recebem umas fodas bem dadas!
Digo eu... em Turco... e assim..."