«São Rosas - a Lésbica»
29 junho 2010
INÉDITO! Pela primeira vez uma foto da São Rosas na internet!
Foi o Alfredo Moreirinhas que a publicou no blog «Cabrito de Sicó». É o cromo nº 28 da colecção «Cromos do Nosso Bairro». Que honra. Até porque nem vivo naquele Bairro.
«São Rosas - a Lésbica»
«São Rosas - a Lésbica»
T-Shirt Moda Verão 2010 - Chegaram as Vuvuzelas!
Graças à preciosa dica do Sorrisos Em Alta , via Facebook, chega-nos esta original sugestão de moda para este Verão (isto é, passe a redundância, se o Verão realmente chegar a chegar). Um toque de humor e, dizem alguns, quiçá alguma malandrice, ideal para um passeio à beira mar ou para beber um copo com os amigos numa esplanada e que promete fazer sucesso!
O lado menos bom é que o portador da t-shirt arrisca-se a passar a ser conhecido como o "Vuvuzelas".
O lado menos bom é que o portador da t-shirt arrisca-se a passar a ser conhecido como o "Vuvuzelas".
Inevitável
Inevitável:
pensar em ti,
mesmo não querendo.
Morreste, deixaste-me perdida
e perdeste-te de mim.
Continua a ser inevitável
-apesar de-
pensar em ti.
Alegro-me: sinto-te aqui.
É bom.
Regressas e - mesmo não querendo-,
és tu, ainda
e sempre.
Uma inevitável evidência.
Poesia de Paula Raposo
pensar em ti,
mesmo não querendo.
Morreste, deixaste-me perdida
e perdeste-te de mim.
Continua a ser inevitável
-apesar de-
pensar em ti.
Alegro-me: sinto-te aqui.
É bom.
Regressas e - mesmo não querendo-,
és tu, ainda
e sempre.
Uma inevitável evidência.
Poesia de Paula Raposo
28 junho 2010
“Clitorizar”, porque aquilo que não há, tem que se inventar! Do século XXI não passa!
No princípio era o Verbo”!
O termo clítoris procede do grego antigo “kleitorís”.
Assim de forma muito sucinta, após um prolongado eclipse, o conceito é reintroduzido na medicina no século XVI, seguindo-se novo e longo período de “desaparecimento” para voltar a ser reintroduzido na medicina do século XIX, genericamente em notinhas de rodapé, a par de raciocínios nada auspiciosos ao prazer sexual, quer de mulheres, quer de homens, mas sobretudo de mulheres, até por fim, infelizmente de forma metafórica, “cair nas bocas do mundo” por ocasião da “revolução sexual feminina” das décadas de sessenta e de setenta (do século XX, claro).
Na antiguidade clássica grega (uma civilização que eu classificaria, por oposição à nossa, extraordinariamente avançada para os recursos tecnológicos disponíveis, sendo a nossa: extremamente atrasada apesar de dotada de incríveis recursos tecnológicos) a par do termo “kleitorís” coexistia o verbo derivado “kleitoriázō”, que eu, mesmo sem saber nada de grego, farei desde já equivaler a “clitorizar”.
Ei-lo, pois, renascido ao cabo de uma “caterva” de séculos! “Clitorizar”, do grego “kleitoriázō” que significa “acariciar o clítoris para produzir prazer”. Mais vale tarde do que nunca!
Caríssimos, senhoras e senhores, façam o favor de o fazer aparecer no dicionário com a maior brevidade possível!
Muito obrigada!
O termo clítoris procede do grego antigo “kleitorís”.
Assim de forma muito sucinta, após um prolongado eclipse, o conceito é reintroduzido na medicina no século XVI, seguindo-se novo e longo período de “desaparecimento” para voltar a ser reintroduzido na medicina do século XIX, genericamente em notinhas de rodapé, a par de raciocínios nada auspiciosos ao prazer sexual, quer de mulheres, quer de homens, mas sobretudo de mulheres, até por fim, infelizmente de forma metafórica, “cair nas bocas do mundo” por ocasião da “revolução sexual feminina” das décadas de sessenta e de setenta (do século XX, claro).
Na antiguidade clássica grega (uma civilização que eu classificaria, por oposição à nossa, extraordinariamente avançada para os recursos tecnológicos disponíveis, sendo a nossa: extremamente atrasada apesar de dotada de incríveis recursos tecnológicos) a par do termo “kleitorís” coexistia o verbo derivado “kleitoriázō”, que eu, mesmo sem saber nada de grego, farei desde já equivaler a “clitorizar”.
Ei-lo, pois, renascido ao cabo de uma “caterva” de séculos! “Clitorizar”, do grego “kleitoriázō” que significa “acariciar o clítoris para produzir prazer”. Mais vale tarde do que nunca!
Caríssimos, senhoras e senhores, façam o favor de o fazer aparecer no dicionário com a maior brevidade possível!
Muito obrigada!
[blog Libélula Purpurina]
O amante quebrado
Antes, quando estava na luz, lamentei-me por ter sempre uma sombra. Agora, no escuro dos que não reconheceram o brilho da luz , eu sou uma sombra.
27 junho 2010
eu depois conto-vos tudo... «tim tim por tim tim»
@ arraial pride 2010
Sim, fui até à Praça do Comércio levar um Arraial de Pride!
em breve, conto-vos tudo ;)
Prisioneiro
O tempo começa a fugir
-sente-se na pele e nas entranhas-
e essa fuga é assustadora;
magoa a alma,
marca o físico
(sem possibilidade de marcha atrás);
mas, estimula,
uma outra parte de nós:
levanta-nos o ego
-e à volta -,
numa cadência eterna
é o eterno fugitivo
prisioneiro...
Poesia de Paula Raposo
-sente-se na pele e nas entranhas-
e essa fuga é assustadora;
magoa a alma,
marca o físico
(sem possibilidade de marcha atrás);
mas, estimula,
uma outra parte de nós:
levanta-nos o ego
-e à volta -,
numa cadência eterna
é o eterno fugitivo
prisioneiro...
Poesia de Paula Raposo
Armaduras
Olho-te nas mãos. As mãos assim tão fechadas
que sufocam os dedos,
mesmo brancas falam por si, dizem-se comprimidas
em esconderijos demasiados pequenos,
Agora que vi as grades, as pestanas cerradas
nos olhos; eles querem ver, tolos,
aos lábios;
amordaçados
que sufocam os dedos,
que os queres mudos.
Ficamos longe, os dois. Sorrimos e as falangesmesmo brancas falam por si, dizem-se comprimidas
em esconderijos demasiados pequenos,
absurdos.
Agora que vi, nada aqui poderá ser como antes.Agora que vi as grades, as pestanas cerradas
nos olhos; eles querem ver, tolos,
assim fechados,
as meninas tão doces. Elas perderam-se rentesaos lábios;
afinal, sabem, nunca foram beijadas;
os olhos nunca choraram ou riram,amordaçados
pelos dedos sem palavras que nas mãos escondes.
E eu? Eu nunca serei capaz de abraçar armaduras.
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