Woman from redkedscom on Vimeo.
11 julho 2010
10 julho 2010
Resumindo
O desejo esmaga-nos:
surge de rompante
em altos e baixo
e com contornos
indefinidos.
Sobe-nos pelo corpo
em estremecimentos
incontroláveis;
basta um lapso de segundo
(um segundo de lapso)
e o beijo descontrola-nos...
Engole-nos. Engana-nos.
Esgana-nos as ideias.
Viva a apoteose!
Vivamos nós!
Viva o prazer!
Poesia de Paula Raposo
surge de rompante
em altos e baixo
e com contornos
indefinidos.
Sobe-nos pelo corpo
em estremecimentos
incontroláveis;
basta um lapso de segundo
(um segundo de lapso)
e o beijo descontrola-nos...
Engole-nos. Engana-nos.
Esgana-nos as ideias.
Viva a apoteose!
Vivamos nós!
Viva o prazer!
Poesia de Paula Raposo
09 julho 2010
A escada
– Vamos transar na escada, amor?
– Na escada?
– Sim, amor, na escada. Quer?
– Qual escada?
– A escada para o céu…
…
…
– A escada para o céu?
– Sim, vamos?
– E onde é que essa escada está?
– A escada para o céu?
– Sim.
– Onde nós quisermos.
– Ah… É uma metáfora, uma ima…
– Eu sei o que é metáfora!
– Ah…
– Mas não, não é metáfora, é escada mesmo. Eu adoro transar em escada, ‘cê não?
– Para fazer truz truz truz às pooooortas do céééu?
– Está cantando o quê?! ‘Tá doido? Truz truz nada, é p’a entrar mesmo. Na minha escada ninguém fica à porta!
– Na escada?
– Sim, amor, na escada. Quer?
– Qual escada?
– A escada para o céu…
…
…
– A escada para o céu?
– Sim, vamos?
– E onde é que essa escada está?
– A escada para o céu?
– Sim.
– Onde nós quisermos.
– Ah… É uma metáfora, uma ima…
– Eu sei o que é metáfora!
– Ah…
– Mas não, não é metáfora, é escada mesmo. Eu adoro transar em escada, ‘cê não?
– Para fazer truz truz truz às pooooortas do céééu?
– Está cantando o quê?! ‘Tá doido? Truz truz nada, é p’a entrar mesmo. Na minha escada ninguém fica à porta!
08 julho 2010
Junho
Junho, alva noite de primavera, aurora aberta. Mansa, num cálice de nectar tremulham tímidas asas do desejo. Alvo. O meu. Humano. O meu desejo. Desejando o nada do teu todo, arrancar de ti as portas do meu gozo. Movendo-me. Toda. Respiração toda que. Se alevanta de um sonho, com minucia e fervor.
Que Quente está o calor!
[Que transpire toda, que respire toda]
Junho, dos Deuses, onde as Deusas dançam a fonte, no toque profano, bem fundo, da dança. Vibração. Nos pontos de força, nos sítios culpados, onde eu vou buscar a minha inspiração. Timída. Sublimemente extasiada. Nas bermas ingénuas e acetinadas do sexo louco. Fosco. Alegreto. Garrudo . Sangrento.Uma alcateia de tesão. Raivosa. Se sente nela. Uma alcateia no tesão que se come nela.Rosaceamente!
Junho, poesia, que a poetisa dedilha na lira, nos seus suspiros quentes, ardentes, harpejando frases. Criando matérias. Orgânicas. Carnes .
Agradeço-te Junho, pelas letras humedecidas que brotam no jardim e libam as inspirações que eu sinto dentro de mim...
Que Quente está o calor!
[Que transpire toda, que respire toda]
Junho, dos Deuses, onde as Deusas dançam a fonte, no toque profano, bem fundo, da dança. Vibração. Nos pontos de força, nos sítios culpados, onde eu vou buscar a minha inspiração. Timída. Sublimemente extasiada. Nas bermas ingénuas e acetinadas do sexo louco. Fosco. Alegreto. Garrudo . Sangrento.Uma alcateia de tesão. Raivosa. Se sente nela. Uma alcateia no tesão que se come nela.Rosaceamente!
Junho, poesia, que a poetisa dedilha na lira, nos seus suspiros quentes, ardentes, harpejando frases. Criando matérias. Orgânicas. Carnes .
Agradeço-te Junho, pelas letras humedecidas que brotam no jardim e libam as inspirações que eu sinto dentro de mim...
[Blog Vermelho Canalha]
Garras sem mãos
Eu, aqui, escrevo o desespero de ter garras e não ter mãos. Eu sou eu; garras sem mãos. A violência da intensidade deste terramoto na Cidade-Eu permanece invisível enquanto não conseguir rasgar as fronteiras de mim e depois o lado de fora. Garras sem mãos.
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