HenriCartoon
21 julho 2010
20 julho 2010
Cálido arrepio
Até já
Por acaso não acho
que se tenha que acabar assim:
- adeus, fica bem, não me chateies!
Não acho nada bem que se tenha
que terminar desta maneira.
Talvez se possa acabar assim:
- até já, sê feliz, ver-nos-emos.
É mais bonito e soa melhor.
Acabar por acabar
(se tem que se acabar),
então que acabe em beleza:
- beijos, amo-te, já volto.
Poesia de Paula Raposo
que se tenha que acabar assim:
- adeus, fica bem, não me chateies!
Não acho nada bem que se tenha
que terminar desta maneira.
Talvez se possa acabar assim:
- até já, sê feliz, ver-nos-emos.
É mais bonito e soa melhor.
Acabar por acabar
(se tem que se acabar),
então que acabe em beleza:
- beijos, amo-te, já volto.
Poesia de Paula Raposo
Só os bons são copiados!
T-shirts da funda São
A nossa t-shirt «o pai Natal nu existe», desenhada pelo mestre Raim, foi copiada por uma tal de «q' t-shirt!». Além da cópia descarada, nem tiveram a coragem de pôr o pai Natal mesmo nu:
Nada como o original!
19 julho 2010
Tradução simples dos nus para um viajante
Morri com o coração a bater dor; deixei-o bater dor no papel e ressuscitei; agora sou feita de palavras.
Sim, é isso que eu sou: uma frase selvagem completamente nua e descalça; eu não conheço os teus livros, não conheço os teus filmes, não vejo os teus noticiários, não conheço os sítios que viste ou sequer alguma vez consegui levantar raízes como saias e correr para fora da casa minha terra.
Sou uma selvagem nua e descalça que nem sequer te pode jurar que não usa esse perfume-disfarce porque nem bem sei de que falas. Sabes, a única roupa que gosto de vestir é a sintaxe porque me torna o corpo mais suave, mais melódico e traz harmonia à minha nudez que poderia ser rude de outra forma.
Não procures outra porque eu sou só esta que aqui está a ser e se continuas a procurar outra que não é acabas por nem me ler.
Sim, é isso que eu sou: uma frase selvagem completamente nua e descalça; eu não conheço os teus livros, não conheço os teus filmes, não vejo os teus noticiários, não conheço os sítios que viste ou sequer alguma vez consegui levantar raízes como saias e correr para fora da casa minha terra.
Sou uma selvagem nua e descalça que nem sequer te pode jurar que não usa esse perfume-disfarce porque nem bem sei de que falas. Sabes, a única roupa que gosto de vestir é a sintaxe porque me torna o corpo mais suave, mais melódico e traz harmonia à minha nudez que poderia ser rude de outra forma.
Não procures outra porque eu sou só esta que aqui está a ser e se continuas a procurar outra que não é acabas por nem me ler.
18 julho 2010
A história em prosa da puta poeta
Aqui jaz a história da puta que queria ser poeta. De mão no baixo ventre e mais abaixo tentou sempre em vão mas nunca, nem uma só vez, tocou um só coração; toda a gente sabe que puta romântica é mulher muito tonta.
E assim nem sequer tocou no do Manuel padeiro perneta, nem sequer ao gordo António taxista despertou paixão; morreu puta triste e velha sem despertar qualquer emoção; aos olhos dos homens que a tiveram foi eterna pateta.
E assim nem sequer tocou no do Manuel padeiro perneta, nem sequer ao gordo António taxista despertou paixão; morreu puta triste e velha sem despertar qualquer emoção; aos olhos dos homens que a tiveram foi eterna pateta.
17 julho 2010
Num beijo
Deixo-te num beijo
a sensualidade inesperada
da minha boca;
volto, sempre, a ti
como uma pétala
que se deslumbra na luz;
a atracção inevitável
pelo desconhecido
leva-nos muito longe:
tão longe quanto
o perto se perde de nós.
Poesia de Paula Raposo
a sensualidade inesperada
da minha boca;
volto, sempre, a ti
como uma pétala
que se deslumbra na luz;
a atracção inevitável
pelo desconhecido
leva-nos muito longe:
tão longe quanto
o perto se perde de nós.
Poesia de Paula Raposo
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