Porque é que as mulheres não têm o mesmo direito constitucional que os homens para exporem o seu peito em público, tal como os homens?
A organização GoTopless.org tem como objectivo "ajudar as mulheres a tomarem consciência de que os seus peitos são partes naturais da sua anatomia (estejam ou não em amamentação). Os peitos não deveriam ser «modesta» ou envergonhadamente escondidos da visão pública mais do que braços, pernas ou pés".
O qu'achais?
05 setembro 2010
04 setembro 2010
Mil e uma facetas
Desdobro-te em mil facetas
Fascinantes
Frágeis
Num jogo de escondidas
E tu deixas-te doce
Dançar a música
Deambulando
Nos meus dedos
Na dobra que desdobro
Frágil e fascinante
Talvez mil e uma facetas
Que deixas a descoberto
Quando não sorris
E a felicidade passa aqui
E a música sobe no ar
E eu te desdobro
Te arranho e te marco
E mordo os teus lábios
Quando não sorris
Desdobrando-te alucinada
Na ponta dos meus dedos.
Poesia de Paula Raposo
Fascinantes
Frágeis
Num jogo de escondidas
E tu deixas-te doce
Dançar a música
Deambulando
Nos meus dedos
Na dobra que desdobro
Frágil e fascinante
Talvez mil e uma facetas
Que deixas a descoberto
Quando não sorris
E a felicidade passa aqui
E a música sobe no ar
E eu te desdobro
Te arranho e te marco
E mordo os teus lábios
Quando não sorris
Desdobrando-te alucinada
Na ponta dos meus dedos.
Poesia de Paula Raposo
«Homens: olhem para as mulheres!» - crónica de Luis Pedro Nunes no «Expresso»
Alguns excertos do texto publicado na revista Única do Expresso de 21 de Agosto de 2010:
"Observar o sexo feminino não tem nada de marialva, é essencial para o bem-estar da comunidade.
(...) um sofisticado e trendy colunista de Manhattan (...) explica tranquilamente como o girl-watching (observação de miúdas) é algo que faz parte da própria cidade de Nova Iorque, da interacção entre os sexos e que deve ser recuperado com arte e bom gosto. (...) Por girl entenda-se mulher votante e ativa e por watching, diz o bom gosto, não tem piropos nhurros nem bocarras alarves associadas. É um observar ornitólogo direcionado. Sejamos francos. Aprecia-se, abranda-se a conversa para ver o que passa. Não se fica especado a babar. Nem marialvismos atávicos. Catrapisca-se a minissaia que desaparece rápida e beberica-se a Cola Light. Ou o desfilar tranquilo levado pela ondulação da anca, cabelos que decidem a direção do passeio. Detalhes. O modo como conversam em discurso direto umas com as outras. «Tu sabes como sou, e aí eu disse-lhe.» Apenas a observação sem qualquer objetivo de interacção. Não há mal ao mundo. E no Facebook muitas das fotos são de riso falsos. E falsas. Aqui são curtas-metragens, em alta definição, a rolar à nossa frente, em 4D e tudo (...)"
Vai lá ler o texto completo, que vale bem a pena, e volta aqui para comentares.
"Observar o sexo feminino não tem nada de marialva, é essencial para o bem-estar da comunidade.
(...) um sofisticado e trendy colunista de Manhattan (...) explica tranquilamente como o girl-watching (observação de miúdas) é algo que faz parte da própria cidade de Nova Iorque, da interacção entre os sexos e que deve ser recuperado com arte e bom gosto. (...) Por girl entenda-se mulher votante e ativa e por watching, diz o bom gosto, não tem piropos nhurros nem bocarras alarves associadas. É um observar ornitólogo direcionado. Sejamos francos. Aprecia-se, abranda-se a conversa para ver o que passa. Não se fica especado a babar. Nem marialvismos atávicos. Catrapisca-se a minissaia que desaparece rápida e beberica-se a Cola Light. Ou o desfilar tranquilo levado pela ondulação da anca, cabelos que decidem a direção do passeio. Detalhes. O modo como conversam em discurso direto umas com as outras. «Tu sabes como sou, e aí eu disse-lhe.» Apenas a observação sem qualquer objetivo de interacção. Não há mal ao mundo. E no Facebook muitas das fotos são de riso falsos. E falsas. Aqui são curtas-metragens, em alta definição, a rolar à nossa frente, em 4D e tudo (...)"
Vai lá ler o texto completo, que vale bem a pena, e volta aqui para comentares.
03 setembro 2010
vem comigo...
vem comigo
dançar na areia
mergulhar no mar salgado
vem comigo
nesta noite de brisa suave
amar-me à beira-mar
vem comigo
fazer amor na areia ainda quente
sentir as estrelas nesta noite clara
dançar na areia
mergulhar no mar salgado
vem comigo
nesta noite de brisa suave
amar-me à beira-mar
vem comigo
fazer amor na areia ainda quente
sentir as estrelas nesta noite clara
Kylie Minogue e um urso de peluche feliz
Será verdade o que li, que esta foto tirada num concerto no clube nocturno G-A-Y, em Londres e publicada por um fã, foi retirada do Facebook por ser considerada pornográfica?! Terão justificado isso com a sua política contra imagens de nudez: "We do not allow photos that contain nudity, drug use or violence".
Anda tudo mesmo doido!
Aqui já nem está em causa a aversão desta malta à nudez. Trata-se de um boneco de peluche e de um microfone, por amor de Eros!
Ora tenta lá fazer isto em casa...
Jiri Kylian - «Birth-Day» (o dia do nascimento)
O «Netherlands Dans Theater» celebra Jiri Kylian
O «Netherlands Dans Theater» celebra Jiri Kylian
02 setembro 2010
A posta que não dá
Há muitas maneiras de sentir e de viver emoções. Aliás, essa é uma das características que nos distinguem e costuma ser determinante, por exemplo, no acerto de agulhas que cada relação implica.
Tenho aprendido que saber dosear as emoções em função do seu peso nas outras pessoas é a única forma de acautelar desilusões. Isto porque os desequilíbrios emocionais, que cedo ou tarde se traduzem em conflitos ou, no mínimo, em danos na auto-estima de uns e na pachorra de outros são impossíveis de gerir sem perdas associadas.
Há pessoas que se deixam arrastar pela emoção porque só assim sentem que vale a pena. Outras apenas se permitem um ou outro momento de desvario nesse domínio e acabam por revelar uma incapacidade latente para sustentarem níveis elevados de paixão, de amizade ou de qualquer outro tipo de ligação que as obrigue (entre aspas) a cedências ou a qualquer outro tipo de concessão que deveria ser tido como normal no contexto de uma relação séria.
Não são melhores nem piores, uns e outros, mas é inegável que só por milagre se compatibilizam um vulcão e um icebergue sem que um derreta ou o outro arrefeça.
E isto aplica-se a qualquer tipo de ligação entre as pessoas, pois tendemos sempre a impor aos outros o nosso grau confortável de emocionalidade e acabamos por acicatar as divergências que daí resultam, uns demasiado frios e distantes, centrados em si próprios e em interesses tangíveis, outros demasiado intensos e exigentes na reciprocidade que entendem albergar também um esforço de compatibilização a que pessoas mais desprendidas jamais se predispõem.
Claro que tudo isto são teorias, coisas que uma pessoa vai elaborando a partir das suas experiências pessoais, da eterna aprendizagem que a vida nos impõe, muitas vezes à bruta, como contrapartida para os fracassos com que lidamos. Vale o que vale e pode explicar uma ou duas situações que nos magoem ou irritem, de pouco vale para outras pessoas e outras relações nas quais podem estar em causa factores completamente distintos dos que a forma de experimentar emoções pode criar entre as pessoas que entendam partilhá-las.
Mas ninguém me tira da cabeça a ideia de que não é viável, excepto em honrosas excepções que derivam de um amor mais sólido ou de uma amizade mais resistente, a compatibilização entre pessoas que vivam nos antípodas da emoção, quer isso se explique pelo percurso ou pelo feitio de cada um/a.
E qualquer teimosia, na maioria dos casos em que essa incompatibilidade exista, está condenada a uma derrota que apenas depende, nos termos e na rapidez com que aconteça, de factores tão aleatórios que nenhuma estratégia, nenhum cuidado, nenhum esforço podem evitar.
Tenho aprendido que saber dosear as emoções em função do seu peso nas outras pessoas é a única forma de acautelar desilusões. Isto porque os desequilíbrios emocionais, que cedo ou tarde se traduzem em conflitos ou, no mínimo, em danos na auto-estima de uns e na pachorra de outros são impossíveis de gerir sem perdas associadas.
Há pessoas que se deixam arrastar pela emoção porque só assim sentem que vale a pena. Outras apenas se permitem um ou outro momento de desvario nesse domínio e acabam por revelar uma incapacidade latente para sustentarem níveis elevados de paixão, de amizade ou de qualquer outro tipo de ligação que as obrigue (entre aspas) a cedências ou a qualquer outro tipo de concessão que deveria ser tido como normal no contexto de uma relação séria.
Não são melhores nem piores, uns e outros, mas é inegável que só por milagre se compatibilizam um vulcão e um icebergue sem que um derreta ou o outro arrefeça.
E isto aplica-se a qualquer tipo de ligação entre as pessoas, pois tendemos sempre a impor aos outros o nosso grau confortável de emocionalidade e acabamos por acicatar as divergências que daí resultam, uns demasiado frios e distantes, centrados em si próprios e em interesses tangíveis, outros demasiado intensos e exigentes na reciprocidade que entendem albergar também um esforço de compatibilização a que pessoas mais desprendidas jamais se predispõem.
Claro que tudo isto são teorias, coisas que uma pessoa vai elaborando a partir das suas experiências pessoais, da eterna aprendizagem que a vida nos impõe, muitas vezes à bruta, como contrapartida para os fracassos com que lidamos. Vale o que vale e pode explicar uma ou duas situações que nos magoem ou irritem, de pouco vale para outras pessoas e outras relações nas quais podem estar em causa factores completamente distintos dos que a forma de experimentar emoções pode criar entre as pessoas que entendam partilhá-las.
Mas ninguém me tira da cabeça a ideia de que não é viável, excepto em honrosas excepções que derivam de um amor mais sólido ou de uma amizade mais resistente, a compatibilização entre pessoas que vivam nos antípodas da emoção, quer isso se explique pelo percurso ou pelo feitio de cada um/a.
E qualquer teimosia, na maioria dos casos em que essa incompatibilidade exista, está condenada a uma derrota que apenas depende, nos termos e na rapidez com que aconteça, de factores tão aleatórios que nenhuma estratégia, nenhum cuidado, nenhum esforço podem evitar.
Inês Poema
Inês
não queiras
quem te fez
assim. Pára; solteiras
são as mágoas
e os caminhos nossos
um e dois e três
amantes, agora destroços
que já nem vês.
Não! Inês,
uma e outra
e outra vez,
assim, foram certeiras
as lâminas cegas
e os teus pedaços
perderam-se de ti, talvez
nem voltem os passos
e a nudez,
Inês,
e a nudez dessas horas
tem as voltas dos laços
em tantas memórias;
até breves histórias
têm fortes traços
sem os cheiros
tão baços
da lucidez.
não queiras
quem te fez
assim. Pára; solteiras
são as mágoas
e os caminhos nossos
um e dois e três
amantes, agora destroços
que já nem vês.
Não! Inês,
uma e outra
e outra vez,
assim, foram certeiras
as lâminas cegas
e os teus pedaços
perderam-se de ti, talvez
nem voltem os passos
e a nudez,
Inês,
e a nudez dessas horas
tem as voltas dos laços
em tantas memórias;
até breves histórias
têm fortes traços
sem os cheiros
tão baços
da lucidez.
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