Senta-te aqui, Mariana, sente-me os dedos,
são raízes ao teu peito, nunca mais nos deixes
os olhos secar; senta-te aqui, dá-me a mão,
toco-te no braço, no espaço entre os dias,
nunca mais deixes os olhos fechar. Cabelos
ruivos, teus, soltos nas minhas costas e estes
dias já são dias de voltar ao que fomos então.
Vem cá, na fragilidade dos teus lábios, o que dizias
tu aos caminhos meus que se tornaram rios, gelos
que se tornaram sol, espaços que tocam nestes
meus, agora teus, tão teus como meus são.
13 setembro 2010
Postalinhos da Celestitalinda e do Car(v)alho
Café para taradas
E este veio-se do Car(v)alho:
Café dos bons amigos
12 setembro 2010
Cais
Três viagens em simultâneo. A viagem pelas estradas deste País, o livro no meu colo, os carris meus das ideias. Talvez ainda uma quarta viagem pelas pessoas que vou vendo e tentando ler. Devagarinho, o último beijo dos amantes no cais já deixa as marcas da separação nos lábios; o embarque engole-os. Uma criança grande, do alto dos seus trinta anos, abraça os pais; a viagem diz-lhe que é grande e que é pequena. Os pensadores no meu colo, a capa rosa; uma estudante ao meu lado sobrevoa linhas de apontamentos e aterra o olhar no meu colo só o tempo suficiente para ler o título que embalo. Discutem estações de comboio e apeadeiros da vida. O sumo está fresco. Não sei que viagem me levou mais longe mas sei que uma outra me chamou para longe de mim: a bordo do sono naveguei o resto do caminho. Deve ser por isso que ninguém volta da morte, quem nos vem buscar é o sono e ele é francamente irresistível. Acordo. Um táxi é um corpo que tem um motorista por alma. Tantos ali viajam, uns mais tempo que outros, uns mais vezes que outros; só ele habita aquele hotel vivo. Fala-me da fauna da noite, que fiz bem em não entrar naquele café. Conheço bem a fauna mas não digo, a lucidez embaraça-me a voz e respondo com o sorriso frágil que sei que espera, é fácil porque eu até tenho medo de tudo. Compro muitas coisas em pacotes na estação de serviço. Coisas, só coisas que trago num saco. No saco trago mais uma viagem, são estranhas as pessoas à noite, as pessoas das estações; no saco trago a dúvida, eu sei que se movem e falam mas pergunto-me se são fauna ou flora. Casa. Cama. Cais. Sono, o irresistível senhor dos sonhos e da serenidade. Vou. Uns quebram para não partir; outros partem para não quebrar.
Gnomo para decoração de árvore de Natal - erotismo involuntário por parte do artista
Adoro encontrar peças que não seria suposto serem eróticas...
11 setembro 2010
Pois é
Um dia pensei libertar-me:
do passado, das flores murchas,
dos resquícios de neve
nos precipícios
ou da vontade de te ter.
Pensei.
Do pensar ao fazer vai uma longa distância.
Tão longa quanto a vida
nos proporciona; tão longa
quanto a saudade aperta (aqui!).
Pensei libertar-me:
não de ti;
só das pausas incontáveis
dos momentos.
Poesia de Paula Raposo
do passado, das flores murchas,
dos resquícios de neve
nos precipícios
ou da vontade de te ter.
Pensei.
Do pensar ao fazer vai uma longa distância.
Tão longa quanto a vida
nos proporciona; tão longa
quanto a saudade aperta (aqui!).
Pensei libertar-me:
não de ti;
só das pausas incontáveis
dos momentos.
Poesia de Paula Raposo
Faxina
E a Didas oferece-nos mais uma cena de porno para toda a família:
Pornos na padaria anteriores.
Blog Farinha Amparo
Pornos na padaria anteriores.
Blog Farinha Amparo
Ainda vai ter que treinar mais (talvez com uma arca congeladora)
Preso na neve
2 páginas (clicar em "next page")
oglaf.com
10 setembro 2010
Há empatas em todo o lado...
Strip-tease com controlo parental
(na página, tenta chegar ao fim do video...)
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