Eu acho que os homens são todos mais novos que eu. Nuns dias deitam-se ao meu colo e noutros deitam-se no colo meu. Eu acho que os homens são todos mais novos do que eu. Contam-me da fome e têm sede, beijam-me exigentes mas na exigência de quem pede. E um seio é macio e é nuvem e é céu. E quando se entregam e se colam, ventre no ventre, devolvem-se ao ventre meu. Os de olhos perdidos das mãos, os de dias perdidos dos sonhos, os meus dedos lançados aos cabelos puxam-nos pelos braços, levo-os para terra pelos joelhos, aprendem-me desenhos de pequenos traços em pequenos, por vezes inseguros, passos. Eu acho que os homens são todos mais novos que eu; quando foram meninos, abri-lhes os braços e o meu peito cresceu e agora eu acho que os homens são todos mais novos do que eu.
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O Bartolomeu fez um comentário que tenho de transcrever aqui, pela Miss Joana Well... e por todos nós, que temos o privilégio de a ter como membrana deste blog:
"Miss, sabes o que te digo?
A autora deste texto, apesar de pequenino, merece receber, por aquilo que de verdade e de real ele encerra, o nóbel da literatura, acumulado com o nóbel da sabedoria e o nóbel da sensibilidade à essência humana.
Anda práí munta puta armada ao pingarelho, intituladas assistente sociais e mai'não sei quê, que não possuem um avo do teu saber, naquilo que diz respeito ao conhecimento do ser humano em toda a sua plenitude e genuinidade.
E penso que não tenho mai'nada para deixar escrito.
Ou por outra... muito mais haveria, para dizer escrevendo, mas não seriam mais que lugares comuns daquilo que já foi dito."
20 setembro 2010
«As Mulheres e o Sexo»
"Um grupo de Mulheres dá voz aos temas mais divertidos e polémicos da sua intimidade amorosa. O que elas pensam verdadeiramente sobre o que se passa entre quatro paredes. Serão eles competentes e dedicados o suficiente no que fazem ou prometem?
«Os Homens e os Minetes», uma crónica de Ana Anes"
O Zedasquina mostrou-nos a resposta do Rui Unas:
«Os Homens e os Minetes», uma crónica de Ana Anes"
O Zedasquina mostrou-nos a resposta do Rui Unas:
Sinal de trânsito muito provavelmente exagerado
Encontro muitos pequenos objectos curiosos para a minha colecção nas feiras de velharias. Há dias comprei 20 calendários de bolso (uns com humor erótico e outros a publicitar videos porno dos anos 80), dois isqueiros (de um deles, fiz um video para o blog), um gnomo (fiz também um video) e este sinal de trânsito. Tudo por € 2,50!
19 setembro 2010
«Reprodução» - por Rui Felício
O Coronel Ramires, pai de Vasco Ramires que ganhou uma medalha no Concurso de Saltos Equestres dos Jogos Olímpicos de Munique em 1972,tinha uma quinta no Tramagal onde fazia criação de cavalos de raça lusitana e puros-sangue ingleses cruzados com árabes.
José Cid, cantor de todos conhecido e que possuía uma herdade na Chamusca, terra ribatejana, perto do Tramagal, comprou-lhe vários cavalos.
Por razões que não vêm agora ao caso, honro-me de ter merecido a amizade do Cor. Ramires e do seu filho.
Um fim de semana fui convidado, entre outras pessoas a ir visitar a sua bela Quinta do Tramagal. O Cor. Ramires orgulhava-se dos seus cavalos e queria mostrar-nos a forma como os criava e os ensinava. Dizia-me ele, que era sempre com mágoa que via sair algum dos seus animais, depois de os ter visto nascer e de durante 3 ou 4 anos ter assistido ao seu crescimento e à evolução das suas qualidades como cavalos treinados para provas desportivas equestres. Mas tinha que os vender para rentabilizar a exploração.
Naquele dia, íamos assistir a um fenómeno natural mas a que os homens da cidade, não estão habituados. Uma égua, que andava “saída”, ia ser montada por um cavalo garanhão.
Num terreiro vedado, assistimos aos jogos de sedução da égua e do crescente entusiasmo do cavalo, perfeitamente visível aos olhos de todos quantos observavam.
A Helena, jovem e bonita mulher criada na quinta desde criança, ali vivia e acompanhava a vida dos cavalos nos mais pequenos pormenores. Por isso, tinha sido nomeada pelo Cor. Ramires como “Tratadora Principal”, cargo complexo que ele não lhe atribuiria se ela não fosse realmente, como era, uma competente especialista na matéria.
Perto de mim, e percebendo a minha crescente concentração na patente excitação daqueles dois animais, disse-me, com uma pequena gargalhada:
- O Sr. Dr. parece que também se está a excitar!...
- Para falar a verdade, você não se engana, Helena... – respondi eu meio a sério meio a brincar, lançando-lhe um olhar provocatório.
A Helena atiçou-me ainda mais, dizendo-me, desta vez em voz baixa para que os outros convidados não ouvissem:
- Só depende da sua vontade Sr. Dr.! Uma palavra sua e far-lhe-ei a vontade com todo o prazer.
Um turbilhão de pensamentos revolteava-me a cabeça. Reuni toda a coragem e disse-lhe:
- Oh Helena, não me provoque! Você já percebeu qual é a minha vontade. Diga-me quando e onde!
Responde-me a Helena:
- Onde? Bem, o sitio é este mesmo, que é o mais adequado. Quanto ao "Quando", pode ser já! A égua, que está cheia de cio, é toda sua, Sr. Dr.!
Rui Felício
Blog «Encontro de Gerações do Bairro Norton de Matos»
José Cid, cantor de todos conhecido e que possuía uma herdade na Chamusca, terra ribatejana, perto do Tramagal, comprou-lhe vários cavalos.
Por razões que não vêm agora ao caso, honro-me de ter merecido a amizade do Cor. Ramires e do seu filho.
Um fim de semana fui convidado, entre outras pessoas a ir visitar a sua bela Quinta do Tramagal. O Cor. Ramires orgulhava-se dos seus cavalos e queria mostrar-nos a forma como os criava e os ensinava. Dizia-me ele, que era sempre com mágoa que via sair algum dos seus animais, depois de os ter visto nascer e de durante 3 ou 4 anos ter assistido ao seu crescimento e à evolução das suas qualidades como cavalos treinados para provas desportivas equestres. Mas tinha que os vender para rentabilizar a exploração.
Naquele dia, íamos assistir a um fenómeno natural mas a que os homens da cidade, não estão habituados. Uma égua, que andava “saída”, ia ser montada por um cavalo garanhão.
Num terreiro vedado, assistimos aos jogos de sedução da égua e do crescente entusiasmo do cavalo, perfeitamente visível aos olhos de todos quantos observavam.
A Helena, jovem e bonita mulher criada na quinta desde criança, ali vivia e acompanhava a vida dos cavalos nos mais pequenos pormenores. Por isso, tinha sido nomeada pelo Cor. Ramires como “Tratadora Principal”, cargo complexo que ele não lhe atribuiria se ela não fosse realmente, como era, uma competente especialista na matéria.
Perto de mim, e percebendo a minha crescente concentração na patente excitação daqueles dois animais, disse-me, com uma pequena gargalhada:
- O Sr. Dr. parece que também se está a excitar!...
- Para falar a verdade, você não se engana, Helena... – respondi eu meio a sério meio a brincar, lançando-lhe um olhar provocatório.
A Helena atiçou-me ainda mais, dizendo-me, desta vez em voz baixa para que os outros convidados não ouvissem:
- Só depende da sua vontade Sr. Dr.! Uma palavra sua e far-lhe-ei a vontade com todo o prazer.
Um turbilhão de pensamentos revolteava-me a cabeça. Reuni toda a coragem e disse-lhe:
- Oh Helena, não me provoque! Você já percebeu qual é a minha vontade. Diga-me quando e onde!
Responde-me a Helena:
- Onde? Bem, o sitio é este mesmo, que é o mais adequado. Quanto ao "Quando", pode ser já! A égua, que está cheia de cio, é toda sua, Sr. Dr.!
Rui Felício
Blog «Encontro de Gerações do Bairro Norton de Matos»
18 setembro 2010
Quem disse que agora não há censura?
O Livro das Caras perdoou-me e repôs a minha conta, que estava suspensa desde 4ª feira.
O primeiro e-mail que recebi quando lhes pedi esclarecimentos no formulário que disponibilizam (e está em português) não augurava nada de bom:
"Hi São,
Unfortunately, Faceb00k only provides personalized user support in your region in English. Please respond to this email with a translation of your question in English, and we'll respond as soon as possible."
Ou seja, se eu não soubesse inglês, estava fecundada. Como sei um poucochinho, lá me responderam ontem:
"Hi São,
Your account was suspended because you uploaded photo content that violated Faceb00k's Statement of Rights and Responsibilities. This content has been removed from the site.
After reviewing your situation, we have reactivated your account. You will now be able to log in. For technical and security reasons, Facebook cannot provide you with a description or copy of the removed content.
Please review the guidelines below to prevent your personal account from being disabled in the future:
Do not post photos that contain nudity, graphic or sexually suggestive content.
Remove any remaining photos of this kind that you have uploaded on the site (...).
We apologize for any inconvenience and appreciate your cooperation going forward.
Thanks for your understanding,
Sheldon
User Operations
Faceb00k"
Tenquiú!
O primeiro e-mail que recebi quando lhes pedi esclarecimentos no formulário que disponibilizam (e está em português) não augurava nada de bom:
"Hi São,
Unfortunately, Faceb00k only provides personalized user support in your region in English. Please respond to this email with a translation of your question in English, and we'll respond as soon as possible."
Ou seja, se eu não soubesse inglês, estava fecundada. Como sei um poucochinho, lá me responderam ontem:
"Hi São,
Your account was suspended because you uploaded photo content that violated Faceb00k's Statement of Rights and Responsibilities. This content has been removed from the site.
After reviewing your situation, we have reactivated your account. You will now be able to log in. For technical and security reasons, Facebook cannot provide you with a description or copy of the removed content.
Please review the guidelines below to prevent your personal account from being disabled in the future:
Do not post photos that contain nudity, graphic or sexually suggestive content.
Remove any remaining photos of this kind that you have uploaded on the site (...).
We apologize for any inconvenience and appreciate your cooperation going forward.
Thanks for your understanding,
Sheldon
User Operations
Faceb00k"
Tenquiú!
Por escrever
Importas-te tanto com os
anos que nos separam:
porquê?
Tu não tens idade:
és o que vejo e sinto.
A paixão escolhe-nos
por que sim e o sim
é justificável.
Sabes da justificação? Não?
Eu sei (ou julgo saber)
da intemporalidade
do poema por escrever:
por isso nos encontrámos.
Poesia de Paula Raposo
anos que nos separam:
porquê?
Tu não tens idade:
és o que vejo e sinto.
A paixão escolhe-nos
por que sim e o sim
é justificável.
Sabes da justificação? Não?
Eu sei (ou julgo saber)
da intemporalidade
do poema por escrever:
por isso nos encontrámos.
Poesia de Paula Raposo
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