Fui dar uma voltinha há umas semanas pelo Leroy Merlin de Albufeira.
Despertaram-me a atenção, na secção de almofadas, estas em imitação de pêlo de ovelha. Havia em branco e em negro. Comprei a de pêlo de ovelha negra...
E para quê, perguntais vós? Para pedir à Celestita, mágica destas artes, que me cortasse e cosesse a almofada em forma de triângulo. Et voilà, uma ratola gigante e, como diz a malta por aqui, com muito farfalho:
30 outubro 2010
Surpresa
O tempo não se detém:
passa rápido e só nos apercebemos
quando o momento já passou.
Vou descobrir uma fórmula milagrosa
de deter o tempo
- o momento de -
e a magia da luz
manter-se-á intacta
ao longo dos tempos.
Vou escrever um poema
que não fale de tempo;
que se decline lentamente
- em mim -
entre duas fantasias,
alguns verbos
e a surpresa prenhe.
Poesia de Paula Raposo
29 outubro 2010
Notícias de trás da Serra!
O nosso repórter Carlos Car(v)alho traz-nos a notícia que a PJ de Coimbra deteve um suspeito de ser o alegado autor da morte de «Jaime Ovelha», indivíduo de Proença-a-Velha (concelho de Idanha-a-Nova) que era conhecido na região por, presumivelmente, violar galinhas, ovelhas e outros animais.
O suspeito do crime, ocorrido no dia 19 de setembro, segundo a mesma fonte, será o dono de um burro, que no início do mês tinha sido sodomizado com um pau por «Jaime Ovelha».
O Car(v)alho pede para se "avisar o Bartolomeu que já pode ir a Idanha! Só quando li a reportagem no interior é que descansei: o morto não era o Bartolomeu mas sim esse tal «Jaime das Ovelhas», também ex-praticante de afagos sexuais em galinhas e não só. Desta feita exagerou e foi assassinado pelo dono de um burro que também tinha sido «afagado» (o burro, presumo), para não dizer «fodido», pelo tal «Jaime Ovelheiro». O que é certo é que haverá agora, por aquelas bandas, muita ovelhita carente... (aqui fica o aviso, caso interesse, ao Bartolonosso)."
O suspeito do crime, ocorrido no dia 19 de setembro, segundo a mesma fonte, será o dono de um burro, que no início do mês tinha sido sodomizado com um pau por «Jaime Ovelha».
O Car(v)alho pede para se "avisar o Bartolomeu que já pode ir a Idanha! Só quando li a reportagem no interior é que descansei: o morto não era o Bartolomeu mas sim esse tal «Jaime das Ovelhas», também ex-praticante de afagos sexuais em galinhas e não só. Desta feita exagerou e foi assassinado pelo dono de um burro que também tinha sido «afagado» (o burro, presumo), para não dizer «fodido», pelo tal «Jaime Ovelheiro». O que é certo é que haverá agora, por aquelas bandas, muita ovelhita carente... (aqui fica o aviso, caso interesse, ao Bartolonosso)."
(fotos também do repórter Carlos Car(v)alho, em Inzell)
Casimiro de Brito apresenta-nos Francisco de Quevedo
"Aqui têm um poema de um dos maiores poetas de língua espanhola de sempre (talvez o maior).
E que me parece adaptar-se perfeitamente ao vosso projecto.
Abraço do
Casimiro"
Desengaño de las mujeres
Puto es el hombre que de putas fía,
y puto el que sus gustos apetece,
puto es el estipendio que se ofrece
en pago de su puta compañía.
Puto es el gusto y puta la alegría
que el rato puteril nos encarece;
y yo diré que es puto a quien parece
que no sois puta vos, señora mía.
Francisco de Quevedo
1580 - 1645
Biografia e alguns poemas aqui
E que me parece adaptar-se perfeitamente ao vosso projecto.
Abraço do
Casimiro"
Puto es el hombre que de putas fía,
y puto el que sus gustos apetece,
puto es el estipendio que se ofrece
en pago de su puta compañía.
Puto es el gusto y puta la alegría
que el rato puteril nos encarece;
y yo diré que es puto a quien parece
que no sois puta vos, señora mía.
Francisco de Quevedo
1580 - 1645
Biografia e alguns poemas aqui
Quase nada
As palavras amarradas graves aos poemas agudos. Esquecer. Deixar entrar. Ouvir o que dizes e mais do que dizes e, para que tudo fales, não ouvir. Mas ouvir. Olhar pessoas que fazem coisas. Despir tudo. Vestir a pele. Ficar pequena, tão pequena, tão pequena que me deito na ponta dos teus dedos. Deixar-te ser grande. Ver-te grande. A noite com lua e a noite sem lua. Os carros passam e as horas também, parecem carros, aviões, navios, comboios, não as apanhamos mas embarcamos. Fugir antes que a manhã escorra o Sol pelos raios. Ser eu como não me sabem nem pensam. Pedir tu. Mais nada. O beco dos gatos. Falar demais, não ser demais. Espaço na nuvem. As coisas estranhas.As coisas pequenas, pequenos eus. A mão. Coca-cola. Cócegas. Ternura. Explicar o medo de todas as coisas. Querer saber. Perguntar-te tu. Café. Tudo isto te dei, de tudo isto te falei. Coisa pouca. Quase nada.
Casalinho japonês entretido em aulas práticas de anatomia
Não dá para apreciar em fotografias todos os excelentes detalhes destas três peças em marfinite.
Pode ser que um dia as possam ver ao vivo... quando houver um espaço aberto ao público com a minha colecção de arte erótica...
Pode ser que um dia as possam ver ao vivo... quando houver um espaço aberto ao público com a minha colecção de arte erótica...
O tamanho importa
Timothy Scott Clarke., habitante de Toowoomba (terra com nome de queca ), lá no pub da terra e depois de uns canecos, baixou as calças e cuecas. A animação é pouco por aquelas bandas e os presentes tiraram fotografias. Levado a tribunal argumentou em sua defesa não ter feito nenhuma indecência por ter um bilau tão pequenino que não ofendia ninguém.
Saiu apenas com uma multa e a solidariedade do colectivo.
28 outubro 2010
Arraçada de gajo
Há inúmeros factos que ilustrariam este título.
Em termos de personalidade, creio ser bastante mais masculina do que feminina, pelo menos na acepção que socialmente se dá aos conceitos, independentemente do género. E, normalmente, tudo bem, estou habituada ao contraste entre o aspecto (que, embora sem curvas alucinantes, não engana) e o feitiozinho. O que me lixa, o que me põe pior do que peste, é esta minha "masculinidade" ser tão evidente aquando da manifestação de qualquer doença. Se, por um lado, e fazendo jus à mulher que sou, não evidencio qualquer sinal de hipocondria, por outro, basta que tenha meio grau de febre, como agora, para ficar prostrada, agoniada, dorida, fabricante de ranho, com uma cara que mete medo e um humor que ninguém inveja.
Para ser gajo, mesmo gajo, só me falta ligar para meio mundo e esperar que alguém me venha trazer canja e ter muita pena de mim. Felizmente, é nesse momento (que antecede a pura humilhação) que a mulher que há em mim se sobrepõe.
Em termos de personalidade, creio ser bastante mais masculina do que feminina, pelo menos na acepção que socialmente se dá aos conceitos, independentemente do género. E, normalmente, tudo bem, estou habituada ao contraste entre o aspecto (que, embora sem curvas alucinantes, não engana) e o feitiozinho. O que me lixa, o que me põe pior do que peste, é esta minha "masculinidade" ser tão evidente aquando da manifestação de qualquer doença. Se, por um lado, e fazendo jus à mulher que sou, não evidencio qualquer sinal de hipocondria, por outro, basta que tenha meio grau de febre, como agora, para ficar prostrada, agoniada, dorida, fabricante de ranho, com uma cara que mete medo e um humor que ninguém inveja.
Para ser gajo, mesmo gajo, só me falta ligar para meio mundo e esperar que alguém me venha trazer canja e ter muita pena de mim. Felizmente, é nesse momento (que antecede a pura humilhação) que a mulher que há em mim se sobrepõe.
Que pedazo de tetas
Subscrever:
Mensagens (Atom)