28 outubro 2010

Arraçada de gajo

Há inúmeros factos que ilustrariam este título.
Em termos de personalidade, creio ser bastante mais masculina do que feminina, pelo menos na acepção que socialmente se dá aos conceitos, independentemente do género. E, normalmente, tudo bem, estou habituada ao contraste entre o aspecto (que, embora sem curvas alucinantes, não engana) e o feitiozinho. O que me lixa, o que me põe pior do que peste, é esta minha "masculinidade" ser tão evidente aquando da manifestação de qualquer doença. Se, por um lado, e fazendo jus à mulher que sou, não evidencio qualquer sinal de hipocondria, por outro, basta que tenha meio grau de febre, como agora, para ficar prostrada, agoniada, dorida, fabricante de ranho, com uma cara que mete medo e um humor que ninguém inveja.
Para ser gajo, mesmo gajo, só me falta ligar para meio mundo e esperar que alguém me venha trazer canja e ter muita pena de mim. Felizmente, é nesse momento (que antecede a pura humilhação) que a mulher que há em mim se sobrepõe.

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