24 novembro 2010

Fodografia do SIEL de 2007

Arrumando imagens antigas, dei com estas que são do Salão Erótico de Lisboa, de 2007, e pareceu-me que não se incomodariam muito que as partilhasse convosco.


Não sei quantas bandeirinhas esta jovem conseguiu introduzir/retirar da vagina, mas pode dizer-se que é uma vagina internacional, sim senhora.



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O OrCa não pode ver bandeirinhas que ode logo todas as pátrias:

"bandeira, bandeirinha, diz-me tu
se vieste enroladinha da vagina
quantas hastes caberiam nesse cu
p'ra que fosses hasteada, ó menina?

e depois tanta bandeira se faz mundo
ou será que só vem lá Código Morse?
e este torce e retorce vai tão fundo
no teu rotundo e abissal... mas
of course
nem sei porque estão a dar-te o estandarte
nem precisas que o teu corpo é universo
e eu dest'arte cá me fico a poder dar-te
algo assim em rolo grosso e tom de verso..."

Carta ao Viajante (V)

Viajante, viajante, diz-me tu, qual é a disposição milimétrica da ternura, que forma geométrica se torna, na pele alheia, a perfeição do pentagrama? Inventarei eu, um dia, de mãos dadas, a geometria indescritível? Digo ao Sol que assim me ensine a desenhar, pois que preciso, com alguma urgência, desenhar no peito um baloiço em forma de estrela-do-mar; é que um destes dias descobri que a Lua também se põe como o Sol, vi um perfeito ocaso Lunar e tentei encontrar o espaço dentro de mim para embalar alguma coisa.

O Regresso de Júlia

Júlia, bailarina de brincadeiras azuis no espaço a preencher dos homens, volta.
E quando regressa, com medo no coração, procura saber fechar os panos que cobrem mágoas, aos quais chama pálpebras, de cada vez que pinta uma ilusão num qualquer quadro de alguém que lhe cerra um envelope.
Júlia fecha os olhos a fugir do toque que invade o seu corpo e obriga-a a sorrir com paixão fingida a quem crê que o dinheiro aluga mais que um simples invólucro de Ser Humano. Manto que não deixa de ser dela, capa de indivíduo amolgada pelos anos de amor alugado, que hoje já pesa no seu orgulho e sobretudo no de quem a quer pelo coração e não pelo envelope.
Para o seu leito reserva a visita de apenas um amante, hoje. Aquele que lhe diz que quando priva com as curvas do seu corpo, sonha como não sonhava desde menino, duas vidas de Júlia atrás.
E satisfaz-se... desfruta o momento que apenas Júlia poderia proporcionar de forma tão falsamente verdadeira que até ela própria por vezes acredita.

Motivação


Mas o risco vale a pena.

Capinaremos

23 novembro 2010

Angústias caucasianas

Será que a escassa penetração no continente africano dos esquemas do tipo enlarge your penis tem mesmo a ver com o menor poder de compra da população masculina local?

É quando...



É quando os meus olhos de luz apagada. É quando o meu sorriso vestido de negro. É quando a minha boca ensombrada. É quando o meu sangue gelado.
É quando eu de voz calada. É quando eu de pés descalços. É quando eu com um nó na garganta. É quando as minhas mãos geladas.
É quando os meus beijos adiados. É quando os meus beijos amedrontados. É quando os meus beijos magoados. É quando os meus beijos zangados. É quando os meus beijos tristes.
É quando os meus beijos guardados no bolso, escondidos da luz, fugidos da boca, atados nas mãos, feridos de morte.


Medeia [Infidelidades]

Impudor

Voltando da saudade
- ainda - perco o perfume
que quase senti
naquela noite;
à volta de ti
- a saudade -
volto mais uma vez
a encontrar o sabor
que desejei,
no dia azul
e era o sol que aquecia
- por isso -
o impudor do sexo.

Poesia de Paula Raposo

Tal fai, tal pilho...



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22 novembro 2010

Um clássico dos Irmãos Catita para cantarem em coro nos vossos empregos

Poética sexual


... há coisas que nunca cansam...

Despe-te

Despe-te.
Despe-te da roupa e desses excessos que nada aí fazem.
Não estás habituada a estar viva? Habitua-te. Já não era sem tempo. Mas viva com um pouco mais que um coração que bate. Não vou perder tempo a explicar. Simplesmente vive.
Hoje não é o primeiro, nem o último ou sequer mais um dia. É aquele exacto dia em que decidiste fazer precisamente aquilo.
Por isso despe-te para o conseguires.
Falo-te em Anjos, ausências e indulgências, mas de nada serve porque nunca te despiste.
Ocupa a sensação de estar e a matéria de escape.
Despe-te!

As baratas são intolerantes


Alexandre Affonso - nadaver.com

21 novembro 2010

Hermes

(...) Pergunta-te, várias vezes, escondida no silêncio, porque não dorme de noite. Espera que o dia chegue, espera; talvez a noite agora seja um pouco tua, talvez seja um pouco mais tua que da lua.(...) É por isso que apagou estas linhas que aqui faltam antes que chegassem ao destinatário, apagou-as até da cabeça, porque nem sequer deve imaginar o que ser poderia ser. Confuso, talvez, mas toda a gente sabe que não há forma de desamarrar linhas da confusão de palavras à toa na cabeça dos confusos.