25 janeiro 2011

«toda esta tesão»? esta? esta? oh senhores!



a música tem a sua piada.
mas remeto A Caruma para o Priberam:

tesão

(latim tensio, -onis)

s. m. (substantivo masculino)
1. Rijeza.
2. Fig. Força, intensidade.
3. Ímpeto.
4. Embate violento.
5. Cal. Entusiasmo passageiro.
6. Cal. Desejo sexual masculino e feminino.
7. Cal. Erecção!Ereção do pénis.

Instinto

Não sei calar o que sinto.
Ligo-me ao teu corpo
e deslizamos suavemente
nesta aventura de sermos.
Amantes?

Certamente que o sinto;
as emoções não me largam
e eu prometo voltar
sem conseguir calar
qualquer palavra.
Voam as palavras
e os beijos são o instinto.

Poesia de Paula Raposo

Pranchas originais de banda desenhada erótica

Adoro estas duas pranchas originais (duas páginas seguidas da mesma história), que estão agora juntinhas a todas as outras da minha colecção.


24 janeiro 2011

«Estranged Sex» por Sandra Torralba





Estas são só algumas das imagens do trabalho «Estranged Sex», da fotógrafa Sandra Torralba.
Segundo a artista, com este trabalho propõe “uma reflexão sobre os tabus sexuais, a desconstrução da pornografia, a naturalização do que é humano e a normalização dos alienados, a legitimação da bondade da sexualidade feminina e da sua compreensão como algo amplo e completo. Eu estou a desafiar os limites estabelecidos na sexualidade e a desafiar a obsessão compulsiva da sociedade de controlar, condenar e restringir a natureza humana.”
Recomendo a visita.

Notícias fictícias da vida aos quadradinhos

Embora a causa de morte oficial do Super-Homem tivesse sido uma overdose de Viagra, a viúva meteu em tribunal um fabricante de roupa interior por este ter omitido na etiqueta a presença de kryptonite no tecido das cuecas que o defunto trazia vestidas quando se verificou o óbito.

Tatuagem

Um dia.
Quando a pungente concentração de vontade publicar a maravilha, as estrelas deixarão de comunicar em sentido único.
O dilacerar da garganta sem que por isso profira qualquer vocábulo, deixará de passar despercebido ao inexistente abraçar nocturno. Porque já não o é. Noutra realidade.
Eu acredito.
Acredito num dia em que as janelas serão desnecessárias porque se transformaram em portas.
Acredito no entendimento enamorado do "Sim", variável de quem importa valores incompreendidos.
Finito que alarga os limites. Ossos que quebram a alargar.
Código de barras que tatua o definitivo no culminar do derradeiro passo. Hoje! Porque confiou. Porque acreditou.
Este dia será assim.
A janela que espreitas será desenhada com traços de cama... no leito do conforto.
E a cumplicidade é completa.

le pauvre Fabien d'Évelyne Louvre-Blondeau



le blog d'Évelyne Louvre-Blondeau

23 janeiro 2011

(Pre)Visões (Era uma vez um dia)

Não vás. Não percebo onde foste
se adormeço e durante a noite
sei que prendes os braços em mim.
A que te poderás encostar assim
dividido em ti? Tão grande corte
é metade ser vida e metade ser morte,
um meio ser do princípio ao fim,
sem dedos, sem mãos, diz sim
e não vás. Não percebo onde vais
se cai a noite e sei que tu cais
sem braços que te contem de mim.
Em quem poderás cair assim
distante em ti? Não sonhes mais
se os dias podem ser iguais
ao sonho no princípio e sem fim,
tens dedos, tens mãos, diz sim
e (um dia) não vás, fica inteiro, caminhante.

«Viagem de metro» - por Rui Felício

Há já muito tempo que não viajo no Metro de Lisboa. Mas reconheço que é um excelente meio de transporte quando se tem urgência em atravessar a cidade de um ponto a outro.
Lembrei-me de um episódio nele passado, quando ainda era jovem, há já muitos anos...

Tinha embarcado em Entre-Campos, em direcção ao Rossio. A carruagem não ia muito cheia. Consegui encontrar lugar sentado, acomodei-me e tirei da pasta um livro que andava a reler, do Processo de Franz Kafka.
Já o tinha lido algumas outras vezes e de cada uma que lia era-me possível imaginar um destino diferente para o Sr. Kafka.
Olhando por sobre as suas páginas amareladas, pude observar poucos metros à frente, num daqueles bancos de costas para as janelas que alguém inspiradamente baptizou de “banco dos palermas”, uma linda e elegante morena de olhos negros. Discreta no vestuário mas suficientemente bonita para que se destacasse entre as demais mulheres que viajavam na carruagem.
Durante a viagem, por uma vez ou outra arrisquei-me a fitá-la. Fui surpreendido por um olhar de retorno e um disfarçado sorriso. Foi no meio dessa troca de olhares que na estação do Saldanha entrou um homem de avançada idade, casaco coçado de tamanho bastante maior que o corpo franzino que envolvia , trazendo na mão uma Bíblia de capa tão carcomida e antiga que cheguei a pensar se não se trataria de um original das sagradas escrituras.
O homem, postou-se em pé em frente ao “banco dos palermas” e começou, em altos brados, a apregoar a mensagem de Cristo, levando à letra a recomendação de “ide e espalhai a boa nova em toda a parte!”. Percebia-se a frouxidão da sua dentadura postiça, o que lhe dificultava a dicção.
O seu arengar era acompanhado da saída ininterrupta de gotículas de saliva com que, entre uma palavra e outra, salpicava os seus involuntários ouvintes.
Mas eu estava mais preocupado era em não perder de vista aquela bela mulher. Peguei num lenço de papel que trazia no bolso e rabisquei rapidamente o meu nº de telefone... Já próximo do Rossio, levantei-me, enchi-me de coragem e, antes de sair, entreguei o lenço àquela mulher.
Ao mesmo tempo, o velho pregador entusiasmou-se no sermão e disparou contra a formosa mulher, um consistente e avantajado perdigoto, que a atingiu em cheio na testa.
O comboio já começava a abrandar para a entrada na estação do Rossio.
Ela com um sorriso constrangido, aproveitou o lenço de papel que eu lhe dera, desdobrou-o e antes que eu esboçasse qualquer reacção, esfregou-o na testa limpando o cuspo com que o pregador a tinha atingido durante a prelecção.
Virou-se para mim e disse-me educadamente:
- Muito obrigada, senhor...
E devolveu-me o papel! Sem sequer se ter apercebido que eu tinha lá escrito o número de telefone!
Do lado de fora da carruagem, em plena estação, vi o comboio arrancar de novo. Através da janela,vi, a distanciarem-se, aqueles belos olhos negros, aquele lindo sorriso e aquele enorme borrão de tinta azul que lhe ficara a manchar a testa.
Na minha mão, o lenço de papel amassado, com o número de telefone esborratado, que ela, com cortesia, me devolvera.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações

«Infinitamente Maio»

Ficção de Marcos Jorge e Cacau Rhoden - 2003 - 19 min

Amor, traição, vingança, sexo e morte (não necessariamente nesta ordem) causam uma reviravolta irreversível na vida de quatro pessoas.



Link directo para o filme aqui.

Sempre podem ir-se revezando... digo eu...

crica para visitares a página John & John de d!o

22 janeiro 2011

Edito Estrelas

Se ele estiver erecto, deitado de costas, e ela vier a correr mesmo muito depressa e depois se sentar quase sem travar em cima dele e o enfiar sem querer à bruta por onde não queria isso não a torna automaticamente numa co-pilota.

Os jogos que os japoneses inventam...