24 abril 2011
23 abril 2011
4 CDs que comprei para a minha colecção
Por vezes, compro revistas só por causa de um artigo... ou mesmo de um anúncio.
Desta vez, comprei estes 4 CDs pelas suas embalagens. Mas também há por ali muitas músicas (e letras) bem interessantes:
Hecate - «The Magick Of Female Ejaculation»
Editora: Zhark International, 1992
As músicas fazem-me lembrar uma carroça sem óleos nas rodas numa calçada de paralelos, mas a capa, o livrinho e o próprio CD têm gravuras japonesas bem entesantes (sim, sim, eu disse interessantes):
Ordo Rosarius Equilibrio & Spiritual Front - »Satyriasis - Somewhere Between Equilibrium And Nihilism»
Editora: Cold Meat Industry, 2005
A capa é bem discreta mas reparem bem. Para quem não vê ali nada de especial, deixo uma das páginas interiores do livrinho que vem com o CD.
Tem músicas muito interessantes, numa parceria entre dois grupos. Por exemplo, «Your Sex Is The Scar», «Three Is An Orgy, Four Is Forever», «The Pleasure Of Pain»,...
Ordo Rosarius Equilibrio - «O N A N I - [Practice Makes Perfect]»
Editora: Cold Meat Industry, 2009
Esta é uma edição especial, numa caixa com fotos, um livro e um DVD com um video excelente do primeiro tema do CD: «Glory to Thee, My Beloved Masturbator» (não é preciso traduzir, pois não?). Também há outros temas bem curiosos, como «Let Me Show You, All The Secrets Of The Torture Garden», «Too Late For Innocence, Too Late For Regret (Four Hands Please Better Than Two)», «C U M, And Let Me Lead You Far Astray»,...
Spiritual Front - «Armageddon Gigolo'»
Editora: [Trisol] Music Group GmbH, 2006
Se a capa é um espanto, a contracapa do livrinho que vem com o CD é... fantástica!
Gosto especialmente das faixas «Love Through Vaseline» e «No Kisses On The Mouth».
Desta vez, comprei estes 4 CDs pelas suas embalagens. Mas também há por ali muitas músicas (e letras) bem interessantes:
Hecate - «The Magick Of Female Ejaculation»
Editora: Zhark International, 1992
As músicas fazem-me lembrar uma carroça sem óleos nas rodas numa calçada de paralelos, mas a capa, o livrinho e o próprio CD têm gravuras japonesas bem entesantes (sim, sim, eu disse interessantes):
Ordo Rosarius Equilibrio & Spiritual Front - »Satyriasis - Somewhere Between Equilibrium And Nihilism»
Editora: Cold Meat Industry, 2005
A capa é bem discreta mas reparem bem. Para quem não vê ali nada de especial, deixo uma das páginas interiores do livrinho que vem com o CD.
Tem músicas muito interessantes, numa parceria entre dois grupos. Por exemplo, «Your Sex Is The Scar», «Three Is An Orgy, Four Is Forever», «The Pleasure Of Pain»,...
Ordo Rosarius Equilibrio - «O N A N I - [Practice Makes Perfect]»
Editora: Cold Meat Industry, 2009
Esta é uma edição especial, numa caixa com fotos, um livro e um DVD com um video excelente do primeiro tema do CD: «Glory to Thee, My Beloved Masturbator» (não é preciso traduzir, pois não?). Também há outros temas bem curiosos, como «Let Me Show You, All The Secrets Of The Torture Garden», «Too Late For Innocence, Too Late For Regret (Four Hands Please Better Than Two)», «C U M, And Let Me Lead You Far Astray»,...
Spiritual Front - «Armageddon Gigolo'»
Editora: [Trisol] Music Group GmbH, 2006
Se a capa é um espanto, a contracapa do livrinho que vem com o CD é... fantástica!
Gosto especialmente das faixas «Love Through Vaseline» e «No Kisses On The Mouth».
Silêncio
Nada mais perturbador
Para os sentidos vivos
Que ainda sei sonhar
De que o silêncio,
Ao longo dos ponteiros
Dos relógios,
Nos calendários
Onde dias e noites
São cortados a fio
Sem remorso,
Com a caneta esfarrapada
De tanto uso insentido...
Nada de tão perturbador
Como o silêncio
Que compadece os sonhos
E os mata à nascença,
Deita-os no lixo
Sem remorso,
Em cobardia silenciosa.
Hoje,
QUERO QUE SE DANE O SILÊNCIO!
Poesia de Paula Raposo
22 abril 2011
Nunca é demais lembrar...
“Clitorizar”, rima com ar, com cantar, mamar, sonhar, lunar, beijar, chupar, mimar, sodomizar… e infelizmente muitas vezes não rima com prazer, nem com foder. É pena. É o que tenho a dizer.
[blog Libélula Purpurina]
E eu hei-de amar os teus fantasmas
Continuamos a enterrar os nossos mortos sem nunca conseguirmos enterrar os seus fantasmas. Sim, eu vejo-os, eu vejo os fantasmas, os meus, os teus, os nossos e os que ficam a segredar, sem dono, no vão de todas as escadas onde não soubemos esperar; esta é a verdade, a nossa verdade, eu vejo-os se não olhar para o espaço vazio; faz tão pouco tempo que decidi não me debater mais, nunca mais tentar enterrar as sombras, desperdiçar violência ao tentar conter debaixo de terra o que não tem pele por onde agarrar, o que passa entre todos os grãos. E vejo o teu olhar quando a fome te invade o corpo inteiro, vejo o teu olhar que me pede perdão, vejo-te hesitante, entre a máscara e o rosto nu, não consegues cortar o laço, quando te ofereces nunca o fazes sozinho, eles estão sempre e já ali, dizes que te desculpe, que te perdoe, que te deixe entrar mesmo assim, está muito frio no vão da escada. Mas eu sei, eu sei faz algum tempo, tantas vezes percebi, quando me deitava, que o toque frio não podia ser o teu joelho, que o toque frio não podia ser o teu. E continuo deitada sob ti, e saberás que abro mais os braços e ergo mais as pernas e aumento o espaço que há em mim; quando te enterras, assim, inteiro, em mim, enterras também, por momentos, todos os teus fantasmas; eu deixo-vos entrar, meio casulo, meio armadilha, enrolo-vos de braços à volta das costas, de pernas à volta da cintura, bem presos, são o peso morto do teu corpo vivo; quando vos beijo hão-de chegar ao fundo do fundo de mim. Não, não te vou perdoar, não não me peças que te perdoe, não entendo o que haja para desculpar; todos nós trazemos fantasmas e, quando eles nos agitam, alguém terá de os amar por nós e eu hei-de amar os teus.
21 abril 2011
«Nu Âmbar da Minha Escrita» - segundo livro de Luisa Demétrio Raposo
Depois de «Respiração das Coisas», de 2010, esta alentejana de gema, clara e casca tem o seu segundo livro, «Nu Âmbar da Minha Escrita», publicado pela «Temas Originais».
Partilha com os cibernautas um espaço na internet, o seu blog Vermelho Canalha, onde publica poemas, cartas e prosas poéticas e eróticas.
Já teve a sua poesia lida pela nossa voz de ouro, Luis Gaspar, no nº 49 da Poesia Erótica.
Comecei agora a deliciar-me com os malabarismos de palavras que a Luisa Raposo faz e deixo-vos pequenos recortes que fiz de vários poemas, até à página 31:
Carta de Adeus no Íntimo - "sinto o toque, a ardência, nas partes mais carnais da minha própria morte..." (pág. 12)
Visões da Poetisa - "Gozo, contigo, a minha inocência, apalpo as palavras por ti, aqui entornadas em soluços, e sussurros de prazer. Eu sou assim, eterna escoada de motivações, as tuas, num quente silêncio que te pensa. Que para ti escreve ardentes pensares na mudez aterradora das palavras..."(pág. 16)
Visões da Poetisa II - "Só tu podes tocar na minha narrativa, com o teu sangue grosso, de árduo gargalo..."(pág. 18)
Alentejo Duro - "Erectas as nuas espigas o meu horizonte alargam, entre as pontas naturalmente amarelas. A Espiga, que o meu corpo abotoa à beleza horizontal, tão, potentemente ardente como um sol" (pág. 22)
Comer Com a Boca - "(...) Poro com poro, no poro do poro, e sempre em rotação mó...
Canduras. Vermelhas correm no teu sangue, excitado, no tesão que em ti voa, passa, come, no orvalhado que sentes desafogadamente, o corpo tudo expõe. Tão agudo. Nos montes. Nu estendal, grave, tentas manter invisível, o suco rebarbativo, lascivo, que queima. Quase... Quase... Doendo!...
A língua, enrosca-se tendo por égide, um pénis, em adoração. Tétrica convulsão, após o último beijo, que de tão maduro...
Splash!...
Rotação!...
Profundidade!... Deus!...
(e o orgasmo é aparição)
A boca. Nervo a nervo, a sorver a matéria, encharcada e nua atè às pálpebras, num delírio, louco, que ensopa o tecto, o soalho, e as minhas devassas fantasias..." (pág. 26)
Preconceituz - "[Não existe Deus sem tesão] (...)
A febre é um cio faminto, onde o magro coabita abaixo dos sistemas ditos morais, onde o pecado corta os pés aos homens e o clitóris às mulheres..."(pág. 29)
Vergonha - "Tudo pode ser duro e o tudo se pode foder com nada. Depende apenas das fomes que cada um tem..." (pág. 31)
Partilha com os cibernautas um espaço na internet, o seu blog Vermelho Canalha, onde publica poemas, cartas e prosas poéticas e eróticas.
Já teve a sua poesia lida pela nossa voz de ouro, Luis Gaspar, no nº 49 da Poesia Erótica.
Comecei agora a deliciar-me com os malabarismos de palavras que a Luisa Raposo faz e deixo-vos pequenos recortes que fiz de vários poemas, até à página 31:
Carta de Adeus no Íntimo - "sinto o toque, a ardência, nas partes mais carnais da minha própria morte..." (pág. 12)
Visões da Poetisa - "Gozo, contigo, a minha inocência, apalpo as palavras por ti, aqui entornadas em soluços, e sussurros de prazer. Eu sou assim, eterna escoada de motivações, as tuas, num quente silêncio que te pensa. Que para ti escreve ardentes pensares na mudez aterradora das palavras..."(pág. 16)
Visões da Poetisa II - "Só tu podes tocar na minha narrativa, com o teu sangue grosso, de árduo gargalo..."(pág. 18)
Alentejo Duro - "Erectas as nuas espigas o meu horizonte alargam, entre as pontas naturalmente amarelas. A Espiga, que o meu corpo abotoa à beleza horizontal, tão, potentemente ardente como um sol" (pág. 22)
Comer Com a Boca - "(...) Poro com poro, no poro do poro, e sempre em rotação mó...
Canduras. Vermelhas correm no teu sangue, excitado, no tesão que em ti voa, passa, come, no orvalhado que sentes desafogadamente, o corpo tudo expõe. Tão agudo. Nos montes. Nu estendal, grave, tentas manter invisível, o suco rebarbativo, lascivo, que queima. Quase... Quase... Doendo!...
A língua, enrosca-se tendo por égide, um pénis, em adoração. Tétrica convulsão, após o último beijo, que de tão maduro...
Splash!...
Rotação!...
Profundidade!... Deus!...
(e o orgasmo é aparição)
A boca. Nervo a nervo, a sorver a matéria, encharcada e nua atè às pálpebras, num delírio, louco, que ensopa o tecto, o soalho, e as minhas devassas fantasias..." (pág. 26)
Preconceituz - "[Não existe Deus sem tesão] (...)
A febre é um cio faminto, onde o magro coabita abaixo dos sistemas ditos morais, onde o pecado corta os pés aos homens e o clitóris às mulheres..."(pág. 29)
Vergonha - "Tudo pode ser duro e o tudo se pode foder com nada. Depende apenas das fomes que cada um tem..." (pág. 31)
A revista C nº 11 está disponível online
Para quem não pôde comprar a revista C da semana passada, com o artigo de capa sobre a minha colecção, já pode folheá-la aqui:
E digam lá: a minha Matilde não fez uma bela capa de revista?
E digam lá: a minha Matilde não fez uma bela capa de revista?
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