12 junho 2011
11 junho 2011
Neste momento, são 1.654 os livros que fazem parte da minha colecção
Fotografias tiradas... digo, dadas pela Libélula Purpurina, quando visitou com a Kikas e o JF a minha colecção, no 14º Encontra-a-Funda.
Os livros foram todos cadastrados e estão à espera de ir para o espaço que tarda em aparecer...
Os livros foram todos cadastrados e estão à espera de ir para o espaço que tarda em aparecer...
Poema
Eu sou um poema.
Musica-me.
Sem métrica, sem rima,
nada.
Mas, eu sou um poema:
feito de mim para ti,
perdido, desfeito,
um poema incontrolável.
Musica-me.
Dedilha-me.
Deixa-me a música
que de um nada
se faz loucura;
escreve na tua pauta
a luz dos meus olhos.
Poesia de Paula Raposo
10 junho 2011
(Esc)Rita Avestruz
Rita gosta muito de pintar os olhos, gosta de pestanejar e ver sublinhada a diferença entre olhos abertos e olhos fechados; quando os pinta e os fecha, eles parecem muito mais fechados porque, quando os pinta e os abre, eles parecem muito mais abertos. Rita gostava muito de escrever as coisas, como esta dos olhos, todas as coisas que pensa, mas não pode escrever porque não sabe para quem escrever, não está ninguém ali. Poderia escrever para si própria, mas não pode porque para si própria nunca escreverá a verdade; escrever para si própria seria como naquele dia em estava enlutada - um luto inesperado do paizinho - e o amante desapareceu - não disse nada, só desapareceu, prometeu amor e abraços mas desapareceu, deve ser muito terrível abraçar os lutos das amantes - nesse dia, ela sentou-se num banco do centro comercial e pensou-se muito feliz porque tinha uma revista e bilhete para o cinema. Rita gostava muito de escrever mas não pode, não está ninguém ali; para si própria nunca escreverá porque nunca escreverá a verdade para si e Rita sabe que não pode ler sem descobrir as suas mentiras. Rita continua a pintar muito os olhos, a sublinhar muito a diferença entre olhos abertos e olhos fechados.
09 junho 2011
Divagações de um coleccionador
Já me chamaram coleccionador de afectos mas é completamente falso ... sou mas é um sentimental! O sexo até pode não ser o objectivo imediato, mas deprime-me a falta de paixão porque entendo o amor como evasão e poesia.
Sorvo e entrego-me como um manjar gourmet, servido em baixela de prata, onde exponho o meu corpo como um jardim de delícias à la carte e o meu sexo como uma estufa tropical.
Sou indiferente a convenções ou tabus e deixo-me ir (e vir, também), levado pela brisa das emoções furtivas. Adoro o imprevisto, as aventuras e as experiências que ensaio no meu laboratório rudimentar onde cada cobaia se sente uma princesa ... às vezes selvagem, é certo, mas facilmente domesticada pelos métodos mais ancestrais e artesanais.
Mas não pensem que sou um amante descartável e sem história, daqueles que não deixam marcas profundas na pele e na memória de quem o ama ...
Embora seja um homem profundamente espiritual e confesso devoto de Osho, sou também muito carnal e encaro o sexo como a primeira maravilha do Universo.
Estou à vontade no meu papel de diabinho com asas de anjo.
Às vezes, sinto-me atormentado por um frenesim erótico que me leva a excessos incontrolados ... sou voraz sem ser guloso e tenho uma dificuldade enorme em adaptar-me à rotina, pois a dança de parceiras não me acalma a líbido, apenas potencia a minha bulimia sexual.
Acredito que há em mim, o poder redentor do sexo que me faz sentir uma corrente de pulsões tempestivas e torrenciais.
Chamem-me libertino, mas julgo estar a meio caminho, entre a depravação e o vício, por isso, não tolero relações complexadas e com regras ... sou um homem sem rosto mas com uma longa história de libertação, onde não há lugar para lágrimas ou dramas.
apontamento económico...
Um cidadão sem abrigo depois da passagem das troikas. Mas ele renegociou a dívida, como se pode apurar pela postura repousada e pela dimensão da testiculária, elemento de peso indubitavelmente negocial... Quanto ao resto... ora, que se lixe! O nosso clima até é ameno e o que interessa é a garantia de que aqui quem manda somos nós!
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