23 junho 2011

O Casamento

As coisas não corriam bem. Aliás, se quiser ser mais preciso e correcto, tenho de dizer que as coisas entre eles corriam mal. Quase todas as coisas que os envolvessem a ambos enquanto casal corriam quase sempre mal, ainda que, a cada um individualmente as coisas até corressem bem; mesmo as que ao casal corriam mal. Era estranho e eles sabiam isso. Naquele momento, nem eles, nem ninguém, percebia a insistência no casamento. Eu, pelo menos, não percebia mas eu sou um mero narrador – a história não é minha e as minhas opiniões não são importantes. Tudo era mau e as conversas entre ambos nunca chegavam ao fim.
– Mas houve um momento em que fomos felizes – declarou o marido.
– Foi?! – espantou-se a mulher.
– Foi – confirmou o marido, deixando a cabeça pender ligeiramente e mantendo esse movimento mais do que o necessário.
– Os dois ao mesmo tempo? – perguntou a mulher, depois de desesperar pela imobilização da cabeça dele.
– Sim – respondeu ele, convicto.
– Houve um momento em que fomos os dois felizes ao mesmo tempo?! – insistiu ela, arqueando as sobrancelhas.
– Houve – respondeu ele, seguro.
– Quando?
O homem olhou para a mulher e ela devolveu-lhe o olhar. Ele fez uma careta enquanto erguia e baixava os ombros. Ela sorriu só com a boca e gracejou, ácida:
– Bem me parecia.
O homem baixou a cabeça.
– Mas houve – retomou o marido depois de um longo silêncio. – E não foi um momento…
– Foi uma época – gracejou ela.
Ele olhou-a fixamente semi-cerrando as pálpebras e mordendo o lábio inferior.
– Estás a gozar – disse o homem em tom pausado, com ar até um pouco melancólico – mas foi mesmo uma época.
– Uma longa época de verão – troçou a mulher, com o sorriso fino de displicente superioridade que o irritava.
E ele enterrava-se mais no sofá, cerrava os punhos que arrumava debaixo dos sovacos num movimento infantil e voltava-se para a televisão, com ar compenetrado como se fosse ver alguma coisa, a ruminar recriminações, até que, ao fim de um bocado, normalmente sentenciava:
– É sempre a mesma coisa. É impossível falar contigo – e seguia disparado em passo trôpego mas decidido para a sala de refeições do lar. – Velha de merda!
Ah!... Mas havia dias que era ao contrário e era ela que perdia e saía de supetão, ainda que devagar que o andarilho não lhe permitia grandes velocidades.

Guelezeimas, melhéres, guelezeimas....



Melhéres, cagora éi queu nam me tiru du conçultoiru dele, melhéres!!!
Nam çei çe istão a veri...ò pra mim: Ò piste, Ò pisti.. Sotore Baldei, melhér, andu açim cum uns porblemas com o méu Lalito, eçe namurado queu arrangei e que éi uma melhér traidora e açim, e çei cu Sotore ei melhér pra rizolver porblemas bicudos, ( ai cala-te boca)..hihihihi hihihihiiii ....
Nham, nham nham, guelezeimas, melhéres, guelezeimas....

Sexo - quem se fode é o gato

Duelos de tesão


Como fazer férias de sonho de bolsos vazios



HenriCartoon

22 junho 2011

Imagina tu


Imagina um amor tão forte que consegue eliminar o segredo, não deixando à mercê da sorte, do ciúme que não passa de um medo, o futuro talhado agora pela determinação com que bate o teu coração agitado pela energia de mil beijos já dados e outros tantos ainda por dar.
Tenta ao menos acreditar que é viável essa entrega incondicional, que é possível renegar o mal expurgando dessa ligação a indecência de julgares excluída a cedência como um elemento fulcral para o amor que pretendas imortal, ignorante daquilo que só quem experimentou saberá explicar.
Talvez consigas apanhar melhor a ideia se eliminares em ti a barreira de pressupostos, se deixares cair os preconceitos que te levam a desdenhar a emoção que não consegues sentir como a descrevem os que sabem de que é feito afinal o amor de que falas porque ouviste contá-lo assim.
Talvez não comeces pelo fim os amores que matas à nascença por impores a desconfiança ou o silêncio comprometedor que inquina, o segredo, transformando cada passo numa mina potencial. Concentra-te no essencial, no objectivo comum em que dois não são a soma de uns mas antes o resultado de um amor que é moldado em função das características que não podes querer anular no outro que tratas como teu.
Procura o caminho para o céu garantido como contrapartida por abraçares um amor para toda a vida, mesmo que receies e tentes proteger a tua resistência contra a agressão como sentes cada desilusão que às tantas podia ser evitada se tivesses essa barreira construída por forma a não impedir esse amor de atingir a fasquia que acreditas ser a ideal.
Desiste de fingir, não é bom, não é normal, uma vontade que não consegues reunir de tão armadilhada pela tua tendência arriscada para o faz de conta, a suspeita que se levanta quando entras em contradição porque não ofereces o coração sem a tutela da cabeça.
Não deixes que isso te impeça de correres o risco que vale a pena, a paixão prolongada pela confiança depositada em quem corresponda ao teu esforço, ao teu empenho, numa relação alheia ao engano que a possa trair.
Alia a esse amor a amizade que pode unir as pontas soltas que vais deixando no coração, a dada desgosto, a cada traição como encaras todas as vezes em que te deparas com algo que pretendeste abafar, a verdade que acaba por ficar à superfície da pessoa que quiseste mudar em função das tuas exigências, sem admitires quaisquer cedências ou compromissos reais que fazem parte do respeito que também entra na equação na hora de acertar as agulhas a dois.

Imagina um amor tão forte que não possa jamais ficar exposto à mentira que o corrói, à cobardia que tanto dói quando revelada pela indiscrição de um simples lapso ou de um nome muitas vezes repetido durante um sonho que partilhas, sem querer, com o amante acordado a quem tentaste esconder essa tua hesitação que um amor a sério, eterno, encaixaria no perdão ou na sua persistência, na sua infinita resistência contra as pequenas fissuras que urge reparar com a frontalidade que te possa poupar à imagem que tanto rejeitas mas acabas por assumir.

Decide de uma vez para onde queres partir em cada viagem, reúne toda a coragem necessária para poderes mudar a história triste que insistes em reescrever sempre igual enquanto sentes o tempo a passar rumo ao final das hipóteses de viveres uma experiência que poderá um dia deitar-se ao teu lado sem que o percebas e siga o seu caminho.

Até ao dia em que pouses o olhar envelhecido nesse tempo mal perdido e te reste imaginar aquilo que podia ter sido se te imaginasses, nessa altura, agora, num dia de sorte, um amor tão forte, tão bom de sentir, que nem a tua alma esquiva consiga desmentir.

How to learn English in ten simple steps



Kika's lyrics version:

One, two, Kikas's coming for you

Three, four, better lock your door

Five, six, grab a crucifix

Seven, eight, gonna stay up too late

Nine, ten, you’ll never sleep again

Timidez

O que fazer às mãos, o que fazer-lhes
agarro-as quando te vejo,
porque, no meu rosto, o teu beijo
faz delas tolas, por favor, não as olhes.
Quem me dera poder mentir-lhes
jurar o olhar vazio de desejo
fingir distracção ou até um bocejo,
mas as órbitas acendem-se,
e os dedos, perdidos, ofendem-se
e eu balbucio, tropeço, e eu gaguejo,
uma tolice, um bom dia, um gracejo
que poderia eu esconder-lhes
quando os olhos teimam em dizer-lhes?

Lufada de ar fresco



HenriCartoon

Letras preconceituosas...


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21 junho 2011

Síntese de Uma Relação Amorosa em 30 Dias (ContinuDura)


NOTA: A história abaixo referida é puramente fictícia e não remete para quaisquer acontecimentos reais.
Síntese de Uma Relação Amorosa em 30 Dias (Continuação)
Dia 1 - O Primeiro Dia de Namoro (Por SMS)
Ela: Bom dia, meu amor!
Ele: Olá, querida!
Ela: Dormiste bem?
Ele: Lindamente!
Ela: E sonhaste comigo?
Ele: (nem por isso, sonhei com a Sónia, mas digo que sim à mesma) Sim!
Ela: Que bom! Eu também sonhei contigo! (não é verdade, sonhei com o Carlos, mas pronto)
Dia 2 - O Dia A Seguir ao Primeiro Dia - O Segundo (Por MSN)
Ela: Amanhã temos aulas outra vez, que seca.
Ele: Pois, devíamos ter aproveitado melhor o fim de semana.
Ela: Como assim?
Ele: Opá, tipo, sei lá...
Ela: Não te estou a perceber.
Ele: Esquece.
Dia 3 - Primeiro Dia de Aulas Enquanto Namorados (Na Escola)
(Passeiam de mão dada pela escola, beijam-se publicamente, a relação está assumida)
Ele: Amo-te tanto! Nunca te vou trair!
Ela: Prometes?
Ele: Sim, mas também tens que me prometer o mesmo...
Ela: Sim, claro, nem pensei noutra coisa!
Dia 4 - Conhecem-se Melhor
Ele: Sou ateu.
Ela: Sou judia e não como carne de porco.
Ele: (Ela só pode estar a gozar!)
Ela: Não dizes nada?
Ele: Ó amor, isso para mim é-me indiferente, não te vou julgar por isso.
Ela: Não mesmo?
Ele: Claro que não. Continuas a ser perfeita para mim!
Dia 5 - Conhecem-se Ainda Melhor
Ela: Tenho mais 7 irmãos, todos com nomes judeus.
Ele: (Isto está cada vez pior!) Eu sou filho único.
Ela: Ena, que sorte!
Ele: É, pois!
Dia 6 - Continuam As Desilusões
Ele: Estou com fome, vamos lanchar?
Ela: Sim, pode ser.
(Já no Café)
Ele: Então, o que vamos comer? Uma tosta mista?
Ela: Não posso.
Ele: Porquê?
Ela: Tem fiambre.
Ele: Ai, por amor de Deus. E morres por causa disso?
Ela: Não como carne de porco, lembras-te?
Ele: (Começo a ficar f***do com esta m**da!) Ah, pois é, amor. Já me tinha esquecido.
Dia 7 - Começam os Ciúmes (Enquanto passeiam)
Ela: Ai, pá, que chato!
Ele: Que foi?
Ela: É o meu vizinho que não me larga, sempre atrás de mim. Agora diz que tu não prestas e não sei quê!
Ele: Epá mas não lhe respondas.
Ela: Oh, é meu vizinho, mais tarde ou mais cedo vai-me confrontar.
Ele: E tu ignora-lo?
Ela: Não posso, não quero confusões.
Ele: Já arranjaste uma comigo.
Dia 8 - Ele Conhece a Bruxa da Sogra (Na Rua)
Ela: A minha mãe está ali.
Ele: E então?
Ela: Queres conhecê-la?
Ele: (Isto vai ser bonito.) Sim, claro.
(A sogra é muito simpática, à partida. Aparentemente gosta muito do novo genro. Conversam durante horas. Ele apercebe-se das águas onde foi molhar os pés)
Dia 9 - Retrospectiva
Ela: Gostaste da minha mãe?
Ele: (Não se cala!) Sim, claro! É muito simpática!
Ela: Ainda bem! Um dia quero conhecer a tua, também!
Ele: (Nem penses!) Um dia.
Dia 10 - As Amigas
(Ela tem comportamentos infantis com as amigas. É super irritante e as amigas são uma pior que a outra. Ele começa a ficar extremamente desiludido com o que arranjou.)
Dia 11 - A Primeira Discussão
Ela: Eu acho que nós descendemos do Adão e Eva.
Ele: (PRONTO! TINHA QUE ME VIR COM UMA MERDA DESTAS! MAS QUE MERDA DE IDEIA, PÁ! F**A-SE!!) Achas mesmo, querida?
Ela: Sim.
Ele: Mas há tantas provas relativamente ao facto de termos evoluído do primata... Tu até andas em Ciências e tudo! Tens aulas de Biologia. Não te ensinam isso lá?
Ela: Sim, mas não acredito em nada disso.
Ele: (É como se fizesse de propósito para ser burra!) Não acreditas?! Mas porquê?
Ela: Porque isso é tudo mentira, não foi nada assim que aconteceu!
Ele: Há provas científicas, ossadas, documentos explicativos, cientistas que passam anos e anos da vida deles a apurar essas teorias e com sucesso conseguem justificar essa evolução!
Ela: Mesmo assim...
Ele: Mas como "mesmo assim"?! Há seres humanos que ainda nascem com referências aos primatas como porções de uma cauda, por exemplo! (http://www.sodahead.com/living/people-born-with-tails/blog-94985/)
Ela: Oh, vamos falar de outra coisa.
Dia 12 - Espectáculo de Ilusionismo
(Os dois assistem a um espectáculo de magia de rua na baixa da cidade. Ela é uma das pessoas escolhidas para ser "vítima" de um truque de ilusionismo. O truque corre bem, ela consegue, da perspectiva dela, ver como é que o truque é feito, mas toda a gente se diverte.)
Ele: Olha, vai haver um espectáculo de Magia no Teatro Municipal daqui a dois dias e eu gostava de ir ver. Queres vir comigo?
Ela: Sim, pode ser. Vou falar com a minha mãe.
Dia 13 - Últimos Retoques Para o Encontro (Por SMS)
Ele: Estou bué empolgado com o espectáculo de amanhã! Adoro ilusionismo!
Ela: Sim.
Ele: Já falaste com a tua mãe? Ela deixa?
Ela: Sim, deixa.
Dia 14 - Dia do Espectáculo de Magia
(Conversa por Chamada)
Ele: É hoje! Já estou vestido e pronto a sair. Encontramo-nos onde?
Ela: Olha, eu afinal não posso ir.
Ele: O quê?! Só podes estar a gozar comigo! Já estou todo arranjado e já comprei bilhetes! Tenho autocarro daqui a 5 minutos!
Ela: A minha mãe não deixa, diz que é muito tarde.
Ele: Muito tarde?! Aquilo é às 21h!
Ela: Mas depois acaba tarde e não tenho como vir para casa, a minha mãe não me pode vir buscar.
Ele: Aquilo acaba o mais tardar às 23h e o meu pai vai-me buscar, podemos levar-te a casa.
Ela: Mas a minha mãe diz que é estranho os vizinhos verem-me a chegar a casa num carro de um homem que eles não conhecem.
Ele: Mas que mal é que isso tem?!
Ela: Desculpa, mas não dá.
Ele: Passa-me à tua mãe, se faz favor.
(A sogra explica o porquê de não poder haver encontro - as mesmas razões que a filha deu anteriormente. O rapaz explica calma e respeitosamente à sogra que não há problema quanto às horas nem ao transporte, que os bilhetes já estavam comprados e que não é que a partir das oito da noite os mortos se elevam das campas e persigam os cidadãos na rua. A sogra insiste e o rapaz vai sozinho ao espectáculo.)
Dia 15 - Dia Depois Do Espectáculo - A Bruxa da Sogra Entra Em Acção (Por SMS)
Ela: A minha mãe diz que ficou muito ofendida contigo da maneira como lhe falaste ontem ao telemóvel.
Ele: Como assim?! O que disse eu de mal?!
Ela: Ela já tinha dito que eu não podia ir e tu insististe!
Ele: Só podes estar a gozar comigo, eu limitei-me a explicar que não havia problema nenhum em tu vires, só isso!
Ela: Pois, mas ela agora diz que tu não és boa influência para mim e que vai fazer de tudo para acabar com a nossa relação.
Ele: Mas ela é parva, ou quê?! O que é que tem uma coisa a ver com a outra?!
Ela: Deixa, não ligues, eu amo-te.
Ele: Começo a ficar farto disto!
Dia 16 - Boato do Irmão (Por SMS)
Ela: O meu irmão disse-me que tu só me queres comer e que te viu com outra rapariga uns dias antes de começarmos a namorar.
Ele: O quê?! Eu nunca estive com mais ninguém para além de ti!
Ela: Ele disse que te viu na escola a falares com uma rapariga.
Ele: Ah, pois, só se foi isso. Mas e que mal é que isso tem? Não posso ter amigas e falar com elas?
Ela: Ele diz que só te queres aproveitar de mim.
Ele: (Esta miúda tem uma família com problemas na cabeça, só pode!) Estás parva?! Achas mesmo que só ando contigo por causa disso?!
Ela: Não, mas foi o que ele disse.
Ele: Epá, então ele que vá à merda! (Era só o que mais me faltava agora!)
Dia 17 - Conclusão de Que a Relação Foi Um Erro (Por SMS)
Ele: Isto assim não está a resultar.
Ela: Porque dizes isso?
Ele: Porque é que achas? A tua mãe tenta acabar com a nossa relação à descarada, o teu irmão inventa coisas sobre eu me estar a aproveitar de ti! Esta relação tem sido só problemas e discussões e só me traz dores de cabeça!
Ela: Tem calma, nós somos mais fortes do que isso.
Ele: Epá, mas custa, não achas?!
Ela: Sim, eu sei, mas temos é que ignorar.
Ele: Ignorar?! Como?! Não posso sair contigo porque a tua mãe não deixa. Antes disso não podias sair à noite porque era muito tarde. O teu irmão anda armado em parvo, tu não confias em mim! Tens um vizinho que só me trás problemas! Mais não sei quantos gajos que não te largam e que só me insultam. Epá, eu sei que não tens culpa, mas põe-te no meu lugar por um instante!
Ela: Sim, eu sei, mas não vamos acabar, vá lá.
Ele: Esquece, não quero continuar com isto. Ando farto!
Ela: Aguenta mais um bocadinho.
Ele: O problema é esse! É que tenho andado a aguentar quando não era assim que devia ser. Era suposto estarmos bem, sermos felizes um com o outro e não discutirmos. Mas fazemos tudo menos isso! E parece que tudo é motivo de discussão! Parece, não, é mesmo!
Ela: Desculpa.
Ele: Deixa.
Dia 18 - Durante Um Encontro
Ela: A minha mãe não queria que eu fosse contigo ver o espectáculo de magia porque diz que aquilo é mau.
Ele: Mau? Como assim, mau?
Ela: Diz que a magia é uma coisa muito má e perigosa e que não é bom eu andar com um rapaz que goste de magia.
Ele: Estás a brincar, certo? O que é que ela julga, que te vou lançar um feitiço e te vais tornar num potre?
Ela: Oh, ela tem razão, aquilo envolve espíritos.
Ele: Hã?! Espíritos?! Estás-te a passar?!
Ela: Não! Já te perguntaste como é que eles fazem aquilo?
Ele: Aquilo é ilusionismo, nada que qualquer humano com os devidos conhecimentos e a prática não consiga fazer!
Ela: Pois, pois, vai-lhes lá perguntar como é que fazem aquilo, a ver se eles te dizem isso!
Ele: É claro que não vão dizer, os mágicos não revelam os seus truques, senão perdia a piada!
Ela: Vês? É porque se te dissessem a verdade diziam que era com a ajuda de espíritos!
Ele: Tu não és boa dessa cabeça, desculpa lá... Tu foste muito mal ensinada, só te digo! Só te ensinaram merda...
Ela: Oh, tu é que és burro e ignorante e não percebes que é assim que eles fazem!
Ele: Ai eu?! Eu é que sou ignorante?!
Ela: Sim!
Ele: Opá, olha, tu cura-te, a sério. Parece que te fizeram uma lavagem ao cérebro e só te ensinaram as coisas erradas!
Ela: Tu é que não percebes nada!
Ele: Olha, vou-me embora, estou passado com isto. Xau!
Ela: Adeus!
Dia 19
(Passam o dia todo sem se falarem)
Dia 20 - (Por SMS)
Ela: Lembras-te de como nos conhecemos?
Ele: Não.
Dia 21 - (Por SMS)
Ela: Já não gostas de mim?
Ele: Já gostei bem mais.
Ela: Porquê?
Ele: Porque aparentemente és bem mais interessante para as pessoas antes de te conhecerem.
Ela: Como assim?
Ele: És ciumenta, inculta, infantil, com os ideais todos trocados, tens uma família macabra, és ignorante e ingrata, e só me trazes dores de cabeça e problemas! Já reparaste que só discutimos?!
Ela: Desculpa.
Ele: Não, epá, esquece, não quero andar mais contigo.
Ela: Oh, não faças isso!
Ele: Já fiz.
Dia 22
(Passam um pelo outro na escola e não se falam)
Dia 23 - (Por SMS)
Ela: Já não gostas de mim?
Ele: Não.
Ela: Porquê?
(Ele nem lhe responde mais)
Dia 24 - (Por SMS)
Ela: Ao menos podemos ser amigos?
Ele: Não, estou super irritado contigo e com a tua família e quero espaço e sossego!
Ela: Oh, vá lá!
Ele: Não! A tua família queria que nós deixássemos de namorar, não era? Então pronto, conseguiram! Dá os parabéns à tua mãe!
Dia 25 - (Por SMS)
Ela: Posso ficar com a tua camisola?
Ele: Faz como quiseres.
Dia 26 - (No MSN)
Ela: Hoje vi-te com a tua amiga. Estavam muito queridinhos.
Ele: Ela não tem metade dos defeitos nem dos problemas que tu tens e nunca discutimos. Conheço-a há mais tempo de que te conheço a ti e nunca tivemos uma única discussão.
Dia 27 - (Por SMS)
Ela: Apagaste-me do Facebook?
Ele: E do MSN também.
Ela: Porquê?
Ele: És uma fonte de problemas e não quero ter mais nada a ver contigo. Dá-me tempo e espaço.
Ela: Ok.
Dia 28 - (Por SMS)
Ela: Eu ainda te amo.
Ele: Quando te pedi "tempo e espaço", referia-me a uma forma permanente.
Dia 29 - No Bar da Escola
Ela: Estás aqui.
Ele: Não, é um holograma.
Ela: Que vieste aqui fazer?
Ele: Vim comer?
Ela: Ah, pois, realmente faz sentido.
Ele: Pois.
Dia 30 - (Por SMS)
Ela: Olá.
Ele: Quem és?
Escrevido por Ricardo Esteves