22 agosto 2011
21 agosto 2011
Tradução de Banho-Maria
Outra vez que não vieste,
e eu dizia-te adeus,
mas tu não te despedias
meu amor, um beijo, adeus,
mas tu não me ouvias
Se afinal nunca chegaste,
diz-me, meu amor, porque não partias?
e eu dizia-te adeus,
mas tu não te despedias
meu amor, um beijo, adeus,
mas tu não me ouvias
Se afinal nunca chegaste,
diz-me, meu amor, porque não partias?
20 agosto 2011
O rio
Não é muito fácil querer
ultrapassar o tempo
se o tempo é o que julgamos.
Mas, mesmo assim:
porque o tempo não tem tempo, eu
ainda te beijo junto à foz do rio.
Quando o rio é grande
e tu te perdes
nos seus braços.
Poesia de Paula Raposo
19 agosto 2011
Banho-Maria (II)
Se ainda tenho o meu amor
é no eco das palavras
sussurradas,
ampliei-as no meu peito.
Se ainda tenho o meu amor
é no ninho das madrugadas
passadas,
enganei-as no meu leito.
Se ainda tenho o meu amor
é no segredo das carícias
abandonadas
recolho-as quando me deito.
Ao menos, meu amor
esse beijo será eterno;
esse, subi-o ao céu
e não o desço ao inferno.
O resto que se perdeu,
como o calor no Inverno,
era um milagre tão terno
que nos esqueceu.
E foi por isso que chorei
e, mesmo assim, foi muito pouco
talvez o grito fosse demasiado rouco
ou talvez a lágrima sulcada de espanto
tudo se perdeu no pranto,
e eu não te alcancei.
Se ainda tenho o meu amor
é nas ilusões perfeitas,
vendadas,
entrancei-as no meu cabelo.
Se ainda tenho o meu amor
é nas pernas despidas,
enroladas
na doçura aguda, cruel, do teu novelo.
é no eco das palavras
sussurradas,
ampliei-as no meu peito.
Se ainda tenho o meu amor
é no ninho das madrugadas
passadas,
enganei-as no meu leito.
Se ainda tenho o meu amor
é no segredo das carícias
abandonadas
recolho-as quando me deito.
Ao menos, meu amor
esse beijo será eterno;
esse, subi-o ao céu
e não o desço ao inferno.
O resto que se perdeu,
como o calor no Inverno,
era um milagre tão terno
que nos esqueceu.
E foi por isso que chorei
e, mesmo assim, foi muito pouco
talvez o grito fosse demasiado rouco
ou talvez a lágrima sulcada de espanto
tudo se perdeu no pranto,
e eu não te alcancei.
Se ainda tenho o meu amor
é nas ilusões perfeitas,
vendadas,
entrancei-as no meu cabelo.
Se ainda tenho o meu amor
é nas pernas despidas,
enroladas
na doçura aguda, cruel, do teu novelo.
Uma arma em riste exige prevenção.
Em tempo de Verão deve ter-se sempre a arma em condições. Para isso aqui ficam alguns cuidados a ter para que se esteja pronto a disparar.
"O soldado guardar-se há de tomar banho depois de ter comido; não usará de mulher, pelo menos nas primeiras três horas
(...)
As mulheres matriculadas oferecem mais segurança do que aquelas que o não são Pág. 36 e 37)"
"O soldado guardar-se há de tomar banho depois de ter comido; não usará de mulher, pelo menos nas primeiras três horas
(...)
As mulheres matriculadas oferecem mais segurança do que aquelas que o não são Pág. 36 e 37)"
Cartilha de higiene (1912)
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