13 outubro 2011
Postalinho de Torres Novas
"Olá São!
Esta loja, tão engraçada, fica no Continente de Torres Novas e abriu há poucos meses, mas só há uns quinze dias reparei.
A foto é má porque é de telemóvel. Se precisares de uma melhor, passo lá com o kodak.
Beijinhos
João Carlos Lopes – Torres Novas"
Esta loja, tão engraçada, fica no Continente de Torres Novas e abriu há poucos meses, mas só há uns quinze dias reparei.
A foto é má porque é de telemóvel. Se precisares de uma melhor, passo lá com o kodak.
Beijinhos
João Carlos Lopes – Torres Novas"
«Pee-pee boy» (ou «Tea boy») - boneco da China
As coisas que a Daisy e o Alfredo Moreirinhas me ensinam!
Desta vez, trouxeram-me da China este «pee-pee boy» (rapazinho do xixi) ou «tea boy» (rapazinho do chá):
Pelo que me explicaram, estes pequenos bonequinhos em barro são usados na China "para verificar se a água para o chá está à temperatura ideal". Este foi "comprado na Casa de Chá do Eling Park de Chongqing, cidade de distrito situada numa Península na confluência dos rios Yangtze e Jialing."
Também me explicaram como funciona: o boneco é passado por água a ferver e depois posto algum tempo em água fria. Leva-se para a mesa e despeja-se um pouco de água do bule em cima da cabeça do boneco. Se fizer xixi, a água está boa para fazer chá. Se não fizer, é porque não está suficientemente quente. Se sair uma esguichadela de três em pipa, é porque a água está demasiado quente.
Este deve estar a dizer que a água está à temperatura ideal...
Neste video, um rapaz mostra como funciona:
Neste video, uma visão mais próxima:
Mas nada como uma explicação pelos especialistas do Instituto de Pesquisa do Chá de Guilin, em Guanxi, China.
Encontrei também este artigo interessante, em inglês (5 páginas).
Há diferentes personagens, todos com a mesma... genitália:
Desta vez, trouxeram-me da China este «pee-pee boy» (rapazinho do xixi) ou «tea boy» (rapazinho do chá):
Pelo que me explicaram, estes pequenos bonequinhos em barro são usados na China "para verificar se a água para o chá está à temperatura ideal". Este foi "comprado na Casa de Chá do Eling Park de Chongqing, cidade de distrito situada numa Península na confluência dos rios Yangtze e Jialing."
Também me explicaram como funciona: o boneco é passado por água a ferver e depois posto algum tempo em água fria. Leva-se para a mesa e despeja-se um pouco de água do bule em cima da cabeça do boneco. Se fizer xixi, a água está boa para fazer chá. Se não fizer, é porque não está suficientemente quente. Se sair uma esguichadela de três em pipa, é porque a água está demasiado quente.
Neste video, um rapaz mostra como funciona:
Neste video, uma visão mais próxima:
Mas nada como uma explicação pelos especialistas do Instituto de Pesquisa do Chá de Guilin, em Guanxi, China.
Encontrei também este artigo interessante, em inglês (5 páginas).
Há diferentes personagens, todos com a mesma... genitália:
12 outubro 2011
O Jogo da Cabra Cega
Chega.
É para isso que a noite nos oferece
o manto negro, para nos vestir de sonhos
quando despimos os pesadelos, estranhos
sapatos que calçamos horas a fio, tece
estrelas em redor dos nossos pés. Esse
teu vazio, eu também o chorei, e venho
aqui dizer-te isso mesmo, não contenho
mais todas estas palavras, mais não, se
tu choras, eu choro. Chega. Esconde-se
de nós o deserto, não vês? Eu apanho
do ar a tua solidão e rasgo-a, suponho
que lhe possa dar nós e mais nós, trouxe
comigo as minhas mãos, sim, enrola-se
e nunca mais se há-de desenrolar. Chega!
Vendei-me de ti para o jogo da cabra cega,
nunca, nunca mais vejo mais nada. Chega!
É para isso que a noite nos oferece
o manto negro, para nos vestir de sonhos
quando despimos os pesadelos, estranhos
sapatos que calçamos horas a fio, tece
estrelas em redor dos nossos pés. Esse
teu vazio, eu também o chorei, e venho
aqui dizer-te isso mesmo, não contenho
mais todas estas palavras, mais não, se
tu choras, eu choro. Chega. Esconde-se
de nós o deserto, não vês? Eu apanho
do ar a tua solidão e rasgo-a, suponho
que lhe possa dar nós e mais nós, trouxe
comigo as minhas mãos, sim, enrola-se
e nunca mais se há-de desenrolar. Chega!
Vendei-me de ti para o jogo da cabra cega,
nunca, nunca mais vejo mais nada. Chega!
Deve ter aprendido com as caixas Multibanco
O arsenal malandro
3 páginas (cricar em "next page")
oglaf.com
11 outubro 2011
Caras conhecidas
Eram muito provavelmente de lycra as calças que ela tinha vestidas. Eram brancas, e tão justas, mas tão justas, que a vulva se desenhava mais perfeita do que seria visível se estivesse nua. De certo modo, aquela imagem era de uma nudez mais nua que a nudez. As formas acentuadas, o jogo de pequenas sombras, cortes e recortes, arcos, altos e baixos. Abriu-me a porta nesses preparos. Com as tais calças justíssimas brancas que desnudavam as formas da cintura até aos pés, e um soutien também branco, muito simples no desenho, opaco, sem adornos de qualquer tipo. Com uma particularidade apenas. Abria à frente. Conveniente.
A face escondia-se. Era uma máscara que cobria um pouco mais do que os olhos. Não era suficiente para ocultar aquela face ao ponto de jamais se reconhecer num outro encontro, mas a dúvida que permitia era bastante para manter algum segredo. Todas as mulheres naquela casa tinham essa máscara. Os homens não. Os homens tinham máscaras completas, que ocultavam as suas identidades sem margem para erros. Ultrapassada a porta e percorrido um corredor bastante longo, abria-se sob o nosso olhar um enorme salão de fraca luz, com paredes, chão e tecto negros. Havia carne por todo o lado. Homens e mulheres completamente despidos que se entregavam a um sexo de ânimo variável. Talvez nem o reino animal, daqueles irracionais, tivesse tal coisa. Talvez apenas o Homem fosse capaz de se amontoar em algo assim, brandindo erecções que rompiam por vaginas, anús e bocas, ejaculações barulhentas, pernas abertas em ângulos nunca vistos, gemidos estranhos. Ali não existia nada de emocional, de romântico. Aquilo era foda. Pura, mas não simples.
Num espaço ainda disponível daquele salão ela removeu as minhas vestes e também as dela. As dela, aliás, desapareceram com ajuda. Puxei-lhe a roupa com alguma violência, revelando as humidades que procurava. Era tudo muito intenso. Atirou-me para o chão, ela, e arqueando as pernas ajoelhou-se sobre a minha cara. Conseguia ver a vulva dela descer sobre mim, e removi a máscara para a lamber. Sei que ela não viu quem eu era até depois do orgasmo. Depois de o ter, deixou a cabeça tombar um pouco, e ao separar a vulva molhada da minha boca, olhou-me finalmente nos olhos e em seguida identificou-me. O espanto levou-a a uma retracção momentânea das pernas, fechando-se. Mas a necessidade de se controlar era superior. Coloquei rapidamente a minha máscara, cobri o corpo, e levantei-me, deixando-a deitada no chão, de lado, a observar-me rodeada por corpos que continuavam em fodas, e mãos estranhas que por vezes mudavam de corpos e lhe tocavam. Era tudo tão frenético, ali, que ainda eu estava a virar as costas com ela a olhar-me, e já outro pénis a começava a penetrar sem que ela parecesse sequer dar-se conta disso, tão fixa que estava, tomada pela surpresa.
«Um olhar repleto de pulsações» - terceiro video de divulgação da colecção de arte erótica
Neste video, produzido e realizado pela Joana Moura, Luís Gaspar lê-nos desta vez um poema de Jorge Castro (OrCa) escrito especialmente para a minha colecção.
Videos anteriores:
«Carícias ao nosso olhar»
«Caminhantes no vale da sedução»
Videos anteriores:
«Carícias ao nosso olhar»
«Caminhantes no vale da sedução»
Deserto
A poeira do meu deserto
enrola-se no vento
apertando o meu corpo
como um nó cego;
ardem os olhos,
escaldam as ancas,
seca a boca.
Tu não vens,
tu não sabes de mim,
tu só me possuis.
Poesia de Paula Raposo
10 outubro 2011
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