Les dessins de Denis
03 dezembro 2011
02 dezembro 2011
Voluptatis - Taxi Ride
Olá amigos,
Se andam à procura de adrenalina, temos a experiência certa!
Estão preparados para uma grande dose de ousadia? Serão conduzidos pelas ruas de Lisboa, à noite, num tradicional taxi português. Tudo o que decidirem fazer no banco de trás… bem, isso será da vossa responsabilidade. Mas garantimos que o condutor não se importará nem interferirá. Será inesquecível!
Vamos dar uma volta? ;)
Para saberem todos os pormenores acerca desta experiência contactem-nos em: info.voluptatis@gmail.com
Ficamos à vossa espera! Atrevem-se? ;)
A Sanduiche
– Que ar é esse?
– Que ar?
– Esse, essa espécie de aparvalhado contentamento deslumbrado.
– Nem queiras saber.
– Apareceu comprador para a casa?
– Não.
– Arranjaste uma casa para te mudares?
– Não.
– Sabes o que eu acho?
– Não.
– Acho que as pessoas quando se divorciam devem mudar-se logo.
– É capaz. Mas por mim está tudo bem.
– Tudo numa boa?
– Na maior.
– Estiveste a fumar alguma coisa ou quê?
– Achas?!
– Sei lá, essa espécie de aparvalhado contentamento deslumbrado não é normal.
– A minha tarde não foi normal, se calhar é por isso.
– Não deve ter sido… Não deve ter sido nada normal, não. Mas, se queres saber, isso não me interessa nada! Vou jantar.
– Se queres saber…
– Não quero…
– Hoje fiz uma sanduíche!
– Boa!... Eu fiz sopa.
– Ah! Não… Não foi uma sanduíche dessas.
– Não?! Então foi de quais?
– Das outras.
– Quais outras?
– Daquelas… Tu sabes: uma sanduíche! Uma san-duí-che, estás a ver?
– Não devo estar, porque o que eu vejo não justifica esse aparvalhado contentamento.
– Uma sanduíche humana, bolas!
– Com pessoas?
– Sim, com duas pessoas, ou melhor, com duas mulheres!
– Ah!
– E a tua sopa?
– A minha sopa?!
– Sim, a sopa que fizeste é de quê?
– Vens me dizer que estiveste a fazer uma sanduíche e agora queres saber do que é a sopa que eu fiz?
– Sim. Um homem não vive só de sanduíches.
– Estou a ver. Ou melhor, não estou, nem quero ver nada!
– Tu é que perguntaste.
– Pois fui mas depois disse-te que não queria saber.
– Foi… E, afinal, a sopa é de quê?
– De legumes.
– Ah… De legumes… hmmm…
– E, na sanduíche, tu eras exactamente o quê? Uma desenxabida fatia de fiambre de peru magro fora do frigorifico há três dias?
– Qual peru, qual carapuça!... Eu era a carne! Carrrrne!
– E elas eram o pão?
– Sim, supostamente. Se era uma sanduíche.
– E foi em carcaça?
– Foi em carcaça, o quê?
– A sanduíche. Foi em carcaça ou em pão caseiro?
– Não estou a perceber… Não era pão! Não era uma sanduíche de pão.
– Sim, eu sei. Já me disseste, foste tu e duas mulheres. Tu eras a carne e elas eram o pão. Uma espécie de bifana.
– Sim.
– No prato?
– No prato?!
– Bolas! Se a bifana foi servida num prato, foi?
– Não era uma bifana…
– Ou uma sanduíche, é o mesmo. Foi no prato?
– Mas não era uma sanduíche, não havia prato. Éramos nós três.
– Tu e duas mulheres?
– Sim…
– Deitados?
– Ah!... Também… Porquê, no prato era se estávamos deitados?
– Era. Tu eras a carne e tinhas uma fatia de pão por baixo e outra por cima?
– Tinha!
– Coitada da fatia de baixo.
– Coitada?!
– Sim, ter de gramar contigo em cima e ainda com uma fatia de pão por cima a fazer mais peso… Que pouca sorte.
– Ah! Não, quando estivemos deitados foi de lado.
– Tipo cachorro…
– Quente!
– Pão, tu e pão.
– Pois.
– Pelo menos tinhas as costas aconchegadinhas…
– Achas que eu me importava com isso!?
– Sei lá, nunca fiz uma sanduíche. E empurrava-te?
– Quem é que me empurrava?
– A fatia de trás.
– Se me empurrava?
– Sim, contra a fatia da frente. Empurrava?
– Se calhar… Acho que sim… Esfregava-se, pelo menos.
– A fatia de trás esfregava-se em ti e tu esfregavas-te na fatia da frente.
– Sim… Mas isso dito assim…
– Como?
– Nada. Não interessa… Esquece a sanduíche.
– É o que eu mais desejo!
– Ainda há sopa?
– Se eu ainda tenho da sopa que fiz?
– Sim. Há?
– Tens.
– Tenho?
– Não. Não é “Há?”, é “tens?”. A sopa é minha, não é nossa.
– Era só uma forma de dizer.
– Acredito, mas não é a forma correcta.
– Ainda tens sopa?
– Tenho.
– Posso comer uma tigelinha?
– O quê?
– Se posso comer uma tigela de sopa.
– Podes, por mim podes. Podes comer as tigelas que quiseres! Podes mesmo comeres todas as tigelas que conseguires do armário da esquerda! Essas são todas tuas!
Tudo depende de como você educa seu filho
Imagina quando ele coçar a mão do pai com o dedo do meio.
Capinaremos.com
01 dezembro 2011
Ricardo Esteves - Mamilos
Frases do Ricardo Esteves - agora a sério!
O Ricardo Esteves está no Facebook, no YouTube, no blog Quotidiano Hoje e no Tumblr
30 novembro 2011
Vício de boca
Agradeço à tua boca os sorrisos que me oferece quando explode no teu rosto a beleza de uma luz natural como a que apenas o sol é capaz de produzir.
Agradeço-lhe também o som da respiração que escuto quando a noite acalma no nosso leito e adormeces no meu peito com uma expressão de felicidade em que pareces sorrir.
Agradeço à tua boca os lábios com que me toca sem nojos ou fronteiras a pele que não consigo despir, a única que possuo, e te agradece, enquanto te vejo dormir, os mimos generosos e os beijos tão gulosos que me viciam na doçura e me suscitam a ternura que depois convertemos em tentação, trabalho de equipa, e abraçamos a emoção mais intensa, a tua boca na minha e eu dentro de ti com a alma e o coração mais o corpo que te agradece a dádiva de tanto prazer.
Agradeço-lhe também as palavras que não ficam por dizer, essa língua genuína que se mostra tão traquina e se revela de igual modo perfeita em qualquer tipo de utilização.
O amor que se faz, empenhado, o mesmo amor que quando falado não desmente no que diz aquilo que a prática da tua boca teorizou e depois me provou como um apetitoso manjar.
Agradeço à tua boca o degustar do homem que sou, pelo amor próprio que esse teu prazer não disfarçado alimenta. A tua boca que me sustenta capaz de acreditar que vale a pena saber amar o todo e retribui-lo pelas partes de cada pormenor que te distingue da multidão.
Agradeço-lhe a distinção que me concedeu de poder tocar o céu.
Nessa tua boca divina, onde posso voar sem fim quando acolhes qualquer ponto de mim como um anjo numa nuvem envolve com as asas, ao som de uma harpa celestial, o espírito recém-chegado de um corpo abandonado porque entregue sem reservas ao mais supremo prazer.
E a minha boca a agradecer, com beijos e palavras que te dou, este sabor que se instalou em definitivo no palato onde convivo a todo o tempo com o teu gosto que me satisfaz, especiaria.
O picante abrasador dessa boca minha amante no calor de uma fantasia onde o teu sorriso sensual preenche as imagens mais arrojadas e as palavras atrevidas escritas sem cessar na expressão do meu olhar e proferidas pela tua boca que contemplo enquanto te permito dormir.
Até que te toco, irreprimível, e explode outra vez no meu rosto a luz incandescente que produz o teu sorridente despertar.
E eu agradeço nesse instante em que a tua boca dança no meu ventre ao ritmo de um poema beijado que o meu corpo apaixonado já não dispensa recitar.
Agradeço-lhe também o som da respiração que escuto quando a noite acalma no nosso leito e adormeces no meu peito com uma expressão de felicidade em que pareces sorrir.
Agradeço à tua boca os lábios com que me toca sem nojos ou fronteiras a pele que não consigo despir, a única que possuo, e te agradece, enquanto te vejo dormir, os mimos generosos e os beijos tão gulosos que me viciam na doçura e me suscitam a ternura que depois convertemos em tentação, trabalho de equipa, e abraçamos a emoção mais intensa, a tua boca na minha e eu dentro de ti com a alma e o coração mais o corpo que te agradece a dádiva de tanto prazer.
Agradeço-lhe também as palavras que não ficam por dizer, essa língua genuína que se mostra tão traquina e se revela de igual modo perfeita em qualquer tipo de utilização.
O amor que se faz, empenhado, o mesmo amor que quando falado não desmente no que diz aquilo que a prática da tua boca teorizou e depois me provou como um apetitoso manjar.
Agradeço à tua boca o degustar do homem que sou, pelo amor próprio que esse teu prazer não disfarçado alimenta. A tua boca que me sustenta capaz de acreditar que vale a pena saber amar o todo e retribui-lo pelas partes de cada pormenor que te distingue da multidão.
Agradeço-lhe a distinção que me concedeu de poder tocar o céu.
Nessa tua boca divina, onde posso voar sem fim quando acolhes qualquer ponto de mim como um anjo numa nuvem envolve com as asas, ao som de uma harpa celestial, o espírito recém-chegado de um corpo abandonado porque entregue sem reservas ao mais supremo prazer.
E a minha boca a agradecer, com beijos e palavras que te dou, este sabor que se instalou em definitivo no palato onde convivo a todo o tempo com o teu gosto que me satisfaz, especiaria.
O picante abrasador dessa boca minha amante no calor de uma fantasia onde o teu sorriso sensual preenche as imagens mais arrojadas e as palavras atrevidas escritas sem cessar na expressão do meu olhar e proferidas pela tua boca que contemplo enquanto te permito dormir.
Até que te toco, irreprimível, e explode outra vez no meu rosto a luz incandescente que produz o teu sorridente despertar.
E eu agradeço nesse instante em que a tua boca dança no meu ventre ao ritmo de um poema beijado que o meu corpo apaixonado já não dispensa recitar.
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