Entro pela porta do céu nesse espaço que é teu e sinto-me transportado para um sonho acordado pelo suave bater dessas asas que me abraçam então.
Alada a imaginação à entrada, sobrevoo um campo florido nesse corpo despido e imito as plantas quando desenvolvo uma raiz para me agarrar, feliz, a esse lar que me escancaras, cativo, com a ternura de um sorriso e a iminente explosão num olhar que tem o cone de um vulcão reflectido.
Mergulho na lava, protegido pela paixão incandescente deste desejo tão ardente que eleva a temperatura do amor à de um inferno que me apresentas sedutor com a confiança que me inspiras.
Respiro fogo por instantes em cada jogo de amantes que inventamos nas novas posições que nos oferecem sensações inéditas, pouco antes de a tua voz anunciar (sobre o meu grito abafado) que está na hora de descolar para outro aposento ensolarado desse espaço que é meu.
E eu reentro pela porta do céu e sinto-me despertado pelo bater acelerado do teu coração, quando me acolhes no conforto da recepção instalada nesse peito que sinto arfar, envolto num abraço tão imenso, sob um calor tão intenso como o da lareira que arde agora como uma pequena fogueira na praia onde me imagino, em repouso, nesse doce regaço que me ofereces generosa.
A tua alma como uma chave.
E o teu corpo como uma casa.
14 dezembro 2011
13 dezembro 2011
Eva portuguesa - «Homens»
"Informo-vos de que não sou infeliz!
Para muitos poderá ser uma contradição: aparentemente entrego-me a homens que nada significam para mim, numa mera transacção económica; alguns que me tratam como um mero objecto e que não me valorizam como pessoa...
Mas, felizmente,a maior parte das vezes não é assim!
Tenho tido o privilégio de conhecer seres humanos extraordinários, alguns com histórias tristes, outros alegres... homens normais, que procuram prazer sem problemas, companhia descomplicada, sexo sem compromisso... e poucos são aqueles que me têm feito sentir como uma mulher-objecto. Alguns chegam a ser realmente meus amigos.
Noto, sobretudo, uma imensa solidão: casados ou solteiros, divorciados ou viúvos... ou porque não tiveram tempo de consolidar uma relação ou porque a perderam ou porque não se acham capazes ou merecedores; porque não sabem como fazê-lo, onde procurar, quem procurar...
Alguns são assumidamente viciados em adrenalina, em sexo; outros têm curiosidade; alguns querem «pisar o risco»; uns querem variedade; outros procuram apenas uma companhia feminina...
Há aqueles que procuram colmatar uma falha nos seus relacionamentos; há os que procuram um relacionamento; e depois há aquele grupo... das taras, dos fetiches; que não conseguem admitir a ninguém, nem a si próprios, que não imaginam concretizar com uma mulher «decente»... Taras por vezes tão sujas e tão anti-natura que jamais se atreveriam a assumir e concretizar que não com uma prostituta...
Mas esses... desses... falaremos noutra altura...
Homens... na sua maioria excelentes, carentes, generosos, honestos, educados, carinhosos, desejosos não só de receber mas também de dar... estes homens que me procuram e conquistam... os homens da minha cama..."
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Para muitos poderá ser uma contradição: aparentemente entrego-me a homens que nada significam para mim, numa mera transacção económica; alguns que me tratam como um mero objecto e que não me valorizam como pessoa...
Mas, felizmente,a maior parte das vezes não é assim!
Tenho tido o privilégio de conhecer seres humanos extraordinários, alguns com histórias tristes, outros alegres... homens normais, que procuram prazer sem problemas, companhia descomplicada, sexo sem compromisso... e poucos são aqueles que me têm feito sentir como uma mulher-objecto. Alguns chegam a ser realmente meus amigos.
Noto, sobretudo, uma imensa solidão: casados ou solteiros, divorciados ou viúvos... ou porque não tiveram tempo de consolidar uma relação ou porque a perderam ou porque não se acham capazes ou merecedores; porque não sabem como fazê-lo, onde procurar, quem procurar...
Alguns são assumidamente viciados em adrenalina, em sexo; outros têm curiosidade; alguns querem «pisar o risco»; uns querem variedade; outros procuram apenas uma companhia feminina...
Há aqueles que procuram colmatar uma falha nos seus relacionamentos; há os que procuram um relacionamento; e depois há aquele grupo... das taras, dos fetiches; que não conseguem admitir a ninguém, nem a si próprios, que não imaginam concretizar com uma mulher «decente»... Taras por vezes tão sujas e tão anti-natura que jamais se atreveriam a assumir e concretizar que não com uma prostituta...
Mas esses... desses... falaremos noutra altura...
Homens... na sua maioria excelentes, carentes, generosos, honestos, educados, carinhosos, desejosos não só de receber mas também de dar... estes homens que me procuram e conquistam... os homens da minha cama..."
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Frases do Ricardo Esteves - pode ser que pegue
O Ricardo Esteves está no Facebook, no YouTube, no blog Quotidiano Hoje e no Tumblr
12 dezembro 2011
respostas a perguntas inexistentes - «dar uma foda»
"«Dei uma foda» é a pior maneira de dizer que se fodeu com alguém, mas há quem o faça. O verbo «dar» é um verbo merdoso para usar no Amor e no Sexo que, digam o que disserem, têm muito em comum e ainda bem. Não é que foder e Amar seja a mesma coisa, porque não é, mas que uma coisa implica a outra lá isso implica. Pelo menos enquanto houver força na verga.
O problema disto é que o verbo «dar» é um verbo padreca, ou seja, é um verbo próprio da desigualdade e, portanto, da misericórdia. Alguém dar uma coisa a outro quer dizer que alguém tinha a mais do que o outro. No Amor isso é mentira. Pelo menos no Amor a sério, aquele em que o Sexo tem um fade out de quinhentos beijos enquanto o tesão amolece com o entardecer. No bom Sexo fode-se mas nunca se dá uma foda.
Depois sobra o défice de quem dá. Quem dá uma esmola na rua a um pobre raramente percebe que do outro lado está uma pessoa, ou seja, uma vivência. É por isso que considera o verbo «dar» adequado à situação. É esse o défice do benfeitor e o riso de quem recebe. Mas «dar» é o verbo mais estúpido do mundo, porque também é o mais hipócrita e mentiroso. Ninguém dá nada a ninguém. Na melhor das hipóteses redistribui, e portanto repõe alguma justiça no mundo mundo, ainda que pouca. É assim na Economia, em que há ricos e pobres. Não é assim no Amor, em que só há ricos.
Na Economia, de facto, dá-se uma foda. No Amor fode-se."
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
_______________________
Kikas: "Eu sou uma purista da língua e,como tal, gosto de foder em bom português.
Em matéria de sexo, devemos deixar o singular fora da jogada. Não é que o "eu" e o "tu" tenham pouca relevância mas devemos utilizar preferencialmente a 1ª pessoa do plural.
Ou seja, perguntas do tipo "queres-me foder" ou "queres que te foda" têm implicações demasiado individualistas e anti natura. Parece que um fode e o outro assiste ... embora o voyeurismo activo ou passivo seja muito interessante, deve ser praticado na vertente ficcionada, seja a ler o Trópico de não sei quê ou a ver a Garganta da não sei quantas.
"Bora lá foder" é a frase imperativa que interessa praticar no novo léxico ou no novo acordo ortográfico ou no mais velho
E se o léxico for praticado com o amor à lingua mater, melhor é a foda "
O problema disto é que o verbo «dar» é um verbo padreca, ou seja, é um verbo próprio da desigualdade e, portanto, da misericórdia. Alguém dar uma coisa a outro quer dizer que alguém tinha a mais do que o outro. No Amor isso é mentira. Pelo menos no Amor a sério, aquele em que o Sexo tem um fade out de quinhentos beijos enquanto o tesão amolece com o entardecer. No bom Sexo fode-se mas nunca se dá uma foda.
Depois sobra o défice de quem dá. Quem dá uma esmola na rua a um pobre raramente percebe que do outro lado está uma pessoa, ou seja, uma vivência. É por isso que considera o verbo «dar» adequado à situação. É esse o défice do benfeitor e o riso de quem recebe. Mas «dar» é o verbo mais estúpido do mundo, porque também é o mais hipócrita e mentiroso. Ninguém dá nada a ninguém. Na melhor das hipóteses redistribui, e portanto repõe alguma justiça no mundo mundo, ainda que pouca. É assim na Economia, em que há ricos e pobres. Não é assim no Amor, em que só há ricos.
Na Economia, de facto, dá-se uma foda. No Amor fode-se."
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
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Kikas: "Eu sou uma purista da língua e,como tal, gosto de foder em bom português.
Em matéria de sexo, devemos deixar o singular fora da jogada. Não é que o "eu" e o "tu" tenham pouca relevância mas devemos utilizar preferencialmente a 1ª pessoa do plural.
Ou seja, perguntas do tipo "queres-me foder" ou "queres que te foda" têm implicações demasiado individualistas e anti natura. Parece que um fode e o outro assiste ... embora o voyeurismo activo ou passivo seja muito interessante, deve ser praticado na vertente ficcionada, seja a ler o Trópico de não sei quê ou a ver a Garganta da não sei quantas.
"Bora lá foder" é a frase imperativa que interessa praticar no novo léxico ou no novo acordo ortográfico ou no mais velho
E se o léxico for praticado com o amor à lingua mater, melhor é a foda "
Frases do Ricardo Esteves - o novo leiteiro
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