05 fevereiro 2012
Osso Vaidoso - «Poligamia»
"Hei-de fazer minha filha muito rica
dar-lhe um palácio de cada cor
Hão-de chamar à cidade Dona Chica
cada cidadão será feito com amor
Haverá Deus p'ra todos como em saldo
virá brinde em qualquer produto
estará a cada instante o mundo salvo
será o tempo eterno e sempre puto
Hei-de fazer minha filha muito rica
dar-lhe um namorado de cada cor
Hão-de amá-la desde a alma até à crica
e casar todos em grupo com fervor
E se não houver padre que os case
e se não houver compaixão
que se lixe a cerimónia, o rimel o baton e a base
celebra-se à bruta pelo chão
Senhor padre case o povo tão vencido
p'ra sempre unido
senhor padre é tão novo
venha também p'ra marido"
valter hugo mãe
Mulher, o negro do mundo
Ricardo - Vida e obra de mim mesmo
(crica na imagem para abrir aumentada numa nova janela)
04 fevereiro 2012
O que estará ele a cantar? E ela?...
Via Sweetlicious
ejamart: "Ela canta o «fado da enrabadinha» ou a «foda da canzaninha» (não se consegue ouvir bem...); Ele parece que está a cantar aquela música do filme do Walt Disney - «a Bronca de Neve e os sete Matulões»: "Eu vou, eu vou, para aquela peida eu vou...!" ou então a letra é: "Eu vou, eu vou, para aquela rata eu vou...!", já que não se consegue ouvir bem..."
São Rosas: "Pois olha, eu penso que estão cantar ambos "passarinhos a bailar..." (ou passarinhas que, como tu alertaste e bem, não se entende o caralho da letra)."
Um sábado qualquer... - «Criações» (por Carlos Ruas)
Banda desenhada do brasileiro Carlos Ruas, que recomendo. Aqui, Deus cria... o sexo:
Um sábado qualquer...
Um sábado qualquer...
03 fevereiro 2012
«Culo by Mazzucco» - o 1.684º livro da minha colecção
«Culo by Mazzucco» é um livro de fotografias de Raphael Mazzucco em homenagem ao rabo feminino, com modelos de todo o mundo.
«batatas fritas» - bagaço amarelo
Costumava ver-me ao espelho antes de pensar em matar-me. E digo costumava porque o fazia todos os dias, ver-me ao espelho e pensar em matar-me. Também desistia todos os dias da segunda acção. Acho que o fazia porque era confortável não me matar sabendo que o podia fazer. Acabar, duma vez por todas, com aquilo que via ao espelho.
É que não havia muito mais para além disso, uma mulher que nunca se tinha achado bonita, nunca tinha Amado ninguém nem sequer tinha vontade o fazer. Pior, não sei se algum homem alguma vez na vida tinha tido vontade de me Amar a mim. Um dia troquei tudo por cigarros uns atrás dos outros, que é como quem diz, troquei uma morte rápida por uma lenta mas com algum prazer.
A minha mãe costuma dizer-me que eu nunca devia ter deixado o Bruno. Que ele era bom partido e até já tinha casa paga. E eu lembro-me sempre dele sair da minha cama com o pénis ainda erecto e sujo de esperma, a correr para a sala para tentar ver o final dum jogo de futebol qualquer. Não conseguiu e voltou frustrado. Para a próxima temos que ser mais rápidos, disse. Eu calei-me e fumei um cigarro, destes que ainda fumo agora, com uma vontade enorme que ele saísse dali.
Depois desse dia aprendi que a solidão e a fome são irmãs chegadas, que ambas precisam de ser saciadas rapidamente. O problema é que, numa e noutra, quando se come depressa demais há o risco duma mulher se engasgar. Engasguei-me com ele da mesma forma que já me engasguei com batatas fritas. Sei que todos os homens que vieram a seguir ao Bruno me pareceram iguais. Alguns bons à vista mas todos sem sabor. Nunca comi nenhum.
À minha mãe comecei a inventar casos amorosos, só para ela ficar descansada. Fui criando homens que se mostravam interessados por mim mas que, por um acaso qualquer da vida, acabavam por se afastar. Depois comecei a inventá-los também para mim, principalmente nas noites em que não conseguia dormir. Acreditei em todos, pelo menos até hoje. Cruzei-me com o Bruno numa avenida qualquer da cidade e ele abraçou-me. Os abraços são como as batatas fritas. Saciam. Já me tinha esquecido disso.
Vejo-me ao espelho agora sem pensar em mais nada. Sabe-me bem não querer matar aquilo que está do outro lado, mesmo que não consiga responder ao meu sorriso forçado. Ele perguntou-me se eu estava bem e respondi que sim. Trocámos os novos números de telemóvel e prometeu que me telefonava hoje. Estou à espera. Dum abraço.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
É que não havia muito mais para além disso, uma mulher que nunca se tinha achado bonita, nunca tinha Amado ninguém nem sequer tinha vontade o fazer. Pior, não sei se algum homem alguma vez na vida tinha tido vontade de me Amar a mim. Um dia troquei tudo por cigarros uns atrás dos outros, que é como quem diz, troquei uma morte rápida por uma lenta mas com algum prazer.
A minha mãe costuma dizer-me que eu nunca devia ter deixado o Bruno. Que ele era bom partido e até já tinha casa paga. E eu lembro-me sempre dele sair da minha cama com o pénis ainda erecto e sujo de esperma, a correr para a sala para tentar ver o final dum jogo de futebol qualquer. Não conseguiu e voltou frustrado. Para a próxima temos que ser mais rápidos, disse. Eu calei-me e fumei um cigarro, destes que ainda fumo agora, com uma vontade enorme que ele saísse dali.
Depois desse dia aprendi que a solidão e a fome são irmãs chegadas, que ambas precisam de ser saciadas rapidamente. O problema é que, numa e noutra, quando se come depressa demais há o risco duma mulher se engasgar. Engasguei-me com ele da mesma forma que já me engasguei com batatas fritas. Sei que todos os homens que vieram a seguir ao Bruno me pareceram iguais. Alguns bons à vista mas todos sem sabor. Nunca comi nenhum.
À minha mãe comecei a inventar casos amorosos, só para ela ficar descansada. Fui criando homens que se mostravam interessados por mim mas que, por um acaso qualquer da vida, acabavam por se afastar. Depois comecei a inventá-los também para mim, principalmente nas noites em que não conseguia dormir. Acreditei em todos, pelo menos até hoje. Cruzei-me com o Bruno numa avenida qualquer da cidade e ele abraçou-me. Os abraços são como as batatas fritas. Saciam. Já me tinha esquecido disso.
Vejo-me ao espelho agora sem pensar em mais nada. Sabe-me bem não querer matar aquilo que está do outro lado, mesmo que não consiga responder ao meu sorriso forçado. Ele perguntou-me se eu estava bem e respondi que sim. Trocámos os novos números de telemóvel e prometeu que me telefonava hoje. Estou à espera. Dum abraço.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
02 fevereiro 2012
«Eu dou-te a zona de conforto» - Patife
A semana passada, só para variar, marquei consulta com uma psicóloga nova. Por vezes faço isto, como quem marca visitas a casas para venda quando não estão a pensar mudar de casa. É uma espécie de hobbie. Eu faço isso com psicólogos. Volta e meia marco uma consulta de terapia. Normalmente até escolho psicólogas. E invariavelmente são giras. Ou boas. Ninguém costuma marcar visitas a casas feias e a cair de velhas, pois não? Então não me critiquem. Já que é para estar 50 minutos a olhar para uma pessoa ao menos que tenha capacidades para me arrebitar o salpicão. Divirto-me muito com as novas psicólogas cheias de chavões e clichés, que me olham como se fosse um caso de fácil resolução. Esta teve falta de criatividade suficiente para me dizer que eu preciso de sair da minha zona de conforto. Eu dou-te a zona de conforto. Não percebo a obsessão de sair da zona de conforto. É como estar um gajo esparramado ao sol das caraíbas, rodeado de mulheres em bikinis reduzidos e mandarem-nos para o mar alto nadar com os tubarões. Não percebo a lógica: “Estás aí bem, é? É confortável? Então sai lá daí, seu hedonista, e toca a ir para uma zona de agressão andar ao papel para veres o que é bom para a tosse”. É francamente estúpido. É abertamente imbecil. Por isso, assim que ouvi a expressão zona de conforto levantei-me e saí para ir a uma festa. Não sei se já vos disse mas gosto muito de festas de ânus. Sobretudo quando me deixam partir o bolo. Todo.
Patife
Blog «fode, fode, patife»
Patife
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