08 março 2012

«Um carro de sonho. Para a vida real» - Kia Optima

A posta nas forças da Natureza (que não é feminina por mero acaso)


Hoje é o Dia Internacional da Mulher.
E é também o dia em que chega à Terra o efeito da maior tempestade solar dos últimos cinco anos e cujo impacto se faz sentir ao nível da perturbação nas comunicações e na desorientação de sistemas habitualmente tão rigorosos como o GPS.

Se existisse um dia internacional da coerência era hoje também.

um mero acontecimento

O movimento foi involuntário mas quando Justina sentiu no seio o braço de Cesário foi invadida por uma súbita e irreprimível vontade de ir para a borga. Riu-se do trocadilho ainda que, na verdade, não soubesse se o homem se chamava assim. “Tem cara de Cesário” justificou-se, observando a barbicha que emoldurava o rosto bolachudo do homem a quem se encostara quando a composição do metropolitano balançou.
Cesário sorriu embaraçado mas sem mover o braço. Por ele, podiam ficar assim o resto da vida, um seio encostado ao seu braço era coisa que lhe acontecia pouco. “Muito pouco”, pensou, algo frustrado e com a ligeira impressão que todo o episódio que, na realidade, nem um episódio chegava a ser – era um mero acontecimento –, podia provavelmente indiciar que qualquer coisa não ia bem na sua vida sexual – se a tivesse –, na sua vida social e afectiva – que também sabia não ter – e na sua sanidade mental – sentia-se um pervertido mas não conseguia afastar o braço da mama da mulher.
Justina não se sentia mal e, tão furtivamente quanto lhe permitia a proximidade dos rostos e dos corpos, apreciava o dono do braço que lhe amparava a mama. Cesário tirando a barba mal semeada mas impecavelmente aparada e cirurgicamente delineada, os olhos ligeiramente esbugalhados com ar de eterno espanto, que ora se fixavam num ponto longínquo ora se dispersavam descontrolados por tudo o que os rodeavam, o sorriso desequilibrado que tanto parecia ir explodir numa gargalhada demente como no instante seguinte se resumia a um quase imperceptível movimento ascendente das comissuras dos lábios, a falta de gosto na roupa e no penteado e o ar geral de tarado não estava mal de todo e cheirava bem, o que agradou a Justina.
– Isto é uma chatice – reclamou baixinho Justina, dirigindo-se a Cesário, que, nas suas rápidas e confusas deambulações oculares, parecia fixá-la por mero acaso. Sem perceber se ele a ouvira, Justina acrescentou: – Os transportes públicos estão cada vez pior. Este país é um caos.
– Uma chatice – repetiu Cesário, como se tentasse apreender o sentido das palavras e sem lhes dar qualquer entoação. – É um caos.
Justina olhou-o perplexa. “Este homem não podia trabalhar na televisão”, julgou, definitiva: “Está verde.”
Cesário que também se tinha ouvido com a mesma perplexidade – “Pareces um tontinho, McFly”, censurou-se –, decidiu aproveitar a energia que o seio que se mantinha aninhado no seu braço lhe dava e procurou rectificar a impressão que causara na proprietária da mama.
– É verdade – ponderou Cesário, falando pausadamente –, a ausência de uma politica realística de transportes, que deveria assentar nas necessidades dos utentes e não somente em directrizes economicistas, tem causado uma degradação acentuada da qualidade dos nossos transportes colectivos urbanos.
Justina assentiu com a cabeça satisfeita, tinha a mama no braço de um intelectual bem-cheiroso ainda que mal apessoado.
– Rodriga – apresentou-se Justina.
– Ah! – Cesário olhou para a mama no braço e depois para a outra: – E esta?
– Eu é que sou Rodriga – disse a mulher, surpreendida por uma memória recalcada de uma imagem de musgo verde num presépio da sua infância de que se lembrou quando se ouviu. Pasmada, perguntou sem querer: – Já não se fazem presépios, pois não?
Cesário olhou-a como se pretendesse decifrar o verdadeiro sentido da pergunta.
– Presépios? – questionou ele para ganhar tempo, a primeira carruagem estava a chegar a Arroios.
– Sim, com musgo.
Sem saber porquê, Cesário pensou em virilhas mas não nas suas nem nas da mulher cuja mama continuava emprateleirada no seu braço.
– Eu chamo-me Fausto e faço presépios no tempo deles – mentiu Cesário, que, na verdade, foi baptizado como Mauro.
– Com musgo?
– Não, o musgo lembra-me virilhas – confessou Cesário, repugnado.
– Virilhas com musgo?
– Não – respondeu Cesário, abanando a cabeça –, só virilhas. O musgo lembra-me virilhas.
A composição parou com um solavanco provocando com malícia que Justina enfiasse o nariz no cabelo de Cesário.
– O teu cabelo cheira bem, Fausto – apreciou a mulher.
“Arroios” avisou, atrasada, a carruagem.
– Eu vou para Roma – informou Cesário, julgando que a carruagem falava para ele. – Obrigado, é um shampoo – disse, respondendo a Justina.
– Passar o natal?
– Não, Pantene – esclareceu Cesário.
Justina viu a porta fechar e sentiu uma mão na nádega esquerda. Olhou em volta e só viu Cesário. O homem sorria deliciado.
– Azul? – perguntou Justina.
– O quê?
– O Pantene.
– Não, branco.
– O frasco?
– De plástico.
– E Roma?
– Não sei, nunca lá fui.
Justina e Cesário entreolharam-se cúmplices. Sentiam uma afinidade crescente – mais ele que ela na parte do crescente. Justina tirou a mão do bolso de trás das calças de ganga e agarrou o varão com ambas as mãos. Cesário ponderou seriamente em afastar-se para lhe dar espaço mas, apavorado com o facto de poder perder a mama, deixou-se ficar.
– É uma pouca vergonha – referiu Cesário só para continuarem a falar mas com ar sério e ligeiramente ofendido.
Justina ainda procurou perceber do que estava ele a falar seguindo-lhe o olhar errante mas não só não conseguiu como se sentiu enjoada. Era velocidade a mais para olhos que não estivessem habituados.
– O quê? – perguntou, engolindo em seco.
– Isto.
Justina tornou a seguir-lhe o olhar e voltou a sentir-se agoniada.
– O quê? – repetiu, baixando a cabeça e respirando fundo.
– Colocarem varões nos transportes públicos – criticou Cesário.
– Ah! – Justina riu-se. – É só um objecto, Cesário, e os objectos são amorais. É o uso que se lhes dá que é ou não contrário à moral vigente em cada momento. O varão por si só não…
– Cesário?! – interrompeu o homem, melindrado e afastando o seu braço da mama da mulher.
– Quando te vi achei que te chamavas Cesário – explicou a mulher, inclinando-se para voltar a pousar a mama no braço dele.
“Alameda” avisou a tempo a carruagem.
Para atestar que compreendia que Justina lhe chamasse Cesário e lhe perdoava essa fantasia e para demonstrar a sua alegria por voltar a ter uma mama no braço, ainda que agora fosse a outra, Cesário avançou com as sobrancelhas até meio da testa, que recuou temerosa até à esbarrar na franja, que se espetou de imediato numa coesa e intransponível linha defensiva. Cesário sentiu o cabelo levantar como se pusesse a mão num gerador de Van der Graaff mas não ligou, isso acontecia-lhe muito.
Receosa, Justina deu um passo atrás: não gostava de rock progressivo.
Na Alameda, a composição voltou a parar e as portas a abrirem-se escancaradas e sem vergonha. Justina olhou-as com inesperado e mal disfarçado interesse. Assustado com a perspectiva de a perder, Cesário rojou-se aos seus pés. Figurativamente, na verdade, por agora, o homem só pediu:
– Desculpa.
Justina olhou para a porta aberta ainda com olhos de fuga mas hesitou.
– Podes chamar-me Cesário – segredou Mauro, fixando-a, o que, para ele, era como se rojasse aos pés dela.
– Vais para Roma? – perguntou Justina, sorrindo complacente.
– Sim – confirmou Cesário. – E tu?
– Não sei. – Justina encolheu os ombros. – Ia sair aqui.
As portas fecharam-se com inusitado estrondo, impedindo Justina de sair. Mais do que sorrir, Cesário brilhou e cresceu. As portas tornaram a abrir-se. Cesário empalideceu. Justina largou o objecto metálico e cilíndrico que não iremos nomear e deu um passo na direcção de Cesário, que ganhou cor. A mulher, sem parar, piscou-lhe o olho esquerdo e continuou até à porta. Cesário ficou branco, sem pinga de sangue, sem força nas pernas, nem vontade de viver. Então, ela voltou-se para trás e perguntou:
– Vens?
Sem hesitar, ele foi.

Postalinho da Noruega

"Aí vai mais um postalzinho para a tua colecção. Da Noruega, «Mulher Pássaro», do escultor Jorunn Ohnstad.
Beijo.
Daisy"

Brushstrokes 029


07 março 2012

Concurso olhos nos olhos com Kate Upton

Ganha quem conseguir fixar o olhar nos olhos da Kate Upton por mais de 45 segundos.

«conversa 1877» - bagaço amarelo

Ela - O meu ex está sempre a dizer-me que não percebe o que é que falhou no nosso casamento.
Eu - Está?
Ela - Sim, e eu já lhe expliquei que o que falhou no nosso casamento foi precisamente ele não ser capaz de perceber onde é que o casamento falhou.
Eu - Admito que, só assim, também não percebi lá muito bem.
Ela - O facto de eu me sentir muito sozinha quando estava casada com ele, por exemplo, foi um motivo forte.
Eu - Ah! Isso já é um motivo com pés e cabeça.
Ela - Mas o grave foi ele nunca ter sido capaz de perceber isso.
Eu - Podias ter-lhe dito.
Ela - Se eu lhe tivesse dito, tudo o que ele mudasse para alterar as coisas não ia ter qualquer valor.
Eu - Assim dificultas muito as coisas.
Ela - Ninguém disse que manter uma relação é fácil.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Fruta 75 - No papparazzo, please!

Frases do Ricardo Esteves - «Hi, ho, Silver!»



O Ricardo Esteves está no Facebook, no YouTube, no blog Quotidiano Hoje e no Tumblr

06 março 2012

Michelle L'amour interpreta a «5ª Sinfonia de Rabothoven»


Michelle L'amour perform's "BUTTHOVEN'S 5TH SYMPHONY" from franky vivid on Vimeo.

E mais porno para toda a família






Pornos na padaria anteriores.

Blog Farinha Amparo

Eva portuguesa - «Clientes»

Tenho tido vários tipos de clientes.
Uns educados, carinhosos, meigos, gentis, doces, preocupados; verdadeiros seres humanos.
Outros bonitos, corpos perfeitos, bom aspecto, "sarados", bem vestidos, bem falantes.
Alguns boas quecas, excelentes companheiros de alcova, que não precisam de se esforçar muito para me darem verdadeiramente prazer (e por vezes mais do que uma vez! ;) ).
Com sorte, há alturas em que um cliente junta várias destas características, pertencendo a duas ou mesmo três destas categorias.
Depois há os intolerantes, mal-educados, com a mania que são melhores, que fazem questão de me fazer sentir uma puta reles, quer com palavras, quer através de atitudes. É o típico cliente que, tendo uma vida lastimável e se sinta uma porcaria, gosta de vir descarregar isso em cima de nós, achando que somos bichos e estamos ali para fazer tudo o que querem, independentemente da forma que nos façam sentir. São estes que gostam de nos julgar, definindo aquilo que fazemos como "vida fácil", intitulando-nos de cabras mentirosas; cegos e surdos a qualquer tipo de sentimento humano... E são estes que adoram regatear preços, provavelmente achando que ainda devíamos ser nós a pagar-lhes!
E é com estes clientes (e apenas estes) que ponho em prática as técnicas de meditação que aprendi, para assim não lhes cuspir na cara e aguentar uma hora de puro sofrimento em que apenas penso nos 100€ que tanta falta me fazem...
Felizmente, diria que nem 1% dos homens que partilham a minha cama pertencem a esta estirpe em vias de extinção 
(espero eu)...
Aliás, acho que tenho tido muita sorte com os "meus homens", pois cada um à sua maneira tem-me feito sentir especial... Já por mais que uma vez tive a agradável surpresa de, ao abrir a porta, ver surgir uma rosa seguida de um sorriso... por vezes um lanche especial... uma caixa de bombons, recordando a doçura de quem a oferece... o meu perfume preferido, adivinhado, sentido, assimilado... aqueles sapatos da marca xpto que eu andava a namorar, que eram demasiado caros para as minhas posses (e adivinhando o meu número de pezinho de cinderela, como se de um príncipe encantado se tratasse)... uma ajuda extra numa altura de maior aflição minha, mostrando a bondade, humanidade e preocupação de quem o faz... até uma prendinha para o meu filhote, num gesto comovente de quem realmente me conhece e respeita como mãe...
Pequenos grandes gestos de verdadeiros homens, verdadeiros seres humanos, gentis, tolerantes, bondosos, sedutores, generosos, amigos, autênticos, únicos cada um à sua maneira...
Todos eles têm um lugar muito especial no meu coração, meu enquanto Eva e enquanto... e enquanto mãe...
Não é raro pensar neles com um sorriso; e tento sempre fazer com que cada um destes homens magníficos se sinta tão bem e tão especial como me faz sentir a mim... Com cada um individualmente, tento dar o meu melhor, ser aquilo que precisam e desejam e, sobretudo, fazer-lhes sentir que, mesmo que seja apenas por uma hora, nesse espaço de tempo eu me entrego numa dádiva genuína de quem sabe dar valor a quem merece e que sou apenas dele...
E isto não se compra, vende ou aluga, pois é a retribuição genuína e sentida da partilha da felicidade...
A eles agradeço tudo o que tenho, grande parte do que sou e o meu crescimento como ser humano, mulher e Escort...
Por e para eles espero continuar a melhorar...
Para eles dedico esta mensagem...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

32 cartas «Chansons à Boire»

Embora tenha o aspecto de um jogo de cartas, trata-se de uma caixa com 32 "cartas" que têm as letras de «canções para beber» (canções que os Franceses gostam de cantar quando vão para - e estão com - os copos) de um lado e uma ilustração deliciosa do outro lado.