03 maio 2012

Alex & Anny - Quadro Russo «Le Plus Grand Cabaret Du Monde»

«Ai se eu te espeto» - Patife

Sou um grandessíssimo parvo. Não há problema nenhum nisso, desde que se saiba conviver com o facto. Eu sei. O mundo é que subestima a parvoíce. É por isso com elevada consternação quando leio aqui que consideram que a parvoíce é apenas uma máscara social do Patife. Desenganem-se todos. Sou profundamente parvo, como posso provar pelas palavras que se seguem. Este fim de semana estava num bar de música ao vivo e numa das pausas, na mesa ao lado, começaram a cantar os parabéns a uma tal de Felícia. A parvoíce não se fez rogada e eu não resisti ao apelo. Começou então a formar-se uma ideia que ardeu na minha mente como uma chama inextinguível. Bebi o conhaque de um trago, levantei-me, peguei na guitarra acústica e improvisei a letra de uma música, certamente, por vós conhecida. E foi assim, mais cona menos cona:

Grossa, grossa
Assim papo-te a rata
Ai se eu te espeto
Ai ai se eu te espeto

Felícia, Felícia
Assim papo-te a rata
Ai se eu te espeto
Ai ai se eu te espeto

Sábado pela calada
A galera começou a cantar
Eram os anos da menina mais linda
Tomei coragem e comecei a improvisar

Grossa, grossa
Assim papo-te a rata
Ai se eu te espeto
Ai ai se eu te espeto

Felícia, Felícia
Assim papo-te a rata
Ai se eu te espeto
Ai ai se eu te espeto

Para quem ficou curioso a pensar na expressão “mais cona menos cona”, posso dizer que a seguir a esta música, e por incrível que pareça, foi mais cona.


Patife
Blog «fode, fode, patife»

Fruta 82 - Fruta exótica

Par de linhas


O nu integral (ou o pãozinho sem sal)




HenriCartoon

02 maio 2012

Filologia


«pensamentos catatónicos (271)» - bagaço amarelo

Não há sofrimento maior que o dum homem apaixonado em segredo. As mulheres não percebem isso mas todas, ou quase todas, as figurinhas tristes que os homens fazem é porque estão apaixonados e mais ninguém sabe. O Amor é o pior do nossos segredos. Entala-nos como um frasco de veneno ingerido inadvertidamente.
Para um homem apaixonado em segredo, a mulher Amada acorda sempre triste ou feliz. Nunca acorda mais ou menos (o mais ou menos é um estado de Alma que não existe numa mente apaixonada). Quando acorda triste, com uma dor de cabeça ou crise existencial de curta duração, fecha as portas de casa e não está para ninguém. Quando acorda feliz, abre as janelas e as cortinas anunciando ao mundo que está para toda a gente. O problema do homem é esse. Ela nunca está só para ele, e é como se o mundo fosse uma máquina de tortura medieval.
As mulheres Amadas são sempre assim: ou não estão para ninguém ou, quando estão, estão para toda a gente. Demonstrar o Amor a uma mulher nestas condições torna-se quase impossível, tortuoso, difícil. É aí que vêm as figurinhas tristes. A mulher dá dois passos à esquerda e o homem também dá. Ela muda de direcção e ele também muda. Depois, como ela só está disponível para ele ao mesmo tempo que está para toda a gente, ele fica ciumento de todos e passa a detestar o mundo. Com toda a razão e legitimidade, claro. Ela é que não percebe.
Qualquer mulher Amada devia ter dez minutos em que nada nela funcionava a não ser os ouvidos e, vá lá, o coração. Devia ter que parar algum tempo sempre que um homem se apaixona. Mas não pára. Um homem anda doente de Amor e o mundo continua a girar sobre si mesmo como se nada fosse. É injusto, é cruel. Assim um homem nunca pode pegar nela, colocá-la num sítio onde ninguém mais o ouve, e dizer-lhe que a Ama.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho do Japão

"Homem e mulher à porta de um Templo em Nagasaki.
Abraço,
Alfredo e Daisy"


Fast food


Alexandre Affonso - nadaver.com

01 maio 2012

Eva portuguesa - «Pretty woman ou o conto de fadas»

Jamais imaginei que acontecesse comigo... Afinal, já não tenho nem 16 nem 20 anos.
Mais uma vez a vida e eu própria conseguimos surpreender-me...
Qual Julia Roberts no filme Pretty Woman ou a gata borralheira, sonho que um dia apareça o meu príncipe, lindo, charmoso, meigo, rico, boa pessoa; qual Richard Gere, que me resgate desta vida de "mulher perdida"; apaixonando-se por mim perdidamente e fazendo com que me apaixone por ele...
Sim, eu sei, é ridículo acreditar nestes contos de fadas e filmes de amor de Domingo à tarde.
Mas será que, bem no fundo de nós mesmas, não desejamos todas nós, prostitutas de mais ou menos luxo, viver este filme de amor, riqueza e sucesso?... Ter esta esperança recôndita de um dia vivermos uma história assim?... Encontrar este príncipe que pode preencher todas as nossas necessidades afectivas, amorosas, sexuais, económicas... tornando assim este nosso trabalho obsoleto e desnecessário e permitir-nos uma vida feliz e "digna"...
Não sonhamos todas deixar de fazer isto, deixar de ter essa necessidade?...
Não sonhamos todas em encontrar o amor?...
Não sonhamos todas em poder deixar de mentir e de ter uma vida dupla?...
Pretty Woman é um filme ao mesmo tempo esperançoso e maléfico, pois apresenta uma realidade que, sendo o sonho de todas as mulheres que se dedicam à venda do prazer, raramente acontece. Cria-nos (até a mim,que julgava já não ter idade nem vida para isso) uma esperança que não é real... uma realidade apenas presente nos Contos de Fadas...
Mesmo assim, muitas vezes sonho acordada, com um destino semelhante à personagem representada por Julia Roberts nesse filme enganador... E sabe tão bem, nem que seja por apenas breve momentos, acreditar que um dia pode ser real...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado