01 junho 2012

Pandora


Ela olhou-o, impávida, e concluiu:
– Tenho pena.
Surpreendido pela reacção ou pela falta dela, ele permaneceu calado.
Ela encolheu os ombros ostensivamente, semicerrou os olhos e iniciou outra conversa ainda que parecesse a continuação da anterior, em que ele lhe tinha confessado que a traíra antes de acabar a relação.
– Tenho pena por ti, que não sabes o que queres. – Ele abanou a cabeça para expressar discordância. Ela sinalizou a indiferença com uma careta e continuou: – Que me trais e que te trais da mesma forma. Que mentes e que te mentes. Que dizes que não queres saber de mim quando, mais do querer saber de mim, o que podia ser compreensível, o que queres é magoar-me.
– Eu não te quero magoar – barafustou ele – e não quero saber de ti. Quero que faças a tua vida e me esqueças, porque eu já me esqueci de ti.
– Esqueceste-te.
– De quê?
– De te esqueceres de mim.
– Isso é de uma música.
– Que seja. O que é eu ganhei por me confirmares que me traíste?
– Tu?!
– Ah! Afinal tens razão: não queres saber de mim para nada. Magoares-me ou não é-te completamente indiferente.
– Nada disso. Não eras tu que dizias que querias saber a verdade, por mais dolorosa que fosse?
– Era mas já não te digo a ti. Estás fechado. És uma caixa fechada, o que lá está é porque eu acho que merece ser guardado, seja bom ou mau, mas não pretendo pôr mais nada lá dentro e, se puder, nem quero ter razões para tirar coisas da caixa ou mudá-las de sítio. Estás fechado. Não me digas nada de novo. Se te queres justificar ou se te der uma crise de remorsos, não me procures. Não me contes. Nunca te esqueças que me esqueceste. É um favor que nos fazes.

Padrão para toalhas de mesa... e assim...




Via Dick Art

Discutindo a relação





Meninas WTF

31 maio 2012

«Nunca percas um "O" com Durex Play O»

Campanha da Durex, com imagens de mulheres em momentos de prazer, que levaram vários britânicos a apresentar queixa:

«"Lembidelas" não, foda-se» - Patife

Não há uma forma educada de dizer isto. Da mesma forma que não há uma forma educada de foder. Quer dizer, haver até há mas molesta-me os limites da sensatez, por isso vamos fazer de cona que não há. Não vou estar para aqui com paninhos quentes. Por isso peço desculpa pelo que se vai passar a seguir. A sério que sim. Mas foda-se caralho pá minha porcalhota aventesma com cérebro de lesma galdéria da pachacha fodilhona da chona rameira da racha. A próxima vez, caralho foda-se, que tu, minha destrambelhada da treta possessa da greta, ousares dizer que me queres “lember” a ponta da pichota, conaça pá, estando de joelhos de volta da tola, ou deres outra qualquer “lembada” na gramática que dê origem a uma derrapagem linguística capaz de fazer esmorecer aqui o mais teso dos bacamartes, te garanto, ó minha grandessíssima fodilhona pantufeira de bocarra brocheira, que te dou uma descasca na bardanasca que garantidamente te deixará à rasca da racha, seguida de um nó na língua a ver se começas a dominar a linguística como uma cabra brocheira que se preze, caralho foda-se. Era só isto. Uma vez mais o Patife diz muito bom dia, ou muito bom serão, e vai ali abaixo aviar um avião.

Patife
Blog «fode, fode, patife»

Fruta 86 - Fruta com pauta musical

Par ideal


30 maio 2012

Desenho para Marisa


Vou iniciar a minha colaboração com este blog com um dos meus esboços mais improváveis para a maioria das pessoas que já espreitou http://aminhagaleriavirtual.blogspot.pt/. Mas este "esboço" tem uma história para contar, foi feito como se fosse um retrato psicológico de uma amiga minha que em conversa me pediu um desenho pois gostava dos outros que tinha visto. Resumindo, o nome dela é Marisa de La Fuente (a fonte no desenho é óbvia), tem uma filha muito parecida com ela com a qual mantém uma relação muito próxima mas por vezes complicada (a segunda figura em escala reduzida, "florindo" e com os respectivos "espinhos"). A Marisa é do signo escorpião e e descendência espanhola (daí a junção do toiro com rabo de escorpião, explicando  um pouco do seu carácter peculiar, muita força, determinação e assertiva qb sem olhar a "meças" nem a perigos), daí  também a junção da espada pelo seu senso de justiça, assim como da balança, onde mede sempre os prós e os contras. Por fim dizer que ela  é uma mulher muito bonita com um olhar marcante e muito boa observadora. Um "cadito" de nada "muito senhora do seu nariz", daí o ar empinado. Sendo obsessiva com horas e compromissos marcados (o relógio) e finalizando que na altura tinha um namorado que era piloto (coração com asas e espinhos - como são todos os amores) e que tinha tatuado o nome dele em código de barras num pulso assumindo assim o compromisso (o pulso passou a pulseira e o código de barras está lá...). Ela adorou o original que lhe ofereci e mais ainda quando o expliquei como agora o fiz. 
Por vezes a minha arte explica-se... lol. 
Espero que gostem e regularmente irei adicionando outros trabalhos e outras considerações. 

«coisas que fascinam (141)» - bagaço amarelo

fascinação

Nunca tentei, neste blogue, encontrar uma definição da palavra Amor. Nem vou tentar. Por um lado porque tenho consciência que os seus campos semânticos são um pântano sem saída, por outro porque me daria medo conseguir fazê-lo. Sei, no entanto, que já Amei só para não chorar. Sei também que prefiro Amar por fascinação.
Descobri esta música da Elis Regina tardiamente, que é como quem diz, no último fim de semana. Já a tinha ouvido imensas vezes mas, não sei porquê, nunca lhe tinha percebido o sentido. Todos Amamos, pelo menos uma vez na vida, só para não chorar, e só nos damos conta disso quando por fim nos deixamos fascinar. Acho eu que é isso.




bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Ai!



Como o Jorge Perestrelo gritei Minha Nossa Senhora e deixei-me cair literalmente para trás, abandonando as minhas coxas à função de peso morto sobre as dele. Tenho a vaga sensação que ele ostentava um sorriso de orelha a orelha, orgulhoso da sua prestação mas, em boa verdade, sentia-me completamente atordoada com uma dor lacinante na nuca. Ele devia estar à espera de uma palavrinha de elogio e aplauso pela sua competência para me fazer rebentar as comportas, porém as pálpebras pesavam toneladas e articular qualquer som pela boca parecia um esforço inglório. Aliás, como seria plausível confessar que no preciso momento do orgasmo tinha ficado com uma dor de cabeça de caixão à cova e, azar dos azares, logo depois de ter tido tanto trabalhinho para levar aquele gajo para a cama?...

Ele lá se desencaixou de mim e veio espreitar-me a cara, a baloiçar na incerteza da sua classificação e intrigado com tão estranho procedimento, muito pouco curial para uma primeira vez. Talvez o divertisse a novidade de saber que as mulheres, afinal, podem ter dores de cabeça não só antes mas também no depois, com a grafia de enxaqueca.

Acabei por soltar um ai seguido do nome dele, para o sossegar de que não o estava a confundir, que mais não conseguia de tão aterrorizada que estava com a perspectiva de estar a ser alvo de um castigo pavloviano para me impedir de dar quecas.

Um rodeo do caralho!

Crica para veres toda a história
Diversões


2 páginas (cricar em "next page")

oglaf.com

29 maio 2012

Agent Provocateur - «Love Me Tender»

Eva portuguesa - «Pena...»

Conheci-te hoje.
Numa marcação prévia mais ou menos dentro do normal e após muita conversa pelo msn.
Senti que te conhecia antes...
A química foi brutal e imediata!
Já éramos quase amigos de todas as confidências que fizemos um ao outro em forma de letras num écrã de computador... tu deste-te a conhecer sem preâmbulos, medos ou hesitações...
Contaste-me a tua história e a história dentro da história...
E eu dei-te a conhecer não só a Eva, mas também a...
Na tua inteligência e humildade de pecador, não as separaste, bem pelo contrário, descobriste a mulher que é a soma das duas, aceitaste-a e por ela te encantas-
te... não só pela Eva, nem só pela..., mas pelas duas juntas.
Começaste por me contactar porque querias alguém na tua vida que preenchesse a tua solidão, acalmasse os teus desejos, saciasse os teus instintos... tudo isto sem pressões, nem controlo, nem compromisso.
Ainda mal curado de um recente desgosto de amor, não querias correr esse risco novamente...
Sentiste-te usado nessa relação que te roubou a paz de espírito e noites de sono.
E assim, sentiste-te protegido ao procurar uma relação mais ou menos fixa com uma Prostituta de luxo (desculpa, sei que não gostas que fale assim de mim!), onde poderias ser tu a usar, ser servido e não sofrer... não o disseste bem assim, mas li-o nas entrelinhas.
Mas a conversa franca e liberta que podíamos ter um com o outro nas pontas dos nossos dedos, e depois este nosso encontro em que desejaste ter-me beijado e eu desejei que o tivesses feito; toda a tua teoria caiu por terra, arrastando-me nessa lama de confusão, desejo e algo mais...
Perguntas-me se podes ser meu amigo... respondo-te que sim, quando queria era perguntar se era só isso que querias...
Quando chegaste ao pé de mim estavas nervoso, tímido e não te senti relaxar naquela hora que estivémos juntos... percebi que o que te dava protecção não era a roupa, nem o dinheiro, nem o emprego bem sucedido... era o anonimato de um teclado, o estar perto sem estar junto, o desconhecido e a ausência física...
Parece-me que te queres dar, sem no entanto teres bem a certeza se o queres realmente, ou se o consegues... macaquinhos no sótão, foi como lhe chamaste. E sim, meu querido, também eu tenho os meus....
Abalaste as minhas prioridades e os alicerces da Eva...
Fizeste-me desejar ter uma vida "normal",em que poderia arriscar numa relação sem os medos do que isso possa fazer à minha profissão, ao meu sustento...
Mas não tenho...
E hoje fizeste-me ter pena de não o ter...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado