06 junho 2012

Companhia da Lapada - «Mainha Painho»

"Ele já me comeu eu vou morar com ele"
"Êta, caralho!"

«coisas que fascinam (142)» - bagaço amarelo

acumulação

Hoje acordei de manhã para lavar a louça acumulada há dias no balcão da cozinha, aspirar o pêlo dos gatos acumulado nos cantos da casa, passar a esfregona sobre a sujidade acumulada nos chão cerâmico da cozinha e da casa de banho e, por fim, passar a ferro a roupa acumulada no quarto. Os dias acumulam-se uns sobre os outros, em prazer e dor. O prazer de não fazer nada e a dor de saber que se terá que fazer tudo duma vez, um dia qualquer.
Já fui diferente, isto é, já fui daqueles que não deixam acumular nada e têm sempre a vida vestida a rigor. Lavava a louça logo a seguir ao almoço ou ao jantar, não tinha gatos e aspirava a casa duas ou três vezes por semana e, por fim, passava a roupa a ferro mal a tirava da corda. Não acumulava nada nos meus dias, nem sequer um Amor que fosse.
Há uma certa paixão na desordem da vida que não quero voltar a perder, porque ela é um pilar essencial da minha capacidade de me apaixonar. Hoje mesmo, sorri ao lavar o fundo duma série de copos que ainda cheiravam a vinho, porque recordei os bons momentos em que os bebi ao jantar com uma amiga. Recordei também Cabo Verde, ao procurar a cidade do Mindelo no mapa da t-shirt que a Raquel me ofereceu durante as férias que lá fizemos. Depois escolhi uma banda sonora para passar a roupa a ferro: Buraka Som Sistema para as t-shirts, Cesária Évora para as calças e para as toalhas, Mayra Andrade para roupa interior.
Com o tempo apercebi-me que os dias que se acumulam sobre a minha casa são apenas a minha vida. Deixo-a acumular-se devagar, percebendo-lhe cada hora, cada minuto, cada segundo. E nela, nessa acumulação, percebo que nada do que ali se amontoou foi em vão. Nada é para ser esfregado logo a seguir à sua existência. Limpei hoje, para que nos próximos dias possa renovar essa lenta acumulação de quem está apaixonado, prolongando-a.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Hardcore 1º escalão


Mais uma obra, mais uma história.

A long  time ago in a galaxy far, far away...

Há muito tempo atrás eu fazia parte de uma juventude artística da Figueira da Foz e era regularmente convidado para exposições colectivas. Num desses eventos o tema era o cinema e coincidia com o "falecido" Festival de Cinema" apresentado no Casino. A ideia era homenagear o cinema EM TODAS AS SUAS VERTENTES. foi este o desafio proposto aos participantes da respectiva exposição. O Mário Silva foi ao seu largo espólio e logo descobriu uma obra que se identificava com o proposto. O Zé Penicheiro, fez um novo quadro. E eu, irreverente e provocador (era muito novo na altura... andava pelos vinte e picos...) resolvi que a minha homenagem seria dedicada ao cinema Hardcore do qual eu era fã incondicional. Daí o aparecimento desta magnifica obra, que foi tão notada pelo funcionário responsável pela montagem da exposição que mereceu como prémio o sitio mais recôndito da sala. Só faltou estar coberta por um lençol. A mim deu-me um gozo enorme fazê-la e também de ver as tentativas do pessoal da organização, do desvio das pessoas no dia da inauguração para que não a vissem. Bom ela aqui está. e já deu origem a outra um bocadito maior e a cores...

Digam vocês de vossa justiça.

Acorda, Mario!

E mais uma vez, a história se repete…




Poxa Mario, abra o olho

Capinaremos.com

05 junho 2012

Cofiar os bigodes.


Eva portuguesa - «A minha primeira vez com dois homens»

Foi um desastre!
Não que tenha acontecido algo de desagradável, mas pura e simplesmente não funcionou para o propósito...
Recebi um telefonema do tal meu amigo com quem tinha estado com outra mulher.
Já foi há uns anos, ainda eu não imaginava vir a fazer isso por dinheiro...
Bom, nesse telefonema, o meu amigo, a que darei o nome de X, pergunta-me se quero experimentar algo diferente. E eu, aborrecida com a monotonia da minha vida, pensei logo em acrescentar uma pitada de sal.
Fui ter ao hotel onde ele estava hospedado, vestindo apenas uma lingerie com uma gabardine por cima e rezando pelo caminho para não ter um furo ou algo do género ;)
A nossa intimidade - minha e do X - ainda hoje é enorme, adoramos estar um com outro, de uma forma até assexuada, dado o nosso grau de amizade. É a ele que eu telefono quando me sinto só ou tenho algum problema.
Abraços, beijinhos, bebida, pôr a conversa em dia e chega uma altura em que eu lhe pergunto qual é a novidade que ele tem preparada para mim.
Serve-me um uísque e pede-me para confiar nele, algo que sempre fiz e farei, seja em que situação for.
Nesta altura já ele estava nu e eu em lingerie.
Venda-me os olhos, despe-me e deixa-me à espera...
Eu, sem saber o que estava a acontecer mas ouvindo uma respiração pesada muito perto de mim... começo a ficar excitada...
Sinto um líquido ser derramado sobre mim e lambido por uma língua ávida... começo a sentir o meu clítoris latejar de desejo... a respiração dele a ficar ofegante... sou lambida, chupada, bebida até rebentar numa boca que esperava beber de mim...
Não tires a venda, diz o X. Obedeço.
Oiço bater à porta do quarto e alguém entrar.
Oiço uma voz de homem pedir desculpa pelo atraso (eu já tinha chegado há mais de três horas) e exclamar: que rica coninha!
Sinto os meus mamilos a serem sugados, como se alguém esperasse que deles saísse leite... depois gentilmente trincados... 

Enquanto isso, sinto um sexo duro junto da minha boca a pedir para entrar, para ser também ele lambido, chupado, abocanhado, até dele sim, jorrar leite que é direccionado para as minhas mamas...
Estou novamente a latejar de desejo e a preparar-me para o segundo ataque, quando sinto uma língua gelada, áspera a tentar explorar a minha vagina... Blag! Encolho-me de desagrado e nojo, tentando fugir daquele pedaço de carne que transforma em gelo todo o fogo que me consumia segundos antes.
Tiro a venda e faço sinal ao X, o que é suficiente para ele despachar o convidado.
Desculpa, digo-lhe eu.
Não sejas tonta, responde o X.
O que importa é sentirmo-nos os dois bem.
Além do mais, tu já marcaste um golo e eu também, diz, rindo-se. Quem se lixou foi ele...!


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Destinos cruzados

Tão ”almas-gêmeas” *–*




Meninas WTF

Marioneta antiga articulada, em madeira

Veio de França. Os cabelos parecem ser verdadeiros... o trabalho é de uma minúcia impressionante... tem cerca de 50cm de comprimento (sem os fios)... mas... por que motivo esta marioneta está na minha colecção?!




Eis o motivo: um dos fios, comandados pela cruzeta, expõe um falo em madeira, que está numa bolsinha à frente do personagem.


Seria interessante saber em que foi utilizada esta marioneta tão curiosa...

As boas notas do menino Zezinho...

... ou, como se demonstra o que eu sempre digo, "nem tudo o que nos fode é erótico":




HenriCartoon

04 junho 2012

Coisa estranha... a Playboy a usar o sexo para vender!

«totoloto» - bagaço amarelo

O mais difícil num divórcio é aprender a estar sozinho. O mais difícil, mas também o mais urgente. Quem não sabe estar só também não saber estar com quem quer que seja, até porque o está mais por necessidade do que por opção. Pelo menos é o que parece, e parecer já é mau. Foi a Sónia que me explicou isto no dia em que me apaixonei por ela. No princípio fiquei zangado, embora tenha fingido que não, mas depois acabei por lhe dar razão.
Foi assim que a vi fechar a porta de casa, sem conseguir combinar nenhum encontro com ela para o dia seguinte. Nem para a semana seguinte ou outro dia qualquer. Fui descendo os cinco andares do prédio dela pelas escadas, para que esse processo de me distanciar fosse o mais lento possível, repetindo no meu pensamento a sua última frase:

- Não vou combinar nada contigo nem quero que me telefones. Se gostarmos um doutro mesmo, de certeza que nos tornamos a ver um dia destes.
Depois beijámo-nos e ela fechou a porta.
Já me aconteceu muitas vezes, esta coisa de me zangar com o que uma mulher diz para depois acabar por lhe dar razão. O dia seguinte passei-o sozinho, com um copo de uísque ensonado como única companhia, e um livro do Haruki Murakami que não consegui começar a ler. Tinha saudades do corpo dela, dos lábios dela, da voz dela, do café dela. Enfim, de tudo dela menos, talvez, dela própria. Como um todo.
Amar é difícil, ser homem também. É que as mulheres são melhores nesta coisa de ficarmos sós. Corre-lhes no sangue o desejo duma solidão pontual. Nos homens não, e depois parecem cães abandonados. É preciso aprender. Estar só também é algo que se aprende.
Encontrei a Sónia duas semanas depois, mais coisa menos coisa, na fila duma papelaria para registar o totoloto. Perguntou-me como é que eu estava e eu abanei os ombros. Depois desejou-me sorte no jogo e eu abanei novamente os ombros. Não sabia o que lhe dizer. Segredou-me ao ouvido, enquanto arrumava os papelinhos na carteira, que eu lhe devia ter telefonado.

- Mas... tu é que disseste... - levantei a voz.
- Eu disse, mas tu não tinhas que me obedecer. - respondeu e sorriu.


Beijou-me, e o beijo dela ficou-me preso na face como um insecto irrequieto enquanto a vi sair da loja sem olhar para trás. Registei o meu boletim e pensei que a vida é mesmo assim. Às vezes acerta-se, outras não. Pelo menos aprendi a ficar sozinho.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Bela pernoca






Via Dick Art

O problema do UFC

É muito contato humano




Aí se não fossem esses shortinhos.

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