Nunca foste capaz de te esquecer, pois não?
Não. Nunca ultrapassei o que me fizeste.
E nunca foste feliz?
… Fui. Sim, fui… Cheguei a ser.
Comigo?
Contigo.
Mas estávamos condenados. Condenados desde o principio.
Provavelmente. Vendo as coisas hoje, estávamos.
Achas que a culpa foi minha?
Quando se ama não há culpas.
Achas?!
Não, na realidade, não. Só na política portuguesa é que não há culpas, em tudo o resto há. Ainda que possam ser repartidas.
Eu amava-te, isso é verdade. E o que fiz, fi-lo por amor.
Eu sei. Sempre soube.
Mas nunca esqueceste.
Mas tentei. A sério que tentei.
E amaste-me?
… Sim...
Tens de pensar?
Em quê?
Se me amaste. Hesitaste. Não estavas a pensar?
Estava mas, pensando bem, não precisava.
Claro que não. Estamos a ser absolutamente sinceros, foi o que combinámos.
Não precisamos de pensar.
Pois.
Na verdade, acho que nunca te amei. Gostei de ti e quis amar-te mas
nunca te amei, porque, mesmo nos momentos que gostava de ti e queria
gostar de ti ainda mais e esquecer o que me fizeste, tinha de estar a
pensar em querer esquecer… Acho… Acho que se alguma vez te tivesse
realmente amado tinha esquecido o que me fizeste e nunca consegui…
Desculpa.
Não tens de me pedir desculpa. Eu tive-te. Quis ter-te e tive-te. E não te peço desculpa.
Eu sei.
Sabes?
Sei, sempre tive consciência disso, mas…
Mas?
Dava-me conforto que alguém me quisesse e que, ainda por cima, me
quisesse assim. O teu amor psicótico era o alimento da minha auto-estima
desequilibrada.
Desculpa?!
O teu amor psicótico era o alimento da minha auto-estima desequilibrada.
Já tinhas pensado nessa frase?
Já.
E era por isso que me traías?
Por pensar na frase?
Não! Por causa do meu amor psicótico e da tua auto-estima desequilibrada.
Acho que sim. Também porque não era feliz… Mas sim, principalmente,
porque ora estava de rastos ora estava no topo do mundo e porque queria
demonstrar e perceber que podia haver quem gostasse de mim sem seres tu.
E tu?
Eu?
Sim, tu. Traías-me porquê?
Eu… Eu… Acho que pelas mesmas razões que tu: queria que gostassem de
mim, de estar comigo. Queria provar que era capaz e que, apesar de ti,
havia quem me quisesse. Queria pensar que era livre. Que podia viver sem
ti. Deixar de te amar. Libertar-me de ti. Ser outra pessoa.
És?
Hoje?
Sim.
Sou. E tu?
Também. Estou diferente.
E, no entanto, estamos aqui.
Estamos só a tomar café.
Pois estamos...
A tomar café…
22 junho 2012
21 junho 2012
O Euro 2012 como devia ser!
O Sexy Soccer foi realizado pela quarta vez em Berlim. Doze gajas jogaram um amistoso entre a Alemanha e a Dinamarca, antecipando o duelo oficial das equipas no Euro 2012 (em 17 de Junho). Elas usaram apenas um pequeno short e as camisas foram pintadas nas suas mamocas nuas. A equipa alemã foi treinada pela maior actriz erótica do país, Vivian Schmitt, e a ex-Big Brother Annina Ucatis comandou a dinamarquesa. O mesmo evento aconteceu durante os campeonatos do Mundo de 2006 e 2010, e no Euro 2008.
Checa (é hoje! É hoje!) aqui:
Checa (é hoje! É hoje!) aqui:
«Bocantónio Gedeão» - Patife
Nabo Filosofal
Elas não sabem que o tesão
é uma constante da picha
tão comilona e decidida
que come uma chona qualquer,
como essa chona pardacenta
em que entro com grande avanço,
como um furacão nada manso
sem grandes sobressaltos,
numa gaja de saltos altos
em que as mamas se agitam,
como essas vozes que gritam
em pinadas de alegria.
Elas não sabem que o nabo
é hino, é espuma, é fermento,
bicho estouvado e sedento,
de focinho pontiagudo,
que espeta através de tudo
num perpétuo movimento.
Elas não sabem que o mastro
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
nabo erecto, imperial,
pináculo nabal,
contraponto, sinfonia,
em chona troiana ou grega faz magia,
que pina como malabarista,
vai ao fundo num instante,
bacamarte sempre errante
para o trepar só uma alpinista.
Elas não sabem, nem sonham,
que o tesão comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o nabo pula e avia
com fúria atrevida
entre as pernas de uma vadia.
Patife
Blog «fode, fode, patife»
20 junho 2012
«conversa 1894» - bagaço amarelo
Ela - Está ali um passarinho pequenino.
Eu - Onde?
Ela - Ali, junto àquela árvore, do lado de lá do vidro.
Eu - É um pardal. Os pardais são pequeninos.
Ela - Mas aquele é pequenino mesmo e deve andar à procura da mãe. Devíamos ajudá-lo.
Eu - Eu não sei quem é a mãe dele, por isso não o posso ajudar.
Ela - Que falta de...
Eu - Falta de quê?!
Ela - De sensibilidade, de disponibilidade. De tudo.
Eu - Queres que eu interrompa a leitura do jornal para ir procurar a mãe dum pardal?!
Ela - Pelo menos podíamos pegar-lhe, porque parece que ele nem sequer consegue voar.
Eu - Não és tu que adoras gatos?! Daqui a pouco, se ele não consegue voar, serve de lanche a um gato qualquer. É bem empregue.
Ela - Às vezes consegues ser mesmo horrível.
Eu - Mesmo horrível?! Só porque estou a ler o Público e não me apetece sair daqui para ir apanhar um pássaro ao qual nem saberia bem o que fazer?
Ela - Sim.
Eu - Pronto, está bem. Sou horrível.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
fui ali ao país de nuestros hermanos
e não tendo tido tempo de visitar o Museu Erótico (distraí-me com coisas muito gaudi) tive oportunidade de ler o El País e descobrir estas maravilhas nos classificados. PRICELESS, mira!
e ainda toquei na cabecinha (salvo seja) do senhor Gaudi, que fazia coisas fálicas como quem come sardinhas em noite de Santo António!
Gaudi, Barcelona-mas, tá? e até breve!
Você não passou desapercebido
Alguém sempre te assistiu, quando praticava suas perversidades.
Sinta-se constrangido.
Capinaremos.com
Sinta-se constrangido.
Capinaremos.com
19 junho 2012
Eva portuguesa - «O regresso»
Voltei!
Regressei ao trabalho após uma "recauchutagem" na parte do meu corpo que me entristecia.
Estive um mês parada. Um mês de cirurgia, dores e recuperação. Um investimento. Em mim, na minha auto-estima, no meu trabalho como Escort.
Fotos novas, num novo site: Mariana Rodrigues no Apartado X.
E agora a esperança do retorno...
A expectativa de que a minha nova e melhorada aparência seja devidamente apreciada pelos meus clientes... e que me traga mais...
O reconhecimento da minha constante procura de agradar, de melhorar o que está menos bem... de me aperfeiçoar... por e para os clientes.
O receio de que não tenha valido a pena... de que o retorno económico não justifique o investimento... de não agradar...
Sim, eu sei, se melhorei e no íntimo continuo a mesma, então não há o que recear...
Mas existem momentos de insegurança... existem receios... dúvidas... fantasmas...
Por exemplo, hoje estou a trabalhar desde as 18h, mas ainda não tive sequer uma marcação...
Sim, podem estar na praia... ou em família... ou não saberem... mas... mas...
Este é o meu regresso!
Tem tudo para ser um sucesso... mas...
É um regresso tímido mas orgulhoso, positivo mas com receios, atrevido mas com medos, crente mas nervoso...
Sei que vou agradar... sinto que a minha vida profissional (e automaticamente a pessoal) vai melhorar. Sei que tudo fiz para melhorar e agradar, e por isso serei recompensada... é a lei cósmica... nada pode dar errado, pois não?...
Este não só é um regresso, é o regresso!
O regresso da Eva, que agora também tem o nome de Mariana Rodrigues.
O regresso da mulher que luta e que, com o seu esforço, vence.
O regresso da mãe que sozinha sustenta o seu filho.
O regresso da Acompanhante que tudo faz para agradar aos seus homens, para os fazer felizes...
Será que eles me vão fazer feliz a mim?...
Será que sentiram a minha falta?...
Será que vão festejar o meu regresso?...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Regressei ao trabalho após uma "recauchutagem" na parte do meu corpo que me entristecia.
Estive um mês parada. Um mês de cirurgia, dores e recuperação. Um investimento. Em mim, na minha auto-estima, no meu trabalho como Escort.
Fotos novas, num novo site: Mariana Rodrigues no Apartado X.
E agora a esperança do retorno...
A expectativa de que a minha nova e melhorada aparência seja devidamente apreciada pelos meus clientes... e que me traga mais...
O reconhecimento da minha constante procura de agradar, de melhorar o que está menos bem... de me aperfeiçoar... por e para os clientes.
O receio de que não tenha valido a pena... de que o retorno económico não justifique o investimento... de não agradar...
Sim, eu sei, se melhorei e no íntimo continuo a mesma, então não há o que recear...
Mas existem momentos de insegurança... existem receios... dúvidas... fantasmas...
Por exemplo, hoje estou a trabalhar desde as 18h, mas ainda não tive sequer uma marcação...
Sim, podem estar na praia... ou em família... ou não saberem... mas... mas...
Este é o meu regresso!
Tem tudo para ser um sucesso... mas...
É um regresso tímido mas orgulhoso, positivo mas com receios, atrevido mas com medos, crente mas nervoso...
Sei que vou agradar... sinto que a minha vida profissional (e automaticamente a pessoal) vai melhorar. Sei que tudo fiz para melhorar e agradar, e por isso serei recompensada... é a lei cósmica... nada pode dar errado, pois não?...
Este não só é um regresso, é o regresso!
O regresso da Eva, que agora também tem o nome de Mariana Rodrigues.
O regresso da mulher que luta e que, com o seu esforço, vence.
O regresso da mãe que sozinha sustenta o seu filho.
O regresso da Acompanhante que tudo faz para agradar aos seus homens, para os fazer felizes...
Será que eles me vão fazer feliz a mim?...
Será que sentiram a minha falta?...
Será que vão festejar o meu regresso?...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
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